Tabuleiro com imagem
Plano de Aula
Plano de aula: As resistências dos povos indígenas brasileiros na conquista da América
Plano 5 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Resistência e conquista na América
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07HI09, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Computador, projetor.
Material complementar:
Tabuleiro com imagem
O Jogo da Onça, chamado na língua dos bororo (povos nativos que atualmente habitam uma parte de Mato Grosso) de Adugo (que significa “onça”), é um jogo criado pelos povos nativos brasileiros. Tradicionalmente, o tabuleiro é desenhado na terra e em pedras, ou outros objetos semelhantes servem de peças, e 14 delas representam cachorros e apenas uma a onça. É um jogo de estratégia, cujo objetivo é capturar as peças do adversário, quem joga com os cachorros tem que encurralar a onça e deixá-la sem possibilidade de movimentação. No caso da onça, se conseguir comer seis cachorros, vence o jogo. Este modelo de tabuleiro tem o propósito de reproduzir a tradicional estética indígena da brincadeira com base nas cores e na imagem de fundo utilizadas.
Tabuleiro sem imagem
Tabuleiro do Jogo da Onça, ou Adugo, para impressão sem imagem de fundo.
Regras do Jogo da Onça
Principais orientações para a realização do jogo.
Peças para o tabuleiro
Peças para a execução do jogo que deverão ser recortadas. Cada grupo é para um tabuleiro e contém 15 peças, 14 referentes ao cachorro e uma à onça.
Imagens
As imagens apresentam quatro brincadeiras indígenas comuns em grande parte do Brasil:
- Homens da etnia kalapalo jogando Kopü-kopü, conhecido como peteca. Foto: Haroldo Palo Junior, 2006.
- Menino da etnia kalapalo durante o jogo heiné kuputisüI, conhecido no idioma português como “corrida do Saci”, em que só pode correr num pé só. Foto: Haroldo Palo Júnior, 2006.
- Menina Wapishana brincando de formar figuras com barbante. A agilidade e a destreza com os dedos lembram a brincadeira muito conhecida que se chama “cama de gato”. Foto: Haroldo Palo Júnior, 2006.
- Homens disputando força no jogo que é conhecido como cabo de guerra.
Imagens dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas
Arquivo contendo oito imagens dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas de 2015 que deverão ser usadas no caso do professor não disponha de equipamentos para exibição do vídeo.
Fonte 1
Detalhe do Atlas de Nicholas Vallard, de 1547, que retrata a exploração dos povos nativos pelos franceses. Nicholas Vallard foi um navegador e cosmógrafo francês que produziu 15 cartas náuticas que hoje pertencem ao acervo da Biblioteca Huntington, na Califórnia.
Fonte 2
Trecho do texto de Maria Regina Celestino de Almeida, em que a autora compartilha a nova visão historiográfica que amplia a noção de cultura e resistência com base em uma nova compreensão das relações de contato.
Para você saber mais:
ALMEIDA. Maria Regina Celestino de. Identidades étnicas e culturais: novas perspectivas para a História. In: ABREU, MArtha; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de História: conceitos, temáticas e metodologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009. pp. 27-37.
BELLINI. Felipo. 10 Brincadeiras indígenas. In: Demonstre. 16 jan. 2018 Disponível em: https://demonstre.com/10-brincadeiras-indigenas/. Acesso em: 16 jan. 2019.
EDUCAÇÃO & PARTICIPAÇÃO. Brincadeiras indígenas do Xingu. In. Educação & Participação. Disponível em: https://educacaoeparticipacao.org.br/oficinas/brincadeiras-indigenas-do-xingu/. Acesso em: 16 jan. 2019.
FÁBIO. Jogo da Onça - Tabuleiro do Suetônio. In YouTube. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/vYfWM25yYpjxM4rXaa6BaHXMsSSjNZDy5nabwEZfr6DPxfzBE5qjFwXJ2JJS/his7-09und05-regras-do-jogo-da-onca.pdf . Acesso em: 15 jan. 2019.
