Pratica ambientais e ensino de Geografia_Giramundo
Plano de Aula
Plano de aula: Extrativismo e impactos socioambientais
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Desiguadades socioespaciais e impactos socioambientais
Este plano é um dos prioritários. Veja agora
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre este plano: Ele está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07GE06 de Geografia, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes. Esta habilidade tem por objetivo as influências da produção, circulação e consumo de mercadorias no território brasileiro, sobretudo, a partir da perspectiva ambiental e da distribuição desigual das riquezas. Trata-se de analisar as diferentes formas de ocupação e configuração do território sob as dinâmicas de produção, circulação e consumo de mercadorias.Este plano objetiva a análise dos impactos socioambientais aos quais as populações estão submetidas a partir da estrutura de determinadas atividades extrativistas no Brasil, como a vegetal - com a extração de madeira e a mineral - com a extração de minérios e petróleo.
Materiais necessários:
- Quadro
- Projetor (caso não seja possível utilizar o projetor recomenda-se a utilização do quadro)
- Caderno, lápis grafite, borracha
Material complementar:
Imagens utilizadas no plano:
Texto da etapa de Problematização:
Para você saber mais:
OLIVEIRA, Leandro Dias. RAMÃO, Felipe de Souza. Práticas ambientais e ensino de Geografia: para além do desenvolvimento sustentável como norma. Práticas Pedagógicas. Revista Giramundo, V.2, N.4, P.73-81, Rio de Janeiro, Jul/Dez, 2015. Disponível em:
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/MesxnaffFYFyYpUU7PfKYJAfU7SPwck2A9DgbTCeRZ6rVD6suX7THMxfckJB/pratica-ambientais-e-ensino-de-geografia-giramundo.pdf (Acesso em 19/02/2019)
FURLAN, Sueli. Educação ambiental e Geografia: reflexão, ensino e prática. Nova Escola, 01 de fevereiro de 2014. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/2023/educacao-ambiental-e-geografia-reflexao-ensino-e-pratica (Acesso em 19/02/2019)
SUÇUARANA, Monik da Silveira. Poluição causada pela mineração. InfoEscola. s/d Disponível em:
https://www.infoescola.com/meio-ambiente/poluicao-causada-pela-mineracao/ (Acesso em 18/02/2019)
MENDES, Chico. A Luta dos Povos da Floresta. Terra Livre nº 7, 1990. Disponível em:
https://agb.org.br/publicacoes/index.php/terralivre/article/view/81/80 (Acesso em 16/02/2019)
BRASIL, Meteoro. Chico Mendes: para nunca esquecer. Canal Meteoro Brasil. 15 de fev de 2019 (14min47s) Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=d_0HPhE3Dj0&fbclid=IwAR37_LRJdlOH0uEhK4vhfY5eZh0V5Ro7CzEAnEU4s5bGGDfYL9yg0PlxwZ0 (Acesso em 16/02/2019)
VICK, Mariana. O legado de Chico Mendes, 30 anos depois de sua morte. Nexo Jornal. 21 de dezembro de 2018. Disponível em:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/12/21/O-legado-de-Chico-Mendes-30-anos-depois-de-sua-morte (Acesso em 16/02/2019)
ANDRADE, Maria do Carmo. Seringueiros. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/. (Acesso em 17/02/2019)
DUCROQUET, Simon; MARIANI, Daniel; DEMASI, Beatriz. O encolhimento da floresta amazônica: o tamanho do estrago. Nexo Jornal. Disponível em:
Contextos prévios: Recomenda-se que os alunos estejam familiarizados com discussões sobre o extrativismo no Brasil, que estão compreendidas na habilidade EF07GE06 da BNCC.
Tema da aula
Tempo sugerido: 2 minutos
Orientações: Apresente o tema da aula aos alunos e questione se eles sabem a que se refere a palavra “extrativismo”. Espera-se que os alunos a associem com “extração”. Caso seja necessário, indique que “extrair” significa “retirar” e que nesta aula será estudado como as atividades econômicas brasileiras extrativistas podem causar impactos socioambientais. Pergunte se eles podem dizer a que o termo “socioambiental” remete. Espera-se que eles o relacionem com processos sociais e ambientais. Caso nenhum aluno faça a associação, construa com eles essa concepção.
Como adequar à sua realidade: Caso o município onde a escola se insere, ou alguma localidade próxima, passe ou tenha passado por algum dos impactos apontados durante a aula, traga a discussão para a aula com especial atenção à sensibilidade necessária a depender do contexto socioemocional a que os alunos estejam inseridos.
Contextualização
Tempo sugerido: 5 minutos
Orientações: Apresente a imagem da explosão da plataforma de extração de petróleo da empresa British Petroleum (BP) e pergunte aos alunos, primeiramente, se já ouviram falar de “derramamento de petróleo” no mar. Explique, ao se tentar extrair o petróleo de rochas no fundo do mar, há o risco dos fluídos vazarem no mar, invadindo o oceano e afetando todo o ecossistema marinho onde permanece a mancha. Mostre a chamada da reportagem da revista Exame e a imagem de satélite da Nasa que mostra a mancha de petróleo no Golfo do México (um local que abrange o sul dos EUA, o leste da costa mexicana e o oeste do caribe), expondo que este desastre ocorreu devido à explosão de uma das plataformas de petróleo, matando 11 pessoas, deixando 14 feridas e derramando bilhões de barris de petróleo no mar, prejudicando a fauna marinha, a pesca na região e o turismo. Em seguida, mostre a chamada da reportagem do G1 sobre um vazamento de petróleo no rio Cubatão na região de Santos que condicionou o abastecimento de água na cidade, devido à poluição dos mananciais que abastecem a cidade. Peça para que que alunos escrevam no caderno, resumidamente, o que acreditam que seja um impacto socioambiental.
