GEO6_13UND07 - Atividade da Ação Propositiva
Plano de Aula
Plano de aula: Vegetação nas cidades e a melhora do clima
Plano 7 de uma sequência de 10 planos. Veja todos os planos sobre Políticas de ação local pensando o global.
Por: Regina Luiza Gouvea
Tem interesse no tema "Neurociência, adolescências e engajamento nos Anos Finais"?
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Descrição
Esta é a 7ª aula de um conjunto de 10 planos de aula com foco em explorar os fenômenos que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas, aprofundando conhecimentos para construir adaptação e resiliência na mitigação dos efeitos da urgência climática. Neste plano de aula, especificamente, a ferramenta Google Earth Engine será usada no momento inicial para contextualizar sobre áreas verdes ao longo do tempo e promover uma relação entre as urgências climáticas com o passar dos anos. Professora ou professor, explore essa ferramenta antes da aula, conhecendo as ilhas de calor ao redor do mundo (busque por “heat islands” acessando a ferramenta pelo link: https://yceo.users.earthengine.app/view/uhimap). Neste anexo você encontra um tutorial de como utilizar a ferramenta com os estudantes.
Também serão usadas as ferramentas Google Maps (acesse pelo link: https://maps.google.com/) e Google Earth (acesse pelo link: https://earth.google.com/web). Caso ainda não tenha familiaridade com elas, acesse-as antes da aula para dominar como utilizá-las e fazer as buscas indicadas ao longo das propostas.
Veja a sequência de todos os 10 planos de aula aqui.
Contexto e progressão das habilidades
Este plano de aula integra um conjunto de 52 planos estruturados com base na decomposição de aprendizagens, que divide habilidades complexas em etapas progressivas, respeitando o princípio da progressão de habilidades — em que cada novo conhecimento se apoia em bases já consolidadas. A sequência aborda, inicialmente, o pensamento computacional (decomposição, padrões, abstração e algoritmos) nos Anos Iniciais, avança para o letramento digital (uso crítico e criativo das tecnologias) nas séries seguintes e culmina, nos Anos Finais e no Ensino Médio, na análise crítica da Inteligência Artificial (IA), considerando o funcionamento e os impactos sociais e éticos. Essa progressão está alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Computação, assegurando uma construção sólida e contextualizada do conhecimento, além de preparar os estudantes para interagir de forma autônoma e consciente no mundo digital.
Materiais sugeridos
Equipamentos e dispositivos:
computador, tablet ou celular com acesso à Internet e projetor.
Recursos educacionais digitais:
Google Earth, Google Earth Engine (Global_Surface_UHI_Explorer).
Materiais diversos:
anexo com consigna da atividade para estudantes; anexo com atividade e gabarito para professor.
Habilidades BNCC:
Objeto de conhecimento
- Vegetação nas cidades e a melhora no clima.
Objetivos de aprendizagem
- Relacionar a influência da vegetação no sistema microclimático em áreas urbanas.
Competências gerais
2. Pensamento científico, crítico e criativo.
4. Comunicação.
5. Cultura digital.
Acesse
Bibliografia
- HIROTA, M; VORMITTAG, E. Como as áreas verdes nas cidades geram benefícios para a saúde. Revista Época, 01/11/2015. Disponível em: Como as áreas verdes nas cidades geram benefícios para a saúde - ÉPOCA | Blog do Planeta. Acesso em: 13 de setembro de 2025.
- BARANIUK, Chris. Como o uso de ar condicionado está deixando o mundo mais quente. BBC News, 20/06/2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44504546. Acesso em: 13 de setembro de 2025.
- HERINGER, P.; LUCAS, T.P.B. A influência da vegetação em um microclima da cidade de Belo Horizonte, MG. Caderno de Geografia, Belo Horizonte, v. 24, n. 42, p. 56-72, jul. 2014. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/geografia/article/view/6623. Acesso em: 13 de setembro de 2025.
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Aula
Sobre esta aula
Tempo previsto: 50 minutos.
Orientações gerais:
Este plano de aula está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Os estudantes terão a oportunidade de relacionar as consequências das práticas humanas de ocupação territorial com as dinâmicas climáticas urbanas. Para isso, serão abordados os impactos do resfriamento provocados pelos parques urbanos no conforto térmico e, também, no consumo de energia elétrica.
Um dos reflexos das áreas verdes em ambientes urbanos é a redução das temperaturas em comparação com as áreas vizinhas. No entanto, ainda são pouco conhecidos os efeitos diretos desse fenômeno na diminuição do consumo de energia em residências localizadas próximas a essas áreas. Nesta aula, os estudantes deverão relacionar a expansão das áreas verdes ao aumento do conforto térmico para seres vivos, reconhecendo como isso pode contribuir para a redução do uso de energia elétrica e, consequentemente, do custo para os consumidores.
Para apoiar essa compreensão, será utilizado o Google Earth, disponível como site e aplicativo. A ferramenta permite explorar mapas com imagens aéreas de qualquer lugar do planeta, medir áreas e acompanhar as transformações ocorridas nos territórios ao longo dos anos. Com esse recurso, os estudantes poderão identificar a supressão ou expansão de áreas verdes, relacionar esses processos às mudanças climáticas e discutir a importância de políticas públicas voltadas ao enfrentamento da crise climática.
Conversa inicial / Introdução
Tempo previsto: 10 minutos.
Orientações: escreva no centro do quadro os seguintes termos: “áreas verdes”, “ilha de calor urbana”, “mudanças climáticas” e “aquecimento global”.
Exponha para a turma que nessa aula vocês falarão sobre os impactos das áreas verdes em ambientes urbanos, ou seja, a influência da vegetação no sistema microclimático das cidades. A partir dos termos na lousa, faça com a turma uma tempestade de ideias, elencando os conceitos que os estudantes mencionarem. Escreva-os nos respectivos lugares no quadro, dando exemplos:
• áreas verdes: parques, praças, florestas, fragmentos de matas, bosques, corredores ecológicos;
• urbanização: crescimento das cidades, em população humana e na extensão geográfica construída, em relação às áreas rurais;
• ilha de calor urbana: fenômeno climático onde áreas urbanas têm temperaturas mais altas pela concentração de construções e atividades humanas (estradas, asfalto, calçamento, calor gerado por máquina, indústrias, automóveis);
• mudanças climáticas: transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima do planeta;
• aquecimento global: fenômeno de aumento das temperaturas do planeta intensificado pelo efeito estufa.
Pergunte aos estudantes:
- Quais são os efeitos da urbanização? Como esses efeitos se relacionam às mudanças climáticas?
Espera-se que eles falem que a urbanização traz uma série de efeitos que se relacionam com as mudanças climáticas, provocando principalmente o aumento da temperatura urbana (ilhas de calor), a intensificação de eventos climáticos extremos (chuvas, granizo e secas), a alteração dos padrões de vento e qualidade do ar, e o aumento da impermeabilização do solo pelas construções, calçamentos e asfaltos, que pode agravar inundações e trazer problemas de drenagem das águas.
Contextualização
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: use o Google Earth para explorar as cidades vistas de cima. Olhem juntos, projetadas em tela, cidades conhecidas na região e cidades maiores, por exemplo: São Paulo (vejam o Parque Ibirapuera), Nova Iorque (identifiquem o Central Park), Toronto (no Canadá, que passou por um intenso processo de industrialização), Porto Alegre (observem a região metropolitana e as cidades do Vale dos Sinos, atingidas pela enchente em 2024).
Problematização
Após observarem as imagens, pergunte:
- De que maneira a urbanização interfere nos padrões climáticos?
Espera-se que eles façam uma associação direta com o aumento da temperatura e a ocorrência de eventos climáticos extremos, como cheias, por conta da substituição de áreas verdes por áreas edificadas, pois é de conhecimento geral que ambientes vegetados proporcionem uma redução da temperatura e maior conforto térmico nos dias mais quentes do ano.
Agora, mostre a ferramenta Google Earth Engine que explora as ilhas de calor ao redor do mundo (busque por “heat islands” ou acesse o link: Global_Surface_UHI_Explorer).
Explorem juntos as cidades que observaram antes no Google Maps.
Discutam juntos o crescimento das cidades, o aumento das áreas edificadas e o uso de materiais nas construções urbanas, como concreto e asfalto, problematizando como eles favorecem a absorção e armazenamento da radiação solar, provocando o aumento da temperatura. É de se esperar que haja um maior desconforto térmico em dias quentes e aumento do consumo de energia elétrica com o uso de ar-condicionado ou ventiladores para amenizar os efeitos do calor. Por outro lado, sabe-se que um dos reflexos das manchas verdes nas áreas urbanas são as baixas temperaturas em relação às suas redondezas, tanto durante o dia, quanto durante a noite. Outro fator relevante da presença dessas áreas verdes é a possibilidade de se economizar energia quando as construções urbanas estão próximas a tais áreas, como parques urbanos.
Projete a imagem a seguir para a turma:
Pergunte:
- Qual região representada no gráfico apresenta os maiores valores de temperatura?
- Quais regiões apresentam os menores valores de temperatura?
- De que forma os parques urbanos contribuem na amenização do clima nas ilhas de calor?
Espera-se que os estudantes respondam que as áreas verdes contribuem para amenizar as ilhas de calor por meio da redução da temperatura, aumento da umidade e melhoria da qualidade do ar. A vegetação presente nos parques, como árvores e gramados, promove o resfriamento por meio da evapotranspiração, enquanto a sombra das árvores oferece alívio do calor direto. Além disso, os parques ajudam a diminuir a poluição sonora e a melhorar a qualidade do ar, absorvendo poluentes e liberando oxigênio.
Pergunte:
- De que maneira as residências próximas a parques podem economizar energia?
Espera-se que respondam a redução do uso de ventiladores e ar-condicionado, pois poderia ser a primeira associação a ser feita. Caso a respostas seja essa, afirme que a resposta está correta e complemente que áreas verdes bem arborizadas são capazes de gerar condições microclimáticas mais estáveis no que se refere à temperatura e umidade em relação ao seu entorno e que isso ocorre também pela capacidade de evapotranspiração e retenção da água no solo destes ambientes, que emitem uma menor quantidade de radiação infravermelha em relação ao solo exposto, concreto ou asfalto.
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