MIRIM.ORG. Brincadeiras. In. Mirim. Org. Disponível em: https://mirim.org/como-vivem/brincadeiras. Acesso em: 16 jan. 2019.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo da aula para a turma. Se estiver fazendo uso de projetor, apresente este slide e faça uma leitura coletiva.
Para você saber mais:
Contexto
Tempo sugerido: 15 minutos.
Orientações: Organize os alunos em duplas ou quartetos e projete a pergunta e as imagens ou imprima o arquivo e distribua para os grupos.
O arquivo para a impressão das imagens está disponível aqui:
Pergunte para a turma se alguém conhece ou já ouviu falar dos jogos e das brincadeiras indígenas representadas nas imagens. É importante explicar para os alunos que jogo e brincadeira não são a mesma coisa, enquanto o primeiro possui regras que definem a disputa (que também é uma forma de brincadeira), a brincadeira é a simples distração com um brinquedo. Se ao menos um aluno mencionar alguma atividade, explore-a perguntando onde e como ele aprendeu, com quem ele já jogou ou brincou, o que ele achou e se alguém da turma já participou de algo parecido. Em seguida, identifique as atividades: na primeira imagem, homens da etnia kalapalo jogam kopü-kopü, muito conhecido como peteca; na segunda, meninos da mesma etnia brincam de heiné kuputisüi, uma corrida que em português chamada de “corrida do Saci”; na terceira, uma menina wapishana brinca de construir formas com barbantes, uma brincadeira que em algumas regiões do Brasil é conhecida como “cama de gato”; por fim, homens disputam força, esta atividade é chamada de “cabo de guerra”.
Explique para os alunos que as brincadeiras indígenas não são meras distrações, mas revelam a cultura e o cotidiano destes povos, a reconstrução de significados, uma reação criativa diante da violência do contato que fez com que muitos dos seus ancestrais fossem escravizados e inseridos em um modo de produção completamente diferente do que era vivido antes da chegada dos portugueses. Cite o exemplo da peteca, geralmente feita apenas da palha oriunda da colheita do milho. A figura de barbante, entre os wapixana, localizados em Roraima, está relacionada à colheita de algodão, já para os kalapalo, de Mato Grosso, é feito com fios compridos da palha do buriti. Quanto ao cabo de guerra, é uma prática comum entre os diversos povos para selecionar aqueles que possuem mais forças e invoca o espírito de liderança. A corrida estimula a agilidade, o equilíbrio e a atenção, atributos indispensáveis à caça.
Em seguida, proponha para a turma conhecer o Jogo da Onça. Desta forma, aqueles que disseram desconhecer um jogo indígena poderão conhecer e os alunos poderão compartilhar uma experiência comum.
Para a realização, imprima o tabuleiro, as peças (14 peças semelhantes e uma diferente) e a regra, e distribua para cada formação. O tempo para esta atividade não deve ultrapassar 10 minutos.
O arquivo para a impressão do Tabuleiro está disponível aqui:
O arquivo para a impressão das peças está disponível aqui:
O arquivo para a impressão da Regra do Jogo da Onça está disponível aqui:
Na impossibilidade de impressão do material, é possível desenhar o tabuleiro em uma folha de ofício ou em um pedaço de papelão e fazer as fichas coloridas do mesmo material. Ainda é possível realizar esta atividade explorando outros espaços que não seja dentro da sala de aula. Caso tenha acesso a chão de terra, experimente desenhar o tabuleiro nela e usar pedras para jogar, como fazem as crianças da etnia bororo, e explique sobre
a importância do contato com a terra e o que isso representa para as populações indígenas. As regras do jogo poderão ser lidas em conjunto.
Como adequar à sua realidade:
Caso o professor lecione em alguma região onde a cultura indígena se faz presente no cotidiano dos alunos, a pergunta sugerida pode não significar nada de novo e as atividades podem ser conhecidas por outros termos. Neste caso, recomenda-se que faça a seguinte pergunta: Quais são as brincadeiras e os jogos indígenas mais comuns no seu dia a dia? Em seguida, pergunte se os alunos conhecem as atividades das imagens pelo mesmo nome e se sabem o que elas podem representar.
