Atividade para impressão - Para imprimir - Bilhete para as famílias - EDI1_18UN03
Plano de Aula
Plano de aula: Movimento sonoro
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Sons do corpo e do ambiente
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Para esta atividade antecipe para cada bebê:
Uma tornozeleira de cetim na medida de 3 cm x 20 cm e oito lacres de latas de refrigerante (arrecade-os antecipadamente mediante parceria com as famílias, os funcionários e demais membros da comunidade escolar). Passe a fita entre os lacres e dê um nó firme para garantir a segurança dos bebês.
Um porta-tornozeleira (confeccionado com uma lata de leite em pó) que será utilizado para despertar a curiosidade dos bebês.
Selecione algumas canções da cultura infantil interpretadas pelo grupo Barbatuques.
Materiais:
Uma pulseira ou tornozeleira sonora e uma lata de leite em pó vazia, limpa e com tampa para cada criança;
Aparelho de som ou outro dispositivo que reproduza as músicas selecionadas;
Músicas que inspiram descobrir o som do corpo, uma boa sugestão são as canções: Samba lelê, Peixinhos no mar, Escravos de Jó e Tum Pá, todas na interpretação do grupo Barbatuques.
Máquina fotográfica ou celular para registrar a atividade.
Espaços:
Organize previamente a sala ou outro ambiente com o qual os bebês estejam familiarizados para favorecer o envolvimento deles nesta atividade, dispondo um cesto ou caixa com os materiais a serem utilizados sobre tapete ou tecido, despertando curiosidade e, assim, potencializando os interesses das crianças.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais foram as iniciativas dos bebês ao explorar os sons produzidos com os objetos?
2. Durante a pesquisa sobre novas possibilidades sonoras quais foram as ações mais comuns dos bebês: moveram, removeram ou misturaram os objetos?
3. De que modo os pequenos perceberamque seus movimentos potencializam as experiências sonoras propostas?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Favoreça a participação de cada bebê atendendo às suas especificidades motoras, que neste subgrupo etário são muito distintas. Nesse contexto organize o espaço atendendo os bebês que já possuem independência ao se locomover: engatinhando, andando com ou sem apoio. Garanta também os suportes necessários para aqueles cujas condições sejam de deitar-se ou sentar-se, para que estejam inseridos nas situações de interação.
O que fazer durante?

1
Inicie a proposta disponibilizando aos bebês um cesto com as latas sonoras. Deixe que explorem esses materiais e observe o interesse de cada um. Aproxime-se das crianças nos pequenos e nos grandes grupos. Valide as iniciativas delas. Aguce a percepção sonora de todos, convidando-os a observar o resultado de suas ações. Inicie os registros por meio de fotos ou filmagens.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê sacode a lata. Outro bate uma lata na outra, atraindo a atenção dos colegas pelo som produzido nessa ação. Outro ainda rola a lata e observa atentamente o som emitido por esse movimento. Um bebê tenta abrir a lata.
2
Coloque a canção Tum Pá e continue a interação com os bebês. Note se a canção os inspira a realizar novos movimentos. Continue sua interação com as crianças e, ao passar entre elas, tente auxiliar a percepção sonora delas a partir da ação de cada uma sobre a lata. Note os bebês que sacodem, batem e rolam a lata e convide as demais crianças que estão próximas, seja individualmente, no pequeno ou no grande grupo a fazer isso também. É importante auxiliar os bebês menores, assistindo-os em suas especificidades quanto a segurar esse objeto. Se necessário, pegue a lata e aproxime-se do bebê fazendo movimentos com e para ele, a fim de que participe e perceba o som emitido por esse objeto.
3
Continue ouvindo as músicas do grupo Barbatuques e se aproxime dos bebês que demonstram estar mais familiarizados com as possibilidades da proposta. Para envolvê-los, pegue uma das latas, sacuda-a e pergunte se estão ouvindo os sons. Convide as crianças para sacudir as latas delas e peça para que notem que os objetos que seguram também fazem som. Vá conversando com os bebês e conte a eles que você colocou uma surpresa na lata e peça a ajuda deles para tirar a tampa dela.Quando abrir a lata, faça expressão de surpresa e compartilhe com eles que encontraram uma pulseira sonora. Amarre em seu braço e faça movimentos que favoreçam a emissão sonora do objeto. Algumas crianças vão se aproximar curiosas, pergunte a elas se também querem uma pulseirinha. Caso demonstrem desejar, ajude-as a abrir as latas e amarre as pulseiras de modo confortável nos pulsos delas. Faça isso de forma gradativa, aos poucos, conforme perceba o interesse das crianças.
4
Quando grande parte do grupo já estiver com as pulseiras, observe se as crianças percebem que, conforme movimentam os braços, o objeto faz barulho. Se aproxime novamente dos bebês nos formatos em que se encontram, nos pequenos grupos, duplas ou individualmente. Ao interagir com eles, ofereça tornozeleiras para os que desejarem uma. Encoraje aqueles que tem marcha a bate o pé no chão e aqueles que ainda não se locomovem com autonomia abalançar as pernas. Escolha uma música bem animada para tocar e permita aos bebês explorar livremente os movimentos de seus corpos atrelado ao uso desses materiais, para que façam suas próprias descobertas em relação às evidências sonoras, pois, ao realizar sons com o próprio corpo, os bebês estão construindo e sendo autores de suas ações e pensamentos, expressando todo um processo de criação.
5
Enquanto se envolvem com a atividade, dançando livremente, proponha uma brincadeira dirigida a partir da música Peixinhos no mar e incentive todos a dançar e realizarem alguns gestos comuns. Para isso escolha alguns marcos da canção para inspirar movimentos repetitivos, como por exemplo: todas as vezes que se ouve a palavra peixinho, convide as crianças a balançar as tornozeleiras batendo os pés. Ao ouvirem como poderei viver, peça que sacudam os bracinhos, para que a pulseira possa emitir som, dentre outras intervenções que considerar interessante compartilhar e que sejam possíveis de serem efetivadas pelos bebês.
Para finalizar:
Para finalizar a atividade, avise aos bebês que a proposta está quase chegando ao fim e que vocês irão dançar ao som da última música. Encoraje-os a balançar ainda mais braços e pernas para potencializar os sons emitidos por esses objetos. Quando a música terminar, relembre as crianças do combinado e ofereça os brinquedos de predileção da turma. Avise-as que enquanto brincam você irá retirar as pulseiras e as tornozeleiras delas. Conforme for retirando, peça ajuda para guardar esses materiais nas latas. Tranquilize-as informando que os materiais serão enviados para a casa de cada um, para que elas possam brincar de fazer sons com os familiares.
Desdobramentos
Estabeleça uma parceria com o professor da turma das crianças pequenas. Peça para que confeccione as pulseiras ou outros objetos sonoros para brincar com os bebês em uma atividade de interação, se possível em um ambiente conhecido pelos pequenos e que atenda às especificidades etárias deles. Na oportunidade, combine com o professor da outra turma que para que as crianças convidadas possam escolher o repertório musical para cantar junto com os bebês.
Engajando as famílias
No momento da saída entregue a lata juntamente com a pulseira para o responsável do bebê e, por meio de um bilhete, conte que esse objeto fez parte de uma experiência sonora que a turma vivenciou. Na oportunidade sugira que a família faça uso desse elemento em casa, em momentos de interação com o bebê. Veja uma sugestão de bilhete aqui.
Apresente a proposta
Faça um pequeno vídeo mostrando, de forma animada, como produzir movimentos sonoros com colares, pulseiras, molhos de chaves, dentre outros objetos que você tem em casa. Você pode colocar uma das músicas do grupo Barbatuques, indicadas no plano, e usar o espelho para potencializar a experiência, aproveitando para indicar que também utilizem o objeto com o bebê. Verifique se a equipe tem fotos de momentos parecidos na escola, tornando o contexto ainda mais significativo e envolvendo os bebês. Encerre convidando: “Que tal fazer uma brincadeira assim em casa e descobrir juntos esses e outros movimentos sonoros?” Envie por WhatsApp ou outra plataforma de comunicação com as famílias.
Adaptações necessárias
As famílias vão usar os objetos sonoros que tiverem em casa. Oriente que acompanhem o bebê durante todo processo para garantir sua segurança. Se não tiver espelho, o familiar pode funcionar como tal ao imitar as ações do bebê.
Sugira às famílias
Convide os familiares a permitir que o bebê brinque e explore os objetos sonoros livremente, a partir de seus interesses. Oriente que dancem com música, instigando o bebê com os sons dos objetos disponíveis. É importante que estejam sempre atentos aos gestos do bebê, nomeando-os e descobrindo juntos novos sons. Proponha brincadeiras divertidas, como cantar a música “Peixinhos do mar” falando o nome do bebê e dos familiares, para que fiquem em evidência e façam uma careta divertida, acompanhada de um movimento sonoro como, por exemplo, bater palmas. Assim, esse tempo ficará registrado com o prazer e a diversão de estar unido com a família, o que tende a gerar boas memórias afetivas que serão evocadas no futuro. Sugira que compartilhem uma foto com o registro dessa gostosa interação vivenciada.
Para compartilhar com o grupo
Convide as famílias a compartilhar os registros que fizeram, de modo que você possa montar um compilado das brincadeiras das famílias com os bebês envolvendo som e movimento. Conforme recebê-los, socialize com todas as famílias pela plataforma que sua rede está utilizando. Ao compartilhá-los, outras famílias tendem a fazer a atividade também. Quando retornarem à escola, reveja os registros com os bebês e amplie o repertório do grupo. Eles poderão brincar na escola do modo como faziam em casa. Esse movimento fortalece a conexão família-escola através do senso de pertencimento, o que favorece a reinserção no ambiente escolar quando o isolamento social terminar.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Tamira Paula Torres Martins de Souza
Mentora: Keli Luca
Especialista do subgrupo etário: Ana Teresa Gavião
Campos de Experiência: Traços, sons, cores e formas; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações; Corpo, gestos e movimentos.
Objetivos e códigos da Base
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças, balanços, escorregadores etc..)
(EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades.
Abordagem didática:
Os bebês adoram ouvir músicas, cantos de pássaros e cigarras, latidos de cachorro etc. A convivência com diferentes sons e ruídos traz descobertas, conhecimentos e curiosidade acerca do novo. A primeira fonte de exploração é o som do próprio corpo e do ambiente que os cerca. Assim, levar os bebês a se atentar aos sons da natureza ou da escola é ajudá-los a desenvolver competências relevantes para o processo de aprendizagem como a escuta, a atenção, a distinção. Ao convidá-los para realizar sons com o próprio corpo, oferecemos a eles a oportunidade construir autoria de pensamentos e ações.