Contexto para impressão
Plano de Aula
Plano de aula: A exploração dos recursos naturais do continente africano no mercantilismo: o comércio de marfim
Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Mercantilismo
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07HI13, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários:
Quadro, giz, papel sulfite, canetas hidrográficas (canetinhas coloridas) e/ou giz de cera (somente se houver disponível).
Material complementar:
Contexto para impressão:
Problematização para impressão:
Projeto de Preservação Patrimonial/Ambiental (para o docente, com orientações):
Projeto de Preservação Patrimonial/Ambiental (para o estudante):
Se houver possibilidade, o ideal é que a ficha do projeto seja impressa para os alunos utilizarem na Sistematização. Caso não seja possível, os estudantes podem fazer na própria folha de caderno, ou sulfite disponibilizado pela escola, contanto que sigam as instruções contidas nas fichas disponibilizadas.
Para você saber mais:
Mercantilismo
O conceito de mercantilismo que se tem não é necessariamente comum a todos os teóricos, mas, sim, o mais aceito entre os mesmos. Este termo, então, compreende um conjunto de ideias e práticas econômicas dos Estados da Europa Ocidental entre os séculos XV e XVIII, voltadas para o comércio e, como fator predominante, o controle da economia pelo Estado. Caracteriza-se principalmente pela balança comercial favorável, protecionismo alfandegário, e pacto colonial. Dessa forma, é o conjunto de diferentes práticas e teorias econômicas do período do Absolutismo europeu.
ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. Ivory Carving - Art Form. Disponível em: <https://www.britannica.com/art/ivory-carving>. Acesso em: 26 nov. 18.
HUNT, E. K. História do pensamento econômico. Trad. José Ricardo Brandão Azevedo. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
MAS/SP.
SANTOS, V.; PAIVA, E.; GOMES, R. O comércio de marfim no mundo atlântico: circulação e produção (séculos XV a XIX). Belo Horizonte: Clio Gestão Cultural e Editora, 2018. 306 p. Disponível em: <https://ufmg.br/storage/b/6/9/4/b694eaea8cfaabe9e69c498a5c66c6de_15296019131342_1525989102.pdf >. Acesso em: 22 nov. 18.
SOARES, M. “Por conto e peso”: o comércio de marfim no Congo e Loango, séculos XV - XVII. Anais do Museu Paulista, São Paulo. v.25, n.1, p. 59-86, jan./abr., 2017.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v25n1/1982-0267-anaismp-25-01-00059.pdf>. Acesso em: 26 nov. 18.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações:
A sala deve estar dividida em grupos de no máximo cinco pessoas. É muito importante para o docente e para os estudantes terem em mente qual é o objetivo da aula que está sendo proposta. Por isso, neste momento, é imprescindível deixar claro aos alunos que o objetivo não é só uma parte formal da aula, mas, sim, o momento em que eles são apresentados ao conteúdo, e que podem colocar expectativas sobre o mesmo.
Portanto, o principal objetivo desta aula é aproximar os alunos da ideia de acumulação de riquezas presente no mercantilismo, e qual a relação que esta possui com a exploração dos recursos naturais no continente africano. Para além desta discussão, espera-se que os alunos percebam no final da aula que este movimento de acumulação de riquezas afeta a natureza até os dias de hoje e, por consequência, a própria história.
Para você saber mais:
ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. Ivory Carving - Art Form. Disponível em: <https://www.britannica.com/art/ivory-carving>. Acesso em: 26 nov. 18.
HUNT, E. K. História do pensamento econômico. Trad. José Ricardo Brandão Azevedo. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
MAS/SP.
SANTOS, V.; PAIVA, E.; GOMES, R. O comércio de marfim no mundo atlântico: circulação e produção (séculos XV a XIX). Belo Horizonte: Clio Gestão Cultural e Editora, 2018. 306 p. Disponível em: < https://ufmg.br/storage/b/6/9/4/b694eaea8cfaabe9e69c498a5c66c6de_15296019131342_1525989102.pdf >. Acesso em: 22 nov. 18.
Contexto
Tempo sugerido: 7 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e ao subsequente.
Orientações:
A imagem apresentada acima não é uma fonte própria do período abordado nesta unidade temática, mas remete aos tempos atuais. Esta fotografia pode levar os estudantes justamente a perceber a transitoriedade na História, pois, ainda que esteja se falando dos séculos XVI a XVIII, os impactos podem ser visualizados até a atualidade.
