Biografia do Baquaqua
Plano de Aula
Plano de aula: O Islamismo na África e as relações com o Atlântico
Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Comércio entre África e a América
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Aula
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07HI14, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Papel sulfite, lápis de cor ou canetas hidrográficas.
Material complementar:
Biografia do Baquaqua
PROJETO BAQUAQUA. Imagem para colorir. 2015. Disponível em: <http://www.baquaqua.com.br/wp-content/uploads/2015/03/para_colorir_africa.pdf>. Acesso em: 7 fev. 19.
Fonte 1
Fonte 2
Para você saber mais:
Identidade - O conceito de identidade é estudado com base em diferentes perspectivas, de áreas como a Filosofia, Antropologia, Psicologia, e também pela História. Quando a História se apropria deste conceito é para discutir as características, História, tradições, símbolos, práticas, que formam quem são os seres humanos na história e qual é o papel da ciência na construção destas identidades. Geralmente, fala-se em identidade social, identidade étnica e até mesmo identidade nacional, mas é importante ressaltar que as identidades podem ser múltiplas e variadas, visto que a sociedade agrupa diversos elementos de diferentes culturas.
Islamismo - É considerada hoje a religião que mais cresce no mundo. Tem um viés monoteísta e surgiu na Idade Média, na Península Arábica, tendo como profeta Maomé, e como deus Alá. O livro sagrado seguido pelos muçulmanos é o Alcorão, e pelos sunitas, também, as Sunas, que foram leis escritas ao longo da História que compuseram a religião. Apesar de ter surgido na Península Arábica, o islamismo se expandiu por todo o mundo,
e tem diferentes características, pois se distingue entre os sunitas e xiitas, sendo que os últimos são mais rigorosos em relação à escolha de seus líderes e às tradições da religião, sendo alguns grupos ligados ao fundamentalismo religioso. Vale ressaltar, que quando no continente africano,
o islamismo adquire características de religiões de matriz africana, principalmente nos trajes e na cultura.
LOVEJOY, Paul. Identidade e a miragem da etnicidade: A jornada de Mahommah Gardo Baquaqua para as Américas. Afro-Ásia, n. 27, p. 9-39, 2002. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21031/13630>. Acesso em: 7 fev. 19.
PROJETO BAQUAQUA. Apresentação. Disponível em: <http://www.baquaqua.com.br/>. Acesso em: 7 fev. 19.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações: Nesta aula os alunos devem ser organizados para sentar em círculo. Os primeiros muçulmanos que foram trazidos para o Brasil como escravizados eram em sua maioria hauçás (etnia africana predominante do Norte da África) e também cativos dos reinos Gurma, Borgu, Borno, Nupe e demais reinos vizinhos. Os povos muçulmanos vindos da África ficaram conhecidos aqui como “malês”. Como salienta Ribeiro (2011, p. 141) “Apesar de esses negros malês possuírem um grande desenvolvimento cultural – sabiam ler e escrever em árabe –, foram obrigados a despir suas túnicas brancas e a viajar trajados sumariamente em porões escuros dos navios negreiros”. Há três denominações para o islamismo no Brasil, sendo inicialmente o Islamismo de escravidão, seguido do islamismo de imigração, e, por último, o islamismo de conversão (Ver RIBEIRO, 2011).
Na historiografia tradicional, que apresenta uma visão predominantemente eurocêntrica, a ideia de que as trocas no Atlântico foram entre Europa, África e América, muitas vezes exclui o papel determinante que os povos do Oriente teve, principalmente no continente africano. Por isso, o professor deve deixar claro que será usada a figura de um personagem histórico real, Mahommah Baquaqua, para apreender a relação do islamismo com o Atlântico, pois, apesar de ter vivido no início do século XIX, carrega elementos importantes do Islamismo, do mercantilismo,
e das relações transatlânticas.
Para você saber mais:
LOVEJOY, Paul. Identidade e a miragem da etnicidade: A jornada de Mahommah Gardo Baquaqua para as Américas. Afro-Ásia, n. 27, p. 9-39, 2002. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21031/13630>. Acesso em: 7 fev. 19.
RIBEIRO, Lidice Meyer Pinto. Negros islâmicos no Brasil. Revista USP, São Paulo, n. 91, p. 139-152, set./nov., 2011. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/revusp/article/download/34861/37599/>. Acesso em: 11 fev. 19.
PROJETO BAQUAQUA. Apresentação. Disponível em: <http://www.baquaqua.com.br/>. Acesso em: 7 fev. 19.
No vídeo Baquaqua, biografias e o ensino de História, a professora do Projeto Baquaqua ressalta a característica da formação da identidade nacional do Brasil, pois é um país marcado pelo encontro de três mundos, criado pelo comércio de gente, pelo “Trato dos viventes”, fazendo alusão ao livro do professor Luiz Felipe de Alencastro. Isso é importante para pensar na trajetória de Baquaqua e como ele foi composto deste encontro dos três mundos, mas ainda assim carregou traços de sua identidade muçulmana por onde foi.
ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
PROJETO BAQUAQUA. M. G. Baquaqua, biografias e o ensino de História. 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=163&v=q6kvNy6ODIY>. Acesso em: 7 fev. 19.
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