Contexto - Quilombo Areal da Baronesa
Plano de Aula
Plano de aula: Quilombos urbanos e a resistência escrava
Plano 4 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Africanos e indígenas no final do período colonial
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF08HI14, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Data show para projetar imagens e textos. Se não houver esta possibilidade, leve a cópia impressa das imagens e dos textos.
Material complementar:
Contexto - Quilombo Areal da Baronesa
Contexto - Quilombo Pedra do Sal
Problematização - Documentos
Problematização - Verbete Quilombo:
Para que os alunos aprendam a interpretar fontes históricas, é muito importante que você não forneça a eles as informações básicas sobre a fonte histórica antes da leitura de cada uma delas. Não comece a aula com uma exposição sobre o contexto histórico destes documentos, pois isso os impediria de construir o Contexto com base nas fontes, que é o objetivo central da aula de História.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Apresente o objetivo aos alunos, escrevendo-o no quadro ou lendo-o para a turma. Se estiver fazendo uso do projetor, apresente este slide e faça uma leitura coletiva. É muito importante começar com a apresentação do objetivo para que os estudantes entendam a proposta e compreendam qual a expectativa de aprendizado no fim da aula.
Contexto
Tempo sugerido: 8 minutos.
Orientações: Observe a imagem e leia o texto a respeito de um quilombo urbano da cidade de Porto Alegre (RS), o Areal da Baronesa, com trechos de uma reportagem realizada no local, na ocasião do Dia Nacional da Consciência Negra.
Depois, faça as seguintes provocações iniciais:
- O que aparece na imagem?
- Vocês sabem o que é um quilombo?
- Vocês sabiam que existem muitos quilombos urbanos como este da foto?
- De acordo com a reportagem, o que ocorre hoje nesta área que foi um quilombo no passado, durante a escravidão?
Espera-se que os alunos identifiquem na imagem um mural com uma pintura que expõe referências afro-culturais, como trajes típicos e instrumentos, como o tambor. Esta área, conforme inscrição na casa ao lado da pintura, é da Associação Comunitária e Cultural Quilombo do Areal. Neste momento a ideia é de chamar a atenção a respeito da existência dos quilombos urbanos, tema de estudo ao longo desta aula. O Quilombo do Areal da Baronesa fica bem próximo do centro de Porto Alegre. A reportagem informa que nesta área, hoje em dia, existem vários projetos de geração de renda e de preservação da cultura africana.
Caso não seja possível projetar os trechos e a imagem, o professor pode levá-los impresso.
Fonte: SANDER, Isabela. ‘Ninguém chora pelos nossos filhos’, lamenta Onir Araújo. Jornal do Comércio, 20 de novembro de 2014. Disponível em: https://www.jornaldocomercio.com/site/noticia.php?codn=179871. Acesso em: 11/4/2019.
Como adequar à sua realidade:
Verifique sobre a existência de quilombos (urbanos ou rurais) na sua região. Tal informação pode ser adicionada à aula, tornando o conteúdo mais próximo do cotidiano do aluno. Sugerimos pesquisa nos seguintes links:
- Comissão Pró-Índio de São Paulo. Disponível em: http://cpisp.org.br/ Acesso em: 11/4/2019.
Nesse endereço é possível verificar as terras quilombolas tituladas, comunidades com título de propriedade e terras quilombolas em processo de acordo com o Observatório Terras Quilombolas.
- Fundação Cultural Palmares. Disponível em: http://www.palmares.gov.br/?page_id=37551 Acesso em: 11/4/2019.
A fundação é a responsável por emitir a certificação às comunidades quilombolas. Por isso, o link traz o relatório atualizado das Comunidades Remanescentes de Quilombos certificadas.
Contexto
Orientações: Observe a imagem e leia o trecho que trata do Quilombo Pedra do Sal, na cidade do Rio de Janeiro. O texto está disponível no link a seguir: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/aFWu7hcAgpdqP5Yee8vYFx6VUarpCMr9xKPJscv4b44btgggrjBEDJ6X4z9m/contexto-quilombo-pedra-do-sal.pdf. Após a leitura, faça os questionamentos abaixo:
- Os trechos do texto tratam sobre o Quilombo Pedra do Sal, na cidade do Rio de Janeiro. Por que os quilombolas que viviam nesta área solicitaram o reconhecimento dela como área de preservação?
- Que memórias este território preserva? A qual época se referem?
- O que seria a “Pequena África”? (verbete disponível no Glossário do documento).
- O que aparece na imagem?
Espera-se que os alunos identifiquem que a área é habitada por descendentes de povos quilombolas que ali viveram durante o período da escravidão e que, hoje, garantida a posse de parte desta área, solicitam a preservação dela por ser um espaço de celebração, de encontro e de convivência. Está localizado no entorno do Cais de Valongo, maior porto de chegada dos escravizados no Brasil, e preserva a história dos antepassados que ali viveram no XVIII, em especial guardando a memória do trabalho negro no Porto, suas celebrações religiosas (candomblé) e sua música (o samba).
O espaço segue sendo uma área de resistência, pois rememora este “passado de lutas contra a repressão a seus costumes, saberes, viveres e religiosidades.” A imagem mostra parte dessa comunidade quilombola, com a pedra em cujo entorno ocorrem importantes festas e encontros da comunidade. Junto com o Cais e outras áreas do entorno, ficou conhecida como “Pequena África”, dada a concentração de população e cultura afro.
Caso não seja possível projetar o trecho e a imagem, o professor pode levá-los impresso.
Fonte: Fonte: CORRÊA, Maíra Leal. Quilombo Pedra do Sal. Belo Horizonte : FAFICH, 2016. p. 12. Disponível em: http://www.incra.gov.br/sites/default/files/terras_de_quilombos_pedra_do_sal-rj.pdf. Acesso em: 28/4/2019.
Fonte da imagem: Fonte: Wikimedia. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f3/2018_Rio_de_Janeiro_-_Pedra_do_Sal.jpg.
Acesso em: 28/4/2019.
Para você saber mais:
Sobre a história do Quilombo Pedra do Sal e da comunidade que hoje habita e utiliza a área como centro cultural, indicamos os seguintes vídeos:
Fonte: YouTube. PEDRA DO SAL _ Quilombo urbano: conhecer, defender e amar. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GGBE1CnmYd4&fbclid=IwAR1IB7T-T4tQBS-tUT5ggSfCPAxYx-6GJI9mRSHbvCY6ZezFWwNa1hLQKcI.
Acesso em: 28/4/2019.
Fonte: YouTube. Historiador lembra a tradição da Pedra do Sal e da revitalização do Porto. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dWJADgT4ehQ. Acesso em: 28/4/2019.
Sobre o Cais de Valongo, principal porto de chegada dos escravizados no Brasil, localizado na região portuária do Rio de Janeiro (integrante da “Pequena África”), indicamos:
Sítio Arqueológico Cais do Valongo: proposta de inscrição na lista de patrimônio mundial. IPHAN, Rio de Janeiro, 2016.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Dossie_Cais_do_Valongo_versao_Portugues.pdf Acesso em: 28/4/2019.
Fonte: YouTube. Cais do Valongo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sQUa7sP__0c&fbclid=IwAR1I83Dky6svfmMioOI6yzvWEB4mneZgidQ7TN-bovjUK0_6Z3RfAj2Ncoc. Acesso em: 28/4/2019.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações: Observe com a turma a tabela que apresenta dados sobre a população da Capitania do Rio de Janeiro no ano de 1789. Faça alguns questionamentos:
- O que a tabela mostra sobre a quantidade de população livre e escravizada?
- Nas freguesias urbanas, era grande a quantidade de escravizados?
- Por que, para escravizados fugidos, era seguro esconder-se nas freguesias urbanas?
Espera-se que os alunos identifiquem que, em geral, havia equivalência entre a quantidade de escravizados e de população livre. Enquanto em freguesias rurais (subúrbio da corte) havia mais de 62% de escravizados, nas freguesias do sul da capitania do Rio de Janeiro este percentual beirava os 36%. Analisando o total das 51 freguesias, havia 51% de população livre e 49% de população escravizada. No caso das freguesias urbanas, havia 56,5% de população livre e 43,5% de escravizados. Assim, era mais seguro aos escravos fugidos esconder-se entre libertos e escravizados nas áreas urbanas,
onde havia maior circulação de pessoas, dificultando sua identificação. Por isso, era grande a quantidade de quilombos nas áreas urbanas.
Caso não seja possível projetar a tabela, o professor pode levá-la impressa.
Fonte: GOMES, Flávio dos Santos. A hidra e os pântanos: quilombos e mocambos no Brasil (sécs. XVII-XIX). 1997. 773f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. p. 546. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/280897. Acesso em: 12/4/2019.
Problematização
Orientações: Observe as pinturas de Jean-Baptiste Debret com a turma e depois faça os seguintes questionamentos:
- O que as pinturas estão mostrando?
- Que trabalho estes escravizados estão exercendo?
- É possível afirmar que são escravizados nestas pinturas? Poderiam ser libertos ou fugitivos da escravidão?
- Todas estas pinturas apresentam contexto urbano. Que relação tais pinturas podem ter com os quilombos?
Espera-se que os alunos identifiquem que as pinturas mostram pessoas negras desempenhando diversos tipos de atividade: transporte e comércio de produtos como frutas e aves, calceteiros fazendo calçamento de ruas na Corte do Rio de Janeiro e um açougue. Apesar do fato de que a falta de calçados é um elemento marcante nas representações de escravizados, não há como afirmar absolutamente que as imagens exponham apenas, pessoas submetidas a esta condição. Estas pessoas negras das pinturas podem ser escravizadas, livres, alforriadas ou fugidas de seus proprietários. Quanto à última questão, ela deve levantar dúvidas nos alunos sobre a relação entre estas imagens e os quilombos urbanos, mas ela não precisa ter uma resposta completa neste momento da aula, quando a temática ainda está sendo apresentada. Todavia, a relação está na existência de muitos quilombos nas cidades e os escravizados fugidos, além de ocupar diversos tipos de trabalho, ainda aproveitavam o ambiente urbano para comercializar suas plantações e animais criados nos quilombos.
Caso não seja possível projetar as imagens, o professor pode levá-las impressas.
Fontes:
DEBRET, Jean-Baptiste. Joueur d'Uruncungo. 1826. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/Jean-Baptiste_Debret#/media/File:Debretberimbau.jpg. Acesso em: 12/4/2019.
DEBRET, Jean-Baptiste. Negros vendedores de aves. Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=negros+vendedores+de+aves&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwimhcfJx_7hAhX_HrkGHTWAAFwQ_AUIDigB&biw=869&bih=398#imgrc=n3uekm4XBBdq6M: Acesso em: 12/4/2019.
CALCETEIROS. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra1585/calceteiros. Acesso em: 12/4/2019.
DEBRET, Jean-Baptiste. Negros cangueiros. Escravos urbanos no Brasil, cerca de 1830. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/71/Debret_-_Negros_Cangueiros.jpg. Acesso em: 12/4/2019.
DEBRET, Jean-Baptiste. Loja de carne de porco. 1827. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/174233079313252145/?lp=true. Acesso em: 12/4/2019.
Problematização
Orientações: Leia o trecho do verbete “Quilombos” presente no Dicionário da escravidão e liberdade. O trecho encontra-se no seguinte link:
Depois, faça os seguintes questionamentos:
- O que eram os quilombos urbanos?
- Por que, em geral, os escravizados optavam pelo quilombo após a fuga?
- Como aqueles que se mantinham escravizados usavam as notícias vindas dos quilombos a seu favor?
Espera-se que os alunos identifiquem, no trecho, que quilombos urbanos eram “unidades móveis que se formaram no Brasil imperial” e que “eram espaços de proteção e/ou esconderijo para os milhares de fugitivos noticiados na imprensa diariamente”. Vale ressaltar que estas unidades eram móveis, pois nem sempre era possível permanecer longo período num mesmo local para evitar a invasão do quilombo e prisão dos quilombolas. Ainda é importante salientar que, dado o crescimento das cidades e da quantidade de escravizados nelas - em especial o Rio de Janeiro - após a vinda da Corte portuguesa para o Brasil, cresceu, igualmente, o número de quilombos urbanos no território brasileiro. O quilombo era uma opção importante após a fuga pois nele os fugitivos estavam mais seguros de não ser vendidos ou transferidos, para fugir das condições extenuantes de trabalho, para manter o cultivo de suas roças, não sofrer castigos ou mesmo para iniciar uma nova vida de liberdade. “Pretendiam, em comum, lutar por transformações em suas vidas e também nas relações escravistas”. Por fim, a notícia da existência de quilombos próximos ou de saques a propriedades assustavam bastante os fazendeiros e muitos escravizados souberam usar este pânico a seu favor pedindo barganhas, compensações e direitos que antes lhes eram negados.
Caso não seja possível projetar o trecho, o professor pode levá-lo impresso.
Fonte: GOMES, Flávio dos Santos. Quilombos/remanescentes de quilombos. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. Editora Companhia das Letras, 2018. p. 391.
Para você saber mais:
Se quiser aprofundar seu conhecimento sobre os quilombos urbanos ou tiver interesse em trabalhar o assunto de maneira mais detalhada com a turma, indicamos um artigo produzido pelo Instituto Geledés, disponível no seguinte link:
https://www.geledes.org.br/quilombos-urbanos/. Acesso em: 11/4/2019.
Nesse artigo, é tratada a dificuldade para diferenciar escravizados, libertos e fugitivos nas grandes cidades no fim do século XIX devido à grande quantidade de população negra. Além disso, o artigo trabalha com os quilombos como espaço de resistência e da relação dos quilombolas com as oportunidades de trabalho nas cidades. E, ainda, o texto aponta para a visão das autoridades e dos proprietários de escravizados da época sobre a existência destes quilombos urbanos, sinalizando as medidas tomadas para evitar prejuízos financeiros e para manter sob controle práticas que eram malvistas na sociedade, como a prática das religiões de matriz africana.
Sistematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações: Após a discussão sobre os quilombos urbanos, seu significados, contextualização, funções e relações com a sociedade escravista, solicite
que os alunos reflitam sobre estes locais de resistência, de consciência e de memória do povo escravizado. A proposta é que, individualmente, em duplas
ou trios, os alunos elaborem desenhos, poesias, rimas, músicas ou narrativas curtas apresentando o quilombo como este espaço de resistência no passado e no presente, além de ser um local que manteve preservada a cultura africana no Brasil.
Após a produção individual ou em grupos menores, solicite que os alunos socializem com a turma sua atividade podendo ser um momento final para sinalizar o espaço do quilombo como local de memória, cultura, consciência e resistência até hoje.
Dica: Para a apresentação das suas produções finais, é interessante que a turma se organize em formato de roda (apenas com as cadeiras para facilitar), de modo que todos se vejam e escutem bem.
Materiais complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: PDF com documentos de texto, imagens, áudio ou vídeo, com orientações do professor.
- Optativas: Google Sala de Aula, Google Meets, Padlet.
Contexto
Encaminhe o objetivo da aula, as fontes propostas e os questionamentos sobre elas. Você pode encaminhar as fontes uma de cada vez, assim como proposto, ou enviá-las de uma vez, acompanhadas de um roteiro que indique a melhor ordem para que sejam analisadas. Utilize o meio que for mais adequado à sua realidade, por escrito, via e-mail, Whatsapp, Facebook, Google Sala de Aula etc.
Estabeleça um prazo para que os estudantes reflitam e enviem as respostas. Eles podem encaminhá-las por escrito, áudios ou vídeos, no próprio grupo da sala.
Outra alternativa para este momento é marcar uma aula síncrona com a turma, para ouvir as respostas e fazer um debate, enquanto esclarece dúvidas e acrescenta informações.
Problematização
Nesta etapa da aula, você pode propor que os alunos trabalhem agrupados ou individualmente. Para trabalharem agrupados, eles podem se comunicar por Whatsapp, e-mail, Facebook ou qualquer outra ferramenta. O importante é que troquem informações e se auxiliem na análise das fontes. Você pode deixar que se agrupem livremente ou pode dividí-los em duplas, trios ou grupos produtivos, de acordo com seu conhecimento sobre a turma.
Assim como na etapa do contexto, você pode encaminhar as fontes e os questionamentos uma a uma, ou encaminhá-las todas juntas acompanhadas de um roteiro indicando a melhor ordem para que sejam analisadas.
Para facilitar a interpretação das fontes pelos estudantes de forma autônoma, algumas questões propostas no plano original foram alteradas ou excluídas, bem como novas questões podem ter sido incluídas neste material. Faça uso dos questionamentos da maneira que considerar mais eficiente para a turma.
Questões para refletirem:
1º - Tabela sobre população do Rio de Janeiro em 1789
- O que a tabela mostra sobre a quantidade de população livre e escravizada?
- Nas freguesias urbanas, era grande a quantidade de escravizados?
2º - Pinturas de Debret
- O que as pinturas estão mostrando?
- Que trabalho estes escravizados estão exercendo?
Questões para responderem:
1º - Tabela sobre população do Rio de Janeiro em 1789
- Por que, para escravizados fugidos, era seguro esconder-se nas freguesias urbanas?
2º - Pinturas de Debret
- É possível afirmar que são escravizados nestas pinturas? Poderiam ser libertos ou fugitivos da escravidão?
- Todas estas pinturas apresentam contexto urbano. Que relação tais pinturas podem ter com os quilombos?
3º - Dicionário da Escravidão
- O que eram os quilombos urbanos?
- Por que, em geral, os escravizados optavam pelo quilombo após a fuga?
- Como aqueles que se mantinham escravizados usavam as notícias vindas dos quilombos a seu favor?
Estabeleça um prazo para que os alunos enviem as respostas aos questionamentos, escritas ou através de áudios e vídeos. Você pode encaminhar pequenos áudios ou vídeos esclarecendo dúvidas, chamando a atenção para informações presentes nas fontes que os alunos possam não ter percebido e acrescentando informações.
Outra possibilidade é agendar um momento síncrono para que os alunos possam compartilhar as respostas com você e com o restante da turma.
Sistematização
Na atividade de sistematização, os alunos podem continuar trabalhando agrupados ou individualmente.
Eles podem produzir textos, músicas, poemas, desenhos etc., sobre os quilombos. As produções podem ser expostas nas redes sociais, utilizando uma hashtag criada pelos alunos ou enviadas para o grupo da turma, no Whatsapp, Facebook ou Google Sala de Aula.
Convite às famílias
Incentive os estudantes a compartilharem as criações com os familiares e amigos através das redes sociais.
Caso haja interesse, as famílias podem assistir aos episódios do documentário História do Brasil por Bóris Fausto, disponíveis no site da Tv Escola, que apresentam de maneira bastante didática, os principais aspectos de todos os períodos da História do Brasil (disponível aqui).
O site Era Virtual disponibiliza visitas virtuais a vários museus brasileiros, o que pode enriquecer muito o aprendizado da História de nosso país (disponível aqui).
O Documentário “Retornados”, disponível no site da Tv Escola, mostra histórias de ex-escravizados que retornaram à Africa e que desempenharam papel importante na formação das sociedades africanas e brasileiras (disponível aqui).
Links pra tutoriais sobre as ferramentas propostas neste plano
Google Sala de Aula (como criar e postar atividades).
Google Sala de Aula (como criar uma turma).
Google Drive (como organizar pastas).
Google Meet (como criar uma reunião online).
Padlet (como usar).
Google Apresentações.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Guilherme Fraga
Mentor: Bianca Silva
Especialista: Sherol dos Santos
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 8º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: Os processos de independência nas Américas.
Objeto(s) de conhecimento: A tutela da população indígena, a escravidão dos negros e a tutela dos egressos da escravidão.
Habilidade(s) da BNCC: EF08HI14 Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade brasileira do fim do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil e nas Américas.
Palavras-chave: Quilombos, resistência, escravidão, Pequena África.