Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07HI16, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Papel sulfite, canetas hidrográficas, impressões das fontes.
Material complementar:
Modelo da carta a ser produzida:
Biografia Baquaqua:
Fonte 1:
Fonte 2:
Para você saber mais:
Escravo, nem pensar!: uma abordagem sobre trabalho escravo contemporâneo na sala de aula e na comunidade. São Paulo: Repórter Brasil, 2015. Disponível em: <http://escravonempensar.org.br/livro/>. Acesso em: 18 mar. 19.
FLORENTINO, Manolo; RIBEIRO, Alexandre Vieira; SILVA, Daniel Domingues da. Aspectos comparativos do tráfico de africanos para o Brasil (séculos XVIII e XIX). Afro-Ásia, v. 31, p. 83-126, 2004. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21072>. Acesso em: 8 abr. 19.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações: Faça a leitura em voz alta e coletivamente com os alunos, se possível, projetar os slides. O objetivo deste plano é apresentar aos estudantes a estruturação de um navio negreiro bem como as características das viagens transatlânticas, levando-os a observar as condições em que os escravizados eram transportados e por que muitos morriam no trajeto.
Para você saber mais:
FLORENTINO, Manolo; RIBEIRO, Alexandre Vieira; SILVA, Daniel Domingues da. Aspectos comparativos do tráfico de africanos para o Brasil (séculos XVIII e XIX). Afro-Ásia, v. 31, p. 83-126, 2004. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21072>. Acesso em: 8 abr. 19.
Contexto
Tempo sugerido: 7 minutos.
Orientações: Caso seja possível, apresente a música aos estudantes com o som e a letra, caso não seja possível, somente a letra já é suficiente. O link para a música estará logo abaixo das orientações. O contexto histórico abordado pela música é o do período da escravidão no Brasil, não sendo definido exatamente o século. A música trata das viagens transatlânticas e da situação vivenciada pelos seres humanos trazidos nos navios negreiros; a segunda e a terceira estrofe demonstram claramente este contexto. Em contrapartida as últimas quatro linhas da terceira estrofe apresentam o legado deixado por estas pessoas, e como esta história de tristeza e dificuldades tornou-se parte de quem nós somos, e que não deve ser esquecida, mas sim, contada a partir de novos sujeitos e ressignificada.
Fonte:
NÓBREGA, Antonio. Olodumaré. Vagalume. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/antonio-nobrega/olodumare.html>. Acesso em: 9 abr. 19.
Problematização
Tempo sugerido: 15 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e ao dois subsequentes.
Orientações:
Descrição da fonte:
Trata-se de uma gravura da planta de um navio negreiro, mais especificamente da separação das seções do navio. Demonstra instalações precárias e um pequeno espaço para o transporte dos escravizados.
Fonte:
WALSH, R. Notices of Brazil in 1828 and 1829. Domínio público, Arquivo Nacional – Ministério da Justiça. Multirio, 2019. Disponível em: <http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/80-ocupa%C3%A7%C3%A3o-litor%C3%A2nea/8739-o-tr%C3%A1fico-negreiro>. Acesso em: 9 abr. 19.
Problematização
Orientações:
Descrição da fonte:
Trata-se de um trecho da biografia de Mahommah Baquaqua, um africano escravizado trazido para o Brasil, mas que teve uma trajetória diferente de seus semelhantes, já que conseguiu fugir para os Estados Unidos, e ter sua liberdade depois de uma trajetória rica em fatos, a biografia completa pode ser encontrada no link abaixo. Baquaqua retrata neste relato apresentado, as condições vividas nos navios negreiros, salientando que os mesmos foram tirados de seus amigos e familiares e levados a um lugar desconhecido, com mais horrores e miséria. Além disso, o relato traz uma importante reflexão de quem viveu de fato uma viagem em navio negreiro, sendo possível observar mais de perto estes aspectos.
Biografia Baquaqua:
Fonte:
BAQUAQUA, Mahommah. Biography of Mahommah G. Baquaqua. Documenting the American South, 2001. Disponível em: < https://docsouth.unc.edu/neh/baquaqua/baquaqua.html#p43>. Acesso em: 9 abr. 19.
Problematização
Orientações: Com base nas descrições das fontes, o professor deve levar os estudantes a perceber os aspectos físicos do navio negreiro, mas também emocionais, que envolvia o sentimento daqueles que passaram por esta situação. A fonte 1 mostra que os escravizados eram transportados de forma inadequada, já que não havia espaço suficiente para todos, sendo sujeitos à proliferação de doenças e à morte. Na fonte 2, Baquaqua descreve o sentimento de quem viveu esta realidade, descrevendo os apertados porões em que eram transportados, assim como se apresenta na fonte 1. Isso ainda acontece, com o tráfico de pessoas, ainda que de forma ilegal e com maior fiscalização, como pode ser visto no item “Para você saber mais”, em
“Escravos nem pensar”.
Para você saber mais:
Escravo, nem pensar!: uma abordagem sobre trabalho escravo contemporâneo na sala de aula e na comunidade. São Paulo: Repórter Brasil, 2015. Disponível em: <http://escravonempensar.org.br/livro/>. Acesso em: 18 mar. 19.
Sistematização
Tempo sugerido: 25 minutos.
Orientações: De forma individual, os estudantes deverão produzir uma carta, que seja endereçada a algum familiar ou amigo, descrevendo alguns aspectos da estrutura do navio negreiro e das condições em que as pessoas eram transportadas. A carta deve conter além das condições de viagem, um manifesto no final, em que o estudante deverá propor algo para que aquela situação não venha a ocorrer. Lembre que somente em 1850 foi criada uma lei que colocou fim ao tráfico legal de escravizados, a Lei Eusébio de Queiroz, mas que ainda assim aconteceu de forma ilegal por muitos anos.
Modelo da carta: