Atividade para impressão - Para mostrar às crianças - Letra da música _Boneca de Milho - Gustavo Kurlat - EDI2_13UN02
Plano de Aula
Plano de aula: Brincadeiras de outras culturas
Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Brincadeiras de diferentes culturas
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Brincadeiras com diferentes elementos da natureza
Brincadeiras de outras culturas
Construido o próprio brinquedo
Materiais:
Cartaz com a letra da música “Boneca de Milho”, de Gustavo Kurlat. Bonecas de madeira, de sabugo de milho, de capim, de pinha, cavalinho de pau, peteca, aviãozinho e barquinho de folha de árvore, chocalhos de sementes. Cartelas com imagens e descrições de brinquedos ou brincadeiras de outras culturas (você pode utilizar as imagens ou se inspirar nas produções culturais do projeto Território do Brincar http://territoriodobrincar.com.br/). Tecidos não transparentes e fáceis de manusear, como algodão, poliéster, tricoline ou TNT. Banquinhos, mesinhas ou toalhas para compor os cantinhos. Cestos de vime, palha ou jornal e caixas de papelão para armazenar os brinquedos e as cartelas com imagens. A letra da música está disponível aqui.
Espaços:
Realize a atividade em área interna. Organize o espaço em estações com brinquedos ou cartelas com imagens de brinquedos ou brincadeiras de diferentes culturas (indígenas, quilombolas, rurais, urbanas, ribeirinhas, sertanejas, litorâneas), construídos a partir de elementos naturais, como madeiras, galhos, folhas, plantas, sementes, pedras etc. Cada estação deve ter, ao menos, um brinquedo ou cartela por criança, que podem ficar dispostos em cima de banquinhos, mesinhas ou ser armazenados em cestos ou caixas. Cubra os objetos com tecido ou outro material (TNT, por exemplo), para que sejam revelados em um segundo momento. A atividade deve começar em roda, com todo o grupo. Em seguida, as crianças serão divididas em pequenos grupos, podendo ou não atuar individualmente. Ao final, elas devem retornar à roda.
Tempo sugerido:
Entre 01 hora e 01 hora e 20 minutos
Perguntas para guiar suas observações:
1. De que forma as crianças demonstram interesse ao ouvir a música cantada a partir do cartaz?
2. Quais as formas de exploração das estações e os interesses manifestos durante o manuseio/uso dos brinquedos? As crianças reconhecem os objetos como brinquedos?
3. As crianças conseguem relatar suas experiências na exploração dos brinquedos? Quais as estratégias utilizadas para isso?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Ajude quem demonstra não se interessar pela atividade ou quem não explora os brinquedos por apresentar receio de tocar algum objeto. Nestes casos, acolha a criança para que ela experiencie a sensação de proteção e segurança, sabendo que pode contar com você. Convide todas as crianças a participar, mas respeite aquelas que não quiserem se envolver na situação.
O que fazer durante?

1
Convide todo o grupo para sentar em roda e inicie a contextualização da atividade, a partir da exploração da música que fala sobre um brinquedo feito com elemento da natureza. Conte que vocês irão falar sobre brinquedos e que elas poderão conhecer e construir muitos brinquedos. Mostre o cartaz perguntando se conseguem imaginar o que está escrito ali. Incentive que elas levantarem hipóteses sobre a atividade, até se aproximarem da ideia de que é a letra de uma música. Pergunte se conseguem imaginar para que escrevemos a letra de uma música no papel. Apoie as crianças naquilo que querem comunicar.
Possíveis falas do professor neste momento: Hoje eu trouxe um cartaz. Alguém imagina o que está escrito aqui? Vocês acham que nesse cartaz está escrito a letra de uma música? Por que será que escrevemos a letra de uma música no papel?
2
Cante ou leia a música do cartaz mostrando às crianças em que parte você está, passando os dedos em cada linha da letra. Em seguida, peça para que as crianças contem sobre o que fala a música.
3
Conte para as crianças que a atividade que farão agora tem a ver com a música que acabaram de ouvir. Peça que observem que, em cada canto da sala, há algo escondido embaixo de tecidos. Diga que você precisará da ajuda delas para retirá-los e descobrir o que são. Aguarde e veja as iniciativas das crianças, respeitando aquelas que não demonstraram muito interesse em participar. Nesse caso, convide a criança a lhe acompanhar na busca ou a observar, junto com você, o movimento dos colegas.
Possíveis falas do professor e das crianças neste momento: Vocês perceberam algo de diferente na sala? As crianças podemresponder que há algo escondido embaixo dos panos/tecidos e o professor pede ajuda delas para descobrir o que é: Que tal a gente descobrir o que é?