Para você saber mais:
BARBOSA, Vanessa. Desastre do Golfo do México causou US$ 17,2 bi em dano ambiental. Revista Exame - Economia. 26 de abril de 2017. Disponível em:
https://exame.abril.com.br/economia/desastre-do-golfo-do-mexico-causou-us-172-bi-em-dano-ambiental/ (Acesso em 16/02/2019)
SANTOS, G1. Vazamento de petróleo atinge rio Cubatão; produção de água é reduzida. G1-Globo, 23 de março de 2016. Disponível em:
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2016/03/vazamento-de-petroleo-atinge-rio-cubatao-producao-de-agua-e-reduzida.html (Acesso em 17/02/2019)
Contextualização
Orientações: Apresente a imagem da explosão da plataforma de extração de petróleo da empresa British Petroleum (BP) e pergunte aos alunos, primeiramente, se já ouviram falar de “derramamento de petróleo” no mar. Explique, ao se tentar extrair o petróleo de rochas no fundo do mar, há o risco dos fluídos vazarem no mar, invadindo o oceano e afetando todo o ecossistema marinho onde permanece a mancha. Mostre a chamada da reportagem da revista Exame, dizendo que o Golfo do México abrange o sul dos EUA, o leste da costa mexicana e o oeste do caribe e expondo que este desastre ocorreu devido à explosão de uma das plataformas de petróleo, matando 11 pessoas, deixando 14 feridas e derramando bilhões de barris de petróleo no mar, prejudicando a fauna marinha, a pesca na região e o turismo. Em seguida, mostre a chamada da reportagem do G1 sobre um vazamento de petróleo no rio Cubatão na região de Santos que condicionou o abastecimento de água na cidade, devido à poluição dos mananciais que abastecem a cidade. Peça para que que alunos escrevam no caderno, resumidamente, o que acreditam que seja um impacto socioambiental.
Problematização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: Leia com os alunos o trecho da fala do seringueiro Chico Mendes proferida em junho de 1988 em uma palestra organizada pelo curso de Geografia da USP. Após a leitura do trecho, pergunte têm alguma dúvida em relação a palavras e termos contidos no texto e, na sequência, se alguém sabe quem foi Chico Mendes. Traga, juntamente com as falas dos alunos, as informações sobre seu trabalho como seringueiro, ativista, sindicalista e ambientalista acreano. Seu nome é utilizado no ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade) como forma de homenagem. Explique, caso não saibam, o que é um seringueiro e quem são os povos da floresta. Questione qual é o sentido geral que puderam apreender a partir do trecho de sua palestra. Desta forma, levante perguntas como: “A quem ele acha que a luta pela preservação da Amazônia interessa?” “Qual é a proposta dele para a Amazônia?”. Caso haja dificuldade por parte dos alunos em estabelecer este diálogo, retorne ao texto e releia com os alunos os trechos que auxiliam na construção dessas respostas. Por fim, questione: “É possível conciliar o extrativismo e com a conservação do meio-ambiente? Como?”. A principal prerrogativa do texto de Chico Mendes é a de pensar o extrativismo de uma maneira sustentável, ou seja, de modo em que não haja uma exploração predatória da floresta a partir da criação de reservas extrativistas, neste caso específico. As concepções que o seringueiro e ativista trouxe a partir do fragmento é importante nesta aula para se pensar o extrativismo de modo geral (animal, mineral, vegetal). Não se trata de uma negação do desenvolvimento de atividades extrativistas, mas de se considerar a preservação dos recursos naturais, a população que devido à sua localização é afetada, direta ou indiretamente, por essas atividades e o bem-estar da população que depende das extrações, seja como sua forma de se relacionar com o espaço (territorialidade) em função de sua sobrevivência baseada no extrativismo, seja ainda na sua dependência dos produtos por ele gerados. Desta forma, a principal questão que atravessa este plano “Como pensar uma relação entre o extrativismo e os impactos ambientais” vai ao encontro do trecho destacado ao considerar a necessidade de realização das atividades extrativistas, mas também a indispensabilidade de se pensar em possibilidades de formas de realização destas atividades com o mínimo possível de impacto ambiental e social, o que é dificultado pela nossa estrutura social baseada no modo capitalista de produção.
Caso não seja possível projetar este fragmento é possível imprimi-lo para grupos de alunos (os mesmo grupos que farão a atividade da Ação Propositiva).
Material complementar
Texto para impressão: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/6HF4NZBx8cvHkjtbK66E9GHXQjE8zqhwnFpsnaPwQR8kKJMsW6nht86JxEwp/ge07-06und03-problematizacao-texto.pdf
Para você saber mais:
Os seringueiro são trabalhadores responsável por extrair o látex das seringueiras, que serve de matéria-prima para a produção da borracha, sendo o Acre um dos estados com a maior produção de borracha do país. Seringalistas são os proprietários dos seringais. Os seringueiros seguem na reivindicação pelo reconhecimento de reservas extrativistas e por melhores condições de trabalho e de vida. Os povos da floresta, por sua vez, são os habitantes tradicionais da floresta Amazônica (castanheiros, indígenas, seringueiros, dentre outros povos) que vivem da extração de produtos da floresta, praticando a agricultura familiar e pesca e caça não predatórias.
MENDES, Chico. A Luta dos Povos da Floresta. Terra Livre nº 7, 1990. Disponível em:
https://agb.org.br/publicacoes/index.php/terralivre/article/view/81/80 (Acesso em 16/02/2019)
BRASIL, Meteoro. Chico Mendes: para nunca esquecer. Canal Meteoro Brasil. 15 de fev de 2019 (14min47s) Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=d_0HPhE3Dj0&fbclid=IwAR37_LRJdlOH0uEhK4vhfY5eZh0V5Ro7CzEAnEU4s5bGGDfYL9yg0PlxwZ0 (Acesso em 16/02/2019)
VICK, Mariana. O legado de Chico Mendes, 30 anos depois de sua morte. Nexo Jornal. 21 de dezembro de 2018. Disponível em:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/12/21/O-legado-de-Chico-Mendes-30-anos-depois-de-sua-morte (Acesso em 16/02/2019)
ANDRADE, Maria do Carmo. Seringueiros. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/. (Acesso em 17/02/2019)
DUCROQUET, Simon; MARIANI, Daniel; DEMASI, Beatriz. O encolhimento da floresta amazônica: o tamanho do estrago. Nexo Jornal. Disponível em:
Problematização
Orientações: Leia com os alunos o trecho da fala do seringueiro Chico Mendes proferida em junho de 1988 em uma palestra organizada pelo curso de Geografia da USP. Após a leitura do trecho, pergunte têm alguma dúvida em relação a palavras e termos contidos no texto e, na sequência, se alguém sabe quem foi Chico Mendes. Traga, juntamente com as falas dos alunos, as informações sobre seu trabalho como seringueiro, ativista, sindicalista e ambientalista acreano. Seu nome é utilizado no ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade) como forma de homenagem. Explique, caso não saibam, o que é um seringueiro e quem são os povos da floresta. Questione qual é o sentido geral que puderam apreender a partir do trecho de sua palestra. Desta forma, levante perguntas como: “A quem ele acha que a luta pela preservação da Amazônia interessa?” “Qual é a proposta dele para a Amazônia?”. Caso haja dificuldade por parte dos alunos em estabelecer este diálogo, retorne ao texto e releia com os alunos os trechos que auxiliam na construção dessas respostas. Por fim, questione: “É possível conciliar o extrativismo e com a conservação do meio-ambiente? Como?”. A principal prerrogativa do texto de Chico Mendes é a de pensar o extrativismo de uma maneira sustentável, ou seja, de modo em que não haja uma exploração predatória da floresta a partir da criação de reservas extrativistas, neste caso específico. As concepções que o seringueiro e ativista trouxe a partir do fragmento é importante nesta aula para se pensar o extrativismo de modo geral (animal, mineral, vegetal). Não se trata de uma negação do desenvolvimento de atividades extrativistas, mas de se considerar a preservação dos recursos naturais, a população que devido à sua localização é afetada, direta ou indiretamente, por essas atividades e o bem-estar da população que depende das extrações, seja como sua forma de se relacionar com o espaço (territorialidade) em função de sua sobrevivência baseada no extrativismo, seja ainda na sua dependência dos produtos por ele gerados. Desta forma, a principal questão que atravessa este plano “Como pensar uma relação entre o extrativismo e os impactos ambientais” vai ao encontro do trecho destacado ao considerar a necessidade de realização das atividades extrativistas, mas também a indispensabilidade de se pensar em possibilidades de formas de realização destas atividades com o mínimo possível de impacto ambiental e social, o que é dificultado pela nossa estrutura social baseada no modo capitalista de produção.
Caso não seja possível projetar este fragmento é possível imprimi-lo para grupos de alunos (os mesmo grupos que farão a atividade da Ação Propositiva).
Ação Propositiva
Tempo sugerido: 20 minutos
Orientações: Apresente as imagens de satélite do antes e depois do rompimento da barragem da Samarco (administrada pelas empresas Vale e BHP Billiton), destacando as áreas afetadas pela lama de rejeitos. Para facilitar a visualização, tome como referência o distrito de Bento Rodrigues no centro da imagem. Indique as diferenças nos tons de marrom nas duas imagens. Indique a escala da imagem (1cm = 2km) para que eles tenham dimensão da extensão percorrida pelos dejetos. Apresente as imagens disponibilizadas pela Nasa do antes e depois da região de Brumadinho em relação ao rompimento da barragem também controlada pela empresa multinacional Vale S/A. Destaque a área atingida pela lama indicando a porção mais a leste nas imagens e a diferença da coloração do rio. Exponha que há divergências entre especialistas sobre os rejeitos poderem chegar até o Rio São Francisco, o que aumentaria ainda mais a extensão do desastre. Desta forma, levante questionamentos que os ajudarão a preencher a tabela de impactos, como por exemplo: “Como este evento pode afetar a vida das pessoas que ali viviam?” “Como este evento influencia na fauna terrestre e aquática (vida animal) e flora (vida vegetal) da região?” “Será que este evento impacta apenas a região onde ocorreu ou impacta outras também?” (pensando, no caso de Mariana que os rejeitos atingiram o Rio Doce e chegaram até o mar, afetando seu ecossistema). Levante questionamentos que permitirão que os alunos associem estes eventos à categorização de âmbitos impactos pela atividade mineradora. Exponha que este dois eventos são acontecimentos atípicos e que, teoricamente, não deveriam acontecer. No entanto, existem outros impactos relacionados à mineração que não são categorizados como “desastres”, sendo, portanto, mais comuns no processo de extrativismo mineral. Explique que para extrair os minerais é preciso alguns elemento químicos que são tóxicos e que estes elementos fazem parte dessa lama de rejeitos. Esta lama que fica presa pelas barragens corre o risco de contaminar o solo e a águas em subsolo. Além disso, pergunte: “Como será que esse material sólido, que é a rocha, é quebrado?”. Neste ponto, é feita uma referência à utilização de explosivos, que causam poluição sonora e provocam ondas que podem interferir nas construções da região. Diga que essas explosões levantam muita poeira, que outro tipo de poluição seria essa? (poluição do ar). Questione também: “Como será que ocorre em lugares que têm minérios, mas também têm vegetação?”, apontando, dessa maneira, para o desmatamento com consequente erosão do solo, o que pode causar assoreamento de rios nas proximidades da área minerada.
No que se refere à extração de madeira, exponha que, apesar de existirem leis sobre essa atividade extrativista vegetal, há muita extração de madeira ilegal, principalmente na Floresta Amazônica. Assim, questione: “Que impacto pode ser gerado a partir dessa extração da madeira?”. Espera-se que os alunos apontem para o desmatamento e, desta forma, conduza-os a pensar o quanto essa extração ilegal pode afetar a fauna da região, bem como os modos de vida dos povos da floresta, retomando a etapa de Problematização com a fala do seringueiro Chico Mendes.
Por fim, introduza a chamada da reportagem sobre o derramamento de óleo na Baía-de-Todos-os-Santos, no estado da Bahia. Dialogue com os alunos acerca dos impactos causados a partir da poluição do Rio São Paulo e toda extensão de manguezal que ele abarca (se necessário, explique sucintamente aos alunos do que se trata um manguezal), afetando a fauna aquática e os modos de vida da comunidade quilombola que vive da pesca neste rio.
Após as discussões levantadas nesta etapa do plano, reúna os alunos em grupos de até quatro pessoas e peça para que o alunos construam uma tabela com as principais atividades trazidas durante a aula, ou outras que não constam no plano mas que julgue relevantes, categorizando os tipos de impactos em “sociais, ambientais e econômico”. Explique que, apesar dessa diferenciação, todos esses impactos se atravessam e influenciam uns aos outros. Destaque também que as atividades extrativistas são importantes para a estrutura de sociedade na qual vivemos atualmente e que a grande questão não é deixar de ou continuar a se utilizar do extrativismo, mas sim, repensar a forma como algumas dessas atividades vem ocorrendo e nos impactos que elas geram para toda a sociedade.
Caso não seja possível projetar as imagens, tampouco imprimi-las, traga reportagens sobre os acontecimentos ou ainda escreva sobre eles no quadro e incite a discussão como sugerido para esta etapa.
Como adequar à sua realidade: Caso o município onde a escola se insira, ou alguma localidade próxima, passe ou tenha passado por algum dos impactos apontados durante a aula, traga a discussão para a aula com especial atenção à sensibilidade necessária a depender do contexto socioemocial a que os alunos estejam inseridos, principalmente no que tange aos eventos mais recentes, como de Brumadinho (MG). Sobretudo nos eventos de Mariana e Brumadinho, que envolveram a perda de vidas humanas, recomenda-se a sensibilidade em sala de aula em detrimento do sensacionalismo, respeitando a história e contexto de vida da comunidade escolar.
Para você saber mais:
OLIVEIRA, Leandro Dias. RAMÃO, Felipe de Souza. Práticas ambientais e ensino de Geografia: para além do desenvolvimento sustentável como norma. Práticas Pedagógicas. Revista Giramundo, V.2, N.4, P.73-81, Rio de Janeiro, Jul/Dez, 2015. Disponível em:
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/MesxnaffFYFyYpUU7PfKYJAfU7SPwck2A9DgbTCeRZ6rVD6suX7THMxfckJB/pratica-ambientais-e-ensino-de-geografia-giramundo.pdf (Acesso em 19/02/2019)
FURLAN, Sueli. Educação ambiental e Geografia: reflexão, ensino e prática. Nova Escola, 01 de fevereiro de 2014. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/2023/educacao-ambiental-e-geografia-reflexao-ensino-e-pratica (Acesso em 19/02/2019)
PINA, Rute. Vazamento de óleo contamina a Baía de Todos os Santos (BA), denunciam quilombolas. Brasil de Fato. 12 de junho de 2018. Disponível em:
https://www.brasildefato.com.br/2018/06/12/vazamento-de-oleo-contamina-a-baia-de-todos-os-santos-ba-denunciam-quilombolas/ (Acesso em 18/02/2019)
SUÇUARANA, Monik da Silveira. Poluição causada pela mineração. InfoEscola. s/d Disponível em:
https://www.infoescola.com/meio-ambiente/poluicao-causada-pela-mineracao/ (Acesso em 18?02/2019)
Ação Propositiva
