GEO7_03UND03 - Problematização - Imagem
Plano de Aula
Plano de aula: Quilombos e remanescentes quilombolas no Brasil
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Territorialidades e direitos de povos originários
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre este plano: Ele está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07GE03 de Geografia, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Nessa aula em específica
Materiais necessários: Caderno, lápis e borracha.
Material complementar:
Imagens da contextualização disponíveis em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/565EFdHJa6AjzVBGxdFYTPvmDNZmg84P6ErvGwK7U6r6aJDKyYfumqP2h59B/geo7-03und03-problematizacao-imagem.pdf
Atividade da ação propositiva disponível em:
A imagem da ação propositiva disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/hawTQ9Pw3qZJ8Z68zZrXrm8BrGPrAKcVufxCfEBHbaZfFENQzCC7d2mqHAbF/geo7-03und03-acao-propositiva-imagem.pdf
Para você saber mais:
“Os quilombos receberam os que precisavam de abrigo; foram criados tendo como orientação a coletividade, a identificação e a aceitação. Nasceram como refúgios, esconderijos; hoje são o lar de 16 milhões de pessoas em todo o Brasil e criaram uma cultura única. A Constituição de 1988 lhes concedeu o direito à terra; entretanto, este era contestado desde 2004 por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Por isso, o dia 8 de fevereiro de 2018 entrou para a história do movimento quilombola: o Supremo Tribunal Federal não só julgou a ação improcedente como afastou definitivamente outro fantasma que o rondava, o “marco temporal”. Segundo esta tese jurídica, só teria direito à terra as comunidades que estivessem de posse dela até a data da promulgação da Constituição (5 de outubro de 1988), mesmo se tivessem sido expulsas com violência. Esta vitória no STF abriu horizontes inéditos, mas também trouxe novos desafios para os quilombolas”
Quilombo em movimento. Disponível em: https://umagotanooceano.org/?bibliografia=quilombo-em-movimento, acesso em 07 de abril de 2019.
Tema da aula
Tempo sugerido: 3 minutos
Orientações: Projete o tema aos alunos, escreva no quadro ou questione para a turma o que é Quilombo e o que é Quilombola? E utilizando das respostas da turma dialogar para explicar o Quilombo enquanto lugar, a partir do conceito geográfico de pertencimento e quilombola enquanto pessoas que tiveram em sua história processos de escravidão. Se atentar para não estereotipar em “escravos” e sim usar “pessoas escravizadas”, porque ninguém nasce escravo, mas se fez/faz pelo processo de dominação. Lembrar de falar que ao mesmo tempo que existia esse processo de dominação as pessoas também não aceitavam harmoniosamente e por isso se rebelavam e fugiam, como forma de resistência, buscando lugares escondidos na mata para sobreviver e acolher outras que fugiam.
Como adequar à sua realidade: Se a escola está inserida num contexto quilombola vale dar relevância a essa condição e valorizar o território levantando questões da territorialidade local, quais sejam, expressão da vivência cotidiana, cultura, etc.
Contextualização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: Projete o slide, ou escreva no quadro, ou fale para a turma a questão problematizadora “O que é um quilombo e onde estão?”. Busque conhecer o que a turma conhece sobre, e instigue através de questões como “você já ouviu falar de quilombo na televisão?”, “conhece alguma música que fala de quilombo?”, utilize-se das respostas da turma para construir uma conceituação sobre quilombo, podendo explicar a origem do termo Quilombo, que vem do Quimbundo, Kilombo ou do Umbundo, ochilombo, que são línguas presentes na Angola, e significa lugar de pouso, e mostrar que no Brasil o termo foi ressignificado para definir onde refugiava ou para onde iam as pessoas escravizadas que buscavam escapar da dominação de outras pessoas que consideravam-se donos e os tornavam produtos, a serem usados, vendidos e tratados a seu bel-prazer. Por isso a relevância dessas comunidades, por representar resistência do povo negro, que hoje vivem nesses lugares que podem ser no espaço rural ou urbano.
Na Constituição Federal de 1988, especificamente no Artigo 215 assegura aos quilombolas o direito à terra, e seu reconhecimento oficial como comunidade quilombola se dá pela Fundação Cultural Palmares.
Problematização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: Retome a discussão da etapa passada e explique para a turma que o povo quilombola expressa o passado remanescente (ou seja, que ainda existe no presente) da escravidão, que ainda sente na pele (e muitas vezes pela cor da pele) que a Abolição foi incompleta. Ao mesmo tempo que os tornavam “livres” também não era dada a possibilidade da garantia da terra para viver, sendo colocados à margem da sociedade. E hoje, reflexo disso a população periférica, pobre, carcerária serem de maioria pessoas negras, assim falar de racismo no Brasil é reconhecer nossa história para buscar acertar nos erros do presente.
Apresente o mapa das comunidades quilombolas no Brasil e faça uma referência histórica ao período de escravidão para onde vieram mais pessoas negras também é o lugar que foi marcado pelo porto em que recebiam as pessoas escravizadas pela dominação. Em seguida apresente a notícia do jornal Brasil de Fato de que muitas comunidades quilombolas ainda não foram reconhecidas e questione da turma o porquê da demora em reconhecer e quais os impactos nesse processo?
Espera-se levantar a ideia de que enquanto não reconhece a terra como bem comum, lugar de resistência, quilombo, ela ainda está inserida no mercado de terras, o que serve para compra, venda, expansão do agronegócio (agricultura comercial) e portanto economicamente para o sistema capitalista mais viável.
Imagens disponíveis em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/565EFdHJa6AjzVBGxdFYTPvmDNZmg84P6ErvGwK7U6r6aJDKyYfumqP2h59B/geo7-03und03-problematizacao-imagem.pdf
Como adequar à sua realidade: Se a escola está inserida no contexto quilombola ou próxima a uma comunidade quilombola, levantar as principais problemáticas da comunidades e como as políticas públicas destinadas quase sempre chegam de forma desadequada a elas.
Para você saber mais:
Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). Racismo e Violência contra quilombos no Brasil. Disponível em: <https://terradedireitos.org.br/uploads/arquivos/09-12_Racismo-e-Violencia-Quilombola_CONAQ_Terra-de-Direitos_FN_REVISAO_Digital-(1).pdf>, acesso em 07 de abril de 2019.
Problematização
Orientações: Explique para a turma que o povo quilombola expressa o passado remanescente (ou seja, que ainda existe no presente) da escravidão, que ainda sente na pele (e muitas vezes pela cor da pele) que a Abolição foi incompleta. Ao mesmo tempo que os tornavam “livres” também não era dada a possibilidade da garantia da terra para viver, sendo colocados à margem da sociedade. E hoje, reflexo disso a população periférica, pobre, carcerária serem de maioria pessoas negras, assim falar de racismo no Brasil é reconhecer nossa história para buscar acertar nos erros do presente.
Apresente o mapa das comunidades quilombolas no Brasil e faça uma referência histórica ao período de escravidão. Para onde vieram mais pessoas negras também é o lugar que foi marcado pelo porto em que recebiam as pessoas escravizadas pela dominação. Em seguida apresente a notícia do jornal Brasil de Fato de que muitas comunidades quilombolas ainda não foram reconhecidas e questione da turma o porquê da demora em reconhecer e quais os impactos nesse processo?
Espera-se levantar a ideia de que enquanto não reconhece a terra como bem comum, lugar de resistência, quilombo, ela ainda está inserida no mercado de terras, o que serve para compra, venda, expansão do agronegócio (agricultura comercial) e portanto economicamente para o sistema capitalista mais viável.
Imagens disponíveis em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/565EFdHJa6AjzVBGxdFYTPvmDNZmg84P6ErvGwK7U6r6aJDKyYfumqP2h59B/geo7-03und03-problematizacao-imagem.pdf
Como adequar à sua realidade: Se a escola está inserida no contexto quilombola ou próxima a uma comunidade quilombola, levantar as principais problemáticas da comunidades e como as políticas públicas destinadas quase sempre chegam de forma desadequada a elas.
Para você saber mais:
Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). Racismo e Violência contra quilombos no Brasil. Disponível em: <https://terradedireitos.org.br/uploads/arquivos/09-12_Racismo-e-Violencia-Quilombola_CONAQ_Terra-de-Direitos_FN_REVISAO_Digital-(1).pdf>, acesso em 07 de abril de 2019.
Problematização
Orientações: Explique para a turma que o povo quilombola expressa o passado remanescente (ou seja, que ainda existe no presente) da escravidão, que ainda sente na pele (e muitas vezes pela cor da pele) que a Abolição foi incompleta. Ao mesmo tempo que os tornavam “livres” também não era dada a possibilidade da garantia da terra para viver, sendo colocados à margem da sociedade. E hoje, reflexo disso a população periférica, pobre, carcerária serem de maioria pessoas negras, assim falar de racismo no Brasil é reconhecer nossa história para buscar acertar nos erros do presente.
Apresente o mapa das comunidades quilombolas no Brasil e faça uma referência histórica ao período de escravidão para onde vieram mais pessoas negras também é o lugar que foi marcado pelo porto em que recebiam as pessoas escravizadas pela dominação. Em seguida apresente a notícia do jornal Brasil de Fato de que muitas comunidades quilombolas ainda não foram reconhecidas e questione da turma o porquê da demora em reconhecer e quais os impactos nesse processo?
Espera-se levantar a ideia de que enquanto não reconhece a terra como bem comum, lugar de resistência, quilombo, ela ainda está inserida no mercado de terras, o que serve para compra, venda, expansão do agronegócio (agricultura comercial) e portanto economicamente para o sistema capitalista mais viável.
Imagens disponíveis em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/565EFdHJa6AjzVBGxdFYTPvmDNZmg84P6ErvGwK7U6r6aJDKyYfumqP2h59B/geo7-03und03-problematizacao-imagem.pdf
Como adequar à sua realidade: Se a escola está inserida no contexto quilombola ou próxima a uma comunidade quilombola, levantar as principais problemáticas da comunidades e como as políticas públicas destinadas quase sempre chegam de forma desadequada a elas.
Para você saber mais:
Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). Racismo e Violência contra quilombos no Brasil. Disponível em: <https://terradedireitos.org.br/uploads/arquivos/09-12_Racismo-e-Violencia-Quilombola_CONAQ_Terra-de-Direitos_FN_REVISAO_Digital-(1).pdf>, acesso em 07 de abril de 2019.
Ação Propositiva
Tempo sugerido: 12 minutos
Orientações: Projete o slide para a turma, ou explique que ser negro não é questão de cor de pele. Pode usar como referência a música Alienação do Ilê Aiyê disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=I4auE-7YzhE, e usar a letra para levantar a questão e mostrar que o que define as pessoas negras e quilombolas não é cor de pele e nem estereótipos. Assim lançar para a turma “o que define então ser quilombola?” e buscar através das respostas ir construindo coletivamente outras expressões da territorialidade.
Em seguida entregue a atividade com trecho da música Racismo é burrice de Gabriel Pensador e peça para que com o auxílio de palavras-chaves possam escrever um pequeno parágrafo que fale sobre ser quilombola.
Material complementar
Atividade disponível em:
A imagem utilizada encontra-se disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/hawTQ9Pw3qZJ8Z68zZrXrm8BrGPrAKcVufxCfEBHbaZfFENQzCC7d2mqHAbF/geo7-03und03-acao-propositiva-imagem.pdf
Sistematização
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: Retome o conceito de Quilombo, como sendo um lugar fixo ou móvel, que significa nas línguas presentes em Angola lugar de pouso, no Brasil ressignificado para lugar de resistência do povo negro que tem foi escravizado e os remanescentes. Em seguida convide a turma a fazer um Quilombo, um lugar de resistência e expressão da cultura negra, trazendo para a realidade da vivência da turma. “Vamos fazer um quilombo do 7° ano?”. Peça que escrevam nomes de artistas que lutam contra o combate ao racismo, de músicas que falam sobre a questão negra, filmes, e mostre como está presente no cotidiano e como é uma luta de todos, pois romper com esse processo de hierarquização que inferioriza o povo negro é sermos todos livres.
Como adequar à sua realidade: Caso a escola esteja inserida num contexto quilombola ou tenha comunidade quilombola próxima procure buscar nomes de pessoas que são referência na comunidade e contar suas histórias.
Materiais Complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
Ferramentas de comunicação tecnológica (WhatsApp, e-mail ou mensagens em ambientes virtuais), internet e câmera.
Valor trabalhado
O respeito ao ambiente e à própria coletividade.
Apresentação do tema da aula
Apresente o tema aos alunos por escrito, por meio de alguma ferramenta de comunicação tecnológica, juntamente com as seguintes perguntas: o que é um quilombo? E um quilombola?
Contextualização
A contextualização deste plano adaptado tem o objetivo de levar o estudante a conhecer as duas expressões: quilombos e quilombolas. Peça que façam uma rápida pesquisa e registrem no caderno de Geografia o que descobriram sobre os dois termos. Caso na localidade da escola exista alguma comunidade quilombola, isso pode ser indicado na contextualização, instigando os estudantes a conhecer um pouco mais sobre a comunidade e o lugar.
Ação propositiva
A ação propositiva segue a originalmente proposta pelo plano de aula, mas deve ser realizada individualmente, dada a impossibilidade de encontro entre os estudantes. A proposta da atividade é a construção de um ou dois parágrafos, de autoria dos estudantes, com base no material de estudo enviado, respondendo à seguinte pergunta: "O que define ser um quilombola?". Para isso, envie os seguintes materiais de consulta por e-mail ou outra ferramenta de comunicação tecnlógica:
1) O mapa do Brasil, disponível na problematização do arquivo original;
2) A letra da música de Gabriel, o Pensador, disponível na ação propositiva;
3) A reportagem da TV Brasil sobre quilombolas no Brasil, disponível aqui;
4) O vídeo do Fórum Brasil de Direitos Humanos sobre o direito à terra, disponível aqui.
Sistematização
Peça que os estudantes enviem, por e-mail ou outra ferramenta de comunicação tecnológica, o parágrafo escrito. Dê feedbacks individuais, qualitativos, sobre o parágrafo construído.
Convite às famílias
Convide os familiares para conhecerem um pouco mais sobre as comunidades quilombolas a partir do documentário "Quilombolas", disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Laiany Santos
Mentor: Murilo Rossi
Especialista: Murilo Rossi
Assessor pedagógico: Laercio Furquim
Ano: 7°ano
Unidade temática: Conexões e escalas
Objetivo(s) de aprendizagem: Reconhecer o significado de quilombo e a territorialidade das comunidades remanescentes quilombolas
Habilidade (s) da Base: (EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades