Contexto 1 - Imagens: Cordel e religiosos
Plano de Aula
Plano de aula: Revoltas rurais da Primeira República: Canudos e Contestado
Plano 2 de uma sequência de 3 planos. Veja todos os planos sobre Da Primeira República ao fim da Era Vargas
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF09HI01, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Projetor para a projeção do cordel e imagens ou cópias impressas do cordel e das imagens, além de cópias impressas dos textos.
Material complementar:
Contexto 1 - Imagens: Cordel e religiosos para impressão:
Problematização 1 - Texto e questões: Guerra de Canudos para impressão:
Problematização 2 - Texto e questões: Guerra do Contestado para impressão:
Problematização 3 - Respostas para as perguntas dos textos para impressão:
Para você saber mais:
ABI-RAMIA, Jeanne. A Guerra do Contestado. Rio de Janeiro: Multirio, 2016. Disponível em: <http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/11064-a-guerra-do-contestado>. Acesso em: 10 fev. 2019.
CARVALHO, Tarcísio Motta de. Coerção e consenso na Primeira República: A Guerra do Contestado (1912 - 1916). Niterói-RJ: Universidade Federal Fluminense, 2009. (Tese de Doutorado). Disponível em: <http://www.historia.uff.br/stricto/td/1155.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2019.
HAURÉLIO, Marco. Breve história da literatura de cordel. São Paulo: Claridade, 2016. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=vHFoDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT5&dq=literatura+de+cordel+na+escola&ots=-LXZxLR5ss&sig=OwHfyjmJqx6oC3t-YvOkXgVBjXI#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 9 fev. 2019.
HERMANN. Jacqueline. Canudos destruído em nome da República: Uma reflexão sobre as causas políticas do massacre de 1897. Rio de Janeiro: Tempo, vol. 2, n°. 3, 1996, p. 81-105. Disponível em: <http://www.conhecer.org.br/download/cp/HISTORIA%20DO%20BRASIL/LEITURA%20ANEXA%20MODULO%20III%20-%20d.pdf>.
Acesso em: 8 fev. 2019.
MACHADO, Paulo Pinheiro. A aventura cabocla do Contestado: o conflito e seu desfecho. Brasília: Arquivo Nacional, 2018. Disponível em: <http://brasilrepublicano.an.gov.br/temas/97-tema-contestado.html>. Acesso em: 10 fev. 2019.
PROJETO CORDEL. Como escrever um cordel? Disponível em: <http://www.projetocordel.com.br/como-escrever-um-cordel.php>.
Acesso em: 10 fev. 2019.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Para a vivência desta aula, solicite que os alunos se organizem em grupos de três ou quatro integrantes. O direcionamento da escolha das equipes poderá ser realizado pelos próprios alunos ou por você com o objetivo de garantir que possam realizar com sucesso a atividade proposta.
É importante iniciar a aula apresentando o objetivo para os estudantes. O objetivo poderá ser projetado, escrito no quadro ou lido para a turma. Este momento é bem relevante para que os estudantes compreendam a temática que será estudada e qual a sua importância para compreensão do período republicano brasileiro. No entanto, procure não antecipar algumas questões neste início, a fim de garantir a atenção e o interesse dos alunos durante toda a vivência da aula.
A proposta desta aula é é que os alunos identifiquem as principais semelhanças e diferenças entre as principais revoltas rurais da Primeira República Brasileira: Canudos e Contestado.
Contexto
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: Projete, escreva no quadro ou entregue cópias impressas aos alunos do trecho do cordel. Leia e depois pergunte aos alunos:
- Do que trata o cordel?
- Quem é o santo, mito, guerrilheiro retratado no texto?
- Qual é a perspectiva do autor do cordel a respeito da Guerra de Canudos?
Espera-se que os alunos respondam que o cordel retrata a Guerra de Canudos (perceptível no título), que o santo, o mito, o guerrilheiro retratado no texto é Antônio Vicente ou Antônio Conselheiro e que o autor estava do lado da população de Canudos porque deu destaque aos “milhares assassinados, vencidos caluniados” e falou bem de Antônio Conselheiro, que pertencia à comunidade sendo que “foi de Quixeramobim acender o estopim na bomba do formigueiro”. Explique aos alunos que o cordel é um gênero literário popular rimado tradicional do Nordeste, escrito pelo povo, para o povo e com o ponto de vista do povo. Explique que Antônio Conselheiro foi o religioso que liderou a comunidade de Canudos em sua revolta. Por a população acreditar na santidade de Conselheiro, ele é chamado de líder messiânico, e o movimento comandado por ele de messianismo. Esclareça que o termo messias está relacionado a uma figura redentora prometida por Deus para redimir os pecados da sociedade. Apresente então a imagem de Antônio Conselheiro e peça que os alunos a descrevam. Chame a atenção dos estudantes para as roupas utilizadas por Antônio Conselheiro, o cajado que tem na mão e sua postura na imagem.
Em seguida, explique que no Brasil ocorreram outros movimentos messiânicos, como o que liderou posseiros e pequenos proprietários de terra na Guerra do Contestado. Apresente a foto de João Maria de Jesus, um dos monges que lideraram este movimento. Peça para que os estudantes descrevam a imagem. Chame a atenção para as roupas usadas por João Maria, a barba, o turbante, sua postura, e o fato de a legenda da fotografia afirmar que na data o monge possuía 180 anos de idade.
Questione se os estudantes já conheciam algum destes religiosos e se já ouviram falar sobre os conflitos de Canudos e Contestado. Anote as principais informações dadas pelos estudantes durante esta etapa da aula no quadro.
Material complementar:
Contexto 1 - Imagens: Cordel e religiosos para impressão:
Como adequar à sua realidade: Se a escola se localiza no Ceará, informe que houve um movimento messiânico no estado, o Caldeirão de Santa Cruz do Deserto (1926-1937), liderado pelo beato José Lourenço. Se está no Rio Grande do Sul, informe que o estado teve três movimentos messiânicos: Muckers (1868-1874), liderado por Jacobina Mentz Mauer; Monges do Pinheirinho (1902); e Monges Barbudos (1935-1938), liderado por André Ferreira França.
Para você saber mais:
HERMANN. Jacqueline. Canudos destruído em nome da República: Uma reflexão sobre as causas políticas do massacre de 1897. Rio de Janeiro: Tempo, vol. 2, n°. 3, 1996, p. 81-105. Disponível em: <http://www.conhecer.org.br/download/cp/HISTORIA%20DO%20BRASIL/LEITURA%20ANEXA%20MODULO%20III%20-%20d.pdf>.
Acesso em: 8 fev. 2019.
CARVALHO, Tarcísio Motta de. Coerção e consenso na Primeira República: A Guerra do Contestado (1912 - 1916). Niterói-RJ: Universidade Federal Fluminense, 2009. (Tese de Doutorado). Disponível em: <http://www.historia.uff.br/stricto/td/1155.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2019.
HAURÉLIO, Marco. Breve história da literatura de cordel. São Paulo: Claridade, 2016. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=vHFoDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT5&dq=literatura+de+cordel+na+escola&ots=-LXZxLR5ss&sig=OwHfyjmJqx6oC3t-YvOkXgVBjXI#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 9 fev. 2019.
Contexto
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: Projete, escreva no quadro ou entregue cópias impressas aos alunos do trecho do cordel. Leia e depois pergunte aos alunos:
- Do que trata o cordel?
- Quem é o santo, mito, guerrilheiro retratado no texto?
- Qual é a perspectiva do autor do cordel a respeito da Guerra de Canudos?
Espera-se que os alunos respondam que o cordel retrata a Guerra de Canudos (perceptível no título), que o santo, mito, guerrilheiro retratado no texto é Antônio Vicente ou Antônio Conselheiro e que o autor estava do lado da população de Canudos, porque deu destaque aos “milhares assassinados, vencidos caluniados” e falou bem de Antônio Conselheiro, que pertencia à comunidade sendo que “foi de Quixeramobim acender o estopim na bomba do formigueiro”. Explique aos alunos que o cordel é um gênero literário popular rimado tradicional do Nordeste, escrito pelo povo, para o povo e com o ponto de vista do povo. Explique que Antônio Conselheiro foi o religioso que liderou a comunidade de Canudos em sua revolta. Por a população acreditar na santidade de Conselheiro, ele é chamado de líder messiânico, e o movimento comandado por ele de messianismo. Esclareça que o termo messias está relacionado a uma figura redentora prometida por Deus para redimir os pecados da sociedade. Apresente então a imagem de Antônio Conselheiro e peça que os alunos a descrevam. Chame a atenção dos estudantes para as roupas utilizadas por Antônio Conselheiro, o cajado que tem na mão e sua postura na imagem.
