Ficha
Plano de Aula
Plano de aula: O genocídio e as resistências dos povos ameríndios
Plano 4 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Resistência e conquista na América
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade (EF07HI09), de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Computador, projetor ou televisão, caixa de som, papel e material para colorir.
Material complementar:
Léia Aquino - A luta guarani
https://www.youtube.com/watch?v=Iw6-QHljNfo (Acesso em: 27 de fevereiro de 2019.)
Entrevista com Léia Aquino, liderança do povo nativo guarani kaiowá e professora na terra indígena Nhanderu Marangatu, no município de Antônio João, Mato Grosso do Sul, feita em novembro de 2011. Sua maior reivindicação foi em relação aos direitos indígenas à terra, resistindo contra a expulsão de seu povo da terra demarcada e homologada pelo presidente Lula, em 2005, suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim. Léia Aquino faleceu no dia 4 de julho de 2016 em decorrência de um AVC.
Ficha
Tabela que deverá ser preenchida pelos alunos durante a análise das fontes, orientando os alunos no processo de construção de um conhecimento capaz de responder ao problema proposto.
Fonte I
O documento é um regimento escrito por D. João III para Thomé de Sousa, cujo objetivo é orientar a ocupação territorial do Brasil onde é revelada
a estrutura da organização do poder público. Grande parte das recomendações está relacionada aos gentios, ou “povoado da terra”, quando não tratava da conversão dos indígenas recomendava “lançarem fora da terra” ou guerra para aqueles que resistiram à expansão portuguesa.
Fonte II
Demétrio Magnoli é jornalista, sociólogo e doutor em Geografia. O trecho selecionado trata especificamente da gênese do extermínio indígena no país, apresentando a quantificação que varia na historiografia que trata do quantitativo de nativos no século XVI e como a sua diminuição se deu na medida em que o processo de colonização portuguesa avançava.
Fonte III
Trecho da dissertação de mestrado na área de Ciências Jurídico-Políticas que tem como tema o genocídio indígena no Brasil. Na parte selecionada a autora trata do extermínio da população pelas doenças trazidas pelos portugueses que rapidamente destruíram numerosos grupos de nativos em função de não terem defesa imunológica.
Fonte IV
Lei publicada em 1956 que criminaliza o extermínio de povos nativos qualificando-o como genocídio.
Para você saber mais:
ANGÉLICA, Maria. Ensino híbrido: guia completo para você aprender e pôr em prática. In: Ensino: Guia de educação. Disponível em: https://canaldoensino.com.br/blog/ensino-hibrido-guia-completo-para-voce-entender-e-por-em-pratica. Acesso em: 10 jan. 2019.
IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf. Acesso em: 8 jan. 2019.
HISTORY. Cães assassinos: uma das principais “armas” dos espanhóis na conquista da América. Disponível em: https://seuhistory.com/noticias/caes-assassinos-uma-das-principais-armas-dos-espanhois-na-conquista-da-america. Acesso em: 9 jan. 2019.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2009.
SPOSATY, Ruy. Morre Léia Aquino, liderança guarani kaiowá de Nanderu Marangatu. In: Conselho Indígena Missionário. 6 jun. 2016. Disponível em: https://cimi.org.br/2016/06/38508/. Acesso em: 5 jan. 2019.
WILL, Karhen Lola Porfirio. Genocídio indígena no Brasil. (Dissertação de Mestrado - Ciências Jurídico-Políticas). Francisco António de Macedo Lucas Ferreira de Almeida (Orientador). Universidade de Coimbra. Coimbra, 2014. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/28713/1/Genocidio%20indigena%20no%20Brasil.pdf. Acesso em: 9 jan. 2019.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo da aula para a turma. Se estiver fazendo uso de projetor, apresente este slide e faça uma leitura coletiva.
Contexto
Tempo sugerido: 12 minutos.
Orientações: Organize a sala em grupos que contenham no mínimo três e no máximo cinco alunos, utilizando o critério que for mais apropriado. Comunique que esta será a formação até o final da aula.
Exiba o trecho de 0:00 até 7:55 min. do vídeo Léia Aquino - A luta guarani: https://www.youtube.com/watch?v=Iw6-QHljNfo
É importante dizer quem foi Léia Aquino para que os alunos saibam da sua importância para o movimento indígena.
