Plano de Aula

Plano de aula: Representação indígena nas políticas governamentais após a Proclamação da República

Plano 2 de uma sequência de 2 planos. Veja todos os planos sobre Pautas dos povos indígenas e dos afrodescendentes até 1964

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Sobre este plano
Sobre este plano

Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.

Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF09HI07, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.

Materiais necessários:

Projetor para exibição de slides, textos e imagens. Caso não tenha disponibilidade deste aparelho, poderão ser realizadas impressões das imagens e textos para ser disponibilizados para as equipes.

Material complementar:

Imagem 1: Rondon distribui presentes para os índios pares, para impressão:

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ZRnhuWRTWKKAAt5NBbQxuGPAygCQNBBgA4CbKNEFAC7BQ7FmmwUsNJSGUSFW/his9-07und02-contexto-1-imagem-rondon-distribui-presentes-para-os-indios-pares.pdf

Imagem 2: Os carajás, 1907-1909, para impressão:

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/PcAhWtzEKDxJb2ZpM8CNaRH6XWAfyFTsRVnzJ4uQ75ehyEARvtcBm6Zkd49b/his9-07und02-contexto-2-imagem-os-caraja-1907-1909.pdf

Imagem 3: Os bororo, 1916, para impressão:

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/9smNJ8zDvWk8HxdVYS3yFHQJ9SCBczQrqsq2hKp5KPHUW5KHssnSAp4ZW3zw/his9-07und02-contexto-3-imagem-os-bororo-1916.pdf

Definição de contato cultural, para impressão:

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/t9tvvAXyz5SbgG9hbUDad5JdSsHDzrySpJ8jCKjU6UdQgjtmUNtzZjZ3BNVN/his9-07und02-contexto-4-definicao-de-contato-cultural.pdf

Texto sobre a Comissão Rondon, para impressão:

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/qY8ZKvaSfCY9YSGw5PS3w2FDvJBBm9SUuwuHMqBvj6QhmgHkdZF8np9VJwCp/his9-07und02-problematizacao-texto-sobre-a-comissao-rondon.pdf

Para você saber mais:

Para a condução desta aula, será necessário estar apropriado do Contexto em torno da “Comissão Rondon” realizada no início do século XX bem como da criação do Serviço Nacional de Proteção ao Índio (SPI) em 1910, que teve como seu primeiro diretor o engenheiro militar Cândido Rondon.

A Comissão Rondon nada mais era que expedições militares organizadas para desbravar o norte e o centro-oeste brasileiros (territórios até então pouco explorados) com o objetivo de expandir a rede telegráfica nacional. Estes territórios eram tidos como um grande espaço vazio, ocupado por uma população “não civilizada” e, portanto, precisava ser ocupado e povoado visando expandir e proteger as fronteiras brasileiras. Seguidores do pensamento positivista e evolucionista, eles defendiam uma perspectiva civilizatória de ocupação, mas ao mesmo tempo pacífica, que integrasse as populações indígenas aos moldes tidos como o padrão da época. Em virtude de sua postura pacífica e conciliadora, durante as inúmeras missões realizadas, Rondon e sua equipe tiveram contato com vários povos indígenas, realizando alguns levantamentos e registros importantes sobre hábitos, costumes, etnias, terras ocupadas, dentre outros aspectos. Estes levantamentos e estudos contribuíram para o surgimento, em 1910, do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), primeira instituição nacional que inaugurou a política indigenista no Brasil, que teve como primeiro diretor Cândido Rondon. Apesar dos diversos erros cometidos por este órgão na tentativa de integrar as populações indígenas à sociedade, sua existência e atuação foi bastante importante para promover a demarcação de terras indígenas.

Para maiores informações sobre a Comissão Rondon, recomendamos a leitura dos seguintes textos:

Para você saber mais:

Para aprofundar seu conhecimento sobre a Comissão Rondon, indicamos os seguintes textos:

MACIEL, Laura Antunes. A Comissão Rondon e a conquista ordenada dos sertões: espaço, telégrafo e civilização. Projeto História, Volume 18. São Paulo: 1999. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/revph/article/view/10994/8114>. Acesso em: 8 de fev. de 2019.