Para você saber mais:
FÁBIO. Jogo da Onça - Tabuleiro do Suetônio. In YouTube. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/vYfWM25yYpjxM4rXaa6BaHXMsSSjNZDy5nabwEZfr6DPxfzBE5qjFwXJ2JJS/his7-09und05-regras-do-jogo-da-onca.pdf. Acesso em: 15 jan. 2019.
Contexto
Tempo sugerido: 5 minutos.
Orientações: Ao terminarem de jogar, projete ou leia as perguntas para os alunos e promova uma conversa em conjunto. Se preferir, faça um grande círculo para facilitar a comunicação, mas não desfaça o grupo.
Peça para eles responderem sobre o que representa a onça e o cachorro. Várias poderão ser as interpretações dadas ao jogo, mas é muito provável que os alunos não consigam fazer a relação de imediato. Caso isso ocorra, peça para descreverem uma onça, como ela age e quais são as características que se destacam no animal. Ideias como força e coragem devem emergir durante a conversa. Neste momento, relacione estas qualidades aos povos nativos e informe que estas atribuições estão diretamente relacionadas à divindade indígena Kianumaka-Manã, guerreira cuja mitologia a retrata como um espírito livre que abençoa os guerreiros nas batalhas. Os cachorros representam o medo a ser superado.
Com base nesta perspectiva, pergunte aos alunos se é possível fazer a relação do jogo com a situação da população indígena no século XVI. Estimule a resposta retomando conteúdos que você já tratou em sala de aula. Desta forma, também será possível afirmar que o jogo pode representar a relação de contato entre os indígenas e os europeus, a situação de conflito, a resistência destes povos diante da dominação portuguesa no século XVI.
O bom desenvolvimento desta atividade dependerá do professor compreender que os jogos e as brincadeiras indígenas constituem-se como
uma força que se opõe ao esquecimento e à nulidade de uma cultura que insistentemente é subjugada. Desta forma, tais atividades podem ser compreendidas como uma estratégia cujo resultado é a preservação de práticas e histórias que ainda não são iluminadas pela historiografia eurocêntrica.
Como adequar à sua realidade:
Para você saber mais:
BELLINI. Felipo. 10 brincadeiras indígenas. In: Demonstre. 16 jan. 2018 Disponível em: https://demonstre.com/10-brincadeiras-indigenas/. Acesso em: 16 jan. 2019.
EDUCAÇÃO & PARTICIPAÇÃO. Brincadeiras indígenas do Xingu. In. Educação & Participação. Disponível em: https://educacaoeparticipacao.org.br/oficinas/brincadeiras-indigenas-do-xingu/. Acesso em: 16 jan. 2019.
MIRIM.ORG. Brincadeiras. In. Mirim. Org. Disponível em: https://mirim.org/como-vivem/brincadeiras. Acesso em: 16 jan. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 1 minuto.
Orientações: Mantendo a organização da sala, projete ou escreva no quadro.
Como adequar à sua realidade:
Para você saber mais:
Problematização
Tempo sugerido: 1 minuto.
Orientações: Projete a Fonte 1. Na falta do recurso, imprima a imagem e apresente para a turma.
O arquivo para a impressão da Fonte 2 está disponível aqui: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Ttc9BkRQXhpaU7quUYgrrHqqTH37mxbRUKF6pegNfdEDc77xy8ZGJVkZa8rd/his7-09und05-fonte-2.pdf
Como adequar à sua realidade:
Para você saber mais:
Problematização
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: Projete as perguntas, copie-as no quadro ou leia-as em voz alta para que os alunos apresentem as suas primeiras impressões. Este momento não deve render mais do que 5 minutos. Explique que, mesmo tendo sido produzidas em tempos e lugares diferentes, elas destacam o mesmo grupo, populações nativas.