Na impossibilidade de exibição do vídeo, é possível extrair o áudio e fazer com que os alunos escutem a entrevista. Neste caso, abra o navegador do Google e pesquise o termo “como extrair áudio do YouTube”. Serão várias as opções, entre programas, links e vídeos explicativos que ensinam todo o processo. Escolha a que melhor atender a sua realidade.
Se os alunos dispuseram de aparelhos celulares e houver uma rede Wi-Fi, divulgue o link e peça para que os alunos acessem o vídeo em seus grupos.
Após a exibição do vídeo, projete ou escreva no quadro as perguntas e deixe os grupos refletirem rapidamente a respeito. Será muito provável que os alunos escutem termos e palavras pouco habituais, como: “demarcada”, “homologada”, “Supremo”, “pistoleiros” e “hectares”. Neste caso se for preciso, esclareça que quando Léia Aquino usa o termo “demarcada” ela está se referindo à terra indígena garantida por lei, ou seja, “homologada” pelo Supremo Tribunal Federal, a mais alta instância do Poder Judiciário brasileiro. Contudo, homens armados a serviço de fazendeiros, os “pistoleiros”, impedem que os guaranis tomem posse efetiva da extensão de terra adquirida, “hectares”.
Reunidas as ideias, leia a pergunta para os alunos e peça para que eles respondam espontaneamente, ou seja, que digam as considerações formuladas. Neste momento, esteja atento para complementar ou confrontar respostas, lembrando de que esta é uma atividade introdutória para o assunto que será tratado e por tal razão não deve ter o objetivo de esgotar o assunto.
Com base nas perguntas, objetiva-se que os alunos, além de conhecer as ideias de uma mulher indígena que luta pelos direitos do seu povo, entenda que a atual situação dos indígenas no Brasil ainda é resultado de um processo de expansão territorial e econômica, que, quando não ocorreu pelos interesses dos europeus durante a colonização, atendeu às urgências de grupos hegemônicos brasileiros. Primeiramente, com base na fala da entrevistada, os alunos deverão concluir que a população guarani kaiowá foi desprovida dos seus direitos a terra e viveu uma situação de perseguição e violência, o que comprometeu a sua cultura, o seu modo de vida. Em seguida, deverão identificar os assuntos que são tratados na entrevista, como demarcação de terras, violência contra a população indígena, igualdade de direitos e genocídio. Sobre este último, sem que haja a ajuda do professor, os alunos deverão concluir que é o extermínio da população, tanto físico quanto cultural.
Caso algum grupo, ou aluno, não alcance o objetivo proposto, pergunte qual o sentimento que há na fala da Léia Aquino, questione como ela responde as perguntas que são feitas, se tem alegria ou lamento. Espera-se que a resposta refira-se a tristeza, lamento ou preocupação. Em seguida, peça para ele responder por qual razão a entrevistada fala deste jeito, por que ela se preocupa ou quais as situações que ela teme. Se for o caso, caberá ainda perguntar a quais assuntos as palavras “sufoco”, “sofrimento”, “medo”, “perigo”, “invasão”, “vítima”, ditas pela ativista, se relacionam. Percorrido esse caminho, peça para o aluno relacionar as duas respostas que ele produziu e pergunte qual é a consequência dos fatos que ele indicar.
Este também é o momento de relembrar conteúdos já trabalhados, como a chegada dos europeus na América, por um exemplo. Explore a ambiguidade que há neste conteúdo: se para os portugueses o dito “descobrimento” era uma conquista científica, econômica e geográfica, para os nativos significou a lenta e progressiva destruição de etnias e costumes e que o encontro das duas culturas promoveu uma desarticulação cultural dos indígenas, resultando no extermínio desses povos, o que só no século XX foi recebeu o nome de “genocídio”.
Esta interpretação pode ser aprofundada com base na fala de Léia Aquino (a partir do minuto 04:10), quando ela diz que “o genocídio a gente viveu desde a invasão da terra nossa, de todas as terras ‘indígena’, e a gente continua sendo vítima de ‘todo’, de tudo isso, né?”.
Outro ponto está relacionado à prática de “soltar cachorro” atrás dos indígenas. Uma forma de perseguição chamada de “aperreamento”, utilizada tanto pelos espanhóis quanto pelos portugueses durante o processo de ocupação do território que ainda se faz presente.
Como adequar à sua realidade:
Este tema pode ser tratado pela perspectiva da História local ou regional, em que relatos produzidos por diferentes segmentos sociais podem ser valorizados, promovendo a recuperação da historicidade de uma determinada sociedade. Neste caso, incentive os seus alunos a investigar se no bairro, cidade ou no estado onde vivem há algum grupo indígena. Caso haja, busque saber quais são as condições de vida a qual estão submetidos, as suas questões, necessidades e, até mesmo, suas reivindicações. Se não houver nenhum grupo, cabe perguntar por quais razões a população nativa da região desapareceu e pesquisar o processo do seu desaparecimento, ou extermínio, do decorrer do processo histórico de ocupação do território brasileiro. Esta abordagem integra os alunos à comunidade da qual fazem parte, além de estimular atitudes investigativas baseadas no seu cotidiano, sendo um instrumento para analisar concepções históricas distintas da visão eurocêntrica, o tratamento da História com base em sua compreensão múltipla e o conhecimento do patrimônio histórico.
Outra possibilidade é explorar o tema com base na História oral. Por ela há a possibilidade de articular a história individual do aluno com as de grupos locais e incluí-lo como parte integrante do processo histórico da sociedade a qual pertence. Por conversas com moradores antigos, representantes comunitários ou de instituições, que também podem ser promovidas no espaço escolar, é possível conhecer as reações de um determinado grupo social a diversos acontecimentos. Contudo, é preciso ter um cuidado com o uso da história oral no ensino da História, uma vez que a narrativa produzida por estas pessoas parte das suas experiências e opiniões, nem sempre esclarecendo o passado. É necessário, portanto, definir objetivos e adotar estratégias que relacionem o individual, aos acontecimentos locais e globais, como comparar os depoimentos com outros tipos de fontes e elaborar um roteiro no caso de optar por fazer uma entrevista.
Em relação à palavra regional e ao seu sentido histórico, se na cidade em que leciona o uso do termo “aperriado” se faz presente no vocabulário das pessoas, fica a sugestão para dar ênfase na origem do termo. A palavra vem do espanhol “perro”, que em português significa cachorro, e, se atualmente ela está relacionada a sentimento de angústia, no processo de ocupação territorial da América espanhola emergiu como uma prática de pôr raiva nos cães contra os nativos para assim ganhar espaço, por isso o termo “aperreamento”.
Para você saber mais:
IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro : IBGE, 2007. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf. Acesso em: 8 jan. 2019.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2009.
SPOSATY, Ruy. Morre Léia Aquino, liderança guarani kaiowá de Nanderu Marangatu. In: Conselho Indígena Missionário. 6 jun. 2016. Disponível em: https://cimi.org.br/2016/06/38508/. Acesso em: 5 jan. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 17 minutos.
Orientações: Mantendo a organização da sala, projete ou escreva no quadro a questão e informe que para resolvê-la, deste momento em diante, cada grupo se tornará uma “estação”, no qual haverá uma rotação de fontes entre elas e o preenchimento de uma ficha.
Esta atividade parte do princípio do ensino híbrido, uma abordagem que visa criar diferentes momentos de aprendizagem em torno do tema “extermínio físico e cultural dos povos nativos”. O objetivo principal é que os alunos, coletivamente, sejam capazes de aplicar e construir o conhecimento gradativamente por meio de uma dinâmica de leitura relacional, reflexiva e crítica da atual situação das populações indígenas nos dias atuais.
Para a sua realização, imprima as fontes e a ficha de acordo com a quantidade de estações, para até oito grupos, duas cópias de cada arquivo são suficientes. Na impossibilidade de imprimir as fontes, é possível copiar os trechos em folhas correspondendo ao número determinado para cada grupo. No caso da ficha, copie um modelo no quadro e peça para que os alunos reproduzam no caderno.
O arquivo para a impressão da Ficha está disponível aqui:
O arquivo para a impressão da Fonte I está disponível aqui:
O arquivo para a impressão da Fonte II está disponível aqui:
O arquivo para a impressão da Fonte III está disponível aqui:
O arquivo para a impressão da Fonte IV está disponível aqui:
Distribua uma fonte e a ficha para cada estação. Cada grupo, constituindo uma estação, receberá uma das quatro fontes e terá o tempo máximo de 4 minutos para analisá-la e preencher a ficha. Terminado o tempo, as fontes são trocadas, por exemplo: a Fonte I que estava com a estação 1 passará para a estação 2 e assim sucessivamente. Caso haja mais de quatro grupos haverá repetição de fontes, o que não há problema, mas exige atenção do professor para que uma estação não receba o material repetido. Outra questão importante é informar aos alunos da necessidade de obedecer o tempo determinado para que nenhuma estação fique sem fonte e o tempo para o debate não seja comprometido.
