Contexto 1 - Imagem Jornal O Imparcial
Plano de Aula
Plano de aula: Religiões afro-brasileiras: espaços de sociabilidades
Plano 2 de uma sequência de 2 planos. Veja todos os planos sobre Africanos e afrodescendentes no pós-abolição
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF09HI03 de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Projetor (caso este não esteja disponível, você poderá imprimir a imagem e os textos, podendo imprimir apenas uma de cada fonte dimensionando-as ao tamanho da folha, ou, ainda, podem ser feitas mais cópias para ser entregues aos estudantes, dependendo da sua disponibilidade em relação ao número de cópias). Os textos, caso não possam ser projetados, podem ser transcritos no quadro.
Material complementar:
Contexto 1 - Imagem Jornal O Imparcial para impressão:
Contexto 2 - Texto Jornal O Imparcial para impressão:
Contexto 3 - Trecho do Código Penal de 1890 para impressão:
Problematização 1 - Texto Comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Problematização 2 - Texto Povos e comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Para você saber mais:
Link para as fontes completas:
CASTILLO, Lisa Earl. A fotografia e seus usos no candomblé da Bahia. Alagoinhas-BA: Pontos de Interrogação, v. 3, nº 2, jul./dez. 2013. Disponível em: <http://www.revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/1579/1040>. Acesso em: 31 jan. 2019, p. 48.
BRASIL, Câmara dos Deputados. Decreto nº 847, de 11 de outubro de 1890 (Promulga o Código Penal). Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-847-11-outubro-1890-503086-publicacaooriginal-1-pe.html>.
Acesso em: 1º fev. 2019.
BRASIL, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Social. Comunidades tradicionais de matriz africana. Disponível em: <http://www.seppir.gov.br/comunidades-tradicionais/comunidades-tradicionais-de-matriz-africana>. Acesso em: 31 jan. 2019.
BRASIL, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Povos e comunidades tradicionais de matriz africana. Disponível em: <http://www.seppir.gov.br/central-de-conteudos/publicacoes/pub-seppir/cartilha-2.pdf>. Acesso em: 31 jan. 2019.
BRASIL, Presidência da República. Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 (institui o Estatuto da Igualdade Social). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm>. Acesso em: 1º fev. 2019.
BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Território e povoamento: presença negra. Disponível em: <https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros.html>. Acesso em: 21 out. 2018.
BRASIL, Presidência da República. Decreto nº 119-A, de 7 de janeiro de 1890 (Proíbe a intervenção da autoridade federal e dos Estados federados em materia religiosa, consagra a plena liberdade de cultos, extingue o padroado e estabelece outras providências). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/D119-A.htm>. Acesso em: 1º fev. 2019.
CRIOLA. A violência contra religiões de matriz africana. Disponível em: <https://criola.org.br/a-violencia-contra-religioes-de-matriz-africana/>.
Acesso em: 1º fev. 2019.
DIAS, Cora. Retratos Saravá! Candomblé é Patrimônio Nacional. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2568&catid=53&Itemid=23>. Acesso em: 1º fev. 2019.
FELINTO, RENATA (org). Culturas africanas e afro-brasileiras em sala de aula. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012.
KARKOT-DE-LA-TAILLE, E.; RODRIGUES, A. Sobre escravos e escravizados: percursos discursivos da conquista da liberdade. In: Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade (SIDIS). Disponível em: <https://www.iel.unicamp.br/sidis/anais/pdf/HARKOT_DE_LA_TAILLE_ELIZABETH.pdf>. Acesso em: 1º fev. 2019.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações:
Você pode projetar o objetivo da aula utilizando este slide, outra alternativa é transcrevê-lo no quadro, caso queira, realizando a leitura do mesmo ou pedindo para que algum estudante o faça.
Sugere-se a disposição dos alunos em grupos de três ou quatro, para facilitar as discussões.
O objetivo da aula é que no fim da mesma os alunos percebam que os locais de prática religiosa das comunidades de matriz africana, são, além do seu viés religioso, lugares de manutenção e resistência socioculturais destas etnias, pois são pontos de encontro para o fortalecimento de seus laços sociais, do momento da chegada dos africanos escravizados até os dias de hoje, lembrando que desde o período da escravidão suas práticas sociais são perseguidas, atacadas, desrespeitadas.
Contexto
Tempo sugerido: 8 minutos.
Orientações:
No Contexto, teremos o uso de um “print” da manchete de um jornal intitulado O Imparcial, datado de 1920, que circulava em Salvador, na Bahia, que noticia a descoberta de um local de prática religiosa de matriz africana pela polícia e as ações tomadas por ela. Caso haja dificuldade para a leitura dos trechos textuais da imagem, no slide que segue há a transcrição dos mesmos para uma melhor visualização.
Você pode projetar estas questões utilizando este slide, outra alternativa é transcrevê-las no quadro, caso queira, realizando a leitura das mesmas ou pedindo para que algum estudante o faça.
Além da possibilidade de projeção da imagem do jornal, você poderá imprimi-lo numa folha de A4, por exemplo, aproveitando ao máximo o tamanho da folha, dimensionando a imagem, de modo que todos os alunos possam visualizar sem muita dificuldade; caso queira, também poderá fazer várias imagens numa folha e entregá-las uma para cada aluno, de modo que possam posteriormente anexá-la em seus cadernos. No slide seguinte à imagem seguem os trechos textuais presentes nesta fonte, caso haja dificuldade em visualizá-la. Independentemente da forma escolhida, apresente primeiramente a imagem da fonte e peça que os estudantes falem sobre o que reconhecem da imagem, que tipo de documento parece ser (jornal); como está a grafia das palavras, escrita de modo diferente da utilizada atualmente, e considerando isso, qual período histórico seja provável esse documento; o que aparece na imagem (duas esculturas de representação religiosa); o que pode significar as frases que compõem os trechos textuais (“viva Ogunja’” título da manchete fazendo alusão a uma divindade do candomblé, “e a polícia deu” sobre a descoberta/chegada da força policial no local, “prendeu 25 “fiéis” sobre a prisão de 25 pessoas que praticavam sua religiosidade no momento da abordagem, “apreendeu uma porção de “bozós” descrevendo os objetos/estátuas de divindades que foram apreendidos, “dous santos de pau do candomblé” legenda da foto que se refere às duas estátuas de divindades religiosas encontradas no local). Vale ressaltar aqui que o uso de aspas em algumas palavras que aparecem no texto do jornal, demonstram menosprezo, preconceito e desrespeito em relação à religiosidade de matriz africana que era considerada feitiçaria, como se a descoberta do local e o modo da abordagem policial fossem necessários, fazendo uma analogia às práticas religiosas que ali aconteciam com se fossem crime e seus participantes como criminosos. É essencial que os alunos percebam estes elementos para que possam compreender os lugares de prática religiosa de matriz africana como locais de manutenção e resistência de sua cultura, pois a perseguição e o desrespeito acontecem ainda nos dias de hoje, há crime no desrespeito e suas formas e não na prática religiosa.
Após a leitura dos trechos lance os questionamentos:
- Por que as palavra fiéis utilizada na matéria do jornal está entre aspas? O que isso representa?
- Por que teria sido usada a expressão “cousa nojenta” para descrever a presença de utensílios de candomblé na casa?
Espera-se que os estudantes percebam que a palavra fiéis foi utilizada com aspas porque o escritor da matéria pretendia ironizar a prática religiosa das pessoas presentes na casa do Pai de Santo e que este uso representa que a sua religião era considerada inferior às religiões cristãs; além disso, é esperado que os grupos consigam identificar que a expressão “cousa nojenta” foi utilizada pelo mesmo motivo, a negação do candomblé enquanto religião.
Em seguida apresente o trecho do Código Penal de 1890 ainda vigente nos primeiros anos da República, projetando-o ou entregando cópias impressas aos grupos. Peça para que algum aluno leia os trechos em voz alta.
Caso ache necessário, poderá complementar comentando que, apesar de o Brasil ter se tornado um Estado laico após a Proclamação da República, foi em 1890 que Ruy Barbosa redigiu um decreto (119-A de 7 de janeiro de 1890) separando oficialmente o Estado e a Igreja Católica Romana no Brasil, ou seja, após esta data o governo não poderia inclinar-se para nenhuma religião e deveria adotar uma postura neutra, fato que não aconteceu, pois continuou protegendo o catolicismo em detrimento às demais religiões, especialmente as de matriz africana que eram consideradas feitiçarias; ainda nesta mesma lei há a garantia da liberdade de culto sem a interferência do poder público, outro fato que não se comprovava na realidade, pois a notícia do jornal O Imparcial nos mostra o contrário: a interferência do Estado nos cultos religiosos de matriz africana, criminalizando seus participantes. Só em 1891 a laicidade do Estado é contemplada num documento de força maior, a nova Constituição, mas esta separação entre religião e Estado ocorria apenas no papel.
Após a leitura do trecho do Código Penal lance o questionamento:
- Por que o uso de talismãs e práticas dos chamados curandeiros foram consideradas criminosas pelo Código Penal do período?
Espera-se que os estudantes percebam que as práticas religiosas não católicas não tinham sua religiosidade respeitada pelo Estado, havendo a criminalização das práticas consideradas não convencionais.
Material complementar:
Contexto 1 - Imagem Jornal O Imparcial para impressão:
Contexto 2 - Texto Jornal O Imparcial para impressão:
Contexto 3 - Trecho do Código Penal de 1890 para impressão:
Como adequar à sua realidade: Caso em sua região haja locais de práticas religiosas de matriz africana, poderá, com a permissão da coordenação escolar, dos responsáveis pelos alunos e dos líderes religiosos, propor uma visita, uma aula extraclasse guiada, aproximando ainda mais a temática da aula a realidade circundante do estudante ou poderá fazer uma ligação sobre isso, nesta ou em outra aula posterior.
Para você saber mais:
Apesar de a notícia utilizada na aula datar de 1920, infelizmente ainda nos dias de hoje ocorrem ataques contra as religiões de matriz africana, em diferentes locais do país.
CRIOLA. A violência contra religiões de matriz africana. Disponível em: <https://criola.org.br/a-violencia-contra-religioes-de-matriz-africana/>.
Acesso em: 1º fev. 2019.
Contexto
Orientações:
Além da possibilidade de projeção da imagem do jornal, você poderá imprimi-lo numa folha de A4, por exemplo, aproveitando ao máximo o tamanho da folha, dimensionando a imagem, de modo que todos os alunos possam visualizar sem muita dificuldade; caso queira, também poderá fazer várias imagens numa folha e entregá-las uma para cada aluno, de modo que possam posteriormente anexá-la em seus cadernos. No próximo slide seguem os trechos textuais presentes nesta fonte, caso haja dificuldade em visualizá-la. Independentemente da forma escolhida, apresente primeiramente a imagem da fonte e peça que os estudantes falem sobre o que reconhecem da imagem, que tipo de documento parece ser (jornal); como está a grafia das palavras, escrita de modo diferente da utilizada atualmente, e considerando isso, qual período histórico seja provável esse documento; o que aparece na imagem (duas esculturas de representação religiosa); o que pode significar as frases que compõem os trechos textuais (“viva ogunja’” título da manchete fazendo alusão a uma divindade do candomblé, “e a polícia deu” sobre a descoberta/chegada da força policial no local, “prendeu 25 “fiéis” sobre a prisão de 25 pessoas que praticavam sua religiosidade no momento da abordagem, “apreendeu uma porção de “bozós” descrevendo os objetos/estátuas de divindades que foram apreendidos, “dous santos de pau do candomblé” legenda da foto que se refere às duas estátuas de divindades religiosas encontradas no local). Vale ressaltar aqui que o uso de aspas em algumas palavras que aparecem no texto do jornal demonstram menosprezo, preconceito e desrespeito em relação à religiosidade de matriz africana que era considerada feitiçaria, como se a descoberta do local e o modo da abordagem policial fossem necessários, fazendo uma analogia às práticas religiosas que ali aconteciam com se fossem crime e seus participantes como criminosos. É essencial que os alunos percebam estes elementos para que possam compreender os lugares de prática religiosa de matriz africana como locais de manutenção e resistência de sua cultura, pois a perseguição e o desrespeito acontecem ainda nos dias de hoje, há crime no desrespeito e suas formas e não na prática religiosa.
Material complementar:
Contexto 1 - Imagem Viva Ogunja’! para impressão:
Como adequar à sua realidade: Caso queira, poderá nesta aula ou em outra, pedir para que os estudantes realizem uma pesquisa, ou você mesmo poderá pesquisar e trazer a fonte selecionada já para aula, notícias de jornais da sua região que relatam práticas de perseguição e desrespeito para com as religiões de matriz africana.
Contexto
Orientações:
Projete, leia, escreva no quadro ou distribua cópias impressas deste slide aos estudantes. Este slide contém o trecho textual da fonte do slide anterior, do jornal O Imparcial. Peça para que algum aluno leia os trechos em voz alta.
Material complementar:
Contexto 2 - Texto Viva Ogunja’! para impressão:
Contexto
Orientações:
Projete, leia, escreva no quadro ou distribua cópias impressas deste slide aos estudantes. Este slide contém trechos do texto do jornal, para que forneça mais elementos que facilitem a compreensão dos estudantes de como a religiosidade de matriz africana era vista como feitiçaria e crime. Comente que a palavra antro tem um sentido ruim significando um lugar asqueroso.
Após a leitura dos trechos lance os questionamentos:
- Por que as palavra fiéis utilizada na matéria do jornal está entre aspas? O que isso representa?
- Por que teria sido usada a expressão “cousa nojenta” para descrever a presença de utensílios de candomblé na casa?
Espera-se que os estudantes percebam que a palavra fiéis foi utilizada com aspas porque o escritor da matéria pretendia ironizar a prática religiosa das pessoas presentes na casa do Pai de Santo e que este uso representa que a sua religião era considerada inferior às religiões cristãs; além disso, é esperado que os grupos consigam identificar que a expressão “cousa nojenta” foi utilizada pelo mesmo motivo, a negação do candomblé enquanto religião.
Material complementar:
Contexto 3 - Trechos do jornal para impressão:
Contexto
Orientações:
Projete, leia, escreva no quadro ou distribua cópias impressas deste slide aos estudantes. Este slide contém um Glossário das palavras utilizadas no jornal para que facilite a compreensão dos estudantes de como a religiosidade de matriz africana era malvista.
Material complementar:
Contexto 4 - Glossário para impressão:
Contexto
Orientações:
Projete, leia, escreva no quadro ou distribua cópias impressas deste slide aos estudantes. Este slide contém um trecho do Código Penal de 1890 ainda vigente nos primeiros anos da República. Peça para que algum aluno leia os trechos em voz alta.
Caso ache necessário, poderá complementar comentando que apesar de o Brasil ter se tornado um Estado laico após a Proclamação da República, foi em 1890 que Ruy Barbosa redigiu um decreto (119-A de 7 de janeiro de 1890) separando oficialmente o Estado e a Igreja Católica Romana no Brasil, ou seja, após esta data o governo não poderia inclinar-se para nenhuma religião e deveria adotar uma postura neutra, fato que não aconteceu, pois continuou protegendo o catolicismo em detrimento às demais religiões, especialmente as de matriz africana que eram consideradas feitiçarias; ainda nessa mesma lei há a garantia da liberdade de culto sem a interferência do poder público, outro fato que não se comprovava na realidade, pois a fonte utilizada no slide anterior nos mostra o contrário: a interferência do Estado nos cultos religiosos de matriz africana, criminalizando seus participantes. Só em 1891 a laicidade do Estado é contemplada num documento de força maior, a nova Constituição, mas esta separação entre religião e Estado ocorria apenas no papel.
Após a leitura do trecho lance o questionamento:
- Por que o uso de talismãs e práticas dos chamados curandeiros foram considerados criminosos pelo Código Penal do período?
Espera-se que os estudantes percebam que as práticas religiosas não católicas não tinham sua religiosidade respeitada pelo Estado, havendo a criminalização das práticas consideradas não convencionais.
Material complementar:
Contexto 5 - Trecho do Código Penal de 1890 para impressão:
Para você saber mais:
DECRETO 119-A DE 07 DE JANEIRO DE 1890 PROHIBE A INTERVENÇÃO DA AUTORIDADE FEDERAL E DOS ESTADOS FEDERADOS EM MATERIA RELIGIOSA, CONSAGRA A PLENA LIBERDADE DE CULTOS, EXTINGUE O PADROADO E ESTABELECE OUTRAS PROVIDENCIAS. PLANALTO. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/D119-A.htm>. Acesso em: 10 fev. 2019.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL DE 24 DE FEVEREIRO DE 1891. PLANALTO. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao91.htm>. Acesso em: 10 fev. 2019.
Contexto
Orientações:
Projete, leia, escreva no quadro ou distribua cópias impressas deste slide aos estudantes. Este slide contém o trecho textual da fonte do slide anterior, do Código Penal de 1890. Peça para que algum aluno leia os trechos em voz alta.
Problematização
Tempo sugerido: 25 minutos.
Orientações:
Projete ou entregue cópias impressas dos textos da Problematização para os grupos. São dois trechos presentes no site da extinta Secretaria de Políticas de Promoção Igualdade Racial, tratando da importância das comunidades e dos povos de matriz africana para a manutenção de sua cultura. Peça para que alunos leiam os trechos e, caso ache necessário, para estimular os estudantes na compreensão, complemente comentando que os locais de prática religiosa são considerados espaços de sociabilidades, pois como o texto afirma, estão marcados de vivências comunitárias, ou seja, são lugares que além da religiosidade, são locus privilegiado de estreitamento de laços, de troca de saberes, de diálogo, de encontros, enfim, de manutenção da própria cultura, onde os pares se encontram e conseguem se sentir acolhidos e protagonistas de suas tradições. Vale lembrar que se deve evitar a expressão “escravo”, mas utilizar “escravizado” devido ao fato de que ninguém nasce escravo por condições biológicas, mas é escravizado durante sua vida por imposição, ou seja, numa condição social imposta. A palavra “escravo” dá um sentido de naturalização dessa condição, enquanto “escravizado” permite uma compreensão de que este estaria nessa condição, demonstrando a arbitrariedade e violência desse processo. Ainda, além da força de trabalho, a presença de africanos e afro-brasileiros trouxe inúmeros outros elementos que contribuíram para o país, inclusive em alguns vieses se adaptando ou transformando a realidade local.
Aponte no texto o trecho que informa que os povos africanos trazidos como escravizados para o Brasil eram capturados em diferentes regiões da África, compreendendo, desta forma, inúmeras etnias e não apenas uma em específico e que devido à escravidão estar presente durante muito tempo e distribuída de forma diferente em nosso país, há regiões em que se percebe maior presença de determinada matriz cultural e não de outra, devido ao local de chegada de cada etnia.
Chame a atenção dos alunos para a fala de Sodré, que enfatiza que os quilombos e as comunidades de terreiro foram e ainda são um espaço privilegiado da prática religiosa, mas, acima disso, um local que compreende diversos vieses culturais, fortalecendo estes elementos e reafirmando identidades de seus pares, num processo de resistência e manutenção da cultura negra. Vale frisar que nestes ambientes a comunidade sente-se acolhida, protegida e mais forte, contribuindo na preservação de sua cultura.
Comente que o vínculo entre a religiosidade e os demais elementos da cultura de matriz africana são inseparáveis, um reafirma e colabora com o outro, num processo de complementação e não de fragmentação de elementos; a religiosidade contribuiu para que a cultura não se fragmentasse ou se perdesse através dos tempos; estes espaços da cultura da comunidade negra são locais de empoderamento dos seus usuários, pois perpetuam as tradições e ligam seus ancestrais à contemporaneidade.
Depois, peça para que alguns estudantes respondam à pergunta em voz alta (você pode escolher os alunos que responderão ou pode deixar que eles se prontifiquem a responder).
É esperado que os alunos percebam que os terreiros e as comunidades de matriz africana são muito importantes, pois são os locais onde se mantém e se preserva a cultura africana, uma vez que vivemos em um país bastante racista que, geralmente, não valoriza a contribuição da população negra para a formação da identidade nacional brasileira. Se houver dificuldade por parte dos estudantes para responder a questão, retome trechos comentados anteriormente dos textos para facilitar a sua compreensão.
Escreva no quadro os principais comentários apresentados pelos estudantes nas respostas.
Material complementar:
Problematização 1 - Texto Comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Problematização 2 - Texto Povos e comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Como adequar à sua realidade: Caso queira, poderá nesta aula ou em outro momento, inclusive podendo tratar de modo interdisciplinar com outros professores e com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula sobre os elementos africanos que foram adaptados ou adotados na íntegra na cultura brasileira (alimentação (uso de alimentos e pratos), na língua portuguesa (palavras e expressões), roupas e adereços, nas artes, entre outros).
Poderá também, nesta aula ou em outro momento, com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula interdisciplinar com a disciplina de Geografia, utilizando mapas sobre a origem dos povos do continente africano que foram escravizados e trazidos para nosso país, complementando os saberes das disciplinas.
Para você saber mais:
KARKOT-DE-LA-TAILLE, E.; RODRIGUES, A. Sobre escravos e escravizados: percursos discursivos da conquista da liberdade. In: Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade (SIDIS). Disponível em: <https://www.iel.unicamp.br/sidis/anais/pdf/HARKOT_DE_LA_TAILLE_ELIZABETH.pdf>. Acesso em: 1º fev. 2019.
BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Território e povoamento: presença negra. Disponível em: <https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros.html>. Acesso em: 21 out. 2018.
DIAS, Cora. Retratos - Saravá! Candomblé é Patrimônio Nacional. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2568&catid=53&Itemid=23>. Acesso em: 1º fev. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 25 minutos.
Orientações:
Projete ou entregue cópias impressas dos textos da Problematização para os grupos. São dois trechos presentes no site da extinta Secretaria de Políticas de Promoção Igualdade Racial, tratando da importância das comunidades e dos povos de matriz africana para a manutenção de sua cultura. Peça para que alunos leiam os trechos e, caso ache necessário, para estimular os estudantes na compreensão, complemente comentando que os locais de prática religiosa são considerados espaços de sociabilidades, pois como o texto afirma, estão marcados de vivências comunitárias, ou seja, são lugares que além da religiosidade, são locus privilegiado de estreitamento de laços, de troca de saberes, de diálogo, de encontros, enfim, de manutenção da própria cultura, onde os pares se encontram e conseguem se sentir acolhidos e protagonistas de suas tradições. Vale lembrar que se deve evitar a expressão “escravo”, mas utilizar “escravizado” devido ao fato de que ninguém nasce escravo por condições biológicas, mas é escravizado durante sua vida por imposição, ou seja, numa condição social imposta. A palavra “escravo” dá um sentido de naturalização dessa condição, enquanto “escravizado” permite uma compreensão de que este estaria nessa condição, demonstrando a arbitrariedade e violência deste processo. Ainda, além da força de trabalho, a presença de africanos e afro-brasileiros trouxe inúmeros outros elementos que contribuíram para o país, inclusive em alguns vieses se adaptando ou transformando a realidade local.
Aponte no texto o trecho que informa que os povos africanos trazidos como escravizados para o Brasil eram capturados em diferentes regiões da África, compreendendo dessa forma, inúmeras etnias e não apenas uma em específico e que devido a escravidão estar presente durante muito tempo e distribuída de forma diferente em nosso país, há regiões em que se percebe uma maior presença de determinada matriz cultural e não de outra, devido ao local de chegada de cada etnia.
Chame a atenção dos alunos para a fala de Sodré, que enfatiza que os quilombos e as comunidades de terreiro foram e ainda são um espaço privilegiado da prática religiosa, mas acima disso, um local que compreende diversos vieses culturais, fortalecendo estes elementos e reafirmando identidades de seus pares, num processo de resistência e manutenção da cultura negra. Vale frisar que nestes ambientes, a comunidade sente-se acolhida, protegida e mais forte, contribuindo na preservação de sua cultura.
Comente que o vínculo entre a religiosidade e os demais elementos da cultura de matriz africana são inseparáveis, um reafirma e colabora com o outro, num processo de complementação e não de fragmentação de elementos; a religiosidade contribuiu para que a cultura não se fragmentasse ou se perdesse através dos tempos; esses espaços da cultura da comunidade negra são locais de empoderamento dos seus usuários, pois perpetuam as tradições e ligam seus ancestrais à contemporaneidade.
Depois, peça para que alguns estudantes respondam a pergunta em voz alta (você pode escolher os alunos que responderão ou pode deixar que eles se prontifiquem a responder).
É esperado que os alunos percebam que os terreiros e comunidades de matriz africana são muito importantes pois são os locais onde se mantém e se preserva a cultura africana, uma vez que vivemos em um país bastante racista que, geralmente, não valoriza a contribuição da população negra para a formação da identidade nacional brasileira. Se houver dificuldade por parte dos estudantes para responder à questão, retome trechos comentados anteriormente dos textos para facilitar a sua compreensão.
Escreva no quadro os principais comentários apresentados pelos estudantes nas respostas.
Material complementar:
Problematização 1 - Texto Comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Problematização 2 - Texto Povos e comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Como adequar à sua realidade: Caso queira, poderá nesta aula ou em outro momento, inclusive podendo tratar de modo interdisciplinar com outros professores e com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula sobre os elementos africanos que foram adaptados ou adotados na íntegra na cultura brasileira (alimentação (uso de alimentos e pratos), na língua portuguesa (palavras e expressões), roupas e adereços, nas artes, entre outros).
Poderá também, nesta aula ou em outro momento, com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula interdisciplinar com a disciplina de Geografia, utilizando mapas sobre a origem dos povos do continente africano que foram escravizados e trazidos para nosso país, complementando os saberes das disciplinas.
Para você saber mais:
KARKOT-DE-LA-TAILLE, E.; RODRIGUES, A. Sobre escravos e escravizados: percursos discursivos da conquista da liberdade. In: Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade (SIDIS). Disponível em: <https://www.iel.unicamp.br/sidis/anais/pdf/HARKOT_DE_LA_TAILLE_ELIZABETH.pdf>. Acesso em: 1º fev. 2019.
BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Território e povoamento: presença negra. Disponível em: <https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros.html>. Acesso em: 21 out. 2018.
DIAS, Cora. Retratos - Saravá! Candomblé é Patrimônio Nacional. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2568&catid=53&Itemid=23>. Acesso em: 1º fev. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 25 minutos.
Orientações:
Projete ou entregue cópias impressas dos textos da Problematização para os grupos. São dois trechos presentes no site da extinta Secretaria de Políticas de Promoção Igualdade Racial tratando da importância das comunidades e dos povos de matriz africana para a manutenção de sua cultura. Peça para que alunos leiam os trechos e, caso ache necessário, para estimular os estudantes na compreensão, complemente comentando que os locais de prática religiosa são considerados espaços de sociabilidades, pois, como o texto afirma, estão marcados de vivências comunitárias, ou seja, são lugares que além da religiosidade, são locus privilegiado de estreitamento de laços, de troca de saberes, de diálogo, de encontros, enfim, de manutenção da própria cultura, onde os pares se encontram e conseguem se sentir acolhidos e protagonistas de suas tradições. Vale lembrar que se deve evitar a expressão “escravo”, mas utilizar “escravizado” devido ao fato de que ninguém nasce escravo por condições biológicas, mas é escravizado durante sua vida por imposição, ou seja, numa condição social imposta. A palavra “escravo” dá um sentido de naturalização dessa condição, enquanto “escravizado” permite uma compreensão de que este estaria nessa condição, demonstrando a arbitrariedade e violência deste processo. Ainda, além da força de trabalho, a presença de africanos e afro-brasileiros trouxe inúmeros outros elementos que contribuíram para o país, inclusive em alguns vieses se adaptando ou transformando a realidade local.
Aponte no texto o trecho que informa que os povos africanos trazidos como escravizados para o Brasil eram capturados em diferentes regiões da África, compreendendo desta forma, inúmeras etnias e não apenas uma em específico e que devido a escravidão estar presente durante muito tempo e distribuída de forma diferente em nosso país, há regiões em que se percebe uma maior presença de determinada matriz cultural e não de outra, devido ao local de chegada de cada etnia.
Chame a atenção dos alunos para a fala de Sodré, que enfatiza que os quilombos e as comunidades de terreiro foram e ainda são um espaço privilegiado da prática religiosa, mas acima disso, um local que compreende diversos vieses culturais, fortalecendo estes elementos e reafirmando identidades de seus pares, num processo de resistência e manutenção da cultura negra. Vale frisar que nestes ambientes, a comunidade sente-se acolhida, protegida e mais forte, contribuindo na preservação de sua cultura.
Comente que o vínculo entre a religiosidade e os demais elementos da cultura de matriz africana são inseparáveis, um reafirma e colabora com o outro, num processo de complementação e não de fragmentação de elementos; a religiosidade contribuiu para que a cultura não se fragmentasse ou se perdesse através dos tempos; esses espaços da cultura da comunidade negra são locais de empoderamento dos seus usuários, pois perpetuam as tradições e ligam seus ancestrais à contemporaneidade.
Depois, peça para que alguns estudantes respondam à pergunta em voz alta (você pode escolher os alunos que responderão ou pode deixar que eles se prontifiquem a responder).
É esperado que os alunos percebam que os terreiros e comunidades de matriz africana são muito importantes pois são os locais onde se mantém e se preserva a cultura africana, uma vez que vivemos em um país bastante racista que, geralmente, não valoriza a contribuição da população negra para a formação da identidade nacional brasileira. Se houver dificuldade por parte dos estudantes para responder à questão, retome trechos comentados anteriormente dos textos para facilitar a sua compreensão.
Escreva no quadro os principais comentários apresentados pelos estudantes nas respostas.
Material complementar:
Problematização 1 - Texto Comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Problematização 2 - Texto Povos e comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Como adequar à sua realidade: Caso queira, poderá nesta aula ou em outro momento, inclusive podendo tratar de modo interdisciplinar com outros professores e com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula sobre os elementos africanos que foram adaptados ou adotados na íntegra na cultura brasileira (alimentação (uso de alimentos e pratos), na língua portuguesa (palavras e expressões), roupas e adereços, nas artes, entre outros).
Poderá também, nesta aula ou em outro momento, com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula interdisciplinar com a disciplina de Geografia, utilizando mapas sobre a origem dos povos do continente africano que foram escravizados e trazidos para nosso país, complementando os saberes das disciplinas.
Para você saber mais:
KARKOT-DE-LA-TAILLE, E.; RODRIGUES, A. Sobre escravos e escravizados: percursos discursivos da conquista da liberdade. In: Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade (SIDIS). Disponível em: <https://www.iel.unicamp.br/sidis/anais/pdf/HARKOT_DE_LA_TAILLE_ELIZABETH.pdf>. Acesso em: 1º fev. 2019.
BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Território e povoamento: presença negra. Disponível em: <https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros.html>. Acesso em: 21 out. 2018.
DIAS, Cora. Retratos - Saravá! Candomblé é Patrimônio Nacional. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2568&catid=53&Itemid=23>. Acesso em: 1º fev. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 25 minutos.
Orientações:
Projete ou entregue cópias impressas dos textos da Problematização para os grupos. São dois trechos presentes no site da extinta Secretaria de Políticas de Promoção Igualdade Racial tratando da importância das comunidades e dos povos de matriz africana para a manutenção de sua cultura. Peça para que alunos leiam os trechos e, caso ache necessário, para estimular os estudantes na compreensão, complemente comentando que os locais de prática religiosa são considerados espaços de sociabilidades, pois como o texto afirma, estão marcados de vivências comunitárias, ou seja, são lugares que além da religiosidade, são locus privilegiado de estreitamento de laços, de troca de saberes, de diálogo, de encontros, enfim, de manutenção da própria cultura, onde os pares se encontram e conseguem se sentir acolhidos e protagonistas de suas tradições. Vale lembrar que se deve evitar a expressão “escravo”, mas utilizar “escravizado” devido ao fato de que ninguém nasce escravo por condições biológicas, mas é escravizado durante sua vida por imposição, ou seja, numa condição social imposta. A palavra “escravo” dá um sentido de naturalização desta condição, enquanto “escravizado” permite uma compreensão de que este estaria nessa condição, demonstrando a arbitrariedade e violência deste processo. Ainda, além da força de trabalho, a presença de africanos e afro-brasileiros trouxe inúmeros outros elementos que contribuíram para o país, inclusive em alguns vieses se adaptando ou transformando a realidade local.
Aponte no texto o trecho que informa que os povos africanos trazidos como escravizados para o Brasil eram capturados em diferentes regiões da África, compreendendo desta forma, inúmeras etnias e não apenas uma em específico e que devido a escravidão estar presente durante muito tempo e distribuída de forma diferente em nosso país, há regiões em que se percebe uma maior presença de determinada matriz cultural e não de outra, devido ao local de chegada de cada etnia.
Chame a atenção dos alunos para a fala de Sodré, que enfatiza que os quilombos e as comunidades de terreiro foram e ainda são um espaço privilegiado da prática religiosa, mas, acima disso, um local que compreende diversos vieses culturais, fortalecendo estes elementos e reafirmando identidades de seus pares, num processo de resistência e manutenção da cultura negra. Vale frisar que nestes ambientes a comunidade sente-se acolhida, protegida e mais forte, contribuindo na preservação de sua cultura.
Comente que o vínculo entre a religiosidade e os demais elementos da cultura de matriz africana são inseparáveis, um reafirma e colabora com o outro, num processo de complementação e não de fragmentação de elementos; a religiosidade contribuiu para que a cultura não se fragmentasse ou se perdesse através dos tempos; estes espaços da cultura da comunidade negra são locais de empoderamento dos seus usuários, pois perpetuam as tradições e ligam seus ancestrais à contemporaneidade.
Depois, peça para que alguns estudantes respondam a pergunta em voz alta (você pode escolher os alunos que responderão ou pode deixar que eles se prontifiquem a responder).
É esperado que os alunos percebam que os terreiros e comunidades de matriz africana são muito importantes pois são os locais onde se mantém e se preserva a cultura africana, uma vez que vivemos em um país bastante racista que, geralmente, não valoriza a contribuição da população negra para a formação da identidade nacional brasileira. Se houver dificuldade por parte dos estudantes para responder à questão, retome trechos comentados anteriormente dos textos para facilitar a sua compreensão.
Escreva no quadro os principais comentários apresentados pelos estudantes nas respostas.
Material complementar:
Problematização 1 - Texto Comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Problematização 2 - Texto Povos e comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Como adequar à sua realidade: Caso queira, poderá nesta aula ou em outro momento, inclusive podendo tratar de modo interdisciplinar com outros professores e com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula sobre os elementos africanos que foram adaptados ou adotados na íntegra na cultura brasileira (alimentação (uso de alimentos e pratos), na língua portuguesa (palavras e expressões), roupas e adereços, nas artes, entre outros).
Poderá também, nesta aula ou em outro momento, com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula interdisciplinar com a disciplina de Geografia, utilizando mapas sobre a origem dos povos do continente africano que foram escravizados e trazidos para nosso país, complementando os saberes das disciplinas.
Para você saber mais:
KARKOT-DE-LA-TAILLE, E.; RODRIGUES, A. Sobre escravos e escravizados: percursos discursivos da conquista da liberdade. In: Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade (SIDIS). Disponível em: <https://www.iel.unicamp.br/sidis/anais/pdf/HARKOT_DE_LA_TAILLE_ELIZABETH.pdf>. Acesso em: 1º fev. 2019.
BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Território e povoamento: presença negra. Disponível em: <https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros.html>. Acesso em: 21 out. 2018.
DIAS, Cora. Retratos - Saravá! Candomblé é Patrimônio Nacional. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2568&catid=53&Itemid=23>. Acesso em: 1º fev. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 25 minutos.
Orientações:
Projete ou entregue cópias impressas dos textos da Problematização para os grupos. São dois trechos presentes no site da extinta Secretaria de Políticas de Promoção Igualdade Racial tratando da importância das comunidades e dos povos de matriz africana para a manutenção de sua cultura. Peça para que alunos leiam os trechos e, caso ache necessário, para estimular os estudantes na compreensão, complemente comentando que os locais de prática religiosa são considerados espaços de sociabilidades, pois como o texto afirma, estão marcados de vivências comunitárias, ou seja, são lugares que além da religiosidade, são locus privilegiado de estreitamento de laços, de troca de saberes, de diálogo, de encontros, enfim, de manutenção da própria cultura, onde os pares se encontram e conseguem se sentir acolhidos e protagonistas de suas tradições. Vale lembrar que se deve evitar a expressão “escravo”, mas utilizar “escravizado” devido ao fato de que ninguém nasce escravo por condições biológicas, mas é escravizado durante sua vida por imposição, ou seja, numa condição social imposta. A palavra “escravo” dá um sentido de naturalização dessa condição, enquanto “escravizado” permite uma compreensão de que este estaria nesta condição, demonstrando a arbitrariedade e violência desse processo. Ainda, além da força de trabalho, a presença de africanos e afro-brasileiros trouxe inúmeros outros elementos que contribuíram para o país, inclusive em alguns vieses se adaptando ou transformando a realidade local.
Aponte no texto o trecho que informa que os povos africanos trazidos como escravizados para o Brasil eram capturados em diferentes regiões da África, compreendendo desta forma, inúmeras etnias e não apenas uma em específico e que devido a escravidão estar presente durante muito tempo e distribuída de forma diferente em nosso país, há regiões em que se percebe uma maior presença de determinada matriz cultural e não de outra, devido ao local de chegada de cada etnia.
Chame a atenção dos alunos para a fala de Sodré, que enfatiza que os quilombos e as comunidades de terreiro foram e ainda são um espaço privilegiado da prática religiosa, mas acima disso, um local que compreende diversos vieses culturais, fortalecendo estes elementos e reafirmando identidades de seus pares, num processo de resistência e manutenção da cultura negra. Vale frisar que nestes ambientes, a comunidade sente-se acolhida, protegida e mais forte, contribuindo na preservação de sua cultura.
Comente que o vínculo entre a religiosidade e os demais elementos da cultura de matriz africana são inseparáveis, um reafirma e colabora com o outro, num processo de complementação e não de fragmentação de elementos; a religiosidade contribuiu para que a cultura não se fragmentasse ou se perdesse através dos tempos; esses espaços da cultura da comunidade negra são locais de empoderamento dos seus usuários, pois perpetuam as tradições e ligam seus ancestrais à contemporaneidade.
Depois, peça para que alguns estudantes respondam à pergunta em voz alta (você pode escolher os alunos que responderão ou pode deixar que eles se prontifiquem a responder).
É esperado que os alunos percebam que os terreiros e as comunidades de matriz africana são muito importantes pois são os locais onde se mantém e se preserva a cultura africana, uma vez que vivemos em um país bastante racista que, geralmente, não valoriza a contribuição da população negra para a formação da identidade nacional brasileira. Se houver dificuldade por parte dos estudantes para responder à questão, retome trechos comentados anteriormente dos textos para facilitar a sua compreensão.
Escreva no quadro os principais comentários apresentados pelos estudantes nas respostas.
Material complementar:
Problematização 1 - Texto Comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Problematização 2 - Texto Povos e comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Como adequar à sua realidade: Caso queira, poderá nesta aula ou em outro momento, inclusive podendo tratar de modo interdisciplinar com outros professores e com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula sobre os elementos africanos que foram adaptados ou adotados na íntegra na cultura brasileira (alimentação (uso de alimentos e pratos), na língua portuguesa (palavras e expressões), roupas e adereços, nas artes, entre outros).
Poderá também, nesta aula ou em outro momento, com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula interdisciplinar com a disciplina de Geografia, utilizando mapas sobre a origem dos povos do continente africano que foram escravizados e trazidos para nosso país, complementando os saberes das disciplinas.
Para você saber mais:
KARKOT-DE-LA-TAILLE, E.; RODRIGUES, A. Sobre escravos e escravizados: percursos discursivos da conquista da liberdade. In: Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade (SIDIS). Disponível em: <https://www.iel.unicamp.br/sidis/anais/pdf/HARKOT_DE_LA_TAILLE_ELIZABETH.pdf>. Acesso em: 1º fev. 2019.
BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Território e povoamento: presença negra. Disponível em: <https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros.html>. Acesso em: 21 out. 2018.
DIAS, Cora. Retratos - Saravá! Candomblé é Patrimônio Nacional. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2568&catid=53&Itemid=23>. Acesso em: 1º fev. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 25 minutos.
Orientações:
Projete ou entregue cópias impressas dos textos da Problematização para os grupos. São dois trechos presentes no site da extinta Secretaria de Políticas de Promoção Igualdade Racial, tratando da importância das comunidades e dos povos de matriz africana para a manutenção de sua cultura. Peça para que alunos leiam os trechos e, caso ache necessário, para estimular os estudantes na compreensão, complemente comentando que os locais de prática religiosa são considerados espaços de sociabilidades, pois como o texto afirma, estão marcados de vivências comunitárias, ou seja, são lugares que além da religiosidade, são locus privilegiado de estreitamento de laços, de troca de saberes, de diálogo, de encontros, enfim, de manutenção da própria cultura, onde os pares se encontram e conseguem se sentir acolhidos e protagonistas de suas tradições. Vale lembrar que se deve evitar a expressão “escravo”, mas utilizar “escravizado” devido ao fato de que ninguém nasce escravo por condições biológicas, mas é escravizado durante sua vida por imposição, ou seja, numa condição social imposta. A palavra “escravo” dá um sentido de naturalização desta condição, enquanto “escravizado” permite uma compreensão de que este estaria nessa condição, demonstrando a arbitrariedade e violência desse processo. Ainda, além da força de trabalho, a presença de africanos e afro-brasileiros trouxe inúmeros outros elementos que contribuíram para o país, inclusive em alguns vieses se adaptando ou transformando a realidade local.
Aponte no texto o trecho que informa que os povos africanos trazidos como escravizados para o Brasil eram capturados em diferentes regiões da África, compreendendo, desta forma, inúmeras etnias e não apenas uma em específico e que devido a escravidão estar presente durante muito tempo e distribuída de forma diferente em nosso país, há regiões em que se percebe uma maior presença de determinada matriz cultural e não de outra, devido ao local de chegada de cada etnia.
Chame a atenção dos alunos para a fala de Sodré, que enfatiza que os quilombos e as comunidades de terreiro foram e ainda são um espaço privilegiado da prática religiosa, mas acima disso, um local que compreende diversos vieses culturais, fortalecendo estes elementos e reafirmando identidades de seus pares, num processo de resistência e manutenção da cultura negra. Vale frisar que nestes ambientes, a comunidade sente-se acolhida, protegida e mais forte, contribuindo na preservação de sua cultura.
Comente que o vínculo entre a religiosidade e os demais elementos da cultura de matriz africana são inseparáveis, um reafirma e colabora com o outro, num processo de complementação e não de fragmentação de elementos; a religiosidade contribuiu para que a cultura não se fragmentasse ou se perdesse através dos tempos; esses espaços da cultura da comunidade negra são locais de empoderamento dos seus usuários, pois perpetuam as tradições e ligam seus ancestrais à contemporaneidade.
Depois, peça para que alguns estudantes respondam à pergunta em voz alta (você pode escolher os alunos que responderão ou pode deixar que eles se prontifiquem a responder).
É esperado que os alunos percebam que os terreiros e as comunidades de matriz africana são muito importantes pois são os locais onde se mantém e se preserva a cultura africana, uma vez que vivemos em um país bastante racista que, geralmente, não valoriza a contribuição da população negra para a formação da identidade nacional brasileira. Se houver dificuldade por parte dos estudantes para responder à questão, retome trechos comentados anteriormente dos textos para facilitar a sua compreensão.
Escreva no quadro os principais comentários apresentados pelos estudantes nas respostas.
Material complementar:
Problematização 1 - Texto Comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Problematização 2 - Texto Povos e comunidades tradicionais de matriz africana para impressão:
Como adequar à sua realidade: Caso queira, poderá nesta aula ou em outro momento, inclusive podendo tratar de modo interdisciplinar com outros professores e com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula sobre os elementos africanos que foram adaptados ou adotados na íntegra na cultura brasileira (alimentação (uso de alimentos e pratos), na língua portuguesa (palavras e expressões), roupas e adereços, nas artes, entre outros).
Poderá também, nesta aula ou em outro momento, com a permissão prévia da coordenação escolar, realizar uma aula interdisciplinar com a disciplina de Geografia, utilizando mapas sobre a origem dos povos do continente africano que foram escravizados e trazidos para nosso país, complementando os saberes das disciplinas.
Para você saber mais:
KARKOT-DE-LA-TAILLE, E.; RODRIGUES, A. Sobre escravos e escravizados: percursos discursivos da conquista da liberdade. In: Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade (SIDIS). Disponível em: <https://www.iel.unicamp.br/sidis/anais/pdf/HARKOT_DE_LA_TAILLE_ELIZABETH.pdf>. Acesso em: 1º fev. 2019.
BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Território e povoamento: presença negra. Disponível em: <https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros.html>. Acesso em: 21 out. 2018.
DIAS, Cora. Retratos - Saravá! Candomblé é Patrimônio Nacional. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2568&catid=53&Itemid=23>. Acesso em: 1º fev. 2019.
Sistematização
Tempo sugerido: 15 minutos.
Orientações:
Neste momento você deve fomentar a discussão sobre a temática, tendo as fontes apresentadas durante o Contexto e a Problematização como ponto de partida. Mostra-se essencial que os alunos desenvolvam a reflexão da importância dos terreiros e das comunidades de matriz africana como espaços de fortalecimento de vínculos, reafirmação de identidades, perpetuação de tradições, acolhimento e pertencimento, vivências e manutenção socioculturais dessas comunidades, devendo haver respeito de toda a sociedade e combate contra o preconceito.
Projete, imprima ou transcreva no quadro a proposta de atividade: produção de um jornal onde cada grupo escreverá uma matéria jornalística, tendo como referencial as fontes, os textos e os questionamentos feitos durante a aula, tendo como eixo central o reconhecimento dos terreiros e das comunidades de matriz africana como locus privilegiado da manutenção sociocultural dessas etnias. Os grupos podem ilustrar suas matérias com desenhos. Depois de entregues, sugere-se que as matérias sejam grampeadas juntas, com uma capa com o nome do jornal, que pode ser escolhido pela turma. Se houver a possibilidade você pode expor o jornal na escola para que outras turmas tenham acesso.
Caso perceba que seja necessário para a realização da atividade, retome algumas das respostas dadas pelos estudantes às perguntas.
Para você saber mais:
Ainda que a Constituição Federal (1988) garanta em seu texto a igualdade de todos perante a lei, em 2003 o senador Paulo Paim apresentou um projeto de lei, que fora aprovado somente em 2010 com o nome de Estatuto da Igualdade Racial, documento que versa sobre os principais direitos garantidos à população afrodescendente no Brasil, visando combater todas as formas de discriminação e intolerância étnica.
BRASIL, Presidência da República. Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 (Institui o Estatuto da Igualdade Social). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm>. Acesso em: 1º fev. 2019.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: PDF com documentos de texto, imagens, áudio ou vídeo, com orientações do professor.
- Optativas: Google Formulários, Google Sala de Aula, Padlet, Google Meets.
Contexto
Encaminhe o objetivo da aula e as fontes a serem analisadas no contexto. Utilize o meio que for mais adequado à sua realidade, por escrito, via e-mail, Whatsapp, Facebook, Google Sala de Aula etc.
Questões para refletirem:
- Por que as palavra fiéis, utilizada na matéria do jornal, está entre aspas? O que isso representa?
- Por que teria sido usada a expressão “cousa nojenta” para descrever a presença de utensílios de candomblé na casa?
Questões para responderem:
- Por que o uso de talismãs e práticas dos chamados curandeiros foram considerados criminosos pelo Código Penal do período?
Estabeleça um prazo para que enviem as respostas a esta pergunta, através de mensagem pelo Whatsapp, Google Sala de Aula ou outra plataforma que estejam utilizando. Você pode esclarecer dúvidas e acrescentar informações enviando pequenos áudios ou vídeos no grupo da turma.
Outra alternativa é agendar uma aula síncrona, para que os alunos possam compartilhar as respostas uns com os outros e para que você faça correções e pontuações.
Problematização
Você pode encaminhar os documentos da problematização, juntamente com a pergunta a ser respondida, para os alunos através do Whatsapp, e-mail, Google Sala de Aula, Facebook ou outra ferramenta. Eles podem trabalhar individualmente ou agrupados.
Estabeleça um prazo para que os estudantes enviem as respostas e incentive-os a conversarem uns com os outros sobre o que aprenderam com as fontes.
Você pode pedir para que postem as respostas à pergunta da problematização no grupo da Sala, ou marcar um momento síncrono, para que eles possam dividir opiniões e respostas.
Sistematização
Para a produção da sistematização, os alunos podem trabalhar agrupados. Neste caso, um grupo pode ficar responsabilizado por juntar as matérias, fazer a capa e diagramação do jornal, enquanto os outros ficam responsáveis por produzir os conteúdos.
Outra opção é gravar um vídeo ou podcast, onde os estudantes enviam áudios ou vídeos com as matérias, como se fossem repórteres. Em seguida, cada vídeo ou audio deve ser juntado para criar um programa. Neste caso, escolha alguns estudantes para serem os âncoras ou apresentadores do jornal, eles devem fazer a mediação entre as matérias e apresentarão os repórteres.
Convite às famílias
Caso haja interesse, as famílias podem assistir aos episódios do documentário História do Brasil por Bóris Fausto, disponíveis no site da Tv Escola, que apresentam de maneira bastante didática, os principais aspectos de todos os períodos da História do Brasil (disponível aqui).
O site Era Virtual disponibiliza visitas virtuais a vários museus brasileiros, o que pode enriquecer muito o aprendizado da História de nosso país (disponíel aqui).
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Talita Seniuk
Mentor: Chayene Santana
Especialista: Sherol dos Santos
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 9º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
Objeto(s) de conhecimento: A questão da inserção dos negros no período republicano do pós-Abolição. Os movimentos sociais e a imprensa negra. A cultura afro-brasileira como elemento de resistência e superação das discriminações.
Habilidade(s) da BNCC: EF09HI03 Identificar os mecanismos de inserção dos negros na sociedade brasileira pós-abolição e avaliar os seus resultados.
Palavras-chave: Religiões afro-brasileiras, pós-Abolição, comunidade negra.