Em seguida, explique que no Brasil ocorreram outros movimentos messiânicos, como o que liderou posseiros e pequenos proprietários de terra na Guerra do Contestado. Apresente a foto João Maria de Jesus, um dos monges que lideraram este movimento. Peça para que os estudantes descrevam a imagem. Chame a atenção para as roupas usadas por João Maria, a barba, o turbante, sua postura, e o fato de a legenda da fotografia afirmar que na data o monge possuía 180 anos de idade.
Questione se os estudantes já conheciam algum destes religiosos e se já ouviram falar sobre os conflitos de Canudos e Contestado. Anote as principais informações dadas pelos estudantes durante esta etapa da aula no quadro.
Material complementar:
Contexto 1 - Imagens: Cordel e religiosos para impressão:
Como adequar à sua realidade: Se a escola se localiza no Ceará, informe que houve um movimento messiânico no estado, o Caldeirão de Santa Cruz do Deserto (1926-1937), liderado pelo beato José Lourenço. Se está no Rio Grande do Sul, informe que o estado teve três movimentos messiânicos: Muckers (1868-1874), liderado por Jacobina Mentz Mauer; Monges do Pinheirinho (1902); e Monges Barbudos (1935-1938), liderado por André Ferreira França.
Para você saber mais:
HERMANN. Jacqueline. Canudos destruído em nome da República: Uma reflexão sobre as causas políticas do massacre de 1897. Rio de Janeiro: Tempo, vol. 2, n°. 3, 1996, p. 81-105. Disponível em: <http://www.conhecer.org.br/download/cp/HISTORIA%20DO%20BRASIL/LEITURA%20ANEXA%20MODULO%20III%20-%20d.pdf>.
Acesso em: 8 fev. 2019.
CARVALHO, Tarcísio Motta de. Coerção e consenso na Primeira República: A Guerra do Contestado (1912 - 1916). Niterói-RJ: Universidade Federal Fluminense, 2009. (Tese de Doutorado). Disponível em: <http://www.historia.uff.br/stricto/td/1155.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2019.
HAURÉLIO, Marco. Breve história da literatura de cordel. São Paulo: Claridade, 2016. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=vHFoDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT5&dq=literatura+de+cordel+na+escola&ots=-LXZxLR5ss&sig=OwHfyjmJqx6oC3t-YvOkXgVBjXI#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 9 fev. 2019.
Contexto
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: Projete, escreva no quadro ou entregue cópias impressas aos alunos do trecho do cordel. Leia e depois pergunte aos alunos:
- Do que trata o cordel?
- Quem é o santo, mito, guerrilheiro retratado no texto?
- Qual é a perspectiva do autor do cordel a respeito da Guerra de Canudos?
Espera-se que os alunos respondam que o cordel retrata a Guerra de Canudos (perceptível no título), que o santo, o mito, o guerrilheiro retratado no texto é Antônio Vicente ou Antônio Conselheiro e que o autor estava do lado da população de Canudos, porque deu destaque aos “milhares assassinados, vencidos caluniados” e falou bem de Antônio Conselheiro, que pertencia à comunidade sendo que “foi de Quixeramobim acender o estopim na bomba do formigueiro”. Explique aos alunos que o cordel é um gênero literário popular rimado tradicional do Nordeste, escrito pelo povo, para o povo e com o ponto de vista do povo. Explique que Antônio Conselheiro foi o religioso que liderou a comunidade de Canudos em sua revolta. Por a população acreditar na santidade de Conselheiro, ele é chamado de líder messiânico, e o movimento comandado por ele de messianismo. Esclareça que o termo messias está relacionado a uma figura redentora prometida por Deus para redimir os pecados da sociedade. Apresente então a imagem de Antônio Conselheiro e peça que os alunos a descrevam. Chame a atenção dos estudantes para as roupas utilizadas por Antônio Conselheiro, o cajado que tem na mão e sua postura na imagem.
Em seguida, explique que no Brasil ocorreram outros movimentos messiânicos, como o que liderou posseiros e pequenos proprietários de terra na Guerra do Contestado. Apresente a foto de João Maria de Jesus, um dos monges que lideraram este movimento. Peça para que os estudantes descrevam a imagem. Chame a atenção para as roupas usadas por João Maria, a barba, o turbante, sua postura, e o fato de a legenda da fotografia afirmar que na data o monge tinha 180 anos de idade.
Questione se os estudantes já conheciam algum desses religiosos e se já ouviram falar sobre os conflitos de Canudos e Contestado. Anote as principais informações dadas pelos estudantes durante esta etapa da aula no quadro.
Material complementar:
Contexto 1 - Imagens: Cordel e religiosos para impressão:
Como adequar à sua realidade: Se a escola se localiza no Ceará, informe que houve um movimento messiânico no estado, o Caldeirão de Santa Cruz do Deserto (1926-1937), liderado pelo beato José Lourenço. Se está no Rio Grande do Sul, informe que o estado teve três movimentos messiânicos: Muckers (1868-1874), liderado por Jacobina Mentz Mauer; Monges do Pinheirinho (1902); e Monges Barbudos (1935-1938), liderado por André Ferreira França.
Para você saber mais:
HERMANN. Jacqueline. Canudos destruído em nome da República: Uma reflexão sobre as causas políticas do massacre de 1897. Rio de Janeiro: Tempo, vol. 2, n°. 3, 1996, p. 81-105. Disponível em: <http://www.conhecer.org.br/download/cp/HISTORIA%20DO%20BRASIL/LEITURA%20ANEXA%20MODULO%20III%20-%20d.pdf>.
Acesso em: 8 fev. 2019.
CARVALHO, Tarcísio Motta de. Coerção e consenso na Primeira República: A Guerra do Contestado (1912 - 1916). Niterói-RJ: Universidade Federal Fluminense, 2009. (Tese de Doutorado). Disponível em: <http://www.historia.uff.br/stricto/td/1155.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2019.
HAURÉLIO, Marco. Breve história da literatura de cordel. São Paulo: Claridade, 2016. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=vHFoDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT5&dq=literatura+de+cordel+na+escola&ots=-LXZxLR5ss&sig=OwHfyjmJqx6oC3t-YvOkXgVBjXI#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 9 fev. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 22 minutos.
Orientações: Entregue para metade dos grupos o texto e as perguntas sobre Canudos e a outra metade o texto e as perguntas sobre Contestado. Dê às equipes 10 minutos para ler os textos e responder as questões. Esteja acessível caso os grupos necessitem de orientação. No fim do tempo estipulado, informe que com base nas respostas os grupos irão ajudar a construir um quadro comparativo entre as duas guerras. Na tabela devem constar as perguntas: O quê? Quando? Quem? Por quê? Como terminou? Vá convidando alunos para dar as respostas. Depois que um aluno tenha respondido, pergunte se alguma equipe colocou uma resposta diferente. Se surgirem respostas conflitantes, estimule os alunos a argumentar em favor da sua resposta. Caso nenhuma equipe tenha encontrado a resposta correta de acordo com o texto, ajude-os a raciocinar fazendo perguntas sobre o texto que os leve a encontrar as respostas, retomando trechos dos textos que respondem os questionamentos.
Depois de o quadro ter sido terminado, peça que os alunos comentem as semelhanças e diferenças entre as duas guerras. Espera-se que percebam como semelhanças o fato de tanto Canudos como o Contestado ser formado por sertanejos, os líderes serem religiosos, terem sido cruelmente exterminados pelas forças militares e que envolveram os interesses de grandes fazendeiros. Ao falar sobre o fim de Canudos, retome o cordel do início, em especial a última estrofe e peça que os alunos comentem. Como diferenças espera-se que citem a localização dos eventos, que no Contestado houve mais de uma figura religiosa que liderou o movimento, que a Guerra de Canudos estava diretamente ligada ao objetivo de acabar de vez com qualquer manifestação em favor da recém-extinta monarquia, e o período em que ocorreram. Explique aos alunos que, apesar de ter ocorrido com um intervalo de aproximadamente 15 anos, ambas as guerras ocorreram no período da Primeira República.
Material complementar:
Problematização 1 - Texto e questões: Guerra de Canudos para impressão:
Problematização 2 - Texto e questões: Guerra do Contestado para impressão:
Problematização 3 - Respostas para as perguntas dos textos para impressão:
Para você saber mais:
ABI-RAMIA, Jeanne. A Guerra do Contestado. Rio de Janeiro: Multirio, 2016. Disponível em: <http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/11064-a-guerra-do-contestado>. Acesso em: 10 fev. 2019.
CARVALHO, Tarcísio Motta de. Coerção e consenso na Primeira República: A Guerra do Contestado (1912 - 1916). Niterói-RJ: Universidade Federal Fluminense, 2009. (Tese de Doutorado). Disponível em: <http://www.historia.uff.br/stricto/td/1155.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2019.
HERMANN. Jacqueline. Canudos destruído em nome da República: Uma reflexão sobre as causas políticas do massacre de 1897. Rio de Janeiro: Tempo, vol. 2, n°. 3, 1996, p. 81-105. Disponível em: <http://www.conhecer.org.br/download/cp/HISTORIA%20DO%20BRASIL/LEITURA%20ANEXA%20MODULO%20III%20-%20d.pdf>.
Acesso em: 8 fev. 2019.
MACHADO, Paulo Pinheiro. A aventura cabocla do Contestado: o conflito e seu desfecho. Brasília: Arquivo Nacional, 2018. Disponível em: <http://brasilrepublicano.an.gov.br/temas/97-tema-contestado.html>. Acesso em: 10 fev. 2019.
Sistematização
Tempo sugerido: 16 minutos.
Orientações: Retome o cordel que inicia a aula, projetando-o novamente ou pedindo para que os alunos retomem as suas cópias. Releia a primeira estrofe e pergunte aos alunos se há alguma semelhança na maneira como as quatro frases foram escritas. Espera-se que os alunos percebam que o segundo verso rima com o quarto e o sétimo, e o quinto rima com o sexto. Também é possível que percebam que os versos têm o mesmo tamanho. Informe que este cordel é feito em septilhas (sete sílabas poéticas por verso). Demonstre isso fazendo a separação das sílabas da seguinte maneira:
Vou/ na/rrar/ pros/ seus/ lei/to/res
1 2 3 4 5 6 7
Num/ tra/ba/lho/ cons/ci/en/te
1 2 3 4 5 6 7
A/ cam/pa/nha/ de/ ca/nu/dos
1 2 3 4 5 6 7
A/ mai/or/ do/ con/ti/ne/nte…
1 2 3 4 5 6 7
Mi/lha/res/ a/ssa/ssi/na/dos
1 2 3 4 5 6 7
Ven/ci/dos,/ ca/lu/ni/a/dos
1 2 3 4 5 6 7
Na/ his/tó/ria/ con/tun/den/te
1 2 3 4 5 6 7
Explique aos alunos que esta separação das sílabas ocorre de maneira fonética (pelo som) e por isso não segue fielmente as regras gramaticais. Também explique que na contagem das sílabas poéticas só se conta até a última sílaba tônica da palavra. Neste exemplo, todas as palavras do final dos versos são paroxítonas (a sílaba tônica é a penúltima), por isso a última sílaba não é contada. Se a última palavra for proparoxítona (a sílaba tônica é a antepenúltima), como na palavra “árbitro”, só seria contado até a sílaba ÁR, deixando as outras duas de fora. E se a última palavra for oxítona (a sílaba tônica é a última), como na palavra “favor”, todas as sílabas do verso serão contadas.
Depois desta breve explicação, diga que agora eles serão os cordelistas. Cada equipe deverá escrever uma estrofe de sete versos em septilhas dando o seu ponto de vista a respeito da Guerra de Canudos e do Contestado. Espera-se que os alunos tomem um posicionamento diante dos conflitos e argumentem a favor desse posicionamento por meio de versos. Não é necessário que as rimas sigam a ordem da estrofe acima, mas é absolutamente necessário que a estrofe tenha ao menos duas rimas diferentes.
Caso seja possível, você pode propor um trabalho interdisciplinar com o professor de Português, para um aprofundamento sobre a literatura de cordel e até mesmo uma exposição dos seus cordéis para o restante da escola.