Para você saber mais:
ANGÉLICA, Maria. Ensino híbrido: guia completo para você aprender e pôr em prática. In: Ensino: Guia de Educação. Disponível em: https://canaldoensino.com.br/blog/ensino-hibrido-guia-completo-para-voce-entender-e-por-em-pratica. Acesso em: 10 jan. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: Terminada a análise das fontes, mantenha os grupos e informe que será iniciada uma conversa sobre as ideias obtidas com base na leitura das fontes e no preenchimento das fichas.
Selecione um aluno de cada grupo e peça que eles apresentem os resultados preenchidos na Ficha. Espera-se que os grupos identifiquem as seguintes informações:
Fonte I: O documento data do século XVI, no momento de expansão territorial dos portugueses, tendo o objetivo de orientar as ações do governador-geral contra os nativos e a favor da conversão deles, evidenciando uma realidade de submissão e resistência, de proteção aos pacíficos e promoção de guerra para aqueles que se mostraram contrários às ações dos colonizadores.
Fonte II: A fonte trata de um processo que se iniciou no século XVI e ainda se faz presente no século XXI. Seu principal propósito é informar que o genocídio indígena no Brasil iniciou-se de forma lenta e contínua e que se o Norte do país possui a maior concentração de nativos, atualmente, foi em função de uma “migração forçada” que alterou o seu modo de vida, costumes e cotidiano, extinguindo hábitos culturais que estavam diretamente relacionados ao local de origem destes povos.
Fonte III: Trata do período de expansão territorial dos portugueses, com ênfase no século XVI. O principal objetivo é evidenciar que o decréscimo da população nativa não se deu apenas por perseguição e guerras mas por doenças disseminadas pelos europeus que se propagaram rapidamente entre os indígenas, carentes de defesa imunológica e que esta passou a ser uma estratégia de extermínio.
Fonte IV: Aprovada em 1956, a lei criminaliza a intenção de destruir qualquer grupo nacional, o que inclui os indígenas, definindo assim o termo genocídio. Por trás do propósito de proteção há, no século XX, a continuidade do extermínio dos povos nativos.
Caso os alunos não alcancem parte ou todo o propósito da atividade, retome as fontes e pergunte ao grupo qual o assunto comum, o tema que relaciona todas os documentos. Em seguida, questione acerca da temporalidade das fontes, quando elas foram escritas, qual o período que elas tratam ou retomam e como o tema é tratado. Por fim, repasse cada uma das fontes e pergunte como os temas são tratados, como a população nativa é descrita. Se ainda assim a dificuldade persistir, selecione um dos grupos que mais se aproximou do objetivo e peça para que um aluno explique o que entendeu sobre cada fonte.
É importante que o professor aproveite a atividade para avaliar a capacidade dos alunos de organizar as informações no tempo e relacioná-las.
É importante perceber como os alunos interpretaram as fontes, o que eles observaram, o que deixaram passar ou mesmo do que eles discordam entre si. Será com base nesta perspectiva que as ponderações do professor farão sentido sem que a autonomia do aluno seja abalada. É neste momento que o olhar sobre o lugar que o indígena ocupa no Brasil deve ser iluminado, e assim ele poderá entender com maior complexidade que missões religiosas de evangelização e conversão, processo de migração, posse de terra, perseguição, perigo da proximidade do homem brancos em áreas onde existem populações isoladas é um perigo para os indígenas e conflitos armados são notícias que ainda dos jornais e notícias na internet.
Chame a atenção dos alunos, em particular, para o fato de o termo “genocídio” ter sido criado em 1943 e utilizado juridicamente no Brasil apenas em 1956. O termo é uma junção das palavras “família”, génos, com “matar”, caedere, construído pelo polonês Raphael Lemkin no qual passou a designar a violência que dizima física e culturalmente grupos nativos. Em 1948, incorporou a Declaração Universal dos Direitos das Nações Unidas.
Como adequar à sua realidade:
As fontes podem ser substituídas ou ampliadas com base nos acontecimentos contra a população indígena que tomam os diversos veículos de comunicação, seja a nível nacional ou local. Experimente levar jornais para a sala de aula e fotografias que tratem das diversas formas em que o genocídio ainda é exercido no país.
