Contexto 1 - Charge: A Revolta da Vacina
Plano de Aula
Plano de aula: A Revolta da Vacina: efervescência social e políticas higienistas
Plano 2 de uma sequência de 2 planos. Veja todos os planos sobre Urbanização do Brasil
Por: Talita Seniuk
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Habilidades BNCC:
Aula
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF09HI05, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Projetor (caso este não esteja disponível, você poderá imprimir as imagens e os textos dimensionando-os ao tamanho da folha para que todos os estudantes possam visualizá-los sem muita dificuldade). No caso dos textos, além da impressão eles poderão ser transcritos no quadro. Você também poderá fazer mais cópias destas fontes para ser entregues aos estudantes, dependendo da sua disponibilidade em relação ao número de cópias.
Material complementar:
Sugestão de materiais para a Sistematização: folhas de A4 (uma para cada grupo), lápis de cor, canetinhas para a produção de pequenos cartazes com as atividades desta etapa.
Contexto 1 - Charge: A Revolta da Vacina para impressão
Problematização 1 - Charge: O espeto obrigatório para impressão
Problematização 2 - Imagem: Bonde virado na Praça da República para impressão
Problematização 2 - Texto: Trecho da Introdução de A Revolta da Vacina, de Nicolau Sevcenko, para impressão
Para você saber mais:
Caso queira complementar a temática da aula, aprofundar-se ainda mais no contexto histórico-social da Revolta da Vacina, ou realizar uma aula apenas sobre a política do Bota-abaixo, de Pereira Passos e do governo federal da época, poderá consultar o plano do 9° do Ensino Fundamental, Unidade 05, Plano 01 - HIS9_05UND01 que trata justamente deste assunto.
Caso queira, com a permissão da coordenação escolar, poderá realizar um trabalho interdisciplinar com a disciplina de Ciências sobre a importância da vacina, seu surgimento, entre outros fatores.
CHALHOUB, SIDNEY. Cidade febril: cortiços e epidemias na Corte imperial. Editora Schwarcz: São Paulo, 2004.
FERREIRA, JORGE; DELGADO, LUCILIA DE ALMEIDA NEVES (org.). O Brasil republicano O tempo do liberalismo excludente - da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
MULTIRIO. A Revolta da Vacina. Disponível em: <http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/66-o-rio-de-janeiro-como-distrito-federal-vitrine-cartao-postal-e-palco-da-politica-nacional/2917-a-revolta-da-vacina>. Acesso em: 6 mar. 2019.
SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da Vacina: mentes insanas em corpos rebeldes. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
BRASIL, Senado. A Revolta da Vacina. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=6i6v9f_aWjg>. Acesso em: 6 mar. 2019.
BRASIL, Ministério da Saúde. A Revolta da Vacina. Disponível em: <http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/revolta.html>. Acesso em: 6 mar. 2019.
CASA DE RUI BARBOSA. O MALHO. Disponível em: <http://omalho.casaruibarbosa.gov.br/?lk=50>. Acesso em: 28 fev. 2019.
TOLEDO JUNIOR, ANTONIO CARLOS DE CASTRO. História da Varíola. Revista Médica de Minas Gerais. Disponível em: <http://rmmg.org/artigo/detalhes/1461>. Acesso em: 6 mar. 2019.
OSWALDO CRUZ. Fundação Fiocruz. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/trajetoria-do-medico-dedicado-ciencia>. Acesso em: 6 mar. 2019.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Sugere-se a disposição dos alunos em grupos de três ou quatro para uma melhor discussão da temática e Sistematização no final.
O objetivo da aula é que no final da mesma os alunos percebam a Revolta da Vacina como uma das mais importantes revoltas populares que ocorreram durante a Primeira República no Rio de Janeiro, ainda capital federal neste período. Ela foi uma das consequências da reforma urbana empreendida motivada por razões de saneamento e higienização citadinos no combate às doenças que assolavam os moradores, além do desejo de torná-la um cartão- postal, ou seja, uma cidade moderna, capaz de atrair investimentos estrangeiros, dando ares de uma “Paris dos trópicos”. Ainda que a reforma tenha alargado ruas e permitido a construção de novos prédios, mais salubres e com uma arquitetura que correspondia aos anseios do então prefeito Pereira Passos e do governo federal sob o comando de Rodrigues Alves (inspirados na Belle Époque da França, nas ações de Haussmann em Paris), inúmeras famílias foram simplesmente expulsas de suas moradias sem direito a indenização ou com tempo hábil para encontrar um novo local para morar, segregando ainda mais essa camada populacional composta na maior parte de pessoas pobres, como se fossem um problema secundário a ser resolvido. Essa postura, segundo muitos teóricos, contribuiu com a formação de favelas, pois foi o local mais próximo do centro da cidade, local onde havia oferta de emprego, que essas famílias se assentaram, muitas vezes em condições piores das que viviam nos cortiços demolidos. Neste sentido, a vacinação obrigatória foi o estopim, o limite entre a aceitação imposta a qualquer custo para a população e o que ela poderia aceitar sem reações, ainda mais que ela desconhecia e amedrontava-se em relação aos efeitos colaterais de que a vacinação poderia causar.
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