Contexto 1 - Imagem: Cartaz publicitário do jornal de 1984 sobre as mães da Praça de Maio.
Plano de Aula
Plano de aula: As mães da Praça de Maio e a resistência à ditadura civil-militar argentina (1976-1983)
Plano 1 de uma sequência de 2 planos. Veja todos os planos sobre Ditaduras na América Latina
Sobre este plano
Este slide tem como objetivo resumir o conteúdo da aula para que possa se planejar, portanto não deve ser apresentado para os alunos.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF09HI29, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Projetor para exibição de imagens e texto ou impressão de imagens e textos para disponibilizar aos grupos de alunos.
Material complementar: Folhas de ofício tamanho A4.
Imagem: Cartaz publicitário do jornal de 1984 sobre as mães da Praça de Maio.
Imagem: Cartaz da Associação de Mães da Plaza de Mayo convocando para uma manifestação - 1987.
Texto sobre o movimento das mães da Praça de Maio.
Reportagem sobre as mães da Praça de Maio.
Para você saber mais:
Observa-se que a partir da década de 1960 os países do chamado Cone Sul vivenciaram uma crescente militarização de seus governos, que tinham como objetivo reestruturar economicamente suas nações. No entanto, o que se observou na prática foi um plano bem arquitetado e consciente de mudanças nas estruturas políticas e sociais, baseada em um aparato extremamente repressivo. Falando especificamente da experiência argentina entre os anos de 1976 - 1983, verifica-se que esta nação viveu um período repressivo sem precedentes, com práticas de sequestros, prisões sem processo, torturas e morte com ocultação de cadáver. O governo logicamente negava todas estas ações, restando à população traçar formas alternativas para saber o paradeiro de seus familiares que acabaram se tornando vítimas destas formas de terror. Surge neste contexto o movimento liderado por algumas mães, que passaram a protestar semanalmente na Praça de Maio, almejando buscar informações de seus filhos desaparecidos, acreditando que estes estariam presos e não mortos. Com o passar do tempo este grupo foi se fortalecendo e se estabelecendo com uma das formas de resistência mais eficientes da ditadura civil- militar vivenciada, resistindo até os dias atuais.
Para se aprofundar mais sobre a ditadura civil-militar instaurada na Argentina entre os anos de 1976 e 1983, recomendamos as seguintes leituras:
PASCUAL, Alejandra Leonor. Terrorismo de Estado: a Argentina de 1976 a 1983. Florianópolis, UFSC, 1997.
ROJAS, Gonzalo Adrián. A ditadura militar na Argentina (1976-1983): retomando algumas hipóteses frente aos relatos oficiais. São Paulo: Revista eletrônica Lutas Sociais, Vol.18 n.32, p.163-176, 2014. Disponível em: <http://www4.pucsp.br/neils/revista/vol.32/gonzalo_adrian_rojas.pdf.>
Acesso em: 16 de março de 2019.
ROMERO, Luis Alberto. História contemporânea da Argentina. Trad. Edmundo Barreiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.
STEINKE, Sabrina. A ditadura e a transição para a democracia na Argentina recente: desaparecimento dos cidadãos e da cidadania. Disponível em: <https://pos.historia.ufg.br/up/113/o/04_-_A_Ditadura_e_a_Transi%C3%A7%C3%A3o_para_a_Demicracia_na_Argentina_Recente.pdf>.
Acesso em: 16 de março de 2019.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações: Para a vivência desta aula, solicite que os alunos se organizem em grupos de três ou quatro integrantes. O direcionamento da escolha das equipes poderá ser realizado pelos próprios alunos ou por você, com o objetivo de garantir que possam realizar com sucesso a atividade proposta.
É importante iniciar a aula apresentando o objetivo para os estudantes. O objetivo poderá ser projetado, escrito no quadro ou lido para a turma. Este momento é bem relevante para que os estudantes compreendam a temática que será estudada e qual a sua importância para a compreensão da história política dos países da América Latina. No entanto, procure não antecipar algumas questões neste início, a fim de garantir a atenção e o interesse dos alunos durante toda a vivência da aula.
A proposta desta aula é fazer com que os alunos compreendam o movimento das mães da Praça de Maio como uma importante forma de resistência à ditadura civil-militar instaurada na Argentina (1976-1983).
Para você saber mais:
Para ministração desta aula é importante que o professor esteja apropriado das peculiaridades que envolvem o movimento das mães da Praça de Maio, para que assim possa dialogar com mais propriedade e profundidade com os alunos. A Praça de Maio, localizada no centro de Buenos Aires, traz consigo uma representatividade que extrapola o conceito de espaço público utilizado como ponto turístico e local de passagem. Ela tem sua história marcada como um espaço de poder e resistência, sendo palco há mais de 30 anos nas tardes de quinta-feira, das marchas e rondas da Asociación Madres de Plaza de Mayo e Madres de Plaza de Mayo, este último, linha fundadora do movimento destas personagens. Ambos lutam até os dias atuais por justiça e memória de seus filhos e parentes desaparecidos.
Com a instauração da ditadura militar na Argentina entre os anos de 1976 e 1983, os mecanismos de violência, censura, perseguição e exclusão passam a ser utilizados pelo governo como forma de restringir ou eliminar os opositores. Neste sentido, milhares de pessoas que discordavam e faziam oposição ao governo militar liderado pelo general Jorge Videla, foram presas, torturadas e desapareceram sem deixar nenhum rastro. É neste contexto que o movimento das Madres de Plaza de Mayo surge como uma forma de resistência, se reunindo pela primeira vez em 30 de abril de 1977, tentando buscar a priori notícias de seus parentes que pensavam estar apenas detidos. Como era de se prever, suas reivindicações não foram atendidas, e não demorou muito, para que passassem a ser duramente reprimidas pelos seus encontros semanais. Mas isso não as intimidou e só deu mais força ao movimento, que saiu de 14 para mais de 200 “madres” nesse mesmo ano. E assim, desde 1977, estas mulheres se reúnem para marchar, fazerem rondas e protestarem contra a violação dos direitos humanos praticados pelos órgãos de repressão. Ressalta-se que a sobrevivência do movimento até os dias atuais nos remete a uma incorporação de uma imagem política a essas personagens, que semanalmente continuam caminhando lentamente em forma de círculo com um lenço branco na cabeça (símbolo que remete à memória da fralda de seus filhos), num movimento inverso ao ponteiro do relógio, em busca de justiça pelos seus parentes.
Fontes:
GONÇALVES, Renata. De antigas e novas loucas: Madres e Mães de Maio contra a violência de Estado. São Paulo: Lutas Sociais, n.29, p.130-143, jul./dez. 2012. Disponível em: <http://www4.pucsp.br/neils/downloads/neils-revista-29-port/renata-goncalves.pdf>. Acesso em: 16 de mar. 2019.
GORINI, Ulises. La Rebelión de las Madres. Buenos Aires: Grupo Editorial Norma, 2006.
PAULA, Adriana das Graças. Os movimentos de mulheres na ditadura: uma análise sobre as Mães da Praça de Maio (Argentina) e o Movimento Feminino pela Anistia (Brasil). II Simpósio Internacional Pensar e Repensar a América Latina. Disponível em: <https://sites.usp.br/prolam/wp-content/uploads/sites/35/2016/12/PAULA_II-Simp%C3%B3sio-Internacional-Pensar-e-Repensar-a-Am%C3%A9rica-Latina.pdf> Acesso em: 16 de março de 2019.
PONZIO, Maria Fernanda. A praça da memória: o cenário das madres da Plaza de Mayo. Disponível em: <http://www.pgletras.uerj.br/palimpsesto/num6/estudos/MariaFernandaPonzio-A%20praca%20da%20memoria.pdf> Acesso em: 16 de março de 2019.
SIGAL, Silvia. La Plaza de Mayo: una crónica. Buenos Aires: Século XXI, 2006.