Sistematização
Tempo sugerido: 9 minutos.
Orientações: Projete ou escreva a pergunta no quadro a proposta de atividade.
Mantendo a formação dos grupos, distribua o papel e o material para colorir e peça que cada grupo elabore uma frase com base no conhecimento que foi construído, relacionando os acontecimentos tratados na entrevista de Léia Aquino e os dados registrados na Ficha. A principal proposta é trabalhar a capacidade de síntese do conteúdo.
No final de cada produção os grupos deverão apresentar as suas frases, que deverão compor um mural no qual desejos e imagens poderão ser incluídas.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, imagem ou link), Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts, Mentimeter, Padlet.
Contexto
O objetivo desta aula é entender o processo de extermínio físico e cultural dos povos nativos no processo de ocupação da América portuguesa (XVI) .
Para desenvolvê-la com seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula (veja como usá-lo aqui) os materiais e orientações necessários. Os retornos dos alunos podem ocorrer da mesma forma ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Disponibilize o trecho do vídeo (ou apenas o áudio) “Léia Aquino - A luta guarani”, e oriente os alunos a analisarem e anotarem no caderno:
- Como a entrevistada, a ativista e professora indígena Léia Aquino, apresentou a realidade da população guarani kaiowá?
- Quais assuntos têm destaque na entrevista?
- Com base na fala de Léia Aquino, como podemos definir o termo “genocídio”?
Para que compreendam mais a respeito de Leia Aquino, indique a leitura da reportagem: SPOSATY, Ruy. Morre Léia Aquino, liderança guarani kaiowá de Nanderu Marangatu. In: Conselho Indígena Missionário. 6 jun. 2016. Disponível aqui.
Problematização
Esta etapa conta com quatro textos a respeito do extermínio físico e cultural dos povos nativos. Disponibilize-os aos alunos e estabeleça um tempo para que possam realizar a leitura e análise, orientados pelas questões propostas na Ficha. Eles poderão imprimir esta ficha ou reproduzi-la no próprio caderno.
Realizado o preenchimento da ficha, os alunos deverão refletir quanto às informações e responder:
- O que significa Genocídio?
- Qual é a relação entre o extermínio físico e cultural dos povos indígenas atualmente e a ocupação da América portuguesa no século XVI?
Incentive a interação com os colegas por meio de trocas de mensagens, participação em um quiz digital no Mentimeter (veja como usá-lo aqui - ative a tradução da página se necessário), ou, se estiver em um momento de videoconferência, abra o microfone para que alguns comentem as percepções oralmente, enquanto os demais às comentam no chat.
Sistematização
Proponha aos alunos a criação de uma campanha de conscientização a respeito do Genocídio indígena no Brasil desde o século XVI até a atualidade. Dê a eles algumas possibilidades de como podem organizá-la:
- Devem produzir um texto, áudio ou vídeos curtos. É interessante que comecem o conteúdo a partir de um bordão, como: “Basta ao Genocídio indígena no Brasil” e continuem explicando o processo histórico em que isso vem ocorrendo.
- Criem uma hashtag que expresse o conteúdo da campanha, por exemplo: #BastaaoGenocidioIndigenanoBrasil (veja como usar hashtags aqui).
- Compartilhem a campanha com os colegas, por meio do Whatsapp ou publicação em um mural virtual, como o Padlet (veja como usá-lo aqui) ou redes sociais.
Convite às famílias
Convide as famílias a conhecerem mais sobre o extermínio físico e cultural ainda vigente das populações indígenas no Brasil, assistindo a um documentário produzido pela ONU a respeito dos guarani e kaiowá no Mato Grosso do Sul:
“ONU lança documentário ‘Guarani e Kaiowá: pelo direito de viver no Tekoha”. ONU Brasil, 12/09/2017. Disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Paulo Henrique Pacheco
Mentor: Andrea Paula Kamensky
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 7º ano
Unidade temática: A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano.
Objeto(s) de conhecimento: A conquista da América e as formas de organização política dos indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação.
Habilidade(s) da BNCC: (EF07HI09) Analisar os diferentes impactos da conquista europeia da América para as populações ameríndias e identificar as formas de resistência.
Palavras-chave: Ocupação, Brasil Colônia, genocídio, povos nativos, indígenas, portugueses, colonização, governo-geral, população, terras demarcadas.