Para você saber mais:
PROJETO CORDEL. Como escrever um cordel? Disponível em: <http://www.projetocordel.com.br/como-escrever-um-cordel.php>.
Acesso em: 10 fev. 2019.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: PDF com documentos de texto, imagens, áudio ou vídeo, com orientações do professor.
- Optativas: Google Sala de Aula, Padlet, Google Meet.
Contexto
Encaminhe o objetivo da aula, as imagens, o cordel e as questões que irão nortear a análise destes documentos. Utilize o meio que for mais adequado à sua realidade, por escrito, via e-mail, Whatsapp, Facebook, Google Sala de Aula etc.
Questões para refletir:
- Quem é o santo, mito, guerrilheiro retratado no cordel?
- Como são as roupas utilizadas pelos dois homens das imagens? O que vestem nos pés? Trazem algo na mão? Como é a sua postura?
Questões para responder:
- Que semelhanças você encontrou entre os dois homens das imagens?
- Qual é a opinião do autor do Cordel sobre a Guerra de Canudos e Antônio Conselheiro?
Estabeleça um tempo para que os estudantes enviem as respostas por escrito, em formato de vídeo ou áudio, através de e-mail, Google Sala de Aula, Whatsapp ou outra ferramenta que estejam utilizando.
Você pode enviar pequenos áudios ou vídeos esclarecendo dúvidas, fazendo correções e pontuando informações que tenham ficado de fora.
Outra alternativa para esta etapa é marcar uma aula síncrona com os estudantes, via Google hangouts, Meets ou outra plataforma, para que os estudantes possam responder às questões, debater as opiniões. Dessa forma, você poderá fazer correções e pontuações.
Problematização
Para esta etapa da aula, você pode trabalhar com os alunos agrupados ou individualmente. De qualquer forma, distribua os dois textos com as respectivas perguntas, de maneira que metade da sala trabalhe com a Guerra de Canudos e outra metade com a Guerra de Contestado.
Você pode encaminhar os textos e as perguntas por e-mail, Whatsapp, e várias outras formas. Se estiver usando o Google Sala de Aula, você pode criar uma atividade diferente para cada metade da turma utilizando o Google Formulários.
Para a produção do quadro comparativo entre as duas revoltas, você pode pedir para que os alunos façam-no conjuntamente, em um documento compartilhado no Google Drive da turma, preenchendo os requisitos de cada coluna, conforme as orientações da problematização. Também é possível fazer esta atividade utilizando um mural no Padlet. Você pode criar as colunas para as duas revoltas e pedir para que coloquem as respostas. O importante é que os estudantes possam entrar em contato com a análise das duas revoltas, para que consigam fazer a comparação.
Incentive-os que vejam e comentem as análises dos colegas e, se possível, marque um momento síncrono para que possam discutir o que aprenderam sobre cada revolta.
Sistematização
Nesta etapa, você pode propor que os estudantes permaneçam agrupados ou que trabalhem sozinhos.
Você pode encaminhar o link para o site Projeto Cordel (presente nas orientações) para ajudá-los.
Para facilitar que os estudantes consigam fazer esta atividade desacompanhados, você pode pedir apenas para que escrevam um parágrafo que rime sobre as duas revoltas, que não precisa ser composto de sete versos ou septilhas.
Crie algum espaço para que os estudantes possam visualizar as produções dos colegas e incentive-os a comentarem as produções uns dos outros.
Convite às famílias
Incentive os estudantes a compartilharem os cordéis com suas famílias.
Para conhecer um pouco mais sobre a literatura de cordel, é possível assistir ao vídeo “A chegada de Lampião no céu” em audiovisual acessível (disponível aqui).
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Monaquelly de Jesus
Mentor: Chayene Santana
Especialista: Sherol dos Santos
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 9º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
Objeto(s) de conhecimento: Experiências republicanas e práticas autoritárias: as tensões e disputas do mundo contemporâneo. A proclamação da República e seus primeiros desdobramentos.
Habilidade(s) da BNCC: EF09HI02 Caracterizar e compreender os ciclos da História republicana, identificando particularidades da história local e regional até 1954.
Palavras-chave: Primeira República, Guerra do Contestado, Canudos.