Sobre esta aula
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Materiais necessários para a aula: Caixas previamente preparadas com diferentes tipos de solo, projetor ou cópia dos slides, tabela impressa.
Orientações:
Cada conjunto contém 4 caixinhas, uma contendo solo rico em areia, outra solo rico em argila, outra solo rico em húmus e outra solo rico em calcário.
Nessa aula trabalharemos com a turma dividida em trios ou quartetos. O material pode ser organizado de duas maneiras:
1º - Cada grupo recebe um conjunto de caixinhas e trabalha com todos os tipos de solo ao mesmo tempo, caracterizando-os e comparando-os. Nesse caso precisa ser preparado um conjunto de caixinhas para cada grupo de trabalho da sala de aula.
2º - Cada grupo recebe uma caixinha por vez e os grupos vão tocando de caixinhas até que todos tenham manuseado os quatro tipos de solo. Nesse caso precisa ser preparado um conjunto de caixinhas para cada quatro grupos de trabalho da sala de aula.
Caso não seja possível conseguir os quatro tipos de solo, trabalhe essa parte prática com aqueles solos que conseguir, mas não deixe de caracterizar todos os tipos no momento da sistematização. Os slides que fazem parte deste material podem ser projetados para os alunos, impressos para serem entregues às crianças ou, na falta desses recursos, pode-se escrever no quadro alguns pontos importantes da aula, como o título ou a questão disparadora, por exemplo.
Título da aula
Tempo sugerido: 2 minutos
Orientações: Leia o tema da aula e pergunte aos alunos se eles imaginam do que é formado o solo. Ouça as hipóteses das crianças acolhendo todas as possibilidades, sem dizer se estão certas ou erradas. Aproveite para verificar o conhecimento prévio dos alunos sobre o tema.
Contexto
Tempo sugerido: 8 minutos
Orientações: Peça que os alunos observem as imagem e pergunte se eles já perceberam que em alguns lugares as plantas crescem e se desenvolvem muito bem, mas que em outros somente alguns tipos de plantas conseguem crescer e sobreviver. Se já perceberam que tem terra que gruda no sapato, e solo que é tão sequinho que voa com o vento. Que tem solo que é tão compacto que nem dá pra sentir os grãozinhos, e outros que são cheios de pedrinhas.
Questão disparadora
Tempo sugerido: 3 minutos
Orientações: Leia, então, a questão disparadora. Deixe que os alunos compartilhem suas opiniões sobre o tema e levantem hipóteses sobre as possíveis diferenças entre os solos. Não se preocupe em responder os questionamentos deles, mas em estimulá-los a pensar sobre o tema. Não elimine hipóteses ou ideias erradas, no final elas servirão para que as crianças repensem suas teorias e cheguem às suas conclusões. Instigue as crianças a pensarem no assunto usando questões como:
Por que será que isso acontece?
Será que os solos são diferentes?
Como são os solos que você já pisou?
São todos iguais?
Mão na massa
Tempo sugerido: 27 minutos
Orientações: Divida a turma em trios ou quartetos e entregue para cada grupo caixinhas com amostras de diferentes solos (como orientado no primeiro slide). Peça que as crianças observem as amostras e anotem tudo o que conseguirem descobrir sobre os solos, incluindo as diferenças que perceberem entre eles. Incentive que usem os sentidos, pois todo detalhe é importante para caracterizar os solos, tais como: cor, cheiro, umidade (aquele que se apresenta mais seco ou mais molhado) e sua textura (duro, macio, com muitos grãos). Oriente este trabalho para que os alunos compreendam cada item proposto na tabela.
Entregue para os alunos uma impressão da tabela presente no material complementar. Peça que preencham com os dados observados e estimule que as crianças escrevam com suas próprias palavras todos os detalhes que observaram sobre os solos no item “conclusões do grupo”. Explique item a item da tabela e peça para que os grupos a preencham juntos. Essa tabela pode ser, posteriormente, colada no caderno para servir de consulta ou até integrar um trabalho/relatório sobre a aula. Para o preenchimento da tabela, lembre-se que os alunos vão trabalhar com a comparação entre as amostras, de modo que os registros realizados têm esse foco comparativo. Se possível, explore também o entorno da escola. Peça para que os alunos pisem e toquem nos diferentes tipos de solo desses espaços. Aqueles onde crescem as plantas, espaços de areia (geralmente onde há turmas de educação infantil), por exemplo.
Mão na massa
Orientações: Feitas todas as anotações pelos grupos, peça que os alunos compartilhem suas ideias e observações com a turma. Peça para que cada grupo escolha uma caixinha e apresente suas impressões sobre o tipo de solo escolhido. Incentive que as crianças discutam e comentem as observações dos colegas, dizendo se concordam ou não, se também perceberam determinada característica, se há algo que ninguém percebeu, etc. Estimule a troca de informações entre os grupos fazendo com que as ideias se complementem. Com as informações coletadas, pode ser feito um texto coletivo para que as crianças copiem posteriormente no caderno ou um cartaz para ficar na sala como material de consulta.
Sistematização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: Finalize a aula utilizando os dados que as crianças coletaram para apresentar os tipos de solo. Inclua os termos e conhecimentos científicos que os alunos não possuíam. O importante aqui é consolidar o que foi trabalhado com informações que faltaram às crianças e verificar se os objetivos de aprendizagem propostos foram alcançados. Leia o texto comentando pontos importantes e explicando termos novos para que as ideias não fiquem perdidas. Peça aos alunos que registrem as ideias principais.
Para conhecimento: os solos não podem ser classificado em arenosos, argilosos, calcáreo e humífero (ou humoso) como usualmente se faz. Esse tipo de classificação, de acordo com Lima¹, está incorreta, porque mistura diferentes características do solo: como a textura (arenoso e argiloso), a composição mineralógica (calcáreo) e a composição orgânica (humífero ou humoso). Ao classificar com base na textura, observa -se que a areia, por exemplo, está presente na maioria dos solos e apenas identificar sua presença não é suficiente para afirmar que o solo é arenoso. O solo apenas será considerado arenoso se existir mais areia do que outros componentes. O mesmo raciocínio serve para sua classificação como argiloso.
1 - LIMA, M.R. Uma análise das classificações de solo utilizadas no ensino fundamental. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, Projeto de Extensão Universitária Solo na Escola, 2004. Disponível em: http://www.escola.agrarias.ufpr.br/Analiseclassificacaosolos.pdf