A elefante fotografada vive no Parque Nacional Mikumi, na Tanzânia, sob cuidados de diferentes especialistas, bem como os outros animais que habitam
no mesmo local, como as zebras, as girafas e os búfalos. Estes parques têm como objetivo preservar estes animais da caça e da exploração, além de ser abertos à visitação. Mas por que estes animais devem ser preservados? Quais processos históricos culminaram em uma conscientização maior da preservação
dos mesmos? Estas perguntas devem ser realizadas para si, para que, então, faça sentido levar para os alunos.
Adaptando ao Contexto:
Caso não seja possível projetar a imagem para os alunos, você pode imprimir, ou até mesmo desenhar no quadro, de forma simples, somente para que visualizem e possam adentrar no contexto do conteúdo.
Contexto para impressão:
Fonte:
KARIM, Muhammad Mahdi. A female African Bush Elephant in Mikumi National Park, Tanzania, 20 jun. 2011. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:African_Bush_Elephant.jpg>. Acesso em: 22 nov. 18.
Contexto
Orientações:
Neste momento, pode ser que os alunos não compreendam esta relação, visto que não é comum ao cotidiano deles. Por isso, o docente pode instigá-los a pensar nos filmes em que eles já viram elefantes, e como os mesmos são tratados, ressaltando que os mesmos eram explorados e traficados a baixo custo. Exemplo de filme: Água para elefantes. Perguntar aos alunos qual eles imaginam que seja a relação do elefante, com as práticas mercantis.
A principal relação se encontra no fato de que o marfim, extraído dos dentes do elefante, foi utilizado desde o período marcado pelo mercantilismo,
mais conhecido como a Idade Moderna, até a atualidade, porém hoje de forma diferente. Esta relação consistia na exploração tanto da caça dos elefantes quanto da mão de obra utilizada na extração. Isto se relaciona com um dos princípios mercantilistas, em que a riqueza de uma nação viria por meio do acúmulo de metais preciosos (comumente o ouro e prata), e também dos artigos preciosos, como o marfim.
Filme Água para elefantes (2011):
Classificação - 14 anos
É importante deixar claro que o filme não se relaciona com o período abordado, mas se passa em 1930, momento no qual os Estados Unidos da América passavam pela Grande Depressão. O único aspecto a se destacar é a exploração dos trabalhadores braçais e dos elefantes, vivendo sob péssimas condições de trabalho e com baixíssima qualidade de vida.
Maiores informações sobre o filme:
CINEMA COM RAPADURA. Água para elefantes é muito mais do que um simples romance, 29 de abril de 2011. Disponível em: <https://cinemacomrapadura.com.br/colunas/livros-e-cinema/200038/agua-para-elefantes-e-muito-mais-do-que-um-simples-romance/>. Acesso em: 26 nov. 18.
O filme:
Filme Água para elefantes (2011) - dublado. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=28gAFt6-dpY>. Acesso em: 26 nov. 18.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e aos dois subsequentes.
Orientações:
As perguntas para os estudantes estão nos slides subsequentes. Devem ser realizadas quando as imagens forem apresentadas a eles.
Os séculos XV a XVIII foram marcados pelas idéias mercantilistas, que, concomitante aos ideais de nação-Estado, impulsionaram as monarquias absolutistas, assim como foram alvos de críticas que levaram posteriormente à ascensão do capitalismo. Um dos princípios mercantilistas era a acumulação de riquezas, regulamentada pela balança comercial favorável (exportar mais do que importar). Baseadas neste princípio, as viagens marítimas encontraram no território africano, principalmente em Congo e Loango - no caso de Portugal -, um território fértil para a exploração do marfim. (Ver Soares, 2017, no item “Para você saber mais”)
O marfim advém dos dentes do elefante e do hipopótamo, chifres de rinoceronte e da presa do narval. De acordo com José Horta e Luís Afonso, este produto é “uma das raras matérias de origem orgânica que foi suficientemente forte para rivalizar com matérias mais preciosas, de origem inteiramente mineral, como as gemas e os metais nobres” (HORTA; AFONSO, 1995, p. 189). Por isso, é importante mostrar aos alunos o contraponto do marfim diante do ouro e da prata, que comumente são tratados ao falar em acumulação de riquezas no período mercantilista.
A análise das fontes se encontra no slide subsequente.