Orientações: Apresente as imagens de satélite do antes e depois do rompimento da barragem da Samarco (administrada pelas empresas Vale e BHP Billiton), destacando as áreas afetadas pela lama de rejeitos. Para facilitar a visualização, tome como referência o distrito de Bento Rodrigues no centro da imagem. Indique as diferenças nos tons de marrom nas duas imagens. Indique a escala da imagem (1cm = 2km) para que eles tenham dimensão da extensão percorrida pelos dejetos. Apresente as imagens disponibilizadas pela Nasa do antes e depois da região de Brumadinho em relação ao rompimento da barragem também controlada pela empresa multinacional Vale S/A. Destaque a área atingida pela lama indicando a porção mais a leste nas imagens e a diferença da coloração do rio. Exponha que há divergências entre especialistas sobre os rejeitos poderem chegar até o Rio São Francisco, o que aumentaria ainda mais a extensão do desastre. Desta forma, levante questionamentos que os ajudarão a preencher a tabela de impactos, como por exemplo: “Como este evento pode afetar a vida das pessoas que ali viviam?” “Como este evento influencia na fauna terrestre e aquática (vida animal) e flora (vida vegetal) da região?” “Será que este evento impacta apenas a região onde ocorreu ou impacta outras também?” (pensando, no caso de Mariana que os rejeitos atingiram o Rio Doce e chegaram até o mar, afetando seu ecossistema). Levante questionamentos que permitirão que os alunos associem estes eventos à categorização de âmbitos impactos pela atividade mineradora. Exponha que este dois eventos são acontecimentos atípicos e que, teoricamente, não deveriam acontecer. No entanto, existem outros impactos relacionados à mineração que não são categorizados como “desastres”, sendo, portanto, mais comuns no processo de extrativismo mineral. Explique que para extrair os minerais é preciso alguns elemento químicos que são tóxicos e que estes elementos fazem parte dessa lama de rejeitos. Esta lama que fica presa pelas barragens corre o risco de contaminar o solo e a águas em subsolo. Além disso, pergunte: “Como será que esse material sólido, que é a rocha, é quebrado?”. Neste ponto, é feita uma referência à utilização de explosivos, que causam poluição sonora e provocam ondas que podem interferir nas construções da região. Diga que essas explosões levantam muita poeira, que outro tipo de poluição seria essa? (poluição do ar). Questione também: “Como será que ocorre em lugares que têm minérios, mas também têm vegetação?”, apontando, dessa maneira, para o desmatamento com consequente erosão do solo, o que pode causar assoreamento de rios nas proximidades da área minerada.
No que se refere à extração de madeira, exponha que, apesar de existirem leis sobre essa atividade extrativista vegetal, há muita extração de madeira ilegal, principalmente na Floresta Amazônica. Assim, questione: “Que impacto pode ser gerado a partir dessa extração da madeira?”. Espera-se que os alunos apontem para o desmatamento e, desta forma, conduza-os a pensar o quanto essa extração ilegal pode afetar a fauna da região, bem como os modos de vida dos povos da floresta, retomando a etapa de Problematização com a fala do seringueiro Chico Mendes.
Por fim, introduza a chamada da reportagem sobre o derramamento de óleo na Baía-de-Todos-os-Santos, no estado da Bahia. Dialogue com os alunos acerca dos impactos causados a partir da poluição do Rio São Paulo e toda extensão de manguezal que ele abarca (se necessário, explique sucintamente aos alunos do que se trata um manguezal), afetando a fauna aquática e os modos de vida da comunidade quilombola que vive da pesca neste rio.
Após as discussões levantadas nesta etapa do plano, reúna os alunos em grupos de até quatro pessoas e peça para que o alunos construam uma tabela com as principais atividades trazidas durante a aula, ou outras que não constam no plano mas que julgue relevantes, categorizando os tipos de impactos em “sociais, ambientais e econômico”. Explique que, apesar dessa diferenciação, todos esses impactos se atravessam e influenciam uns aos outros. Destaque também que as atividades extrativistas são importantes para a estrutura de sociedade na qual vivemos atualmente e que a grande questão não é deixar de ou continuar a se utilizar do extrativismo, mas sim, repensar a forma como algumas dessas atividades vem ocorrendo e nos impactos que elas geram para toda a sociedade.
Caso não seja possível projetar as imagens, tampouco imprimi-las, traga reportagens sobre os acontecimentos ou ainda escreva sobre eles no quadro e incite a discussão como sugerido para esta etapa.
