GEO8_05UND08 - Contextualização - Imagem
Plano de Aula
Plano de aula: O genocídio em Ruanda
Plano 8 de uma sequência de 10 planos. Veja todos os planos sobre Geografia Política e Geopolítica
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre este plano: Ele está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF08GE05 de Geografia, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes. Pretende-se com esta aula compreender os atores envolvidos, motivos e consequências do genocídio que devastou Ruanda em 1994, relacionando com questões étnicas e territoriais construídas historicamente. Importante dizer que este episódio imprimiu na história do continente um trágico recorde de pouco mais de 800 mil mortos e pelos menos 2 milhões de refugiados em pouco mais de três meses. Esses números representavam praticamente metade da população do país na época.
Materiais necessários: projeção ou impressão dos slides, uma folha de sulfite por grupo, lápis e borracha.
Material complementar:
Imagem da Contextualização: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/CguGf4bYqVHXBBmzRmtbqcf647sGbBv8XdPAj5zn8seHrvcuS2wQjWWcmQrr/geo8-05und08-contextualizacao-imagem.pdf
Materiais da Problematização: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/PSWxAPsvNceAaChRJFaqGEnXcs9xk45wfEtKsy8G9yXSD5A7u3gSWGfsc3Ce/geo8-05und08-problematizacao-frases-manchete-e-grafico.pdf
Material da Ação Propositiva: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/HCUA7XPdZHQ6KvsPy4fk4UvqGxMwhn6h7FTenEhVd3CwYyRnNtEM5Fa3TwS5/geo8-05und08-acao-propositiva-pergunta-focal.pdf
Para você saber mais:
Entenda o genocídio de Ruanda de 1994: 800 mil mortes em 100 dias. BBC News Brasil. 07 abr. 2014. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/04/140407_ruanda_genocidio_ms> Acesso em 08 fev. 2019.
SANCHEZ, Giovana. Entenda porque o mundo não impediu o genocídio de Ruanda. G1 Mundo. 07 abr. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/entenda-por-que-o-mundo-nao-impediu-o-genocidio-de-ruanda.html> Acesso em 08 fev. 2019.
- Genocídio: Segundo a lei brasileira nº 2889, de 1º de outubro de 1956, que seguiu a formulação da ONU, o genocídio é definido como crime praticado com a intenção de destruir, totalmente ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso. São eles: "a) matar membros do grupo; b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo"
- Sugestão: Filme Hotel Ruanda (2003), do diretor Terry George, que tem como pano de fundo os cem dias de genocídio e se baseia em fatos verídicos para contar a história de Paul Rusesabarigina, gerente de um importante hotel em Kigali, capital de Ruanda, que devido suas ações e lutas consegue abrigar tutsis no hotel, salvando a vida de 1200 pessoas.
- Sugestão: Série Black Earth Rising, coprodução entre a Netflix e a BBC Two, quer explicar como e por que o genocídio de Ruanda começou, quais os interesses envolvidos e o papel dos colonizadores e do mundo. É possível selecionar alguns trechos para a problematização caso tenha acesso à série.
Contextos prévios: não é fundamental para o desenvolvimento do plano, mas é interessante que os alunos conheçam os aspectos históricos da colonização do continente a fim de compreender uma das raízes deste episódio.
Tema da aula
Tempo sugerido: 2 minutos
Orientações: Projete o tema da aula aos alunos ou caso não seja possível, escreva-o no quadro ou apenas fale-o para os alunos. Comente que nesta aula vocês irão discutir sobre o genocídio de Ruanda em 1994, compreendendo os atores envolvidos, os motivos e consequências, relacionando com questões étnicas e territoriais construídas historicamente, remontando ao período colonial. O conflito envolveu tutsis e hutus, os dois principais grupos étnicos que compõem a população ruandesa, e resultou em mais de 800 mil mortos em três meses.
Contextualização
Tempo sugerido: 5 minutos
Orientações: Projete o slide ou então imprima a imagem para os alunos. Caso não seja possível, procure outra imagem que represente o genocídio ocorrido em Ruanda em 1994 no livro didático ou em outro material que tenha acesso. A ideia neste momento é levantar o que os alunos já conhecem sobre o tema. Peça inicialmente que observem a imagem e expressem suas impressões e opiniões sobre o que ela representa. Espera-se que eles comentem que trata-se de restos humanos de algum episódio de conflito ou guerra. Após a fala dos alunos, comente que esta imagem é do Memorial do Genocídio de Ntarama, em Ruanda. Em seguida, faça a pergunta presente no slide: "O que é um genocídio?" "Já ouviram falar do genocídio de Ruanda?". Permita que os alunos exponham suas explicações e caso não saibam a definição, apresente-a aos alunos. A sugestão é trazer a definição presente em nossa legislação. É importante dizer aos alunos que embora nesta aula as discussões estão centradas em um momento específico, vários outros casos de genocídio ocorreram na história.
Material complementar
Imagem Contextualização: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/CguGf4bYqVHXBBmzRmtbqcf647sGbBv8XdPAj5zn8seHrvcuS2wQjWWcmQrr/geo8-05und08-contextualizacao-imagem.pdf
Como adequar à sua realidade: Caso na sua região haja algum ato considerado como um genocídio segundo a lei brasileira, como por exemplo o ocorrido recentemente com os indígenas, você pode utilizar este contexto para a discussão, adaptando para a sua realidade.
Para você saber mais:
- Genocídio: Segundo a lei brasileira nº 2889, de 1º de outubro de 1956, que seguiu a formulação da ONU, o genocídio é definido como crime praticado com a intenção de destruir, totalmente ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso. São eles: "a) matar membros do grupo; b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo"
Problematização
Tempo sugerido: 12 minutos
Orientações: Os slides a seguir apresentam uma sequência de frases, manchete e gráfico relacionados ao conflito. Sugerimos cerca de 4 minutos para cada slide. Projete-os ou imprima-os para os alunos. Caso não seja possível, selecione outras falas, imagens, manchetes ou gráficos que contribuam para a reflexão do papel dos diferentes atores envolvidos no conflito. Primeiramente, peça para um aluno ler o diálogo que foi extraído do filme Hotel Ruanda em voz alta para a sala. Na sequência, questione-os sobre o que ele representa. Espera-se que os alunos comentem que trata-se de critérios que diferenciavam os tutsis dos hutus e que foram criados pelos belgas. Caso esta última observação não apareça na fala dos alunos, estimule-os a perceberem isso voltando ao diálogo. Comente com os alunos que estas são as duas principais etnias que compõem a população de Ruanda, sendo que os hutus representam a maioria, cerca de 90%. Durante o período colonial, a hegemonia tutsi vigorou, embora numericamente menores, com o suporte primeiro da Alemanha e depois da Bélgica, que passou a controlar as terras alemãs na África após a Primeira Guerra Mundial. Neste momento, houve uma hierarquização da sociedade, implantando ideologias de supremacia racial e cultural de um grupo em relação ao outro, que até então não existiam. Apesar das tensões, havia uma convivência descrita como harmoniosa entre tutsis e hutus. O extremo dessa política foi em 1926 quando os belgas passaram a emitir as chamadas "carteira étnicas", identificando cada ruandês como tutsis e hutus segundo critérios como os descritos neste diálogo. Com o movimento de independência dos países africanos, os belgas apoiaram a maioria hutu, que conseguiram chegar ao poder e apertaram o cerco aos tutsis. Neste momento, começa um forte movimento migratório para países vizinhos como a Uganda. O ápice acontece quando em abril de 1994 o avião do general Habyarimana foi derrubado e o general morto. Mesmo sem provas, o governo hutu culpou os tutsis pelo atentado e com o auxílio do exército e de uma milícia extremista conhecida como interahame iniciou o massacre.
Em seguida, peça para que outro aluno leia a fala de um dos hutus e a manchete do jornal presentes no segundo slide desta etapa e pergunte aos alunos o que eles representam. Espera-se que eles comentem que não houve auxílio internacional e nem da Organização das Nações Unidas (ONU) na tentativa de acabar com o massacre. Questione-os ainda, se eles imaginam os motivos pelos quais não houve intervenção externa. Comente que a comunidade internacional demorou para enviar uma missão humanitária ao país e quando a ONU interveio, muitas mortes já haviam ocorrido. Segundo pesquisadores, alguns dos motivos são a pouca importância econômica desta região, uma intervenção militar americana na Somália pouco tempo antes e que não foi bem sucedida e a falta de compreensão de que era um ataque político, com interesses bem claros e não apenas étnico.
Por fim, projete ou imprima o terceiro slide desta etapa e peça que os alunos observem o gráfico da população ruandesa. Pergunte o que eles observam. Espera-se que respondam que há uma queda drástica da população neste período, sobretudo em 1994 com o genocídio. Comente que além das mortes, o conflito provocou um rápido e intenso fluxo migratório para os países vizinhos que, posteriormente, desestabilizaram a região e desencadearam novos conflitos como no Zaire (atual República Democrática do Congo) e em Burundi.
Material complementar
Materiais Problematização: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/PSWxAPsvNceAaChRJFaqGEnXcs9xk45wfEtKsy8G9yXSD5A7u3gSWGfsc3Ce/geo8-05und08-problematizacao-frases-manchete-e-grafico.pdf
Como adequar à sua realidade: caso opte por trabalhar com algum evento local, é possível trazer algumas manchetes relacionadas ao episódio.
Problematização
Orientações: Os slides a seguir apresentam uma sequência de frases, manchete e gráfico relacionados ao conflito. Sugerimos cerca de 4 minutos para cada slide. Projete-os ou imprima-os para os alunos. Caso não seja possível, selecione outras falas, imagens, manchetes ou gráficos que contribuam para a reflexão do papel dos diferentes atores envolvidos no conflito. Primeiramente, peça para um aluno ler o diálogo que foi extraído do filme Hotel Ruanda em voz alta para a sala. Na sequência, questione-os sobre o que ele representa. Espera-se que os alunos comentem que trata-se de critérios que diferenciavam os tutsis dos hutus e que foram criados pelos belgas. Caso esta última observação não apareça na fala dos alunos, estimule-os a perceberem isso voltando ao diálogo. Comente com os alunos que estas são as duas principais etnias que compõem a população de Ruanda, sendo que os hutus representam a maioria, cerca de 90%. Durante o período colonial, a hegemonia tutsi vigorou, embora numericamente menores, com o suporte primeiro da Alemanha e depois da Bélgica, que passou a controlar as terras alemãs na África após a Primeira Guerra Mundial. Neste momento, houve uma hierarquização da sociedade, implantando ideologias de supremacia racial e cultural de um grupo em relação ao outro, que até então não existiam. Apesar das tensões, havia uma convivência descrita como harmoniosa entre tutsis e hutus. O extremo dessa política foi em 1926 quando os belgas passaram a emitir as chamadas "carteira étnicas", identificando cada ruandês como tutsis e hutus segundo critérios como os descritos neste diálogo. Com o movimento de independência dos países africanos, os belgas apoiaram a maioria hutu, que conseguiram chegar ao poder e apertaram o cerco aos tutsis. Neste momento, começa um forte movimento migratório para países vizinhos como a Uganda. O ápice acontece quando em abril de 1994 o avião do general Habyarimana foi derrubado e o general morto. Mesmo sem provas, o governo hutu culpou os tutsis pelo atentado e com o auxílio do exército e de uma milícia extremista conhecida como interahame iniciou o massacre.
Em seguida, peça para que outro aluno leia a fala de um dos hutus e a manchete do jornal presentes no segundo slide desta etapa e pergunte aos alunos o que eles representam. Espera-se que eles comentem que não houve auxílio internacional e nem da Organização das Nações Unidas na tentativa de acabar com o massacre. Questione-os ainda, se eles imaginam os motivos pelos quais não houve intervenção externa. Comente que a comunidade internacional demorou para enviar uma missão humanitária ao país e quando a ONU interveio, muitas mortes já haviam ocorrido. Segundo pesquisadores, alguns dos motivos são a pouca importância econômica desta região, uma intervenção militar americana na Somália pouco tempo antes e que não foi bem sucedida e a falta de compreensão de que era um ataque político, com interesses bem claros e não apenas étnico.
Por fim, projete ou imprima o terceiro slide desta etapa e peça que os alunos observem o gráfico da população ruandesa. Pergunte o que eles observam. Espera-se que respondam que há uma queda drástica da população neste período, sobretudo em 1994 com o genocídio. Comente que além das mortes, o conflito provocou um rápido e intenso fluxo migratório para os países vizinhos que, posteriormente, desestabilizaram a região e desencadearam novos conflitos como no Zaire (atual República Democrática do Congo) e em Burundi.
Problematização
Orientações: Os slides a seguir apresentam uma sequência de frases, manchete e gráfico relacionados ao conflito. Sugerimos cerca de 4 minutos para cada slide. Projete-os ou imprima-os para os alunos. Caso não seja possível, selecione outras falas, imagens, manchetes ou gráficos que contribuam para a reflexão do papel dos diferentes atores envolvidos no conflito. Primeiramente, peça para um aluno ler o diálogo que foi extraído do filme Hotel Ruanda em voz alta para a sala. Na sequência, questione-os sobre o que ele representa. Espera-se que os alunos comentem que trata-se de critérios que diferenciavam os tutsis dos hutus e que foram criados pelos belgas. Caso esta última observação não apareça na fala dos alunos, estimule-os a perceberem isso voltando ao diálogo. Comente com os alunos que estas são as duas principais etnias que compõem a população de Ruanda, sendo que os hutus representam a maioria, cerca de 90%. Durante o período colonial, a hegemonia tutsi vigorou, embora numericamente menores, com o suporte primeiro da Alemanha e depois da Bélgica, que passou a controlar as terras alemãs na África após a Primeira Guerra Mundial. Neste momento, houve uma hierarquização da sociedade, implantando ideologias de supremacia racial e cultural de um grupo em relação ao outro, que até então não existiam. Apesar das tensões, havia uma convivência descrita como harmoniosa entre tutsis e hutus. O extremo dessa política foi em 1926 quando os belgas passaram a emitir as chamadas "carteira étnicas", identificando cada ruandês como tutsis e hutus segundo critérios como os descritos neste diálogo. Com o movimento de independência dos países africanos, os belgas apoiaram a maioria hutu, que conseguiram chegar ao poder e apertaram o cerco aos tutsis. Neste momento, começa um forte movimento migratório para países vizinhos como a Uganda. O ápice acontece quando em abril de 1994 o avião do general Habyarimana foi derrubado e o general morto. Mesmo sem provas, o governo hutu culpou os tutsis pelo atentado e com o auxílio do exército e de uma milícia extremista conhecida como interahame iniciou o massacre.
Em seguida, peça para que outro aluno leia a fala de um dos hutus e a manchete do jornal presentes no segundo slide desta etapa e pergunte aos alunos o que eles representam. Espera-se que eles comentem que não houve auxílio internacional e nem da Organização das Nações Unidas na tentativa de acabar com o massacre. Questione-os ainda, se eles imaginam os motivos pelos quais não houve intervenção externa. Comente que a comunidade internacional demorou para enviar uma missão humanitária ao país e quando a ONU interveio, muitas mortes já haviam ocorrido. Segundo pesquisadores, alguns dos motivos são a pouca importância econômica desta região, uma intervenção militar americana na Somália pouco tempo antes e que não foi bem sucedida e a falta de compreensão de que era um ataque político, com interesses bem claros e não apenas étnico.
Por fim, projete ou imprima o terceiro slide desta etapa e peça que os alunos observem o gráfico da população ruandesa. Pergunte o que eles observam. Espera-se que respondam que há uma queda drástica da população neste período, sobretudo em 1994 com o genocídio. Comente que além das mortes, o conflito provocou um rápido e intenso fluxo migratório para os países vizinhos que, posteriormente, desestabilizaram a região e desencadearam novos conflitos como no Zaire (atual República Democrática do Congo) e em Burundi.
Ação Propositiva
Tempo sugerido: 21 minutos
Orientações: Divida a sala em grupos de quatro alunos. Sugerimos que essa divisão seja feita pelo professor a fim de garantir grupos heterogêneos no que diz respeito à aprendizagem, porém, caso prefira, pode utilizar outro critério ou até mesmo deixar que os alunos escolham e organizem os grupos. Após a divisão, projete ou imprima os slides desta etapa para os alunos. Caso não seja possível, escreva a pergunta focal no quadro e escolha outro mapa conceitual em materiais que tenha disponível para que possa servir como exemplo aos alunos. Em seguida, explique aos alunos que "os mapas conceituais são ferramentas gráficas para a organização e representação do conhecimento" (NOVAK; CAÑAS, 2010, p. 10) e que a sua estrutura básica consiste em dispor conceitos, normalmente dentro de retângulos, e suas relações, indicadas por linhas que os interligam. As palavras sobre essas linhas especificam as relações entre dois conceitos e devem conter, na maioria das vezes, um verbo, que dará clareza semântica aos dois conceitos, ou seja, mostra qual a relação entre eles. A disposição e relação entre esses conceitos visa responder à pergunta focal por meio da organização do conhecimento, que neste caso é: "Como a ação dos diferentes atores contribuiu com o genocídio em Ruanda?". Outra característica dos mapas conceituais é que os conceitos são representados de forma hierárquica, isto é, com os conceitos mais gerais no topo e os mais específicos dispostos abaixo, assim, costumam ser lidos de cima para baixo.
Comente que ao ler um mapa conceitual devemos conseguir transformar mentalmente as informações em um texto. Por isso a importância da proposição e clareza semântica no momento da sua produção. É interessante explicar essa estrutura com a visualização de um exemplo para que os alunos percebam mais facilmente esses elementos estruturante. Por isso sugerimos a projeção ou impressão de um modelo para os alunos. Caso os alunos já estejam familiarizados com a produção de mapas conceituais esse parte explicativa sobre sua estrutura poderá ser abreviada ou até suprimida.
Cuide para que os grupos realizem a atividade conforme sugerido nas orientações de forma colaborativa e dentro do prazo estipulado. Circule pela sala e acompanhe as discussões e produções, tirando as dúvidas se necessário.
Material complementar
Material Ação Propositiva: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/HCUA7XPdZHQ6KvsPy4fk4UvqGxMwhn6h7FTenEhVd3CwYyRnNtEM5Fa3TwS5/geo8-05und08-acao-propositiva-pergunta-focal.pdf
Ação Propositiva
Orientações: Divida a sala em grupos de quatro alunos. Sugerimos que essa divisão seja feita pelo professor a fim de garantir grupos heterogêneos no que diz respeito à aprendizagem, porém, caso prefira, pode utilizar outro critério ou até mesmo deixar que os alunos escolham e organizem os grupos. Após a divisão, projete ou imprima os slides desta etapa para os alunos. Caso não seja possível, escreva a pergunta focal no quadro e escolha outro mapa conceitual em materiais que tenha disponível para que possa servir como exemplo aos alunos. Em seguida, explique aos alunos que "os mapas conceituais são ferramentas gráficas para a organização e representação do conhecimento" (NOVAK; CAÑAS, 2010, p. 10) e que a sua estrutura básica consiste em dispor conceitos, normalmente dentro de retângulos, e suas relações, indicadas por linhas que os interligam. As palavras sobre essas linhas especificam as relações entre dois conceitos e devem conter, na maioria das vezes, um verbo, que dará clareza semântica aos dois conceitos, ou seja, mostra qual a relação entre eles. A disposição e relação entre esses conceitos visa responder à pergunta focal por meio da organização do conhecimento, que neste caso é: "Como a ação dos diferentes atores contribuiu com o genocídio em Ruanda?". Outra característica dos mapas conceituais é que os conceitos são representados de forma hierárquica, isto é, com os conceitos mais gerais no topo e os mais específicos dispostos abaixo, assim, costumam ser lidos de cima para baixo.
Comente que ao ler um mapa conceitual devemos conseguir transformar mentalmente as informações em um texto. Por isso a importância da proposição e clareza semântica no momento da sua produção. É interessante explicar essa estrutura com a visualização de um exemplo para que os alunos percebam mais facilmente esses elementos estruturante. Por isso sugerimos a projeção ou impressão de um modelo para os alunos. Caso os alunos já estejam familiarizados com a produção de mapas conceituais esse parte explicativa sobre sua estrutura poderá ser abreviada ou até suprimida.
Cuide para que os grupos realizem a atividade conforme sugerido nas orientações de forma colaborativa e dentro do prazo estipulado. Circule pela sala e acompanhe as discussões e produções, tirando as dúvidas se necessário.
Sistematização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: Projete o slide ou apenas diga aos alunos que este é o momento de socialização dos mapas conceituais produzidos pelos grupos. A sugestão é que cada grupo vá até a frente da sala e explique aos alunos as relações que foram estabelecidas e de que forma organizaram os conceitos hierarquicamente no mapa conceitual. Espera-se que os alunos consigam compreender e refletir de forma crítica sobre as condições históricas, políticas e sociais que culminaram no genocídio em Ruanda, um dos piores episódios ocorridos no final do século XX, cujas raízes remontam do período colonial.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramenta sugerida
WhatsApp
Valor trabalhado
Direitos humanos
Apresentação do tema da aula
Comente que nesta aula vocês irão discutir sobre o genocídio de Ruanda em 1994, compreendendo os atores envolvidos, seus motivos e consequências, relacionando-o com questões étnicas e territoriais construídas historicamente, que remontam ao período colonial. O conflito envolveu tutsis e hutus, os dois principais grupos étnicos que compõem a população ruandesa, e resultou em mais de 800 mil mortos em três meses. Explique que a questão dos direitos humanos estará presente nesta aula. Conduza a turma via WhatsApp, mas, se não for possível, você pode fazer uma adaptação para o uso do e-mail.
Contextualização
Envie para o grupo de WhatsApp da classe (caso não exista, crie um) a imagem disponível aqui. A ideia neste momento é levantar o que os alunos já conhecem sobre o tema. Peça, inicialmente, que observem a imagem e expressem suas impressões e opiniões sobre o que ela representa. Espera-se que eles comentem que se tratam de restos humanos de algum episódio de conflito ou guerra. Após as mensagens enviadas pelos alunos, comente que esta imagem é do Memorial do Genocídio de Ntarama, em Ruanda. Em seguida, pergunte: "O que é um genocídio? Já ouviram falar do genocídio de Ruanda?". Permita que os alunos exponham suas explicações e, caso não saibam a definição, apresente-a. É importante dizer aos alunos que, embora nesta aula as discussões estejam centradas em um momento específico, vários outros casos de genocídio ocorreram na história. Incentive-os a enviar mensagens para o grupo para discutir o tema.
Problematização
Professor, envie aos alunos o link disponível aqui. As imagens a seguir apresentam uma sequência de frases, manchete e gráfico relacionados ao conflito. Primeiramente, peça para lerem o diálogo extraído do filme Hotel Ruanda. Na sequência, questione-os sobre o que ele representa. Comente com os alunos que estas são as duas principais etnias que compõem a população de Ruanda, sendo que os hutus representam a maioria, cerca de 90%. Em seguida, peça que leiam a fala de um dos hutus e a manchete do jornal. Pergunte aos alunos o que eles representam. Incentive-os a participar enviando mensagens, áudios ou vídeos curtos. Questione-os ainda se imaginam os motivos pelos quais não houve intervenção externa. Por fim, peça que observem o gráfico da população ruandesa. Pergunte o que observam. Comente que, além das mortes, o conflito provocou um rápido e intenso fluxo migratório para os países vizinhos que, posteriormente, desestabilizaram a região e desencadearam novos conflitos, como no Zaire (atual República Democrática do Congo) e em Burundi.
Ação propositiva
Divida a sala em grupos de quatro alunos. Envie a pergunta focal: "Como a ação dos diferentes atores contribuiu com o genocídio em Ruanda?", e escolha outro mapa conceitual, em materiais que tenha disponíveis, que possa servir de exemplo aos alunos (nos slides do plano de aula, disponíveis aqui, você encontra um exemplo). Em seguida, explique aos alunos que "os mapas conceituais são ferramentas gráficas para a organização e representação do conhecimento" e que a sua estrutura básica consiste em dispor conceitos, normalmente dentro de retângulos, e suas relações, indicadas por linhas que os interligam. As palavras sobre essas linhas especificam as relações entre dois conceitos e devem conter, na maioria das vezes, um verbo, que dará clareza semântica aos dois conceitos, ou seja, mostrará qual a relação entre eles. A disposição e relação entre esses conceitos visa responder à pergunta focal por meio da organização do conhecimento.
Sistematização
É o momento de socialização dos mapas conceituais produzidos pelos grupos. Solicite que os grupos enviem seus mapas para o WhatsApp da classe. A sugestão é que cada grupo explique aos alunos as relações que foram estabelecidas e de que forma organizaram os conceitos hierarquicamente no mapa conceitual. Espera-se que os alunos consigam compreender e refletir, de forma crítica, sobre as condições históricas, políticas e sociais que culminaram no genocídio em Ruanda, um dos piores episódios ocorridos no final do século XX, cujas raízes remontam ao período colonial.
Convite às famílias
Convide os pais para assistirem com os filhos a estas duas sugestões:
1- Filme Hotel Ruanda (2003), do diretor Terry George, que tem como pano de fundo os cem dias de genocídio e se baseia em fatos verídicos para contar a história de Paul Rusesabarigina, gerente de um importante hotel em Kigali, capital de Ruanda, que, devido a suas ações e lutas, consegue abrigar tutsis no hotel, salvando a vida de 1.200 pessoas;
2- Série Black Earth Rising, coprodução da Netflix e da BBC Two, que explica como e por que o genocídio de Ruanda começou, quais os interesses envolvidos e o papel dos colonizadores e do mundo. É possível selecionar alguns trechos para a problematização, caso tenha acesso à série.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Viviane Cracel
Mentor: Leandro Campelo
Especialista: Leandro Campelo
Assessor pedagógico: Laercio Furquim
Ano: 8°ano
Unidade temática: Conexões e escalas
Objeto(s) de aprendizagem: Compreender os atores envolvidos, motivos e consequências do conflito em Ruanda relacionando com questões étnicas e territoriais construídas historicamente..
Habilidade (s) da Base: (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra
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