Problematização 1- Texto sobre o processo de redemocratização no Uruguai
Plano de Aula
Plano de aula: Redemocratização e o papel das comissões da verdade na América Latina
Plano 3 de uma sequência de 3 planos. Veja todos os planos sobre Ditaduras na América Latina e suas consequências
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Aula
Sobre este plano
Professor, este slide tem como objetivo resumir o conteúdo da aula para que possa se planejar, portanto não deve ser apresentado para os alunos.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade (EF09HI30) de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Projetor para exibição de texto ou impressão de textos para disponibilizar aos grupos de alunos.
Material complementar:
Folhas de ofício tamanho A4.
Canetas coloridas.
Texto sobre o processo de redemocratização no Uruguai:
Texto sobre o processo de redemocratização no Chile:
Texto sobre o processo de redemocratização na Argentina:
Para você saber mais:
Para ministração dessa aula é importante estar apropriado das peculiaridades que envolvem o contexto político da América Latina no período da Guerra Fria. Nessa conjuntura, observa-se a instauração de golpes de Estado que deram origem a ditaduras civil - militares em vários países dessa região, tais como Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai. Esse fato está intimamente atrelado ao fato dessas nações estarem tentando se enquadrar aos padrões de expansão da economia capitalista internacional, bem como aos ideais da Doutrina de Segurança Nacional (DNS), criada nos Estados Unidos e exportada para vários países, a qual pregava o combate ao avanço comunista dentro e fora de seu país. Com o fim desses regimes ditatoriais e o avanço das políticas de redemocratização, que por sua vez, não significou o fim das violações de direitos humanos nos continentes, percebe-se que esses países passaram a desenvolver uma série de políticas públicas que visavam retomar o regime democrático e tratar das memórias das violações ocorridas nesse período, destacando-se a criação das Comissões da Verdade nesse contexto.
Para se aprofundar mais sobre essa temática, recomendamos as seguintes leituras:
Atlas FGV <https://atlas.fgv.br/marcos/revolucao-de-1964/mapas/ditaduras-militares-na-america-latina-dos-anos-1960-70> Acesso em 20/05/2019.
BOBBIO, Norberto, MATTEUCCI, Nicola, PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1998.
D’ARAÚJO, Maria Celina; CASTRO, Celso (Org.). Democracia e Forças Armadas no Cone Sul. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.
FERREIRA, Gleidiane de Sousa.Qual Democracia? O período de redemocratização na América Latina: uma reflexão sobre Brasil e Argentina. Fortaleza: Revista Ameríndia, Vol. 10, 2011. Disponível em: <http://www.periodicos.ufc.br/amerindia/article/download/1581/1432>. Acesso em: 20 abril 2019.
FICO, Carlos; et al. (Org.). Ditadura e democracia na América Latina: balanço histórico e perspectivas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008.
FRIDERICHS, Lidiane Elizabete. Transição democrática na Argentina e no Brasil: continuidades e rupturas. Porto Alegre: Revista Aedos, Vol. 9, 2017. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/aedos/article/viewFile/67044/43432>. Acesso em: 20 abril 2019.
GALLO, Carlos Artur. Comissões da Verdade em Perspectiva comparada: Notas sobre a experiência Uruguaia, Chilena e Argentina. Campo Grande: revista de história, v. 6 n. 11 p. 17-34, 2014. Disponível em: <http://www.seer.ufms.br/index.php/AlbRHis/article/view/4059>. Acesso em: 20 abril 2019.
GARRETÓN, Manuel Antonio. A redemocratização no Chile: transição, inauguração e evolução. São Paulo: revista lua nova, v. 27, 1992. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64451992000300004>. Acesso em: 20 abril 2019.
JELIN, Elizabeth; HERSHBERG, Eric (Org.). Construindo a democracia: direitos humanos, cidadania e sociedade na América Latina. São Paulo: EDUSP / NEV, 2006.
PADRÓS, Enrique Serra; FERNANDES, Ananda Simões. A gestação do Golpe no Uruguai: o governo Bordaberry e o papel dos militares (1972-1973). Rio Grande do Sul: Estudos Íbero-Americanos, v.38, 2012. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/viewFile/11584/8009>. Acesso em: 20 abril 2019.
SOUSA, Fabiano. Operação Condor: terrorismo de estado no Cone Sul das Américas. Rio de Janeiro: Aedos, Num.8, vol. 3, Janeiro - Junho 2011. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/aedos/article/download/12769/11960. Acesso em: 24 de mar. 2019.
VILLALOBOS, Marco Antônio Vargas. Uruguai: autoritarismo e ditadura. In: PADRÓS, Enrique Serra (Org.). As ditaduras de Segurança Nacional: Brasil e Cone Sul. Porto Alegre: Corag, 2006.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações ao professor: Para a vivência dessa aula, solicite que os alunos se organizem em 3 grandes grupos na sala de aula. Ressaltamos que o trabalho colaborativo é importante para estimular um aprendizado mais significativo e ativo por parte dos alunos. O direcionamento da escolha das equipes poderá ser realizado pelos próprios alunos ou por você, com o objetivo de garantir que possam realizar com sucesso a atividade proposta.
Inicie a aula apresentando o objetivo da temática que será estudada para os estudantes. O objetivo poderá ser projectado, escrito no quadro ou lido para a turma. Esse momento é bem relevante para que os estudantes compreendam a temática que será estudada e qual a sua importância para compreensão da história política dos países da América Latina. No entanto, procure não antecipar algumas questões nesse início, a fim de garantir a atenção e interesse dos alunos durante toda a vivência da aula.
A proposta dessa aula é fazer com que os alunos compreendam como se desenvolveu o processo de redemocratização em três países da América Latina (Uruguai, Chile e Argentina), observando quais as principais políticas públicas desenvolvidas para a transição à democracia, assim como cada país direcionou o trabalho em torno da memória da repressão política, analisando a atividade das comissões da verdade.
Para você saber mais:
Desde a década de 1970, dezenas de comissões de verdade têm sido estabelecidas ao redor do mundo, as quais apesar de apresentarem diversas divergências, todas de maneira geral apresentam o mesmo objetivo: trabalhar a memória política e social das violações de direitos humanos ocorridas durante regimes ditatoriais. Na América Latina não foi diferente, pois observa-se que as comissões aqui criadas conseguiram esclarecer vários eventos ligados à repressão, por meio de ampla investigação e pesquisa em documentos públicos e privados, assim como através do testemunhos e declarações de vários personagens, permitindo assim que esses eventos nunca fossem negados e caísse no esquecimento.
Sobre a importância das Comissões da Verdade, recomendamos às seguintes leituras:
BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Mortos e desaparecidos políticos / Comissão Nacional da Verdade. Brasília: CNV, 2014.
BAUER, Caroline. A produção dos relatórios Nunca Mais na Argentina e no Brasil: aspectos das transições políticas e da constituição da memória sobre a repressão. Rio de Janeiro: Revista de História Comparada, vol. 2, 2008. Disponível em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/RevistaHistoriaComparada/article/view/135>. Acesso em: 20 abril 2019.
PINTO, Simone Rodrigues. Direito à memória e à verdade: comissões de verdade na América Latina. Porto Alegre: revista debates, v. 04, 2010. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/verdade/textos/pinto_comissoes_al.pdf>. Acesso em: 20 abril 2019.
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