Descrição da fonte 1:
Título: Pair of vases (Par de Vasos) - 1795-1800
Criador: Nikolai Stepanovich Vereshchagin
Coleção de The Metropolitan Museum of Art
Os vasos presentes nas imagens foram encomendados ao criador como presentes para a coleção pessoal do czar Alexandre I, da Rússia. O desenho dos talos florais com curvas enérgicas se assemelha ao ornamento encontrado nas ilustrações de livros russos do século XVII, e os Quatro Elementos - um em cada medalhão - foram inspirados pelos “francos”, impressões que circulam na Rússia desde o século XVII, ou por imagens do Livro de símbolos e emblemas, encomendado por Pedro, o Grande, em 1703, em Amsterdã (THE MET, 2018).
Fonte da imagem e descrição:
THE MET. Descrição da obra The pair of vases. The Metropolitan Museum of Art. Disponível em:
< https://www.metmuseum.org/art/collection/search/208883>. Acesso em: 26 nov. 18.
Descrição da Fonte 2:
Título: Fall of the Rebel Angels (Queda dos anjos rebeldes) - 1700
Criador: Italian (Neapolitan)
Coleção de The Nelson-Atkins Museum of Art
No topo, o artista representou a Santíssima Trindade, com Deus Pai, Cristo Redentor e Espírito Santo em forma de pomba. No centro, São Miguel brande sua espada e uma equipe de arcanjos guia o exército de Satanás para fora do céu. Conforme descrito no livro do Apocalipse (12: 7-9), os anjos rebeldes caem para o inferno abaixo, simbolizado pelo monstro com a boca aberta no canto inferior direito (GOOGLE ARTS&CULTURE, 2018)
Fonte da imagem e descrição:
GOOGLE ARTS & CULTURE. Fall of the Rebel Angels. Disponível em: <https://artsandculture.google.com/asset/fall-of-the-rebel-angels/GwHx3gvOwh6SxA>. Acesso em: 26 nov. 18.
Adaptando ao contexto:
Se necessário, e possível, o docente pode imprimir as imagens para apresentar aos alunos. Caso não seja possível, também pode ser desenhado no quadro, e explicado que os desenhos são representações de obras de arte feitas de marfim.
Material para impressão:
Glossário:
Narval - Baleia dentada de tamanho médio, e animal com os maiores dentes caninos.
Referência utilizada:
HORTA, José da Silva. Entre História Europeia e História Africana, Um Objecto de Charneira: as Representações. In: Actas do Colóquio Construção e Ensino da história da África. Lisboa: Linopazas, 1995.
Para você saber mais:
ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. Ivory Carving - Art Form. Disponível em: <https://www.britannica.com/art/ivory-carving>. Acesso em: 26 nov. 18.
HUNT, E. K. História do pensamento econômico. Trad. José Ricardo Brandão Azevedo. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
MAS/SP.
SANTOS, V.; PAIVA, E.; GOMES, R. O comércio de marfim no mundo atlântico: circulação e produção (séculos XV a XIX). Belo Horizonte: Clio Gestão Cultural e Editora, 2018. 306 p. Disponível em: <https://ufmg.br/storage/b/6/9/4/b694eaea8cfaabe9e69c498a5c66c6de_15296019131342_1525989102.pdf>. Acesso em: 22 nov. 18.
SOARES, M. “Por conto e peso”: o comércio de marfim no Congo e Loango, séculos XV - XVII. Anais do Museu Paulista, São Paulo. v.25, n.1, p. 59-86, jan./abr., 2017.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v25n1/1982-0267-anaismp-25-01-00059.pdf>. Acesso em: 26 nov. 18.
Problematização
Orientações:
As orientações estão no slide a seguir, juntamente com a análise das obras de arte.
Fonte da imagem:
BRASIL. Comissão aprova criminalização do comércio de marfim. CÂMARA DOS DEPUTADOS, 1º de novembro de 2017. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/RADIOAGENCIA/547553-COMISSAO-APROVA-CRIMINALIZACAO-DO-COMERCIO-DE-MARFIM.html>. Acesso em: 26 nov. 18.
Problematização
Orientações:
Espera-se que os alunos compreendam com a primeira e segunda questão que as obras são feitas de marfim, extraído dos dentes dos elefantes. Mas, se os alunos não perceberem, o docente pode realizar aproximações por meio da cor e da espessura do material que aparece nas obras com os dentes que apareceram na imagem do Contexto.