Contexto
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações: Com a finalidade de gerar um aprendizado significativo para os alunos, garantindo assim seu protagonismo em todos os momentos da aula, ressalta-se ser importante não expor os motivos que levaram à formulação desta atividade. O tempo total para este momento é de 10 minutos para a realização de todas as sugestões de orientação. Por isso é importante seguir as orientações, conforme descrito abaixo.
Com os alunos organizados em grupos, projete ou entregue cópias impressas das imagens e suas traduções e lance os questionamentos: Do que trata esta imagem? Quem são as pessoas retratadas? Onde se encontram? O que estão fazendo?
Espera-se que os alunos identifiquem que se trata de um grupo de mulheres argentinas, denominadas como “Madres da Plaza de Mayo”, que estavam nas duas situações estavam organizando um protesto. Feito isso, pergunte aos estudantes: Por que acreditam que estas mulheres estavam fazendo estas manifestações? Almeja-se que eles relacionem estes protestos à busca de informações por parte destas mulheres dos filhos e parentes que haviam sido presos. Elas cobravam do governo militar argentino algum tipo de informação, pois acreditavam que seus entes queridos estavam vivos. Deixe que os alunos comentem o que pensam a respeito das imagens e, caso tenham dificuldade para levantar hipóteses sobre o porquê da manifestação, chame a atenção para o texto dos cartazes, que traz estas informações e pode auxiliar nesta interpretação.
Durante a discussão procure ouvir os alunos, verificando o conhecimento prévio que possuem sobre as formas de resistência a governos ditatoriais. É possível que façam relação com a ditadura civil-militar vivenciada no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, e, caso isso aconteça, aproveite e comente que a partir da década de 1960 os países do chamado Cone Sul vivenciaram experiências de militarização de seus governos, utilizando meios bastante autoritários e repressivos para repudiar todo e qualquer tipo de resistência ou ameaça ao governo. À medida que os alunos forem relatando as suas ideias, você poderá ir registrando no quadro as informações que considerar mais importantes.
Desta maneira, nesta discussão inicial, almeja-se que os alunos consigam identificar a existência do movimento “Madres da Praça de Mayo” e os motivos que levaram estas mulheres a ir ao espaço público de um praça para protestar contra as arbitrariedades e injustiças de um governo autoritário.
Material complementar:
Imagem: Cartaz publicitário do jornal de 1984 sobre as mães da Praça de Maio.
Imagem: Cartaz da Associação de Mães da Plaza de Mayo convocando para uma manifestação - 1987.
Contexto
Orientações: Com a finalidade de gerar um aprendizado significativo para os alunos, garantindo assim seu protagonismo em todos os momentos da aula, ressalta-se ser importante não expor os motivos que levaram à formulação desta atividade. Por isso é importante seguir as orientações, conforme descrito abaixo.
Com os alunos organizados em grupos, Projete ou entregue cópias impressas das imagens e suas traduções e lance os questionamentos: Do que trata esta imagem? Quem são as pessoas retratadas? Onde se encontram? O que estão fazendo?
Espera-se que os alunos identifiquem que se trata de um grupo de mulheres argentinas, denominadas como “Madres da Plaza de Mayo”, que estavam nas duas situações organizando um protesto. Feito isso, pergunte aos estudantes: Por que acreditam que estas mulheres estavam fazendo essas manifestações? Almeja-se que eles relacionem estes protestos à busca de informações por parte destas mulheres dos filhos e parentes que haviam sido presos. Elas cobravam do governo militar argentino algum tipo de informação, pois acreditavam que seus entes queridos estavam vivos. Deixe que os alunos comentem o que pensam a respeito das imagens e, caso tenham dificuldade para levantar hipóteses sobre o porquê da manifestação, chame a atenção para o texto dos cartazes, que traz estas informações e pode auxiliar nesta interpretação.
Durante a discussão procure ouvir os alunos, verificando o conhecimento prévio que possuem sobre as formas de resistência a governos ditatoriais. É possível que façam relação com a ditadura civil-militar vivenciada no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, e, caso isso aconteça, aproveite e comente que a partir da década de 1960 os países do chamado Cone Sul vivenciaram experiências de militarização de seus governos, utilizando meios bastante autoritários e repressivos para repudiar toda e qualquer tipo de resistência ou ameaça ao governo. À medida que os alunos forem relatando as suas ideias, você poderá ir registrando no quadro as informações que considerar mais importantes.
Desta maneira, nesta discussão inicial, almeja-se que os alunos consigam identificar a existência do movimento “Madres da Praça de Mayo” e os motivos que levaram estas mulheres a ir ao espaço público de um praça para protestar contra as arbitrariedades e injustiças de um governo autoritário.
Material complementar:
Imagem: Cartaz publicitário do jornal de 1984 sobre as mães da Praça de Maio.
Imagem: Cartaz da Associação de Mães da Plaza de Mayo convocando para uma manifestação - 1987.
Contexto
Orientações: Com a finalidade de gerar um aprendizado significativo para os alunos, garantindo assim seu protagonismo em todos os momentos da aula, ressalta-se ser importante não expor os motivos que levaram à formulação desta atividade. Por isso é importante seguir as orientações, conforme descrito abaixo.
Com os alunos organizados em grupos, Projete ou entregue cópias impressas das imagens e suas traduções e lance os questionamentos: Do que trata esta imagem? Quem são as pessoas retratadas? Onde se encontram? O que estão fazendo?
Espera-se que os alunos identifiquem que se trata-se de um grupo de mulheres argentinas, denominadas como “Madres da Plaza de Mayo”, que estavam nas duas situações organizando um protesto. Feito isso, pergunte aos estudantes: Por que acreditam que estas mulheres estavam fazendo estas manifestações? Almeja-se que eles relacionem estes protestos à busca de informações por parte destas mulheres dos filhos e parentes que haviam sido presos. Elas cobravam do governo militar argentino algum tipo de informação, pois acreditavam que seus entes queridos estavam vivos. Deixe que os alunos comentem o que pensam a respeito das imagens e, caso tenham dificuldade para levantar hipóteses sobre o porquê da manifestação, chame a atenção para o texto dos cartazes, que traz estas informações e pode auxiliar nesta interpretação.
Durante a discussão procure ouvir os alunos, verificando o conhecimento prévio que possuem sobre formas as formas de resistência a governos ditatoriais. É possível que façam relação com a ditadura civil-militar vivenciada no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, e, caso isso aconteça, aproveite e comente que a partir da década de 1960 os países do chamado Cone Sul vivenciaram experiências de militarização de seus governos, utilizando meios bastante autoritários e repressivos para repudiar toda e qualquer tipo de resistência ou ameaça ao governo. À medida que os alunos forem relatando as suas ideias, você poderá ir registrando no quadro as informações que considerar mais importantes.
Desta maneira, nesta discussão inicial, almeja-se que os alunos consigam identificar a existência do movimento “Madres da Praça de Mayo” e os motivos que levaram estas mulheres a ir ao espaço público de um praça para protestar contra as arbitrariedades e injustiças de um governo autoritário.
Material complementar:
Imagem: Cartaz publicitário do jornal de 1984 sobre as mães da Praça de Maio.
Imagem: Cartaz da Associação de Mães da Plaza de Mayo convocando para uma manifestação - 1987.
Contexto
Orientações: Com a finalidade de gerar um aprendizado significativo para os alunos, garantindo assim seu protagonismo em todos os momentos da aula, ressalta-se ser importante não expor os motivos que levaram à formulação desta atividade. Por isso é importante seguir as orientações, conforme descrito abaixo.
Com os alunos organizados em grupos, projete ou entregue cópias impressas das imagens e suas traduções e lance os questionamentos: Do que trata esta imagem? Quem são as pessoas retratadas? Onde se encontram? O que estão fazendo?
