Plano de Aula

Plano de aula: Jogo não é sinônimo de esporte!

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Descrição

Neste plano, será retomado junto aos estudantes, a partir de vivências e reflexões, os conceitos, as diferenças e as semelhanças existentes entre as manifestações corporais do jogo e do esporte.

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

Esporte de invasão

Objetivos de aprendizagem

  • Relembrar o conceito de jogo e esporte.
  • Experimentar atividades caracterizadas como jogo e esporte.
  • Comparar as atividades vivenciadas com as características do jogo e do esporte.
  • Discutir como o jogo (em situações comunitárias e de lazer) e do esporte (profissional) se manifestam em nossa sociedade.

Competências gerais

1. Conhecimento

2. Pensamento crítico, criativo e científico

6. Trabalho e projeto de vida

Em geral, muitas pessoas utilizam as palavras jogo e esporte para se referir a mesma prática corporal. Uma partida de futebol profissional ou um bate-bola com os colegas na praia recebem a mesma definição. Entretanto, são fenômenos diferentes da cultura humana.  

O jogo caracteriza-se por espontaneidade, flexibilidade, descompromisso, criatividade, fantasia e expressividade, representadas de diversas formas, próprias de cada cultura (BRUHNS, 1996). Já o esporte, é considerado uma prática social que institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal, projetando-se numa dimensão complexa de fenômeno que envolve códigos, sentidos e significados da sociedade que o cria e o pratica (COLETIVO DE AUTORES, 2012, p. 69-70).

Huizinga define jogo como: “uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana” (HUIZINGA, 2007, p. 33).

O esporte tem regras definidas pelos órgãos oficiais que regulamentam cada modalidade esportiva, como as ligas, as federações, as confederações ou os comitês olímpicos.

“O jogo e o esporte apresentam-se como importantes conteu?dos da Educac?a?o Fi?sica escolar, sendo possi?vel, inclusive, estabelecer interfaces entre eles. Determinados tipos de jogo, por exemplo, podem ser utilizados como instrumentos pedago?gicos para o ensino de modalidades esportivas. E? por isso que diversos autores os consideram como “jogos pre?-desportivos”. E? importante salientar que, durante a vive?ncia e a experimentac?a?o de um esporte nas aulas de Educac?a?o Fi?sica, raramente voce? tera? de lidar com todas as regras oficiais, sendo pedagogicamente mais apropriada a realizac?a?o de jogos cuja aprendizagem seja mais fa?cil. Entretanto, e? essencial que os alunos compreendam as diferenc?as entre essas duas categorias de pra?ticas corporais para que tenham conscie?ncia do tipo de atividade realizada, bem como sejam capazes de identificar essas manifestac?o?es em locais pu?blicos, em clubes e nas mi?dias, entre outras possibilidades. Para que um jogo seja considerado esporte, ele precisa estar atrelado a alguma instituic?a?o (associac?a?o, federac?a?o ou confederac?a?o), a qual e? responsa?vel por estruturar uma normatizac?a?o para sua pra?tica, estabelecer regulamentos e definir regras que devem ser va?lidas para competic?o?es realizadas em qualquer lugar do mundo. Deixe claro para os alunos que, diferentemente dos esportes, nos jogos na?o ha? padronizac?a?o de formas, estruturas ou regras, podendo tudo ser alterado de acordo com os interesses dos participantes da atividade. A distinc?a?o entre jogo e esporte pode ser resumida do seguinte modo: o primeiro possui flexibilidade de regras e o segundo conta com regras universais, ou seja, enquanto o jogo de queimada, por exemplo, praticado na escola de um bairro pode ter regras diferentes do realizado na escola do bairro vizinho, o esporte handebol tem as mesmas regras quando jogado no Brasil, na China ou no Egito. E? importante destacar que a modificac?a?o das regras de um esporte no contexto escolar constitui uma ferramenta dida?tica para que os alunos tenham acesso ao jogo como estrate?gia de aprendizagem e ao esporte como representac?a?o social, imbricados em uma mesma manifestac?a?o” (DARIDO et al., 2017).

Percebe-se que podem ser traçadas algumas relações entre jogo e esporte, entretanto eles não devem ser confundidos. O primeiro pode se transformar no segundo, bem como o segundo também pode vir a ser um jogo, considerando determinadas condições, como: relaxamento de regras, menor organização, ausência da busca incessante pela alta performance e vitória, conforme aponta Bruhns (1996).

Indica-se ainda, no intuito de subsidiar suas aulas, que assista ao vídeo “Diferença entre o Jogo e o Esporte”, o qual foi produzido pelo professor Matheus Almeida e explica brevemente os conceitos básicos sobre os elementos históricos do jogo e do esporte.

Bibliografia

BRUHNS, Heloísa. O jogo nas diferentes perspectivas teóricas. Motrivivência, São Paulo, VIII (9), p. 27-43, dez. 1996. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/5654/20446. Acesso em 19/01/2022

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez Autores Associados, 2012.

DARIDO, Suraya Cristina et al. Práticas Corporais: educação física: 3º e 5º anos: manual do professor. São Paulo, SP: Moderna, 2017. p. 44-45.

HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2007. p. 33.

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