O docente deve instigar os estudantes a perceber que são obras finas e que em sua maioria eram produzidas para a nobreza, ou para as igrejas, que também encomendavam esculturas e a própria arquitetura dos templos. Também importa deixar claro para os alunos que quem produziu estas obras foram escultores. Para isso, o docente pode perguntar também se eles acham que estas pessoas iam até à África e aos locais de exploração com o fim de encontrar este artigo precioso ou se chegavam até eles por meio dos comerciantes.
A reportagem, então, vem de encontro às consequências da exploração deste material ao longo dos anos, impactando de forma drástica na vida dos elefantes e dos rinocerontes, e consequentemente, da natureza como um todo. Por isso, o docente deve deixar claro que, mesmo com as organizações
que protegem os animais em extinção, e que não permitem que aconteça a exploração de mão de obra braçal, isso ainda acontece em muitos lugares do mundo.
A relação das obras de arte com a reportagem se encontra no fato de que a acumulação de riquezas iniciada nos tempos mercantilistas surte efeito até a atualidade, e que, no Brasil, somente em 2017 foi aprovada uma lei contra o comércio de marfim, tornando-o totalmente ilegal. Foi necessário criar uma lei para isso, pois, ainda que todos os órgãos ambientais atentem para a extinção dos elefantes e para os malefícios que o comércio de marfim possui, a acumulação de riquezas ainda é uma prática corrente, e que ocasiona a falta de consciência ambiental e patrimonial. Ex: a Amazônia (explorar a questão das disputas de poder pela Amazônia, e o desmatamento exacerbado, ressaltando os malefícios que ocasionam para o meio ambiente); o Museu Nacional (relembrar o fato de que, em 2018, um patrimônio nacional foi vítima de um incêndio, por falta de instalações adequadas, justificadas pela falta de repasse de recursos pelo governo).
Uma possibilidade é que o docente apresente aos alunos algumas organizações que trabalhem com a preservação de animais em extinção, ou restauração de patrimônios. Exemplos:
ElephantVoices
A ElephantVoices é uma organização científica e sem fins lucrativos [...] registrada na Califórnia, EUA, com bases operacionais no Quênia e em Moçambique, onde desenvolve projetos de conservação, e que trabalha pelo bem-estar de elefantes em cativeiro no mundo todo. Seus objetivos são avançar no estudo da cognição, comunicação e comportamento social dos elefantes e promover manejo e cuidados éticos dos mesmos, com base em pareceres científicos.
A missão da ElephantVoices é inspirar a admiração pela inteligência, complexidade e vozes dos elefantes e garantir a eles um futuro melhor, por meio de pesquisa, conservação e compartilhamento de conhecimentos.
SANTUÁRIO DE ELEFANTES. Elephant Voices. Disponível em: <http://santuariodeelefantes.org.br/quem-somos/>. Acesso em: 26 nov. 18.
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
O objetivo principal da fiscalização do Iphan é assegurar a integridade do patrimônio cultural tombado no que se refere a sua preservação e conservação.
O Iphan fiscaliza a conservação e o restauro dos acervos existentes em igrejas, irmandades e conventos, ou guardados em museus e coleções públicas e particulares, espalhados por todo o Brasil. Outra forma de fiscalização realizada pelo Iphan é o controle da saída de obras de arte do Brasil, que abrange os bens móveis e integrados tombados, porque os bens protegidos pela legislação, só podem sair do país em situações especiais e sempre por períodos determinados, normalmente para exposições e eventos culturais ou científicos.
IPHAN. Página Inicial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/>. Acesso em: 26 nov. 18.
Sistematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações:
Com os alunos organizados em grupos, o docente deve instruí-los a pensar em alguns animais que eles já estudaram ou sabem que estão em extinção, ou, ainda, para aqueles que não veem muito sobre este assunto, pensar em locais da cidade que precisam ser reparados ou mais bem conservados.
Então, o docente deve distribuir as fichas do projeto de preservação (Material complementar) e instruir os estudantes a preencher com base nas orientações presentes na ficha do projeto de preservação para o professor (Material complementar).
Espera-se que a aula e a Sistematização propostas possibilitem aos estudantes perceber a ideia de acumulação de riquezas presente no mercantilismo, e os impactos deste princípio ao longo dos anos até a atualidade. Ademais, contrapondo a isso, a conscientização, a preservação, e a restauração. Estes são novos princípios que os estudantes devem adquirir e, assim, vislumbrar a possibilidade de viver melhor em sociedade.