MACIEL, Laura Antunes. A nação por um fio. Caminhos, práticas e imagens da Comissão Rondon. São Paulo: EDUC, 1998. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=lHlxLAjcCv0C&oi=fnd&pg=PA15&dq=comiss%C3%A3o+rondon&ots=vFeAdYOPa-&sig=9JuiGHyvk4pcehbj-CfiHHKQ3GY#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 7 de fev. de 2019.

SÁ, Dominichi Miranda de; SÁ, Magali Romero; LIMA, Nísia Trindade. Telégrafos e inventário do território no Brasil: as atividades científicas da Comissão Rondon (1907-1915). Rio de Janeiro, v.15, n.3, p.779-810, jul.-set. 2008. Disponível em: <https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24667>. Acesso em: 7 fev. 2019.

TACCA, Fernando de. Rituaes e festas bororo. A construção da imagem do índio como “selvagem” na Comissão Rondon. São Paulo: Rev. Antropol., vol.45, no.1, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-77012002000100006&script=sci_arttext&tlng=es>.
Acesso em: 7 de fev. de 2019.

Caso tenha interesse de se aprofundar mais sobre esta temática, orientamos também que assista ao documentário sobre a Missão Rondon, que retrata a cultura indígena, fauna e flora da região Amazônica: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=NQ6RqtgXVTI>.
Acesso em: 8 de fev. de 2019.

Para se aprofundar sobre o conceito de aculturação indígena e suas implicações, sugerimos a leitura dos seguintes textos:

GALVÃO, Eduardo. Estudos sobre a aculturação dos grupos indígenas do Brasil. São Paulo: Revista de Antropologia, Vol. 5, No. 1, Junho 1957, pp. 67-74. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/ra/article/viewFile/110360/108927>. Acesso em: 8 de fev. de 2019.

SCHADEN, Egon. Aculturação indígena: Ensaio sôbre fatôres e tendências da mudança cultural de tribos índias em contacto com o mundo dos brancos. Revista de Antropologia, Vol. 13, No. 1/2, junho a dezembro de 1965. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/41615785?seq=2#metadata_info_tab_contents>. Acesso em: 6 de fev. de 2019.

SCHADEN, Egon. Aculturação e assimilação dos índios do Brasil. Revista do Instituto de de Estudos Brasileiros, 1967. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/rieb/article/download/45636/49234>. Acesso em: 5 de fev. de 2019.

Objetivo
Objetivo

Tempo sugerido: 3 minutos.

Orientações ao professor: Solicite que os alunos se organizem em equipes de três alunos. A escolha das equipes pode ser direcionada, com o propósito de garantir que os alunos possam se apoiar de maneira efetiva para a realização desta atividade.

O objetivo da aula poderá ser projetado, escrito no quadro ou lido para a turma. Este momento é muito importante para que os alunos compreendam a temática que será estudada e qual sua importância. No entanto, procure não antecipar algumas questões neste início a fim de garantir a atenção e interesse dos alunos durante toda a vivência da aula.

A finalidade desta aula é fazer com que os alunos compreendam o ideal de integração das populações indígenas defendidas pelas políticas governamentais do Brasil após a Proclamação da República.

Para você saber mais:

As políticas governamentais surgidas após a proclamação da República, retratavam o índio como um ser “não civilizado” que precisava ser domesticado e integrado à sociedade urbanizada e civilizada. Para isso, o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), primeiro órgão do período republicano de proteção aos direitos indígenas, defendia basicamente um processo de integração dos povos indígenas utilizando essa população como mão de obra em centros agrícolas e pecuária nas regiões menos habitadas do país, com intenção de promover a povoação desses locais. Esta integração, que se dizia “pacífica”, representava na verdade um processo de aculturação invasivo, que não respeitou os hábitos e costumes de vários povos indígenas.

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