Ação Propositiva
Orientações: Apresente as imagens de satélite do antes e depois do rompimento da barragem da Samarco (administrada pelas empresas Vale e BHP Billiton), destacando as áreas afetadas pela lama de rejeitos. Para facilitar a visualização, tome como referência o distrito de Bento Rodrigues no centro da imagem. Indique as diferenças nos tons de marrom nas duas imagens. Indique a escala da imagem (1cm = 2km) para que eles tenham dimensão da extensão percorrida pelos dejetos. Apresente as imagens disponibilizadas pela Nasa do antes e depois da região de Brumadinho em relação ao rompimento da barragem também controlada pela empresa multinacional Vale S/A. Destaque a área atingida pela lama indicando a porção mais a leste nas imagens e a diferença da coloração do rio. Exponha que há divergências entre especialistas sobre os rejeitos poderem chegar até o Rio São Francisco, o que aumentaria ainda mais a extensão do desastre. Desta forma, levante questionamentos que os ajudarão a preencher a tabela de impactos, como por exemplo: “Como este evento pode afetar a vida das pessoas que ali viviam?” “Como este evento influencia na fauna terrestre e aquática (vida animal) e flora (vida vegetal) da região?” “Será que este evento impacta apenas a região onde ocorreu ou impacta outras também?” (pensando, no caso de Mariana que os rejeitos atingiram o Rio Doce e chegaram até o mar, afetando seu ecossistema). Levante questionamentos que permitirão que os alunos associem estes eventos à categorização de âmbitos impactos pela atividade mineradora. Exponha que este dois eventos são acontecimentos atípicos e que, teoricamente, não deveriam acontecer. No entanto, existem outros impactos relacionados à mineração que não são categorizados como “desastres”, sendo, portanto, mais comuns no processo de extrativismo mineral. Explique que para extrair os minerais é preciso alguns elemento químicos que são tóxicos e que estes elementos fazem parte dessa lama de rejeitos. Esta lama que fica presa pelas barragens corre o risco de contaminar o solo e a águas em subsolo. Além disso, pergunte: “Como será que esse material sólido, que é a rocha, é quebrado?”. Neste ponto, é feita uma referência à utilização de explosivos, que causam poluição sonora e provocam ondas que podem interferir nas construções da região. Diga que essas explosões levantam muita poeira, que outro tipo de poluição seria essa? (poluição do ar). Questione também: “Como será que ocorre em lugares que têm minérios, mas também têm vegetação?”, apontando, dessa maneira, para o desmatamento com consequente erosão do solo, o que pode causar assoreamento de rios nas proximidades da área minerada.
No que se refere à extração de madeira, exponha que, apesar de existirem leis sobre essa atividade extrativista vegetal, há muita extração de madeira ilegal, principalmente na Floresta Amazônica. Assim, questione: “Que impacto pode ser gerado a partir dessa extração da madeira?”. Espera-se que os alunos apontem para o desmatamento e, desta forma, conduza-os a pensar o quanto essa extração ilegal pode afetar a fauna da região, bem como os modos de vida dos povos da floresta, retomando a etapa de Problematização com a fala do seringueiro Chico Mendes.
Por fim, introduza a chamada da reportagem sobre o derramamento de óleo na Baía-de-Todos-os-Santos, no estado da Bahia. Dialogue com os alunos acerca dos impactos causados a partir da poluição do Rio São Paulo e toda extensão de manguezal que ele abarca (se necessário, explique sucintamente aos alunos do que se trata um manguezal), afetando a fauna aquática e os modos de vida da comunidade quilombola que vive da pesca neste rio.
Após as discussões levantadas nesta etapa do plano, reúna os alunos em grupos de até quatro pessoas e peça para que o alunos construam uma tabela com as principais atividades trazidas durante a aula, ou outras que não constam no plano mas que julgue relevantes, categorizando os tipos de impactos em “sociais, ambientais e econômico”. Explique que, apesar dessa diferenciação, todos esses impactos se atravessam e influenciam uns aos outros. Destaque também que as atividades extrativistas são importantes para a estrutura de sociedade na qual vivemos atualmente e que a grande questão não é deixar de ou continuar a se utilizar do extrativismo, mas sim, repensar a forma como algumas dessas atividades vem ocorrendo e nos impactos que elas geram para toda a sociedade.
Caso não seja possível projetar as imagens, tampouco imprimi-las, traga reportagens sobre os acontecimentos ou ainda escreva sobre eles no quadro e incite a discussão como sugerido para esta etapa.
Ação Propositiva
Orientações: Apresente as imagens de satélite do antes e depois do rompimento da barragem da Samarco (administrada pelas empresas Vale e BHP Billiton), destacando as áreas afetadas pela lama de rejeitos. Para facilitar a visualização, tome como referência o distrito de Bento Rodrigues no centro da imagem. Indique as diferenças nos tons de marrom nas duas imagens. Indique a escala da imagem (1cm = 2km) para que eles tenham dimensão da extensão percorrida pelos dejetos. Apresente as imagens disponibilizadas pela Nasa do antes e depois da região de Brumadinho em relação ao rompimento da barragem também controlada pela empresa multinacional Vale S/A. Destaque a área atingida pela lama indicando a porção mais a leste nas imagens e a diferença da coloração do rio. Exponha que há divergências entre especialistas sobre os rejeitos poderem chegar até o Rio São Francisco, o que aumentaria ainda mais a extensão do desastre. Desta forma, levante questionamentos que os ajudarão a preencher a tabela de impactos, como por exemplo: “Como este evento pode afetar a vida das pessoas que ali viviam?” “Como este evento influencia na fauna terrestre e aquática (vida animal) e flora (vida vegetal) da região?” “Será que este evento impacta apenas a região onde ocorreu ou impacta outras também?” (pensando, no caso de Mariana que os rejeitos atingiram o Rio Doce e chegaram até o mar, afetando seu ecossistema). Levante questionamentos que permitirão que os alunos associem estes eventos à categorização de âmbitos impactos pela atividade mineradora. Exponha que este dois eventos são acontecimentos atípicos e que, teoricamente, não deveriam acontecer. No entanto, existem outros impactos relacionados à mineração que não são categorizados como “desastres”, sendo, portanto, mais comuns no processo de extrativismo mineral. Explique que para extrair os minerais é preciso alguns elemento químicos que são tóxicos e que estes elementos fazem parte dessa lama de rejeitos. Esta lama que fica presa pelas barragens corre o risco de contaminar o solo e a águas em subsolo. Além disso, pergunte: “Como será que esse material sólido, que é a rocha, é quebrado?”. Neste ponto, é feita uma referência à utilização de explosivos, que causam poluição sonora e provocam ondas que podem interferir nas construções da região. Diga que essas explosões levantam muita poeira, que outro tipo de poluição seria essa? (poluição do ar). Questione também: “Como será que ocorre em lugares que têm minérios, mas também têm vegetação?”, apontando, dessa maneira, para o desmatamento com consequente erosão do solo, o que pode causar assoreamento de rios nas proximidades da área minerada.
