Contexto (imagens)
Plano de Aula
Plano de aula: Feiras: trocas comerciais e diversidade cultural em diferentes tempos e espaços
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Transformações ocorridas com o deslocamento de pessoas e mercadorias
Por: Sara Villas
Aula
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF04HI06 de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários:
Projetor ou quadro e pincel de quadro
Impressões das imagens do material complementar (caso não tenha projetor)
Equipamento de áudio para exibição de vídeo
Papel-cartão ou cartolina
Material complementar:
HIS4_06UND03 Contexto (imagens)
HIS4_06UND03 Problematização (imagens)
HIS4_06UND03 Sistematização (textos)
Para você saber mais:
A proposta desse plano é fazer com que os alunos reflitam sobre dois aspectos relacionados às feiras comerciais: o caráter histórico e a exploração do trabalho infantil, ambos do ponto de vista das mudanças e permanências que eles geram.
Primeiramente propõe-se fazer uma reflexão sobre a existência e o significado das feiras livres que existem nos dias de hoje em diversas cidades brasileiras. O intuito aqui é aproximar do contexto dos alunos, para que eles identifiquem no assunto da aula algo que possivelmente faz parte do seu cotidiano. Ainda nesse primeiro momento é chamada a atenção também para o fato de que em várias dessas feiras é possível observar crianças trabalhando junto com os pais. Pode ser que esse fato pareça algo normal aos alunos, sobretudo se fizerem parte de comunidades em que eles próprios também ajudam os pais em atividades laborais. No entanto, independentemente das condições, é preciso que entendam que o trabalho infantil é crime e que existe uma série de campanhas e ações para impedir que as crianças trabalhem, ainda que dados do IBGE mostrem que existem cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes trabalhando em situação ilegal (dados de 2015).
Em seguida estão expostos alguns exemplos de feiras europeias que surgiram no fim do período medieval, por volta do século XI, trazendo uma nova dinâmica para uma região até então ruralizada. O surgimento das feiras medievais marca também o surgimento de uma vida mais urbana e de uma relação mais direta com o dinheiro, por meio da figura dos banqueiros. Elas são marcadas pela venda de produtos artesanais e agrícolas e aconteciam em um primeiro momento de forma mais localizada dentro dos burgos. Posteriormente ganham um caráter mais internacional quando mercadores da África, Ásia e outras regiões da Europa passam a comercializar produtos de diversas regiões. Assim como nas feiras contemporâneas, também na Idade Média as crianças trabalhavam tanto na confecção de produtos quanto na venda. A ideia aqui é problematizar qual era o significado do trabalho infantil na Idade Média em comparação com os dias atuais.
Apesar de mostrar que nenhum dos dois é aceitável é importante fazê-los refletir sobre as condições históricas em que ambas as crianças estão inseridas, tendo em vista que hoje em dia existem leis que criminalizam o trabalho infantil, bem como um estatuto que deve proteger a infância das crianças garantindo o direito à educação e ao lazer. É importante que eles percebam que não existiam essas mesmas leis na Idade Média e que a própria concepção de infância mudou muito. Antes, aos sete anos as crianças já eram consideradas aptas ao trabalho e, portanto, à vida adulta.
Texto sobre cultura, hábitos e alimentação na Idade Média https://cidademedieval.blogspot.com/2016/04/o-que-comiam-os-medievais-passavam-fome.html acesso em 07/04/2019.
Texto sobre a visão que se tinha da infância na Idade Média https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/como-a-crianca-era-vista-e-tratada-desde-a-epoca-medieva-ate-o-seculo-xx/26547 acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras medievais https://www.todamateria.com.br/historia-e-origem-das-feiras/acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras na Idade Média https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/feiras-medievais.htm
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15191637 acesso em 07/04/2019.
Clipe e letra da música “Criança não trabalha” do grupo Palavra Cantada https://www.youtube.com/watch?v=ZeByseNNEsk acesso em 07/04/2019.
Informações sobre o trabalho infantil no Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_infantil_no_Brasil acesso em 07/04/2019.
A reportagem feita pela Rede Peteca: chega de trabalho infantil no link https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/noticias/materias/trabalho-infantil-nas-feiras/ acesso em 06/04/2019, traz uma visão problematizadora do tema, mostrando como o trabalho infantil nas feiras muitas vezes é visto como algo “aceitável” uma vez que as crianças trabalham próximas a seus pais. A reportagem chama a atenção para a gravidade dessas normalização do trabalho infantil.
Link para reportagem sobre trabalho infantil na feira de Caruaru http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/bom-dia-pe/videos/t/edicoes/v/mpt-faz-acao-de-combate-ao-trabalho-infantil-em-feiras-livres-no-agreste-de-pernambuco/7028233/ acesso em 07/04/2019.
Reportagem sobre trabalho infantil na Feira da Cabanagem http://www.diarioonline.com.br/noticias/zappzapp/noticia-452055-.html acesso em 07/04/2019.
Sobre o estatuto da Criança e do Adolescente (ECA 1990)
https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/wp-content/uploads/2017/06/LivroECA_2017_v05_INTERNET.pdf acesso em 06/04/2019
Mapa do trabalho infantil do Brasil https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/mapa-do-trabalho-infantil/ acesso em 07/04/2019.
Sobre a história do Mercado Ver o Peso em Belém https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_Ver-o-Peso ou https://blogsyngenta.com.br/ver-o-peso-a-maior-feira-livre-da-america-latina/ acesso em 07/04/2019.
Sobre a Feira Hippie de Belo Horizonte https://feirahippie.com/ acesso em 07/04/2019.
Sobre a Feira de Caruaru http://feiradecaruaru.com/portal/ acesso em 07/04/2019.
O livro de Porto, Cristina; Azevedo, Jô e Huzak, Iolanda. Serafina e a Criança que trabalha. São Paulo: editora Ática, 2002. Mostra por meio de uma linguagem infanto-juvenil alguns casos reais denunciando as condições de exploração do trabalho de crianças de diversas regiões.
O livro RICE, Melaine e Chris. As Crianças na História: modos de vida em diferentes épocas e lugares. São Paulo: editora Ática, 2000. Mostra através de um texto infanto-juvenil e muitas ilustrações como possivelmente era a vida de algumas crianças em tempos e espaços diversos.
Objetivo
Tempo sugerido: 5 minutos
Orientações: Apresente o tema aos alunos escrevendo-o no quadro ou lendo-o para a turma. Se estiver fazendo uso de projetor, apresente esse slide e faça uma leitura coletiva.
Chame a atenção dos alunos para a existência de dois grandes temas na aula: as feiras comerciais e a exploração do trabalho infantil. Desmembre esse objetivo levantando perguntas sobre o assunto e fazendo os alunos refletirem, já nesse primeiro momento, sobre a criminalização do trabalho infantil bem como do caráter histórico das feiras.
Faça perguntas como:
- Vocês têm o hábito de frequentar feiras?
- Qual tipo de feira? Qual tipo de produto é vendido nessas feiras que vocês conhecem?
- Quem fabrica ou produz esses produtos? De onde vem esses produtos?
- Essas feiras ficam dentro de uma cidade ou no campo?
- Vocês já repararam nas pessoas que trabalham na feira?
- Vocês já viram alguma criança trabalhando junto com os pais na feira? O que você pensa sobre isso?
- Você já trabalhou junto com seus pais alguma vez?
- Você pensa que antigamente era comum as crianças trabalharem?
- Você sabe se as feiras são muito antigas? Desde quando vocês imaginam que elas existem?
Essas perguntas servem para que os alunos se envolvam com a aula. Eles não precisam saber todas as respostas nesse momento, o importante é que se percebam como sujeitos que participam da dinâmica do campo ou da cidade.
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