Em seguida, inicie uma conversa, propondo uma análise comparativa das imagens. É esperado que as respostas dos alunos estejam voltadas para o protagonismo indígena. Chame a atenção dos alunos que as atividades que eles realizam nas fotografias dão destaque, valorizam a cultura e o local onde vivem, há uma altivez e uma reafirmação da cultura. O que não acontece na Fonte 1, na qual os povos são retratados com base na visão de dominação do europeu, inexpressivos, escravos dos interesses alheios, sem objetivos ou estratégias para resistir à violência que foi imposta a eles.
Chegando a estas considerações, os alunos reconhecerão que nas fotografias os indígenas se apropriam da sua cultura e origem e as colocam em um lugar de importância. Enquanto na Fonte 1 este empoderamento lhes foi retirado e retratado um comportamento a princípio dócil, pacífico.
Como adequar à sua realidade:
Para você saber mais:
Problematização
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Mantenha a organização da sala e projete a Fonte 2 ou a distribua impressa entre os grupos. Peça para algum aluno ler em voz alta e fique atento para esclarecer qualquer dúvida em relação a alguma palavra que não tenha sido grifada.
O arquivo para impressão da Fonte 2 está disponível aqui:
Como adequar à sua realidade:
Para você saber mais:
ALMEIDA. Maria Regina Celestino de. Identidades étnicas e culturais: novas perspectivas para a História. In: ABREU, Martha; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de História: conceitos, temáticas e metodologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009. pp. 27-37.
Sistematização
Tempo sugerido: 6 minutos.
Orientações: Projete a atividade ou copie-a no quadro.
O objetivo é que os alunos planejem um campeonato no qual os jogos indígenas tenham maior destaque. É importante tomar como modelo os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. No Brasil, entre os anos de 1996 a 2015, a cada dois anos realizou-se o evento multiesportivo chamado Jogos dos Povos Indígenas, criado pelo primeiro movimento indígena político do país, o Comitê Intertribal. Com base neste evento, foram idealizados o
I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, realizado em Palmas, Tocantins, no ano de 2015, qualquer informação sobre estes dois eventos depois da primeira edição do evento é vaga e imprecisa. O que demonstra a falta de interesse das autoridades em continuar com eventos deste tipo.
Espera-se que os alunos criem grupos, estabeleçam metas, prazos e critérios. O importante é que as primeiras ideias sejam delineadas e que haja possibilidade para a sua realização, integrando a comunidade escolar à prática indígena.
Como adequar à sua realidade:
Se o professor atuar no estado de Tocantins, sugere-se que trabalhe com a memória do evento na região. Proponha uma visita ao lugar, estimule que os alunos conversem com moradores e povos indígenas da região sobre os impactos positivos e negativos dos jogos na região, incluindo as etnias que não participaram do evento. Aproveite a possibilidade de mostrar para os seus alunos que a História nunca tem um lado e de que é preciso saber diferentes visões e acontecimentos sobre um mesmo fato para se chegar a alguma conclusão, e o que é divulgado nem sempre narra todos tudo o que aconteceu. Use esta reportagem como exemplo: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-10/indigenas-recuam-na-participacao-em-jogos-mundiais-no-brasil. Apesar da visibilidade e lugar de discussão e definição de novas estratégias, o evento causou desacordos e protestos alguns indígenas e a organização do evento.
Uma possibilidade para esta atividade é fazer com que seus alunos experimentem um circuito de brincadeiras e jogos indígenas. Leve os alunos para a quadra da escola, ou em uma área com espaço, com a ajuda do professor de Educação Física, faça uma lista de brincadeiras (que podem selecionadas neste site: https://demonstre.com/10-brincadeiras-indigenas/). Prepare o material necessário para cada uma delas, imprima as suas regras ou recomendações e destine cada parte do espaço para uma atividade. Separe a turma em grupos e determine um tempo para experimentarem cada uma das atividades. O professor convidado pode esclarecer aspectos específicos de cada atividade, o que elas estimulam, exercitam, a sua importância dentro de um grupo bem como os valores que são trabalhados. No final, converse com os alunos sobre esta experiência.
Para você saber mais:
Jogos Mundiais dos Povos Indígenas: https://www.youtube.com/watch?v=nI5GqAPdz8U
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, imagem ou link), Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts, Youtube, Mentimeter, Padlet.
Contexto
O objetivo desta aula é entender a relação entre nativos e europeus durante a colonização portuguesa, considerando os jogos e brincadeiras indígenas como formas de resistências.
Para desenvolvê-la com seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula (veja como usá-lo aqui) os materiais e orientações necessários. Os retornos dos alunos podem ocorrer da mesma forma ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Disponibilize as imagens dos jogos e brincadeiras indígenas e questione:
- Você já ouviu falar ou já participou de algum destes jogos ou brincadeiras?
- É possível que elas mostrem algo sobre a vida destas pessoas?
Para que conheçam ao “Jogo da Onça” sugerido nesta etapa, disponibilize o documento com as regras e indique que, se possível, assistam ao vídeo: “Museu do Brinquedo Popular: O Jogo da Onça”. Favela News, 22/10/2014. Disponível aqui.
Estabeleça um prazo para que assistam e respondam no caderno:
- Existe uma divindade indígena chamada Kianumaka-Manã, “deusa onça”, guerreira cuja mitologia a retrata como um espírito livre que abençoa os guerreiros nas batalhas. Vamos pensar: quais são as características marcantes das onças? Por que elas são importantes para essa divindade?
- Como esse jogo pode representar a relação de contato entre os indígenas e os europeus?
Problematização
Disponibilize a imagem da Fonte 1. Oriente-os a observá-la e responderem:
- Quais as diferenças e semelhanças entre os indígenas retratados nesta ilustração e nas fotografias mostradas no início da aula?
Disponibilize o texto da Fonte 2. Oriente-os a lerem com atenção e responderem:
- Os indígenas conseguiam traçar estratégias para resistir às agressividades dos europeus?
Com base nestas observações, devem responder:
- Como os jogos e as brincadeiras podem representar a resistência da população indígena contra a violência cultural e física, tanto no presente quanto no período de ocupação da América portuguesa?
Incentive a interação com os colegas por meio de mensagens, participação em um quiz no Mentimeter (veja como usá-lo aqui - ative a tradução da página), ou participação em videoconferência.
Sistematização
Oriente-os a elaborarem fichas com o título “Você Sabia?”, para explicar quais são as brincadeiras e jogos indígenas, as regras e como serviram para resistência física e cultural no passado e no presente. Os alunos poderão inserir desenhos ou fotografias aos textos elaborados, tornando-os ainda mais atrativos.
É interessante que você crie um mural virtual no qual os alunos possam postar os trabalhos, formando um “Museu dos brinquedos e jogos indígenas”. O Padlet é uma boa opção para fazer isso (veja como usá-lo aqui).
Convite às famílias
Convide as famílias a participarem do Jogo da Onça. Disponibilize o material com as regras e o tabuleiro, e oriente-os a construírem as peças com materiais que tenham em casa (tampinhas, sementes, massinha etc.). O vídeo a seguir também poderá ajudá-los a compreender sua dinâmica: “Museu do Brinquedo Popular: O Jogo da Onça”. Favela News. Disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Paulo Henrique Pacheco
Mentor: Andrea Paula Kamensky
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 7º ano
Unidade temática: A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano.
Objeto(s) de conhecimento: A conquista da América e as formas de organização política de indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação.
Habilidade(s) da BNCC: EF07HI09 Analisar os diferentes impactos da conquista europeia da América para as populações ameríndias e identificar as formas de resistência.
Palavras-chave: Ocupação, Brasil Colônia, portugueses, colonização, resistência indígena, brincadeiras indígenas, população.