Manchetes de jornal
Plano de Aula
Plano de aula: Organização política durante a República Romana
Plano 4 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Formação de Roma antiga
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF06HI11, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Nesta aula os alunos irão conhecer alguns dos órgãos políticos da República Romana e como funcionava esta democracia.
Materiais necessários: Cópias impressas dos textos e atividades, dicionário, projetor, caderno e canetas.
Material complementar:
Manchetes de jornal
Documento 1 - Políbio
Documento 2 - Professor Fergus Millar
Documento 3 - Professor Alan Ward
Para você saber mais: O regime republicano acabou com a realeza e instituiu, em seu lugar, magistraturas que eram cargos anuais com mais de um ocupante, para que o poder não ficasse concentrado nas mãos de uma só pessoa; os dois magistrados principais e mais poderosos eram chamados cônsules. O Senado, ou Conselho de Idosos, que já existia anteriormente, adquiriu maior importância com a República, pois era o Senado que escolhia
os cônsules. Além dos poderosos cônsules, que detinham o poder militar e civil, havia outros magistrados, como os questores tesoureiros), os edis (encarregados de cuidar dos edifícios, esgotos, ruas, tráfego e abastecimento), os pretores [pág. 084] (encarregados da Justiça), os censores (revisores da lista de senadores e controladores de contratos) e o pontífice máximo (que era o chefe dos sacerdotes). A influência do Senado na indicação destes magistrados era muito grande, mas havia a participação, também, das assembleias da plebe e dos soldados em sua escolha. (FUNARI, Pedro Paulo A.
Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.)
BRANDÃO, José Luís (coord.); OLIVEIRA, Francisco de (coord.). História de Roma Antiga volume I: das origens à morte de César. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015.
FERREIRA, Olavo Leonel. Visita à Roma antiga. 7. Ed. São Paulo: Moderna, 1997
Paton, W. R.”Polybius: The Histories. 6 vols”. LCL. Cambridge, Mass., and London (1927).
Millar, Fergus. “The Crowd in the Late Republic”. Ann Arbor, Thomas Spencer Jerome. Lectures (1998).
Ward, Allen M. “How Democratic Was the Roman Republic?”. New England Classical Journal 31.2 (2004): 101-19.
FREITAS, Gustavo de. 900 Textos e documentos de História. vol.1. Santa Maria dos Corroios: Ed, Platano, 1975.
FUNARI, Pedro Paulo A. Antiguidade Clássica, História e cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 1995.
FUNARI, Pedro Paulo A. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.
PINSKY, Jaime. Cem textos de História Antiga. São Paulo: Contexto,
FINLEY, Moses. A política no mundo antigo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo para a turma. É importante que você destaque que, no fim da aula, espera que os alunos tenham compreendido que durante a República Romana havia um tipo de democracia com características bem definidas.
Contexto
Tempo sugerido: 12 minutos.
Orientações: Para começar, solicite que os alunos se reúnam em trios. Projete o slide ou imprima as manchetes de jornais para iniciar uma discussão sobre as palavras república, Senado e democracia.
Manchetes de jornal disponíveis aqui:
Peça que os alunos leiam as manchetes, localizem onde as notícias apresentadas aconteceram e que, inicialmente levantem hipóteses sobre o significado das palavras: República, Senado e Democracia.
Pergunte oralmente as conclusões a que os grupos chegaram.
Peça que os grupos peguem um dicionário e que procurem os significados destas palavras, anotando-os no caderno. Chame a atenção para que busquem significados no dicionário que tenham a ver com a política para que não anotem significados que não tenham a ver com a aula.
De acordo com o dicionário Michaelis Online (https://michaelis.uol.com.br/):
República:
- Forma de governo na qual o Estado tem em vista servir à coisa pública e aos interesses comuns dos cidadãos.
- Forma de governo na qual o povo exerce sua soberania por intermédio de seus representantes, nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, com funções reconhecidas e por tempo determinado.
Senado:
- Na Roma antiga, assembleia dos patrícios, que constituía o Conselho supremo do Estado.
- Certas assembleias políticas da Antiguidade.
- Câmara alta nos países que adotam o regime de bicameralismo.
- Uma das duas casas legislativas que formam o Congresso Nacional, composta de representantes dos estados da federação e do Distrito Federal, eleitos pelo voto popular direto a mandatos de quatro anos, passíveis de reeleição.
Democracia:
- Forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo: “Queremos a paz com liberdade, a lei com legitimidade, a democracia não como uma palavra, mas como um processo de ascensão do povo ao poder” (CA).
- Sistema de governo em que cada cidadão tem sua participação.
- Sistema político dedicado aos interesses do povo.
- Forma de governo que tem o compromisso de promover a igualdade entre os cidadãos.
- Sistema político influenciado pela vontade popular e que tem por obrigação distribuir o poder equitativamente entre os cidadãos, assim como controlar a autoridade de seus representantes.
- Sistema de governo caracterizado pela liberdade do ato eleitoral.
- Governo que respeita a decisão da maioria da população, assim como a livre expressão da minoria.
Pergunte:
- O que estas palavras têm a ver com a política brasileira? Caso os alunos tenham dúvidas peça que releiam as manchetes e mostra que estas palavras estão a todo tempo presentes nas discussões políticas brasileiras.
- O que estas palavras têm a ver com Roma? Os alunos podem dizer que Roma teve um período de República, por exemplo.
Mostre o próximo slide com estas palavras e como elas eram usadas em Roma ou copie-as no quadro. Explique que essas palavras serão utilizadas nos documentos que eles irão ler.
Para você saber mais: O regime republicano acabou com a realeza e instituiu, em seu lugar, magistraturas que eram cargos anuais com mais de um ocupante, para que o poder não ficasse concentrado nas mãos de uma só pessoa; os dois magistrados principais e mais poderosos eram chamados cônsules. O Senado, ou Conselho de Idosos, que já existia anteriormente, adquiriu maior importância com a República, pois era o Senado que escolhia
os cônsules. Além dos poderosos cônsules, que detinham o poder militar e civil, havia outros magistrados, como os questores tesoureiros), os edis (encarregados de cuidar dos edifícios, esgotos, ruas, tráfego e abastecimento), os pretores [pág. 084] (encarregados da Justiça), os censores (revisores
da lista de senadores e controladores de contratos) e o pontífice máximo (que era o chefe dos sacerdotes). A influência do Senado na indicação destes magistrados era muito grande, mas havia a participação, também, das assembleias da plebe e dos soldados em sua escolha. (FUNARI, Pedro Paulo A.
Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.)
Contexto
Orientações: Para começar, solicite que os alunos se reúnam em trios. Projete o slide ou imprima as manchetes de jornais para iniciar uma discussão sobre as palavras república, Senado e democracia.
Manchetes de jornal disponíveis aqui:
Peça que os alunos leiam as manchetes, localizem onde as notícias apresentadas aconteceram e que, inicialmente levantem hipóteses sobre o significado das palavras república, Senado e democracia.
Pergunte oralmente as conclusões a que os grupos chegaram.
Peça que os grupos peguem um dicionário e que procurem os significados destas palavras, anotando-os no caderno. Chame a atenção para que busquem significados no dicionário que tenham a ver com a política para que não anotem significados que não tenham a ver com a aula.
De acordo com o dicionário Michaelis Online (https://michaelis.uol.com.br/):
República:
- Forma de governo na qual o Estado tem em vista servir à coisa pública e aos interesses comuns dos cidadãos.
- Forma de governo na qual o povo exerce sua soberania por intermédio de seus representantes, nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, com funções reconhecidas e por tempo determinado.
Senado:
- Na Roma Antiga, assembleia dos patrícios, que constituía o Conselho supremo do Estado.
- Certas assembleias políticas da Antiguidade.
- Câmara alta nos países que adotam o regime de bicameralismo.
- Uma das duas casas legislativas que formam o Congresso Nacional, composta de representantes dos estados da federação e do Distrito Federal, eleitos pelo voto popular direto a mandatos de quatro anos, passíveis de reeleição.
Democracia:
- Forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo: “Queremos a paz com liberdade, a lei com legitimidade, a democracia não como uma palavra, mas como um processo de ascensão do povo ao poder” (CA).
- Sistema de governo em que cada cidadão tem sua participação.
- Sistema político dedicado aos interesses do povo.
- Forma de governo que tem o compromisso de promover a igualdade entre os cidadãos.
- Sistema político influenciado pela vontade popular e que tem por obrigação distribuir o poder equitativamente entre os cidadãos, assim como controlar a autoridade de seus representantes.
- Sistema de governo caracterizado pela liberdade do ato eleitoral.
- Governo que respeita a decisão da maioria da população, assim como a livre expressão da minoria.
Pergunte:
- O que estas palavras têm a ver com a política brasileira? Caso os alunos tenham dúvidas peça que releiam as manchetes e mostra que estas palavras estão a todo tempo presentes nas discussões políticas brasileiras.
- O que estas palavras têm a ver com Roma? Os alunos podem dizer que Roma teve um período de República, por exemplo.
Mostre o próximo slide com estas palavras e como elas eram usadas em Roma ou copie-as no quadro. Explique que estas palavras serão utilizadas nos documentos que eles irão ler.
Para você saber mais: O regime republicano acabou com a realeza e instituiu, em seu lugar, magistraturas que eram cargos anuais com mais de um ocupante, para que o poder não ficasse concentrado nas mãos de uma só pessoa; os dois magistrados principais e mais poderosos eram chamados cônsules. O Senado, ou Conselho de Idosos, que já existia anteriormente, adquiriu maior importância com a República, pois era o Senado que escolhia
os cônsules. Além dos poderosos cônsules, que detinham o poder militar e civil, havia outros magistrados, como os questores tesoureiros), os edis (encarregados de cuidar dos edifícios, esgotos, ruas, tráfego e abastecimento), os pretores [pág. 084] (encarregados da Justiça), os censores (revisores da lista de senadores e controladores de contratos) e o pontífice máximo (que era o chefe dos sacerdotes). A influência do Senado na indicação desses magistrados era muito grande, mas havia a participação, também, das assembléias da plebe e dos soldados em sua escolha. (FUNARI, Pedro Paulo A.
Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.)
Problematização
Tempo sugerido: 26 minutos.
Orientações: Mantenha os alunos em trios. Distribua o documento 1 (Políbio).
Diga aos alunos que eles irão investigar a questão de quão democrática era a República Romana, olhando para uma fonte primária.
Mostre aos alunos que algumas das melhores fontes primárias sobre a República Romana vêm de historiadores gregos que interagiram com os romanos durante a sua ascensão ao poder dominando os gregos. Os alunos devem perceber o que um historiador antigo fala sobre o governo romano e examinar como o contexto histórico pode ter influenciado sua fala.
Em trios, os alunos leem o Documento 1 e completam a tabela com perguntas para uma leitura orientada. Peça que no final os grupos compartilhem com outro as suas respostas. Um ou dois grupos podem apresentar suas conclusões para toda a turma.
Documento 1 - Políbio
Os alunos devem perceber que Políbio era um historiador grego e estava escrevendo durante o auge da conquista romana do mundo grego. Sua fala sobre o governo é altamente elogiosa, alegando que o sistema romano combinava as melhores características da monarquia (os Cônsules), a aristocracia (o Senado) e a democracia (as Assembleias), com o povo talvez exercendo o maior poder.
Para você saber mais: A positividade de Políbio pode ter sido influenciada por seus encontros com os romanos. Ele testemunhou o poder romano em primeira mão quando eles conquistaram o norte da Grécia e o capturaram, em 167 aC. Seus captores romanos o trataram muito bem e ele passou a admirá-los. É possível que a representação muito positiva de Políbio dos romanos foi baseada em sua própria experiência. As continuadas conquistas romanas da Grécia e Cartago como Políbio estava escrevendo também pode ter fornecido a ele adicional justificativa para ver os romanos como conquistadores supremos.
Divida os trios em dois grupos. Alguns grupos receberão o documento 2, de Fergus Millar, e outros o documento 3, de Alan Ward.
Saliente que como visto no primeiro documento (de Políbio), o sistema de governo romano era bastante complexo e é um desafio para os historiadores definir dizer quão democrático esse sistema realmente era. Explique que ambos os documentos que os grupos trabalharão a seguir são de dois professores universitários.
Documento 2 - Professor Fergus Millar
Documento 3 - Professor Alan Ward
Distribua para alguns trios o texto de Fergus Millar e peça que os alunos leiam o documento e que realizem a atividade da tabela, em que irão analisar alguns aspectos do documento e farão uma comparação com o texto de Políbio.
Distribua para os outros trios o texto de Alan Ward e peça que os grupos façam o mesmo.
Circule pela sala enquanto os alunos estão realizando a leitura e discutindo as respostas para elucidar possíveis dúvidas, entretanto, não forneça as respostas, deixe que eles discutam cada ponto.
Dê aproximadamente 8 minutos para a atividade.
Inicie, então, um debate entre os grupos que leram o documento 2 e os que leram o documento 3. Chame um representante de três grupos de cada texto para apresentar as suas discussões. Escreva no quadro ou projete as questões para a discussão.
Questione:
- A República Romana foi realmente democrática?
- Que evidências sugerem que foi?
- Quais evidências sugerem que não foi?
- Quais evidências você acha mais persuasivas? Por quê?
- Quais outras evidências você gostaria de examinar? Por quê?
Os alunos devem apresentar suas conclusões oralmente, mas permita que os outros alunos da turma também participem para enriquecer a discussão. Espera-se que os alunos defendam o ponto de vista do texto que leram. Peça que sempre busquem nos documentos as evidências para a defesa de seus argumentos.
Para você saber mais: Fergus Millar acredita firmemente no poder democrático de ambas as Assembleias romanas. Além de ver a Assembleia Tribal como o verdadeiro órgão legislativo da República, ele também alega que os votos na Assembleia Centurial eram mais disputados do que a maioria das pessoas acredita. Os rivais políticos disputavam o apoio das pessoas comuns em debates, muito parecidos com o modo como o nosso sistema político funciona hoje. Millar baseia principalmente seu argumento em provas documentais - registros de discursos eleitorais romanos e nosso conhecimento da estrutura da constituição romana, que deu o supremo poder de criar leis para as pessoas nas Assembleias.
Já Alan Ward fornece uma visão geral do que historiadores diferentes têm argumentado a respeito da democracia na República Romana. Em particular, Ward questiona quantos eleitores votavam nas eleições. Ele observa que, como as eleições eram realizadas em Roma e agendadas irregularmente, a maioria dos romanos não participava delas. Ele também aponta que os cidadãos romanos tinham “Nenhum papel” na definição da agenda legislativa ou na seleção de candidatos.
Problematização
Tempo sugerido: 26 minutos.
Orientações: Mantenha os alunos em trios. Distribua o documento 1 (Políbio).
Diga aos alunos que eles irão investigar a questão de quão democrática era a República Romana, olhando para uma fonte primária.
Mostre aos alunos que algumas das melhores fontes primárias sobre a República Romana vêm de historiadores gregos que interagiram com os romanos durante a sua ascensão ao poder dominando os gregos. Os alunos devem perceber o que um historiador antigo fala sobre o governo romano e examinar como o contexto histórico pode ter influenciado sua fala.
Em trios, os alunos leem o Documento 1 e completam a tabela com perguntas para uma leitura orientada. Peça que no final os grupos compartilhem com outro as suas respostas. Um ou dois grupos podem apresentar suas conclusões para toda a turma.
Documento 1 - Políbio
Os alunos devem perceber que Políbio era um historiador grego e estava escrevendo durante o auge da conquista romana do mundo grego. Sua fala sobre o governo é altamente elogiosa, alegando que o sistema romano combinava as melhores características da monarquia (os Cônsules), a aristocracia (o Senado) e a democracia (as Assembleias), com o povo talvez exercendo o maior poder.
Para você saber mais: A positividade de Políbio pode ter sido influenciada por seus encontros com os romanos. Ele testemunhou o poder romano em primeira mão quando eles conquistaram o norte da Grécia e o capturaram, em 167 aC. Seus captores romanos o trataram muito bem e ele passou a admirá-los. É possível que a representação muito positiva de Políbio dos romanos foi baseada em sua própria experiência. As continuadas conquistas romanas da Grécia e Cartago como Políbio estava escrevendo também pode ter fornecido a ele adicional justificativa para ver os romanos como conquistadores supremos.
Divida os trios em dois grupos. Alguns grupos receberão o documento 2, de Fergus Millar, e outros o documento 3, de Alan Ward.
Saliente que como visto no primeiro documento (de Políbio), o sistema de governo romano era bastante complexo e é um desafio para os historiadores definir dizer quão democrático esse sistema realmente era. Explique que ambos os documentos que os grupos trabalharão a seguir são de dois professores universitários.
Documento 2 - Professor Fergus Millar
Documento 3 - Professor Alan Ward
Distribua para alguns trios o texto de Fergus Millar e peça que os alunos leiam o documento e que realizem a atividade da tabela, em que irão analisar alguns aspectos do documento e farão uma comparação com o texto de Políbio.
Distribua para os outros trios o texto de Alan Ward e peça que os grupos façam o mesmo.
Circule pela sala enquanto os alunos estão realizando a leitura e discutindo as respostas para elucidar possíveis dúvidas, entretanto, não forneça as respostas, deixe que eles discutam cada ponto.
Dê aproximadamente 8 minutos para a atividade.
Inicie, então, um debate entre os grupos que leram o documento 2 e os que leram o documento 3. Chame um representante de trê grupos de cada texto para apresentar as suas discussões. Escreva no quadro ou projete as questões para a discussão.
Questione:
- A República Romana foi realmente democrática?
- Que evidências sugerem que foi?
- Quais evidências sugerem que não foi?
- Quais evidências você acha mais persuasivas? Por quê?
- Quais outras evidências você gostaria de examinar? Por quê?
Os alunos devem apresentar suas conclusões oralmente, mas permita que os outros alunos da turma também participem para enriquecer a discussão. Espera-se que os alunos defendam o ponto de vista do texto que leram. Peça que sempre busquem nos documentos as evidências para a defesa de seus argumentos.
Para você saber mais: Fergus Millar acredita firmemente no poder democrático de ambas as Assembleias romanas. Além de ver a Assembleia Tribal como o verdadeiro órgão legislativo da República, ele também alega que os votos na Assembléia Centurial eram mais disputados do que a maioria das pessoas acredita. Os rivais políticos disputavam o apoio das pessoas comuns em debates, muito parecidos com o modo como o nosso sistema político funciona hoje. Millar baseia principalmente seu argumento em provas documentais - registros de discursos eleitorais romanos e nosso conhecimento da estrutura da constituição romana, que deu o supremo poder de criar leis para as pessoas nas Assembleias.
Já Alan Ward fornece uma visão geral do que historiadores diferentes têm argumentado a respeito da democracia na República Romana. Em particular, Ward questiona quantos eleitores votavam nas eleições. Ele observa que, como as eleições eram realizadas em Roma e agendadas irregularmente, a maioria dos romanos não participava delas. Ele também aponta que os cidadãos romanos tinham “Nenhum papel” na definição da agenda legislativa ou na seleção de candidatos.
Sistematização
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: Escreva no quadro ou projete para toda a turma as orientações e questões do slide. Solicite que os estudantes discutam em seus grupos
que escrevam um parágrafo sobre a discussão que foi realizada em sala: Até que ponto você acha que a República Romana foi democrática?
Lembre os alunos que eles devem elencar evidências históricas presentes nos documentos que leram para apoiar os seus argumentos.
Peça que cada grupo leia o seu parágrafo e elabora um painel com os textos elaborados pelos alunos.
Para você saber mais: Fergus Millar acredita firmemente no poder democrático de ambas as Assembleias romanas. Além de ver a Assembleia Tribal como o verdadeiro órgão legislativo da República, ele também alega que os votos na Assembléia Centurial eram mais disputados do que a maioria das pessoas acredita. Os rivais políticos disputavam o apoio das pessoas comuns em debates, muito parecidos com o modo como o nosso sistema político funciona hoje. Millar baseia principalmente seu argumento em provas documentais - registros de discursos eleitorais romanos e nosso conhecimento da estrutura da constituição romana, que deu o supremo poder de criar leis para as pessoas nas Assembleias.
Já Alan Ward fornece uma visão geral do que historiadores diferentes têm argumentado a respeito da democracia na República Romana. Em particular, Ward questiona quantos eleitores votavam nas eleições. Ele observa que, como as eleições eram realizadas em Roma e agendadas irregularmente, a maioria dos romanos não participava delas. Ele também aponta que os cidadãos romanos tinham “Nenhum papel” na definição da agenda legislativa ou na seleção de candidatos.
Materiais complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, Print ou Link), Whatsapp, E-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts, Mentimeter.
Contexto
O objetivo desta aula é compreender se o conceito de democracia é adequado ao período da República romana.
Para desenvolvê-la com os seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula (veja como usá-lo aqui), os materiais e orientações necessários. As devolutivas dos alunos podem ocorrer da mesma forma ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Disponibilize as manchetes e proponha as questões para reflexão:
- Você sabe o que é República, Senado e Democracia?
- Onde estas palavras costumam ser mencionadas?
Disponibilize o conteúdo do segundo slide da Contextualização, já com as definições de dicionário destas palavras. Questione:
- Estas definições são parecidas com o que você havia pensado?
- Elas têm relação com a política brasileira?
Problematização
Esta etapa propõe três momentos de análises de documentos, os textos são acompanhados das fichas com as respectivas questões. Planeje a disponibilização e o prazo para que realizem as atividades e te deem as devolutivas. Oriente-os quanto a pontos centrais de análise em cada documento:
1 - Políbio: quais são os “três elementos” da Constituição romana? Quais poderes cada um deles tem? Qual prevalecia para ele?
2 - Millar: por que ele é favorável ao conceito de República romana como uma democracia?
3 - Ward: por que é contra o conceito de República romana como uma democracia?
Sistematização
Oriente os alunos a elaborarem uma conclusão a respeito de até que ponto a República Romana foi democrática. Incentive-os a listar os pontos favoráveis e contrários a esta ideia e chegar a uma posição: estão mais de acordo com qual dos autores apresentados?
Eles devem compartilhar as percepções com os colegas por meio de trocas de mensagens nos grupos de Whatsapp, enquete virtual (pode ser feita no Mentimeter, veja como usá-lo aqui - ative a tradução) ou em um momento de videoconferência agendado para discutir as conclusões a que chegaram.
Convite às famílias
Para que conheçam mais a respeito da República romana, com relação ao seu conceito, funcionários públicos e conflitos internos, assistam:
República Romana - Roma Antiga. Se liga nessa História, 15/05/2019. Disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Elisa Vilalta
Mentor: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 6º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: Lógicas de organização política.
Objeto(s) de conhecimento: As noções de cidadania e política na Grécia e em Roma. • Domínios e expansão das culturas grega e romana. • Significados do conceito de “império” e as lógicas de conquista, conflito e negociação desta forma de organização política. As diferentes formas de organização política na África: reinos, impérios, Cidades-Estados e sociedades linhageiras ou aldeias.
Habilidade(s) da BNCC: EF06HI11 Caracterizar o processo de formação da Roma Antiga e suas configurações sociais e políticas nos períodos monárquico e republicano.
Palavras-chave: Roma, Sociedade romana, monarquia, patrícios, plebeus, escravos.