Espera-se que os alunos identifiquem que se trata de um grupo de mulheres argentinas, denominadas “Madres da Plaza de Mayo”, que nas duas situações estavam organizando um protesto. Feito isso, pergunte aos estudantes: Por que acreditam que estas mulheres estavam fazendo estas manifestações? Almeja-se que eles relacionem estes protestos à busca de informações por parte destas mulheres dos filhos e parentes que haviam sido presos. Elas cobravam do governo militar argentino algum tipo de informação, pois acreditavam que seus entes queridos estavam vivos. Deixe que os alunos comentem o que pensam a respeito das imagens e, caso tenham dificuldade para levantar hipóteses sobre o porquê da manifestação, chame a atenção para o texto dos cartazes, que traz estas informações e pode auxiliar nesta interpretação.
Durante a discussão procure ouvir os alunos, verificando o conhecimento prévio que possuem sobre formas as formas de resistência a governos ditatoriais. É possível que façam relação com a ditadura civil-militar vivenciada no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, e, caso isso aconteça, aproveite e comente que a partir da década de 1960 os países do chamado Cone Sul vivenciaram experiências de militarização de seus governos, utilizando meios bastante autoritários e repressivos para repudiar todo e qualquer tipo de resistência ou ameaça ao governo. À medida que os alunos forem relatando as suas ideias, você poderá ir registrando no quadro as informações que considerar mais importantes.
Desta maneira, nesta discussão inicial, almeja-se que os alunos consigam identificar a existência do movimento “Madres da Praça de Mayo” e os motivos que levaram estas mulheres a ir ao espaço público de um praça para protestar contra as arbitrariedades e injustiças de um governo autoritário.
Material complementar:
Imagem: Cartaz publicitário do jornal de 1984 sobre as mães da Praça de Maio.
Imagem: Cartaz da Associação de Mães da Plaza de Mayo convocando para uma manifestação - 1987.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações: Realizada a discussão inicial, informe aos estudantes que, organizados em equipes, deverão realizar a leitura de dois textos que serão disponibilizados, os quais versam sobre o movimento das Mães da Praça de Maio e suas peculiaridades. Um trata-se de um artigo científico e o outro de um trecho de uma reportagem do periódico El País. Oriente que terão em torno de 8 minutos para realizar a leitura deste texto, a qual deverá ser realizada de maneira bem atenta e detalhada, destacando as informações que julgarem ser mais importantes. Finalizada a leitura, diga que eles terão 5 minutos para construir coletivamente um painel com informações sobre o movimento. Este painel deverá ser dividido em três partes, cada qual respondendo a seguinte assertiva:
- Qual era a motivação destas mulheres?
- Quais eram as formas de resistência aplicadas?
- Qual a importância deste movimento como forma de resistência à ditadura militar instaurada na Argentina entre os anos de 1976-1983?
É importante não mostrar as perguntas antes, pois os alunos poderão direcionar a leitura do texto apenas para responder estas questões. Ressalte que deverá ser construído um único painel para a toda turma e que todas as equipes deverão contribuir com frases, ideias e palavras. Finalizada a construção do painel, organize os alunos em um grande círculo e inicie uma discussão sobre as ideias escritas pelos estudantes, acrescentando ou modificando alguma informação que julgar necessário.
Almeja-se que com esta atividade os alunos consigam identificar e compreender as principais peculiaridades do movimento das mães da Praça de Maio, analisando a importância deste movimento como uma forma de resistência ao regime ditatorial instaurado na Argentina entre os anos de 1976-1983.
Caso os alunos apresentem dificuldades para determinar as principais características de cada texto, chame a atenção para os seguintes trechos de cada documento:
- Sobre as principais motivações do movimento: “Nada ou pouco sabiam sobre política, mas estavam determinadas a entregar uma carta ao general Jorge Videla, queriam saber o que se passava com os, como acreditavam até então, filhos detidos” e/ou “Continuaram marchando e empunhando cartazes com as fotos dos filhos desaparecidos”.
- Acerca das principais formas de resistência aplicadas: “O regime ditatorial impedia o agrupamento de mais de três pessoas, portanto, elas não podiam se reunir. Na praça, policiais temerosos de subversão, as obrigavam a andar em círculo. Num movimento de rebeldia, giravam no sentido contrário aos ponteiros do relógio” e/ou “Porém, como encontrar-se e reconhecer-se na multidão? Usando lenços na cabeça. Mas quais e de que cor? Uma das Madres se lembrou das fraldas brancas que acalentaram seus filhos. [...] Esta marca, desde então, sempre as acompanharia” e/ou “Em meio a choros e desesperos, este grupo toma a decisão de rejeitar a exumação dos corpos. Como enfatizou uma das representantes das Madres, ‘aceitar esta morte sem que nos digam quem os matou, era assassiná-los de novo’ (Madres de Plaza de Mayo, 1995: 71)”.
- Sobre a importância do movimento como forma de resistência à ditadura militar instaurada na Argentina entre os anos de 1976 -1983 “Começaram a ser perseguidas, mas não se intimidaram com a pressão e o terror de Estado. Continuaram marchando e empunhando cartazes com as fotos dos filhos desaparecidos” e/ou “Nos anos que se seguiram, se politizaram ainda mais, adotaram posições políticas e falaram enquanto mães sobre o destino da sociedade. Denunciaram a anistia total acordada aos militares, assim como a emergência de “novos desaparecidos”.
- Sobre esta questão poderá ser utilizada também um trecho da reportagem do periódico El País que versa sobre o fato de uma das crianças desaparecidas no período ter sido encontrada 42 anos depois, sugerindo assim que o movimento continua atuando de maneira efetiva até os dias atuais, denunciando infratores e buscando informações sobre o paradeiro de pessoas desaparecidas.
Finalizada esta atividade, pergunte para a turma o que eles acharam do conteúdo abordado nos textos e se conseguiram entender a importância do movimento das Mães da Praça de Maio.
Material complementar:
Texto sobre o movimento das mães da Praça de Maio.
Reportagem sobre as mães da Praça de Maio.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações: Realizada a discussão inicial, informe aos estudantes que, organizados em equipes, deverão realizar a leitura de dois textos que serão disponibilizados, os quais versam sobre o movimento das Mães da Praça de Maio e suas peculiaridades. Um trata-se de um artigo científico e o outro de um trecho de uma reportagem do periódico El País. Oriente que terão em torno de 8 minutos para realizar a leitura deste texto, a qual deverá ser realizada de maneira bem atenta e detalhada, destacando as informações que julgarem ser mais importantes. Finalizada a leitura, diga que eles terão 5 minutos para construir coletivamente um painel com informações sobre o movimento. Este painel deverá ser dividido em três partes, cada qual respondendo a seguinte assertiva:
- Qual era a motivação destas mulheres?
- Quais eram as formas de resistência aplicadas?
- Qual a importância deste movimento como forma de resistência à ditadura militar instaurada na Argentina entre os anos de 1976-983?
É importante não mostrar as perguntas antes, pois os alunos poderão direcionar a leitura do texto apenas para responder estas questões. Ressalte que deverá ser construído um único painel para a toda a turma e que todas as equipes deverão contribuir com frases, ideias e palavras. Finalizada a construção do painel, organize os alunos em um grande círculo e inicie uma discussão sobre as ideias escritas pelos estudantes, acrescentando ou modificando alguma informação que julgar necessário.
Almeja-se que com esta atividade os alunos consigam identificar e compreender as principais peculiaridades do movimento das Mães da Praça de Maio, analisando sua importância deste movimento como uma forma de resistência ao regime ditatorial instaurado na Argentina entre os anos de 1976-1983.
Caso os alunos apresentem dificuldades para determinar as principais características de cada texto, chame a atenção para os seguintes trechos de cada documento:
- Sobre as principais motivações do movimento: “Nada ou pouco sabiam sobre política, mas estavam determinadas a entregar uma carta ao general Jorge Videla, queriam saber o que se passava com os, como acreditavam até então, filhos detidos” e/ou “Continuaram marchando e empunhando cartazes com as fotos dos filhos desaparecidos”.
- Acerca das principais formas de resistência aplicadas: “O regime ditatorial impedia o agrupamento de mais de três pessoas, portanto, elas não podiam se reunir. Na praça, policiais temerosos de subversão, as obrigavam a andar em círculo. Num movimento de rebeldia, giravam no sentido contrário aos ponteiros do relógio” e/ou “Porém, como encontrar-se e reconhecer-se na multidão? Usando lenços na cabeça. Mas quais e de que cor? Uma das Madres se lembrou das fraldas brancas que acalentaram seus filhos. [...] Esta marca, desde então, sempre as acompanharia” e/ou “Em meio a choros e desesperos, este grupo toma a decisão de rejeitar a exumação dos corpos. Como enfatizou uma das representantes das Madres, ‘aceitar esta morte sem que nos digam quem os matou, era assassiná-los de novo’ (Madres de Plaza de Mayo, 1995: 71)”.
- Sobre a importância do movimento como forma de resistência à ditadura militar instaurada na Argentina entre os anos de 1976-1983 “Começaram a ser perseguidas, mas não se intimidaram com a pressão e o terror de Estado. Continuaram marchando e empunhando cartazes com as fotos dos filhos desaparecidos” e/ou “Nos anos que se seguiram, se politizaram ainda mais, adotaram posições políticas e falaram enquanto mães sobre o destino da sociedade. Denunciaram a anistia total acordada aos militares, assim como a emergência de “novos desaparecidos”.
- Sobre esta questão poderá ser utilizada também um trecho da reportagem do periódico El País que versa sobre o fato de uma das crianças desaparecidas no período ter sido encontrada 42 anos depois, sugerindo assim que o movimento continua atuando de maneira efetiva até os dias atuais, denunciando infratores e buscando informações sobre o paradeiro de pessoas desaparecidas.
Finalizada esta atividade, pergunte para a turma o que eles acharam do conteúdo abordado nos textos e se conseguiram entender a importância do movimento das mães da Praça de Maio.
Material complementar:
Texto sobre o movimento das mães da Praça de Maio.
Reportagem sobre as mães da Praça de Maio.
Sistematização
Tempo sugerido: 17 minutos.
Orientações: Sem desfazer as equipes, lance a proposta de Sistematização. Você pode projetar este slide, entregar cópias impressas dele ao grupo, ou ainda escrever a proposta no quadro. Os alunos serão convidados a produzir um manifesto que represente as causas do movimento das mães da Praça de Maio, para isso disponibilize folhas de papel para cada equipe. Forneça em torno de 10 minutos para que cada equipe realize a elaboração da proposta solicitada. Finalizada a elaboração peça que a sala se organize em um grande círculo novamente, para que cada equipe possa apresentar seu manifesto para a turma.
Ressalte que as discussões feitas no final da etapa anterior devem ser levadas em consideração na montagem deste manifesto.
A expectativa é que os estudantes percebam que o movimento Mães da Praça de Maio teve uma atuação importante que tem efetividade até os dias atuais, pois essas mulheres continuam lutando para que os culpados pelos desaparecimento e morte de seus filhos e parentes sejam responsabilizados pelos crimes praticados. Caso o professor julgue ser interessante, poderá solicitar aos alunos que realizem uma pesquisa sobre a atuação deste movimento nos dias de hoje e quais as conquistas que elas têm conseguido, mesmo tendo se passado tantas décadas desde o fim da ditadura.
Material complementar:
Folhas de ofício tamanho A4.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: PDF com documentos de texto e imagens e áudio ou vídeo com orientações do professor.
- Optativas: Google Sala de Aula, Google Drive, Google Meet, Padlet.
Contexto
Nesta aula, você pode propor que os alunos trabalhem agrupados ou individualmente. Para trabalharem agrupados, os estudantes podem se comunicar através do Whatsapp, e-mail, Facebook ou qualquer outra ferramenta que já utilizem para se comunicarem. O importante é que troquem informações, se auxiliem na análise das fontes e nas discussões propostas. Você pode deixar que se agrupem livremente ou pode separá-los em duplas, trios ou grupos produtivos, de acordo com seu conhecimento sobre a turma.
Utilize ferramentas que forem mais acessíveis à sua escola e turma, como e-mail, Whatsapp, Facebook, Google Sala de Aula etc. Encaminhe o objetivo da aula, os dois documentos com as imagens das Mães de Maio e os questionamentos propostos na etapa:
- Do que tratam estas imagens?