4
Conte às crianças que elas serão divididas em pequenos grupos e que cada grupo poderá escolher um canto da sala, para que descubram o que há embaixo dos tecidos. Deixe que as crianças explorem livremente os objetos e descubram o que são. Algumas crianças irão circular e encontrar seus caminhos de exploração. Outras podem observar antes de iniciar a exploração. Observe as crianças e registre suas iniciativas. Fique atento às ações que realizam com os elementos disponíveis e como interagem entre si. Procure intervir apenas se for solicitado ou convidado ou em caso de algum conflito ou disputa entre os pequenos. Observe se as crianças se ajudam nesse momento e respeite aquelas que não demonstrarem muito interesse em participar da atividade ou interagir com os demais.
5
Conforme as crianças vão explorando as estações, observe se elas demonstram curiosidade em manipular os diferentes objetos. Repare se reconhecem esses objetos como brinquedos, se constroem brincadeiras individuais ou coletivas com eles e se ajudam nos momentos de escolha. Registre as ações das crianças através de vídeos e fotografias.
Possíveis ações e falas do professor neste momento: Ao observar que uma criança não explora os brinquedos por receio de tocá-los, se aproxime e fale O que foi? Fique calmo! Você não precisa participar, se não quiser. Você reparou que tem outras coisas legais em outros espaços dessa sala? Que tal irmos descobrir o que há nos outros cantinhos?
6
Incentive as crianças a circularem pelo espaço, para que conheçam os diferentes brinquedos de cada estação. Oriente os pequenos grupos a trocarem de estação com os colegas ou a convidarem os colegas de outra estação para brincar junto.
Possíveis falas do professor neste momento: Vocês repararam que há outros objetos ali no outro canto da sala? Que tal descobrirem o que são? Olha que legal a brincadeira do seu colega! Por que você não vai até ele e pede para brincar também? Você reparou que há cartazes com figuras naquela mesa? Vamos lá ver o que são?. Pergunte à criança se ela sabe o que é a imagem do cartaz. Leia o nome do brinquedo ou brincadeira seguindo a leitura com o dedo, para que a criança o acompanhe.
Para finalizar:
Avise a todos que em cinco minutos irão terminar o que estão fazendo e que você precisa da ajuda deles para guardar os materiais e arrumar o espaço. Passados os cinco minutos, explique que chegou a hora de guardar. Anuncie que, após guardarem tudo, as crianças devem sentar em roda para compartilhar as descobertas e opiniões.
Desdobramentos
Utilize outras formas para apresentar às crianças as brincadeiras e brinquedos de diferentes culturas. É possível fazer isso mostrando vídeos(o projeto Território do Brincar tem diversos vídeos curtos com essa temática), organizando um passeio para alguma exposição ou visitando algum membro da comunidade que possa vir à unidade de educação infantil para mostrar, ensinar ou confeccionar, junto às crianças, esses brinquedos ou brincadeiras.
Engajando as famílias
Compartilhe alguns registros da atividade com as famílias, enviando fotos e vídeos dos momentos de exploração. Você pode aproveitar esse contexto para comunicar às famílias que pessoas que têm experiências de brincadeiras ou brinquedos de outras culturas (indígenas, quilombolas, rurais, urbanas, ribeirinhas, sertanejas, litorâneas) são bem-vindas na unidade de educação infantil. Aproveite para identificar, entre as famílias, quem poderia mostrar, ensinar ou confeccionar, junto às crianças, esses brinquedos ou brincadeiras.
Brincadeiras de diferentes culturas
Apresente a proposta
Grave um vídeo e o envie para as famílias, através de Whatsapp ou outra plataforma de comunicação que a rede esteja utilizando, conversando com as crianças sobre as diversas brincadeiras que existem. Para isso, mostre algumas imagens de brincadeiras que encontramos pelo Brasil (link aqui), fale das suas experiências com brincadeiras na sua infância e, se possível, apresente fotos suas na infância também. Ainda no vídeo, informe às crianças que elas poderão vivenciar muitas atividades interessantes com os familiares a partir de diferentes brincadeiras e que, posteriormente, será marcado um encontro virtual para que todos compartilhem as vivências.
Adaptações necessárias
A realização desta sequência pressupõe a utilização de materiais diversos, alguns naturais, e outros de largo alcance, como: pedaços de madeira, argila, caixas de papelão, lãs, penas, folhas, galhos, sabugos de milho, pedras, capim, tecidos, barbante, carretéis, embalagens de lata, plástico e papelão. Caso a família não disponha de um quintal no lugar onde mora, sugira que busque identificar, em casa, quais materiais são de origem natural, a exemplo dos alimentos.
Sugira às famílias
Nesta sequência, o diálogo da família com as crianças será bem importante, pois será um momento de reviver memórias através de histórias vividas na infância com as brincadeiras.
1) Brincadeiras com diferentes elementos da natureza - Oriente às famílias que, caso não tenham quintal disponível no ambiente de casa, identifiquem os elementos de origem natural que existem em casa, como flores, alimentos tipo verduras, frutas, raízes, folhagens etc., para que as crianças possam explorá-los. Diante dos elementos naturais, oriente às famílias que conversem com as crianças sobre eles, destacando as origens e características. Conforme as crianças forem explorando os elementos da natureza livremente, convide às famílias a observarem as ações que realizam e os significados que dão aos elementos. Peça para que reparem se elas fazem relação entre eles ou uso destes elementos para construir algum brinquedo ou brincadeira.
2) Brincadeiras de outras culturas - Envie para as famílias as imagens sobre brincadeiras diversas que você apresentou no vídeo. Sugira que possam mostrá-lo, mais uma vez, para a criança, dando mais tempo para que apreciem as imagens e conversem sobre elas, atentando para os detalhes. Na falta de elementos naturais para construir o brinquedo, sugira que a família possa utilizar materiais que geralmente têm em casa, como: palitos, folhas de papel, cordões, fitas adesivas etc. Oriente que a família disponha os materiais no espaço em que a criança irá utilizar para produzir o brinquedo, de forma organizada e atrativa. Oriente que deixem que a criança explore livremente os materiais e descubra o que são. Convide os familiares a observarem a criança e as iniciativas dela. Mostre que é importante ficarem atentos às ações que ela realiza com os elementos disponíveis, como interagem com eles e com os familiares. Oriente que procurem intervir apenas se forem solicitados, convidados ou em caso de algum conflito diante do uso dos materiais.
3) Brincadeiras de outras épocas - Envie para as famílias o link com a história Guilherme Augusto Araújo Fernandes (link aqui). Sugira que preparem um ambiente bem aconchegante para a criança ouvir a história, que pode ser reproduzida pela TV, computador ou celular. Após a história, oriente que os familiares conversem com a criança sobre o enredo, se conhecem as brincadeiras que aparecem nela, e sobre os tempos de infância deles, falando sobre o que mais gostavam de brincar. Para esta atividade, oriente que escolham, previamente, um brinquedo da época de infância deles, para mostrarem à criança e proporem a construção dele, sendo necessário providenciarem, também, os materiais para a confecção do brinquedo. No momento da construção, oriente os familiares que permitam à criança a livre exploração dos materiais e incentivem as iniciativas dela para a confecção do brinquedo. Lembre a importância da criança tentar construir o próprio brinquedo de forma independente, e que os familiares a apoiem, caso seja necessário.
4) Construindo o próprio brinquedo - Nesta atividade, a criança terá a oportunidade de criar o próprio brinquedo. Para isso, oriente aos familiares que disponham para ela diferentes portadores textuais, como livros, encartes e revistas. Neles, devem aparecer imagens de brinquedos que possam ser facilmente confeccionados pelas crianças, como cavalinho de pau, peteca de pano, de folha, bola de meia, boneca de milho, carrinho de embalagem, de carretel, telefone de lata, fogãozinho e casinha de papelão. Além das imagens, oriente que preparem o espaço que a criança irá utilizar com materiais diversos, como pedaços de madeira, caixas de papelão, lãs, penas, folhas, galhos, sabugos de milho, pedras, capim, tecidos, barbante, carretéis, embalagens de lata, plástico e papelão, para que possam escolher com quais irão construir o brinquedo. Convide os familiares a incentivarem a criança a observar como o brinquedo escolhido foi feito, atentando-se aos materiais utilizados na confecção. Mostre a importância de ajudá-la a planejar a execução da atividade, reunindo os materiais necessários antes de iniciar a produção do brinquedo.
5) Brincando com os colegas - Oriente aos familiares que preparem as crianças para mostrar aos colegas os brinquedos que foram construídos através de um encontro virtual que você marcará entre a turma. Peça que orientem as crianças a falarem sobre as construções, os materiais utilizados e como podem brincar com o brinquedo confeccionado.
Para compartilhar com o grupo
Marque um encontro virtual com todo o grupo e, para isso, combine com a família o melhor dia e horário, informando previamente qual será o motivo desse encontro e como ele irá acontecer. No momento do encontro virtual, lembre as regras de comunicação para que todos possam falar e ser ouvidos. A ideia é que todos compartilhem as vivências que tiveram com os brinquedos, as brincadeiras e mostrem o brinquedo que foi construído, socializando como foi feito. No final do encontro, faça uma foto com todos na tela mostrando os brinquedos e, depois, compartilhe com as famílias.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autora: Roselaine Pontes de Almeida
Mentora: Vládia Maria Eulálio Raposo Freire Pires
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos
Campos de Experiência: Escuta, fala, pensamento e imaginação.
Objetivos e códigos da Base
Centrais:
(EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e, principais, acontecimentos.
(EI02EF05) Relatar experiências e fatos acontecidos, histórias ouvidas, filmes ou peças teatrais assistidos etc.
Transversal:
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações e com orientação do adulto-leitor, indicando a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita).
Abordagem didática: A brincadeira é uma estratégia utilizada pelas crianças para conhecer o mundo e dar significado a ele. Por isso, atividades que envolvam, além da brincadeira propriamente dita, conversas, pesquisas e interações sobre o tema podem gerar aprendizagens de diferentes campos de experiências e ampliar os conhecimentos sobre os brinquedos e as brincadeiras de culturas diferentes. Essas propostas podem integrar momentos mais dirigidos, com outros de livre escolha.