Crônicas inéditas de Júlia Lopes de Almeida revelam observadora refinada do Rio
Plano de Aula
Plano de aula: A mulher na Primeira República no Brasil
Plano 2 de uma sequência de 2 planos. Veja todos os planos sobre Movimentos sociais
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF09HI09, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Cópia impressa dos textos indicados; folha em branco; data show (se houver); pincel ou giz para escrever no quadro.
Material complementar:
Trechos da reportagem intitulada “Crônicas de Júlia Lopes de Almeida revelam observadora refinada do Rio”.
Veiculada na plataforma online do Jornal O Globo no dia 21 de maio de 2018, escrita pelo jornalista Bolívar Torres.
Trechos da crônica “A mulher brasileira”, escrita por Júlia Lopes de Almeida, extraída da compilação de crônicas Livro das donas e donzelas.
Definição de crônica pela professora Daniela Diana.
Para você saber mais:
Para a definição de crônica e sua utilização como fonte histórica, acesse:
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica.htm
PINTO, Mirella Ribeiro. A relação entre Clio e Calíope - a crônica bilaquiana como fonte histórica. In:___. O papel social da mulher carioca nas crônicas de Olavo Bilac durante a Primeira República (1901-1906). Trabalho de conclusão de curso (Graduação em História). Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2017. p. 24-28. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/4rky56xqGsauD74wVdkXmCedYEpDNFuvwNmkBMED7GVRtz3eExVev3CKeuPK/a-relacao-entre-clio-e-caliope-a-cronica-bilaqueana-como-fonte-historica.pdf
CANDIDO, Antonio. A vida ao rés-do-chão. In: ______. A crônica: gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992.
SÁ, Jorge de. A crônica. São Paulo: Ática, 1987.
Para conhecer mais sobre Júlia Lopes de Almeida, acesse:
Para mais informações sobre as Crônicas escritas por Júlia Lopes de Almeida e a temática do papel social da mulher e do protagonismo feminino, ler os seguintes trabalhos:
- “Júlia Lopes de Almeida: a busca da liberação feminina pela palavra”, de Cátia Toledo Mendonça, disponível em http://www.letras.ufpr.br/documentos/pdf_revistas/mendonca.pdf
- “A escrita de Júlia Lopes de Almeida: Crônica” de Maria Inês de Moraes Marreco, disponível em https://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/view/4080
- “A condição Feminina nas obras de Júlia Lopes de Almeida publicadas de 1889 a 1914”, de Cristiane Viana da Silva, disponível em http://www.uespi.br/mestradoemletras/wp-content/uploads/2015/07/A-CONDI%C3%87%C3%83O-FEMININA-NAS-OBRAS-DE-J%C3%9ALIA-LOPES-DE-ALMEIDA-PUBLICADAS-DE-1889-A-1914.pdf
- PINTO, Mirella Ribeiro. O feminino durante as reformas urbanas e sociais do Rio de Janeiro. In:___. O papel social da mulher carioca nas crônicas de Olavo Bilac durante a Primeira República (1901-1906). Trabalho de conclusão de curso (Graduação em História). Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2017. p. 29-40. Disponível em https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/XThsEZxanv79dd6wArKp7xxJR96P37h5cPZqCMzQSQ82GnFVF4wXEjbAAzES/o-feminino-durante-as-reformas-urbanas-e-sociais-do-rio-de-janeiro.pdf
- PRIORE, Mary Del. (Org.). História das mulheres no Brasil. 10 ed. São Paulo: Editora Contexto, 2015.
- RAGO, Margareth. A subjetividade feminina entre o desejo e a norma. Revista Brasileira de História: ANPUH, Marco Zero, n. 28, 1995.
- SANTOS, Regma Maria dos. Os discursos sobre a mulher: entre o sagrado e o profano. OPSIS: Revista do NIESC, vol. 6, 2006.
- TELLES, Norma. Escritoras, escritas, escrituras. In: PRIORE, Mary Del. (Org.). História das mulheres no Brasil. 10 ed. São Paulo: Editora Contexto, 2015.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo da aula apresentando-o aos alunos. A intenção neste momento é que os alunos conheçam qual a finalidade da aula e o que deverão aprender ao final desta. No entanto, o professor não deve antecipar nenhuma questão específica que será tratada durante a aula, possibilitando aos alunos construir o conhecimento por conta própria, sendo o professor apenas um mediador desta construção.