- Quem são as pessoas retratadas?
- Onde se encontram?
- O que estão fazendo?
- Por que estas mulheres estavam fazendo estas manifestações?
Dê um prazo para que os alunos possam refletir e responder os questionamentos. Eles podem fazer isso no próprio grupo da sala. Você pode enviar pequenos áudios ou vídeos intermediando a análise das fontes, chamando a atenção para certos aspectos, esclarecendo dúvidas e acrescentando informações sobre a ditadura civil-militar argentina que achar necessárias.
Problematização
Nesta etapa da aula os alunos podem continuar trabalhando agrupados ou individualmente.
Encaminhe os dois textos propostos na etapa e os questionamentos.
Para facilitar a interpretação das fontes pelos estudantes de forma autônoma, algumas questões propostas no plano original podem ter sido alteradas ou excluídas, e novas incluídas neste material. Faça uso dos questionamentos da maneira que considerar mais eficiente para a turma.
Após a leitura dos dois textos, responda:
- Por que as mulheres começaram a se reunir na praça?
- Por que elas não podiam se reunir? Quais eram as formas de resistência aplicadas por elas?
- O que aconteceu com as crianças tiradas das mães pela ditadura?
- Qual a importância deste movimento como forma de resistência à ditadura militar instaurada na argentina entre os anos de 1976-1983?
Estabeleça um prazo para que os alunos/grupos possam refletir, discutir e responder as questões. Eles podem enviar as respostas por escrito ou através de áudios ou vídeos. Você pode mandar áudios ou vídeos esclarecendo dúvidas, chamando a atenção para informações presentes na fonte que os alunos possam não ter percebido e acrescentando outras.
Outra alternativa para este momento é marcar uma aula síncrona com a turma, para que eles possam responder as questões e debater, e você consiga contextualizar as fontes e acrescentar informações.
Sistematização
Nesta etapa, os alunos podem continuar trabalhando agrupados ou individualmente. Para produzir os manifestos em equipe, podem conversar sobre o que querem incluir e como fazer a atividade por Whatsapp, Facebook, e-mail ou, até mesmo, em um documento do Google Docs compartilhado, onde podem construir o manifesto coletivamente e deixar comentários uns para os outros.
Você pode criar um mural no Padlet para que os alunos/grupos enviem os manifestos, ou eles podem enviá-los pelo Whatsapp, Google Sala de Aula, Facebook etc.
Incentive-os a compartilharem as propostas e dúvidas com os colegas.
Convite às famílias
Incentive os estudantes a contarem com a ajuda de seus familiares na produção da atividade de sistematização, especialmente de suas mães e avós, que certamente terão muito o que contribuir para a discussão sobre a importância da resistência dessas mães e avós.
As famílias podem conhecer um pouco mais sobre as Mães de Maio brasileiras, que tiveram seus filhos assassinados em 2006, na Baixada Santista, nas matérias da BBC (disponível aqui) e do G1 (disponível aqui).
As famílias podem conhecer um pouco mais sobre a ditadura argentina nas matérias da Revista Carta Maior (disponível aqui) e do Jornal O Globo (disponível aqui).
Tutoriais sobre as ferramentas propostas neste plano
Google Sala de Aula (como criar e postar atividades): disponível aqui.
Google Sala de Aula (como criar uma turma):disponível aqui.
Google Drive (como organizar pastas):disponível aqui.
Google Meet (como criar uma reunião online): disponível aqui.
Padlet (como usar): disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Roberta Duarte da Silva
Mentor: Fernando Menezes
Especialista: Sherol dos Santos
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 9º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: A História recente.
Objeto(s) de conhecimento: As experiências ditatoriais na América Latina.
Habilidade(s) da BNCC: EF09HI29 Descrever e analisar as experiências ditatoriais na América Latina, seus procedimentos e vínculos com o poder, em nível nacional e internacional, e a atuação de movimentos de contestação às ditaduras.
Palavras-chave: Ditadura argentina, repressão, resistência.