Adaptando ao Contexto:
Caso não seja possível imprimir a ficha, os estudantes podem fazer na própria folha de caderno, ou sulfite disponibilizado pela escola, contanto que sigam as instruções contidas nas fichas disponibilizadas ao professor.
Projeto de Preservação Patrimonial/Ambiental (para o docente, com orientações):
Projeto de Preservação Patrimonial/Ambiental (para o estudante):
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, Print ou Link), Whatsapp, E-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts, Mentimeter, Padlet.
Contexto
O objetivo desta aula é associar a ideia de acumulação de riquezas do mercantilismo com a lógica de exploração dos recursos naturais na África.
Para desenvolvê-la com os seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula (veja como usá-lo aqui), os materiais e orientações necessários. As devolutivas dos alunos podem ocorrer da mesma forma ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Disponibilize aos alunos a imagem do Elefante e acrescente um breve verbete com a definição de Mercantilismo (disponível aqui, acesso: 17/06/2020). Proponha que os alunos reflitam:
- Como podemos relacionar um elefante com a ideia de Mercantilismo?
Para promover a interação, você pode realizar um quiz virtual com esta pergunta. (veja aqui como fazer utilizando o Mentimeter - ative a tradução da página clicando com o botão direito do mouse).
Problematização
Disponibilize as imagens das obras de arte produzidas com marfim. Acrescente, para análise, os seguinte trechos (adaptados das orientações ao professor):
- Trecho 1 - Os séculos XV a XVIII foram marcados pelas idéias mercantilistas (...). Um dos princípios mercantilistas era a acumulação de riquezas, regulamentada pela balança comercial favorável (exportar mais do que importar). Baseadas neste princípio, as viagens marítimas encontraram no território africano, principalmente em Congo e Loango (no caso de Portugal), um território fértil para a exploração do marfim.
- Trecho 2 - “O marfim advém dos dentes do elefante e do hipopótamo, chifres de rinoceronte e da presa do narval. De acordo com José Horta e Luís Afonso, este produto é “uma das raras matérias de origem orgânica que foi suficientemente forte para rivalizar com matérias mais preciosas, de origem inteiramente mineral, como as gemas e os metais nobres” (HORTA; AFONSO, 1995, p. 189).
Os alunos devem analisar e responder no caderno ou em mídias digitais que já utilizam, como o Google sala de aula, as questões:
- Qual princípio do Mercantilismo justifica o interesse pela exploração do Marfim entre o século XV e XVIII?
- Em qual território ele era encontrado?
- Qual país explorava o marfim nestes territórios?
- Qual trecho mostra que o marfim era tão importante, como o ouro e a prata, no contexto Mercantilista?
- Quais os possíveis usos do Marfim? Para quem se destinavam?
Incentive que os estudantes interajam com os colegas a respeito das conclusões, seja por meio de trocas de mensagens, quiz ou em um momento de videoconferência.
Sistematização
Disponibilize a manchete referente a criminalização do Marfim. Oriente-os a lerem com atenção para chegarem a uma conclusão sobre a importância desta lei. Com base nisso, devem elaborar uma campanha de conscientização a respeito desta lei, esclarecendo, também, como o material tem sido explorado, desde o contexto Mercantilista do século XVI e os impactos causados por isso.
A campanha pode ser feita em formato de texto, áudio ou vídeos educativos, e compartilhada entre a turma em redes sociais ou em um mural virtual colaborativo do Padlet (veja como usá-lo aqui).
Convite às famílias
Para que conheçam mais sobre a exploração e comércio de marfim na atualidade, sugira que acessem: O comércio de marfim. AFP, 21/02/2017. Disponível aqui. Acesso em: 17/06/2020.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Ruhama Sabião
Mentor: Andrea Kamensky
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 7º ano do Ensino Fundamental
Unidade temática: Lógicas comerciais e mercantis da modernidade.
Objeto(s) de conhecimento: As lógicas mercantis e o domínio europeu sobre os mares e o contraponto Oriental.
Habilidade(s) da BNCC: (EF07HI13) Caracterizar a ação dos europeus e suas lógicas mercantis visando ao domínio no mundo atlântico.
Palavras-chave: Mercantilismo; comércio atlântico; continente africano.
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