O objetivo central da aula é fazer com que, com base nas crônicas escritas no início do século XX pela escritora Júlia Lopes de Almeida, os alunos consigam analisar qual o papel social da mulher no início do período republicano (regime que prometia igualdade de condições) no Brasil, e se as mulheres tinham protagonismo neste momento momento histórico, conseguindo também contrastar com a atual situação das mulheres no país.
Neste sentido, o professor deve se colocar como uma intermediário do processo de aprendizagem, não estabelecendo nenhuma relação hierarquizada de conhecimento com o aluno, mas apenas mediar a construção do conhecimento histórico em sala de aula, fornecendo os subsídios necessários, para que os alunos consigam refletir criticamente com base nas fontes históricas e analisar qual era o papel e “protagonismo” da mulher na Primeira República no Brasil e se possível, conseguir estabelecer uma conexão com seu papel social e protagonismo no Brasil contemporâneo.
Contexto
Tempo sugerido: 12 minutos.
Orientações: Neste momento é hora de estimular o protagonismo do aluno. Sendo assim o professor não deve discorrer sobre o assunto e sim mediar
a reflexão do mesmo com os alunos, visto que estes devem estar no centro do processo de aprendizagem, exercendo seu protagonismo e sua atitude historiadora.
Para tanto, separe a turma em grupos de quatro alunos, de forma que possam se ajudar mutuamente no grupo em que estiverem localizados, orientando-os para que sempre busquem o diálogo, o compartilhamento e a construção conjunta do conhecimento, respeitando a divergência de opiniões que possa existir.
Entregue impressos trechos da reportagem escrita pelo jornalista Bolívar Torres intitulada “Crônicas de Júlia Lopes de Almeida revelam observadora refinada do Rio”, veiculada na plataforma online do Jornal O Globo no dia 21 de maio de 2018, e disponível no endereço eletrônico https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/BPFafTvAEVEg2KJZk63VPTRgVQDEr8RXK7w7UmrdgGTwSdSbKatFCcc4tf73/his9-09und02-cronicas-ineditas-de-julia-lopes-de-almeida-revelam-observadora-refinada-do-rio.pdf
Projete o presente slide; escreva o questionamento nele contido no quadro ou entregue uma folha com a pergunta aos alunos, solicitando que durante a leitura da reportagem os alunos reflitam acerca do questionamento realizado e anotem em uma folha em branco, uma resposta sintética ao questionamento, conforme a interpretação do texto e o conhecimento prévio que possuem sobre o assunto.
A imagem de Júlia Lopes de Almeida presente no slide é apenas a título ilustrativo, não sendo obrigatória sua exibição, caso não haja como o professor projetar o slide no equipamento de data show.
É importante deixar bem claro aos alunos que o tempo de realização da atividade é de 12 minutos, não podendo ser ultrapassado, para que não prejudique o andamento das etapas seguintes da aula.
Neste momento, espera-se que os alunos compreendam com base na leitura da reportagem qual era o papel social reservado à mulher no período da Primeira República no Brasil. Tal identificação pode ser estabelecida de duas formas. A primeira é pelo próprio protagonismo exercido por Júlia Lopes de Almeida, enquanto escritora e cronista de jornais importantes do Rio de Janeiro como O Paiz, e uma das criadoras da Academia Brasileira de Letras, ficando, no entanto, de fora de sua composição em virtude de sua condição de mulher. Os alunos devem ser conduzidos a pensar neste momento que Júlia Lopes era o ponto fora da curva no cenário social e subvertia a ordem machista e patriarcal que imperava naquele período, no qual a mulher não tinha espaço além do lar e da maternidade. A segunda maneira, seria justamente na colocação de alguns temas tratados pela autora (autonomia e independência financeira das mulheres, por exemplo) e que segundo a reportagem batiam de frente com o que se esperava que fosse tratado por uma escritora mulher (maternidade, conselhos para donas de casa etc), o que transgredia com a ordem vigente e o padrão esperado.
O professor pode solicitar aos alunos que durante a leitura da reportagem, além de anotar uma resposta ao questionamento feito no slide, apontem também os temas trabalhados por Júlia Lopes em suas crônicas, de forma a facilitar a análise de uma destas crônicas durante a etapa de Problematização.
Os alunos podem chegar à conclusão de que em regra o papel social da mulher e seu protagonismo na sociedade da Primeira República no Brasil eram bastante limitados, ficando sua atuação circunscrita ao seio doméstico a fim de cuidar dos filhos, da casa e do marido. No entanto, mulheres como Júlia Lopes de Almeida transgrediam esta ordem estabelecida, colocando-se como uma exceção naquele tempo histórico, na busca pela autonomia e emancipação da mulheres, situação que ocorre em muitos sentidos até os dias de hoje. Se esta visão ficar estabelecida o objetivo proposto para esta primeira etapa da aula terá sido cumprido.
Problematização
Tempo sugerido: 16 minutos.
Orientações: Mantenha os grupos formados e entregue trechos da crônica “A mulher brasileira”, escrita por Júlia Lopes de Almeida, extraída da compilação de crônicas Livro das donas e donzelas, disponível no seguinte endereço eletrônico: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/kqwwZcVxczyq7FT29zNBxYS2GdhC56P9aUfMa4Hxc6GjhfbS5BhhtzXwjWC2/his9-09und02-a-mulher-brasileira-julia-lopes-de-almeida.pdf
Peça aos alunos que realizem em grupo uma leitura minuciosa da referida crônica, buscando analisar como Júlia Lopes de Almeida, enquanto escritora, feminista e uma das criadoras da Academia Brasileira de Letras, mas que não pode ocupar uma cadeira por ser mulher, contesta o papel social destinado à mulher na sociedade da Primeira República, conforme observado e apreendido na etapa contextual pelo grupo.
Solicite aos alunos que, durante a leitura e a análise do documento, tenham em mente a pergunta feita no slide, que pode ser projetada no data show; escrita no quadro ou entregue impressa para os grupos. Peça que, refletindo sobre o questionamento, anotem em uma folha (pode ser a mesma utilizada no Contexto) uma breve resposta possível e coletiva sobre o referido questionamento.
É importante deixar bem claro aos alunos que o tempo de realização da atividade é de 16 minutos, não podendo ser ultrapassado, para que não prejudique o andamento das etapas seguintes da aula.
Apesar de ser uma crônica escrita no início do século XX e ter algumas palavras com grafia diferente da que temos hoje em dia e também palavras talvez desconhecidas por muitos alunos, fizemos uma Glossário de significados e grafia, que está ao final da crônica, no arquivo já indicado no início das Orientações.
Este momento é destinado para que os alunos mantenham contato com uma fonte histórica, no caso uma crônica retirada do Jornal O Paiz (um dos mais importantes do Rio de Janeiro) onde a autora escreveu entre 1908 e 1912, sobre temas como: autonomia das mulheres, voto feminino, criação de creches para as mulheres operárias, entre outros assuntos envolvendo o protagonismo feminino. Os alunos, portanto, serão estimulados a exercer sua atitude historiadora de investigar com base em uma fonte da época qual efetivamente era o papel social da mulher no período da Primeira República no Brasil, como isso era representado e contestado por uma escritora mulher.
Neste momento, espera-se que os alunos possam perceber de que maneira Júlia Lopes de Almeida, com base em sua crônica, “A mulher brasileira”, se utiliza da linguagem para denunciar o papel de dona de casa, mãe e esposa reservado à mulher na sociedade republicana brasileira do início do século XX, em detrimento de um maior protagonismo e autonomia feminina destas mulheres, que, como ela, deveriam buscar sua emancipação, independência financeira e igualdade de direitos diante dos homens. Percebido isso, o objetivo deste momento da aula terá sido atingido. É importante salientar que esta percepção deve partir dos alunos, com base na análise do documento histórico trabalhado em sala de aula, das leituras realizadas e do conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto (consciência histórica).
Pode ser interessante nesta etapa que os alunos revejam as anotações dos temas trazidos pela reportagem lida no momento da Contextualização, e identifiquem se estas temáticas aparecem efetivamente na crônica de Júlia Lopes de Almeida, analisada por eles agora na etapa de Problematização,
fato que demonstraria a importância destes assuntos para as mulheres daquele período histórico.
Este exercício abriria uma boa base para que os alunos pudessem trabalhar no momento da Sistematização, visto que eles precisaram produzir uma crônica com temas determinados, e um deles seria sobre se as mulheres enfrentam as mesmas dificuldades para exercer seu protagonismo e ter um papel social relevante, como no período da Primeira República brasileira, no início do século XX.
Sistematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações: Ainda com os grupos formados, peça aos alunos que produzam uma pequena crônica sobre um dos temas a seguir: 1 - O papel da mulher na sociedade republicana brasileira no início do século XX. 2 - Como mulheres como Júlia Lopes de Almeida tratavam temas como protagonismo feminino naquela época. 3 - Qual importância de uma mulher escrever textos em um dos jornais mais importantes do Rio de Janeiro. 4 - Se nos dias de hoje as mulheres enfrentam as mesmas dificuldades para exercer seu protagonismo que as mulheres na Primeira República.
O professor também pode imprimir a folha com os temas; projetar o presente slide em um data show ou ainda escrever no quadro os temas, de forma que todos os grupos possam visualizar quais os temas podem ser trabalhados na crônica a ser produzida por eles e escolher aquele que mais tenham interesse em trabalhar.
Para auxiliar os alunos há uma material com a definição do que seja uma crônica, produzido pela professora Daniela Diana e disponível no endereço eletrônico
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/34y7RvMwsShphjy2TWyGXPhd3gkdrFuV8YVPX27ZrJgruYJs6Zk9MB4PAraH/his9-09und02-cronica.pdf. O professor pode imprimir o texto, projetar em um data show ou ainda escrever a definição de crônica no quadro, como forma de facilitar o entendimento dos alunos, do que é o gênero textual crônica, e como eles devem produzir a crônica pedida como Sistematização da aula.
A crônica deverá ser produzida em uma folha em branco, entregue pelo professor aos grupos, e terão o tempo aproximado de 14 minutos para realizar sua produção, visto que o período restante deverá ser utilizado para a socialização das crônicas de alguns grupos. A proposta é que a crônica seja curta e tenha de três a quatro parágrafos de forma que seja produzida dentro do tempo estipulado.
É importante deixar bem claro aos alunos que o tempo total de realização da atividade é de 20 minutos, não podendo ser ultrapassado, para que não prejudique a finalização da aula e da atividade proposta.
Durante o processo de produção/criação da crônica, o professor pode percorrer os grupos para auxiliar na execução da atividade, tirando dúvidas sobre os temas, a forma de escrever a crônica ou ainda questões de ortografia, no entanto, sem interferir diretamente na produção do material, visto que os alunos precisam exercer o protagonismo.
Os alunos não só podem como devem utilizar o material produzido com base nas respostas anotadas das etapas de Contextualização e Problematização, de forma a facilitar o processo de criação da crônica pelo grupos.
Por fim, após a produção das crônicas, em um momento de compartilhamento coletivo de tudo o que foi trabalhado e aprendido, o professor deverá eleger ou escolher de forma voluntária dois grupos, para que, no tempo de 3 minutos para cada um, compartilhem o resultado da criação da sua crônica, lendo esta para todos os outros grupos. Outra forma de compartilhamento proposto pode ser a criação de um mural, na sala ou em algum lugar da escola, previamente determinado, para que todos os grupos fixem as crônicas produzidas e assim atinja a reflexão do maior número de pessoas possíveis, sobre qual foi o papel social da mulher na Primeira República no Brasil.
Outra proposta de compartilhamento pode ser a produção de um mural para afixar na sala ou em algum local da escola, com as crônicas produzidas.
Neste caso, o tempo de compartilhamento seria utilizado para a produção do mural para posterior fixação.
A Sistematização, portanto, deve ser o momento de aferir se o objetivo inicial da aula foi atingido, de forma que os alunos tenham tido a possibilidade de analisar o papel social da mulher na sociedade da Primeira República no Brasil e como se dava o seu protagonismo diante da limitação deste papel social, partindo da análise de uma fonte histórica e a produção de um material que poderá ser compartilhado não só com a classe mas com a escola como um todo.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: PDF ou documentos de texto, imagem, áudio ou vídeo com orientações do professor.
- Optativas: Google Sala de Aula, Padlet, Google Drive.
Contexto
Encaminhe a matéria sobre Júlia Lopes de Almeida e sua imagem, acompanhadas de alguns questionamentos. Utlize a ferramenta que considerar mais apropriada, por escrito, via e-mail, Whatsapp, Facebook, Google Sala de Aula ou outra plataforma.
Para facilitar a interpretação das fontes pelos estudantes de forma autônoma, algumas questões propostas no plano original foram alteradas ou excluídas, bem como novas questões podem ter sido incluídas neste material. Faça uso dos questionamentos da maneira que considerar mais eficiente para a turma.
Questões para refletir:
- A matéria afirma que Júlia Lopes de Almeida rompeu com as regras do jogo e ocupou um espaço privilegiado do debate. Por quê?
- Que tipos de temas são associados à escrita de autoria feminina, segundo Anna Faedrich?
- Em quais publicações podem ser encontrados os lados mais progressistas de Júlia Lopes de Almeida?
Questão para responder:
- Qual o papel social e político da mulher na sociedade da Primeira República no Brasil?
Dê um tempo para a que os estudantes encaminhem as respostas ao questionamento. Eles podem encaminhar as respostas escritas ou gravar pequenos áudios ou vídeos respondendo.
Problematização
Nesta etapa da aula, você pode propor que os alunos trabalhem individualmente ou agrupados. Para trabalhar em grupo, os alunos podem conversar por Whatsapp, e-mail, Facebook ou em um documento compartilhado pelo grupo no Google Drive, onde podem deixar comentários para os outros integrantes. O importante é que troquem informações e se auxiliem na análise do texto. Você pode deixar que se agrupem livremente ou pode separá-los em duplas, trios ou grupos, de acordo com seu conhecimento sobre a turma.
Junto com a fonte proposta, encaminhe alguns questionamentos para orientar a análise do documento.
Questões para refletir:
- Segundo a escritora, o europeu tem uma visão falsa a respeito da mulher brasileira. Por quê?
- Júlia Lopes de Almeida concorda com a afirmação de que a mulher brasileira vive ociosa (à toa)? Por quê?
- Por que a escritora considera “Felizes as donzelas pobres, obrigadas pelas circunstâncias apertadas da vida a empregar a sua inteligência e a sua atividade no trabalho e no estudo”?
- Ela concorda com a afirmação de que no Brasil a mulher domina como soberana (rainha)? Por quê?
Questão para responder:
- De que forma o papel social da mulher era representado e contestado com base na crônica escrita por uma mulher, no caso Júlia Lopes de Almeida?
Estabeleça um prazo para que os alunos enviem as respostas às perguntas sobre os textos. Elas podem ser enviadas por escrito ou através de áudios ou vídeos. Incentive-os a trocarem impressões sobre o texto com os colegas. Você pode encaminhar pequenos vídeos ou áudios para esclarecer dúvidas, complementar informações e chamar a atenção para informações do texto que podem ter passado despercebidas.
Se houver a possibilidade, você pode marcar um momento síncrono, para que os alunos possam dividir as análises e para que você faça correções e pontue informações.
Sistematização
Para a produção da crônica, os alunos podem trabalhar individualmente, agrupados ou a sala toda coletivamente.
Eles podem discutir o que querem colocar na crônica e escolher o que consideram mais importante entre as sugestões.
Você pode disponibilizar um documento no Google Drive compartilhado com a turma para que possam construir a crônica coletivamente e criar um mural no Padlet, para que possam postar as crônicas.
Convite às famílias
Incentive os estudantes a compartilharem as criações com os familiares.
O site Era Virtual disponibiliza visitas virtuais a vários museus brasileiros, o que pode enriquecer muito o aprendizado da História de nosso país (disponível aqui).
É possível ver muitas fotos e recortes de jornais sobre o dia 8 de março, “Dia Internacional da Mulher” (disponível aqui).
A matéria da BBC explica as origens operárias da data, também acompanhada de imagens muito interessantes (disponível aqui).
Links para tutoriais sobre as ferramentas propostas neste plano
Google Sala de Aula (como criar e postar atividades).
Google Sala de Aula (como criar uma turma).
Google Drive (como organizar pastas).
Google Meet (como criar uma reunião online).
Padlet (como usar).
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Guilherme Gonzaga Bento
Mentor: Fernando Menezes
Especialista: Sherol dos Santos
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 9º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
Objeto(s) de conhecimento: Anarquismo e protagonismo feminino.
Habilidade(s) da BNCC: (EF09HI09) Relacionar as conquistas de direitos políticos, sociais e civis à atuação de movimentos sociais.
Palavras-chave: Mulher, papel social, protagonismo feminino, Primeira República.