No que se refere à extração de madeira, exponha que, apesar de existirem leis sobre essa atividade extrativista vegetal, há muita extração de madeira ilegal, principalmente na Floresta Amazônica. Assim, questione: “Que impacto pode ser gerado a partir dessa extração da madeira?”. Espera-se que os alunos apontem para o desmatamento e, desta forma, conduza-os a pensar o quanto essa extração ilegal pode afetar a fauna da região, bem como os modos de vida dos povos da floresta, retomando a etapa de Problematização com a fala do seringueiro Chico Mendes.
Por fim, introduza a chamada da reportagem sobre o derramamento de óleo na Baía-de-Todos-os-Santos, no estado da Bahia. Dialogue com os alunos acerca dos impactos causados a partir da poluição do Rio São Paulo e toda extensão de manguezal que ele abarca (se necessário, explique sucintamente aos alunos do que se trata um manguezal), afetando a fauna aquática e os modos de vida da comunidade quilombola que vive da pesca neste rio.
Após as discussões levantadas nesta etapa do plano, reúna os alunos em grupos de até quatro pessoas e peça para que o alunos construam uma tabela com as principais atividades trazidas durante a aula, ou outras que não constam no plano mas que julgue relevantes, categorizando os tipos de impactos em “sociais, ambientais e econômico”. Explique que, apesar dessa diferenciação, todos esses impactos se atravessam e influenciam uns aos outros. Destaque também que as atividades extrativistas são importantes para a estrutura de sociedade na qual vivemos atualmente e que a grande questão não é deixar de ou continuar a se utilizar do extrativismo, mas sim, repensar a forma como algumas dessas atividades vem ocorrendo e nos impactos que elas geram para toda a sociedade.
Caso não seja possível projetar as imagens, tampouco imprimi-las, traga reportagens sobre os acontecimentos ou ainda escreva sobre eles no quadro e incite a discussão como sugerido para esta etapa.
Ação Propositiva
Orientações: Apresente as imagens de satélite do antes e depois do rompimento da barragem da Samarco (administrada pelas empresas Vale e BHP Billiton), destacando as áreas afetadas pela lama de rejeitos. Para facilitar a visualização, tome como referência o distrito de Bento Rodrigues no centro da imagem. Indique as diferenças nos tons de marrom nas duas imagens. Indique a escala da imagem (1cm = 2km) para que eles tenham dimensão da extensão percorrida pelos dejetos. Apresente as imagens disponibilizadas pela Nasa do antes e depois da região de Brumadinho em relação ao rompimento da barragem também controlada pela empresa multinacional Vale S/A. Destaque a área atingida pela lama indicando a porção mais a leste nas imagens e a diferença da coloração do rio. Exponha que há divergências entre especialistas sobre os rejeitos poderem chegar até o Rio São Francisco, o que aumentaria ainda mais a extensão do desastre. Desta forma, levante questionamentos que os ajudarão a preencher a tabela de impactos, como por exemplo: “Como este evento pode afetar a vida das pessoas que ali viviam?” “Como este evento influencia na fauna terrestre e aquática (vida animal) e flora (vida vegetal) da região?” “Será que este evento impacta apenas a região onde ocorreu ou impacta outras também?” (pensando, no caso de Mariana que os rejeitos atingiram o Rio Doce e chegaram até o mar, afetando seu ecossistema). Levante questionamentos que permitirão que os alunos associem estes eventos à categorização de âmbitos impactos pela atividade mineradora. Exponha que este dois eventos são acontecimentos atípicos e que, teoricamente, não deveriam acontecer. No entanto, existem outros impactos relacionados à mineração que não são categorizados como “desastres”, sendo, portanto, mais comuns no processo de extrativismo mineral. Explique que para extrair os minerais é preciso alguns elemento químicos que são tóxicos e que estes elementos fazem parte dessa lama de rejeitos. Esta lama que fica presa pelas barragens corre o risco de contaminar o solo e a águas em subsolo. Além disso, pergunte: “Como será que esse material sólido, que é a rocha, é quebrado?”. Neste ponto, é feita uma referência à utilização de explosivos, que causam poluição sonora e provocam ondas que podem interferir nas construções da região. Diga que essas explosões levantam muita poeira, que outro tipo de poluição seria essa? (poluição do ar). Questione também: “Como será que ocorre em lugares que têm minérios, mas também têm vegetação?”, apontando, dessa maneira, para o desmatamento com consequente erosão do solo, o que pode causar assoreamento de rios nas proximidades da área minerada.
No que se refere à extração de madeira, exponha que, apesar de existirem leis sobre essa atividade extrativista vegetal, há muita extração de madeira ilegal, principalmente na Floresta Amazônica. Assim, questione: “Que impacto pode ser gerado a partir dessa extração da madeira?”. Espera-se que os alunos apontem para o desmatamento e, desta forma, conduza-os a pensar o quanto essa extração ilegal pode afetar a fauna da região, bem como os modos de vida dos povos da floresta, retomando a etapa de Problematização com a fala do seringueiro Chico Mendes.
Por fim, introduza a chamada da reportagem sobre o derramamento de óleo na Baía-de-Todos-os-Santos, no estado da Bahia. Dialogue com os alunos acerca dos impactos causados a partir da poluição do Rio São Paulo e toda extensão de manguezal que ele abarca (se necessário, explique sucintamente aos alunos do que se trata um manguezal), afetando a fauna aquática e os modos de vida da comunidade quilombola que vive da pesca neste rio.
Após as discussões levantadas nesta etapa do plano, reúna os alunos em grupos de até quatro pessoas e peça para que o alunos construam uma tabela com as principais atividades trazidas durante a aula, ou outras que não constam no plano mas que julgue relevantes, categorizando os tipos de impactos em “sociais, ambientais e econômico”. Explique que, apesar dessa diferenciação, todos esses impactos se atravessam e influenciam uns aos outros. Destaque também que as atividades extrativistas são importantes para a estrutura de sociedade na qual vivemos atualmente e que a grande questão não é deixar de ou continuar a se utilizar do extrativismo, mas sim, repensar a forma como algumas dessas atividades vem ocorrendo e nos impactos que elas geram para toda a sociedade.
Caso não seja possível projetar as imagens, tampouco imprimi-las, traga reportagens sobre os acontecimentos ou ainda escreva sobre eles no quadro e incite a discussão como sugerido para esta etapa.
Sistematização
Tempo sugerido: 13 minutos
Orientações: Solicite que os grupos digam os impactos que levantaram. Enquanto os alunos apresentam suas produções vá realizando comparações entre os grupos no sentido de analisar quais impactos se repetiram e quais não, complementando suas falas com as discussões levantadas durante o transcorrer da aula. Peça para que retomem o pequeno texto que construíram na etapa de Contextualização (“O que acreditam que seja um impacto socioambiental”) e solicite que, a partir de todo desenvolvimento da aula, digam se manteriam suas definições ou se as modificariam e o porquê das alterações. Auxilie-os na construção de uma concepção que englobe as ações humanas na modificação do espaço, no caso deste plano, voltado às atividades econômicas e em como essas ações têm impactos em diversos âmbitos, como o social em si, o econômico, o ambiental e que todos eles se relacionam entre si e, sobretudo, com o âmbito político a partir da legislação que permite, inibe e/ou fiscaliza as etapas extrativistas no país. Por fim, atente para o modo de produção capitalista que demanda grandes produções voltadas à uma economia global a partir da atuação de empresas multinacionais sobre o território coexistindo com formas de produção tradicionais e de menor impacto voltadas, principalmente, à subsistência e utilização não predatória da fauna e da flora.
Materiais complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
Ferramentas de comunicação tecnológica (WhatsApp, e-mail ou mensagens por meio de ambientes virtuais); internet e câmera.
Valor trabalhado
O respeito ao ambiente e à própria coletividade.
Apresentação do tema da aula
Apresente o tema aos alunos por escrito, por meio de alguma ferramenta de comunicação tecnológica. Escreva que a aula tratará de analisar as atividades econômicas brasileiras extrativistas que podem causar impactos socioambientais.
Contextualização
A contextualização deste plano adaptado tem o objetivo de levar os estudantes a compreenderem o que é extrativismo e quais atividades econômicas a prática engloba. Para isso, peça que os estudantes leiam no livro de Geografia ou realizem uma rápida pesquisa para registrar no caderno as respostas.
Ação propositiva
A ação propositiva segue a proposta original do plano de aula, mas deve ser realizada individualmente, dada a impossibilidade de encontro entre os estudantes. Além disso, recomendamos que selecione uma questão socioambiental dentre as apresentadas na ação propositiva desta aula. Dada a abrangência do desastre e o modo como podemos aprender a partir dele, sugerimos que selecione a imagem que retrata o rompimento da barragem da Samarco.
A proposta da atividade é a realização de uma pesquisa sobre os impactos socioambientais da extração de minérios, em que os estudantes identifiquem impactos em três dimensões: sociais, ambientais e econômicos da atividade de extração. Para isso, peça que construam um quadro no caderno de Geografia, façam uma pesquisa sobre a extração de minérios dessa região e o completem com as informações pesquisadas.
Sugestão de referências:
- O que é o extrativismo e o efeito negativo dessa atividade, disponível aqui;
- Extração mineral e impactos ambientais, disponível aqui;
- Extrativismo e impactos socioambientais, disponível aqui.
Sistematização
Finalizada a pesquisa e a construção do quadro no caderno, peça que os estudantes compartilhem com você uma imagem da tabela ou o arquivo de texto utilizado. Dê feedbacks individuais a cada quadro, apontando o que precisa ser revisto e o que está adequado.
Convite às famílias
Convide os familiares a assistirem, junto com o estudante, a uma interessante animação sobre impactos ambientais causados pelo homem, disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Jéssica Cecim
Mentor: Laiany Santos
Especialista: Murilo Rossi
Assessor pedagógico: Laercio Furquim
Ano: 7°ano
Unidade temática: Mundo do trabalho
Objeto(s) de aprendizagem: Analisar de que forma as atividades extrativistas podem alterar o espaço a partir de impactos socioambientais
Habilidade (s) da Base: (EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim como influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares.