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Jornalismo

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Foi comum entre 1863 e 1950, período em que a prioridade era atacar. Atualmente, só é usado quando é preciso partir para o 2-3-5 Foi comum entre 1863 e 1950, período em que a prioridade era atacar. Atualmente, só é usado quando é preciso partir para o tudo ou nada, como em decisões de campeonato. <strong>4-2-4</strong> <em>(à esq.)</em>: Tanto defesa quanto ataque são privilegiados. Assim, os dois jogadores centrais têm como única função ser a ponte entre os dois extremos do campo, passando a bola de um para outro. <strong>4-5-1</strong>: Apesar de investir na defesa, os jogadores centrais estão aptos para chegar ao ataque, o que torna a ofensiva também forte. Isso se deve à melhoria do preparo físico dos atletas ao longo da história. Bruno Algarve 4-2-4 (à esq.): Tanto defesa quanto ataque são privilegiados. Assim, os dois jogadores centrais têm como única função ser a ponte entre os dois extremos do campo, passando a bola de um para outro. 4-5-1: Apesar de investir na defesa, os jogadores centrais estão aptos para chegar ao ataque, o que torna a ofensiva também forte. Isso se deve à melhoria do preparo físico dos atletas ao longo da história. Surgiu para se contrapor ao esquema 4-4-2 consolidado pela seleção do Brasil de 1980. Dessa forma, tinham um zagueiro a mais do que os dois atacantes adversários e eram em maior número no meio de campo. Bruno Algarve 3-5-2 Surgiu para se contrapor ao esquema 4-4-2 consolidado pela seleção do Brasil de 1980. Dessa forma, tinham um zagueiro a mais do que os dois atacantes adversários e eram em maior número no meio de campo.

"Pênalti." "Tiro de meta." "Gol." Expressões como essas, referentes às regras do futebol, são comuns a quem assiste a jogos pela TV. Em ano de Copa do Mundo, elas estão ainda mais presentes na vida da garotada. Ditas por narradores e comentaristas, caem na boca dos torcedores, que também palpitam sobre o esquema tático do time, ou seja, a posição dos atletas em campo (veja exemplos na galeria). Por isso, vale usar o momento para ampliar o que os alunos sabem sobre o assunto como propõe Mario Luiz Ferrari Nunes, do Grupo de Pesquisa em Educação Física Escolar da Universidade de São Paulo (USP).

Para iniciar a sequência didática elaborada por ele, levante, com um questionário individual, que regras e posições (defesa, meio de campo e ataque) os estudantes conhecem e se sabem o que é esquema tático (ou sistema de jogo) e para que ele serve. Em seguida, peça que se dividam em times e deixe-os jogar. As escolhas dos jogadores e a organização em campo devem ficar por conta deles. "Essa experiência é essencial para que eles reflitam sobre a função das regras e dos esquemas posteriormente", diz Nunes. Não é preciso ter um espaço oficial para a prática. Como ocorre quando brincam na rua, eles terão de se adequar ao local existente.

Caso haja uma criança com deficiência física na sala, Cláudia Dantas, psicopedagoga clínica e escolar, sugere que você fale com ela para identificar formas de incluí-la nas práticas. Informe-se, antes, sobre os recursos de que você pode lançar mão. Para um cadeirante, uma possibilidade é empurrar a bola com sua cadeira. Ressalte à turma que em qualquer time há pessoas com habilidades físicas diferentes, levadas em conta na hora de formular as estratégias de jogo.

Ao fim da vivência, solicite que cada time faça um desenho das posições dos sujeitos no jogo e relatem como as funções táticas foram decididas, os critérios usados para selecionar os jogadores e as regras da partida. "É essencial problematizar a desigualdade das equipes, se ela existir", ressalta Osmar Moreira de Souza Júnior, docente da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Por isso, caso haja times desequilibrados - como só de meninas ou de meninos -, questione os alunos sobre a vantagem dessa escolha e se outras formações seriam mais efetivas.

Por dentro das regras

Na sala de informática, indique para cada dupla de estudantes a leitura de uma das 17 normas de futebol existentes. Desafie os alunos a adaptá-la às condições da escola - como material e espaço disponíveis - e a redigir uma nova norma, caso necessário. Peça que apresentem aos colegas tanto a versão oficial quanto a proposta criada e convide todos a debater sobre sua viabilidade. Quando discutem as regras, os alunos refletem sobre o porquê de elas existirem. Em quadra, proponha que a turma jogue de acordo com as normas estabelecidas por eles. Ao final, cada equipe deve avaliar se as adaptações deram certo ou se mudariam algo.

Elaboração de esquemas táticos

É a hora de aprofundar o conhecimento sobre o sistemas de jogo. Divida a classe em oito grupos e distribua a cópia de um esquema tático diferente para cada um. Convide-os a pensar sobre as vantagens e desvantagens, e levantar hipóteses para a criação. Por exemplo, em relação ao sistema 1-1-8, é possível inferir que, com a maioria do time no ataque, a defesa fica mais vulnerável. Convide-os a trocar suas considerações entre si.

Explique que esses esquemas foram usados ao longo da história do futebol, de acordo com a estratégia de jogo priorizada pelos times em cada período. "Na Copa de 1958, a maioria das seleções jogava com quatro homens na defesa, dois no meio de campo e quatro no ataque (4-2-4). Porém, como ninguém conseguia parar o Pelé, destaque da ofensiva brasileira campeã, surgiu o esquema 4-3-3, para não deixar a bola chegar ao atacante do Brasil", conta Marco Aurélio Paganella, coautor do livro Futebol e Seus Fundamentos (384 págs., Ed. Ícone, tel. 11/3392-7771, 55 reais).

A fim de ajudá-los a entender como ocorrem essas mudanças, sugira aos alunos a leitura do primeiro capítulo do livro A Dança dos Deuses: Futebol, Sociedade, Cultura, de Hilário Franco Júnior (Paulo Sérgio Martins, 472 págs., Ed. Companhia das Letras, tel. 11/3707-3500, 63 reais).

Com base no que foi visto, vale retomar os sistemas de jogo elaborados pelos adolescentes na primeira vivência prática. Devolva o desenho produzido na ocasião e peça que comparem aos esquemas analisados. Chame a atenção para a forma como eles são feitos (com as posições dos jogadores marcadas dentro do traçado do campo) e para as estratégias por trás deles. Em seguida, peça que o adaptem, conforme fizeram anteriormente com as regras oficiais.

Organize disputas de modo que todos os times experimentem os diferentes sistemas de jogo. Cada grupo deve atuar como técnico e orientar outra equipe a jogar de acordo com o esquema adaptado por ele. Também, se possível, leve-os a um campo de futebol para que joguem conforme as diretrizes oficiais.

Por fim, projete vídeos de lances de futebol para que os alunos identifiquem as regras e os sistemas táticos envolvidos. Com base nas produções feitas no decorrer da sequência didática, avalie se eles compreenderam que as regras e os esquemas surgem como uma necessidade do próprio jogo. Além de poder opinar com mais propriedade sobre as jogadas nos campeonatos, com o que aprenderam em aula, eles poderão elaborar estratégias campeãs também no bate-bola com os amigos.

Consultoria Marco Aurélio Paganella

1 Vivência do jogo Desafie os alunos a se organizarem para uma partida de futebol, escolhendo os times, os adversários e as estratégias usadas. Ao final, peça que descrevam em um papel as decisões tomadas e desenhem a posição dos jogadores em campo.

2 Regras do futebol Peça que cada dupla de alunos leia no computador uma regra do jogo e a adapte às condições da escola. Diga para todos discutirem sobre a viabilidade das propostas e joguem de acordo com as normas estabelecidas.

3 Esquemas táticos Divida a turma em oito grupos e peça que cada um analise um esquema tático diferente. Solicite que o comparem com o desenho feito por eles anteriormente. Peça que adaptem os sistemas de jogo às condições da escola e os vivenciem em quadra.

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