E o resultado da minha escola no Ideb foi...
A nota fez a equipe parar para refletir sobre os pontos que impactaram no índice da instituição
PorMara Mansani
19/09/2016
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Jornalismo
PorMara Mansani
19/09/2016
Mara Mansani e suas colegas da EE Professora Laila Galep Sacker, em Sorocaba (SP), avaliam os resultados obtidos no Ideb 2015. (Foto: Mariana Pekin)
Saiu o resultado do Ideb 2015 das duas escolas em que trabalho. E, em ambos os casos, posso dizer que vieram boas notícias do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo índice. Antes de falar dos números, é bom lembrar: o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mede a qualidade da aprendizagem e estabelece metas para a melhoria do ensino em nosso país. A nota é calculada a partir da taxa de rendimento escolar (aprovação) e das médias de desempenho dos alunos nos exames.
Quero começar pela EE Professora Laila Galep Sacker, em Sorocaba (SP). Lá, mais uma vez, tivemos um bom resultado: 7,3, o de 2013. É lógico que ficamos felizes, mas não surpresos. Sabíamos que seria assim. Trabalhamos muito para isso e nosso foco principal foi a aprendizagem dos alunos, o que é mais importante que o número em si.
Mais do que comemorar, nossa preocupação foi refletir sobre os fatores que levaram ao bom desempenho. Conversando com toda a equipe, concluímos que os seguintes pontos foram importantes:
Vamos agora à outra escola em que trabalho, a EMEF Professora Silvia Haddad, em Salto de Pirapora, também no interior de São Paulo. A instituição vem crescendo no Ideb. Em 2015, saímos de 5,6 para 5,9.
Os pontos positivos que apresentei em relação à Laila Galep Sacker também valem para a Silvia Haddad. Mas, além deles, destaco na escola de Salto de Pirapora a produtividade das trocas que têm ocorrido nas horas de trabalho pedagógico coletivo (htpc), estimulada pela coordenadora Patrícia.
O caminho para os bons resultados é árduo e de muita pressão. Conquistar e manter um Ideb alto não é tarefa fácil, mas quando caminhamos juntos, sem isolar os professores do 5º ano como os únicos responsáveis pelos resultados, temos mais chances de alcançar o sucesso e beneficiar todos os alunos. A responsabilidade da aprendizagem não é só de um ou de outro, é de todos.
Mas que fique clara uma coisa: o que define uma boa escola não é somente a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames. Uma boa escola é muito mais do que isso, é aquela que tem uma equipe unida, bem preparada, com liberdade de expressão e clareza sobre o papel que exerce. Essa instituição tem professores bem remunerados e felizes em sua profissão, espaços de aprendizagem que atendam às necessidades físicas e motoras de todos, oferece uma boa biblioteca, laboratórios de informática com internet e materiais pedagógicos adequados. Imagine a escola que podemos construir se tivermos mais apoio, seja do governo ou das famílias, além de mais investimentos, parcerias e políticas públicas melhores? Sem apoio, não há Educação de qualidade. Em resumo, uma boa escola é aquela que realmente pode ser de todos!
Um abraço a todos e até a próxima segunda,
Mara Mansani
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