Plano de Aula

Plano de aula: Máscaras geométricas

Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Apreciação de formas geométricas

Aula

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para esta atividade é fundamental que as crianças já tenham vivenciado algumas propostas que envolviam formas geométricas, considerando as principais características dos sólidos geométricos e das figuras planas, como por exemplo: contextos de brincadeiras com blocos de construção com diferentes formas e volumes formando castelos, construção de maquetes, apreciação de obras de artistas etc. Prepare ainda uma seleção de músicas para que as crianças vivenciem um baile de máscaras.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

As formas geométricas do nosso entorno

Máscaras geométricas

A arte geométrica das máquinas

Tridimensionalidade e formas geométricas

Arte, tecnologia e formas

Materiais:

Para esta atividade imprima algumas obras do artista Milton da Costa em que ele representa rostos, tais como: Autorretrato (1943), Cabeça (1948), Figura (1950), Mulher sentada (1950), Mulher sentada (1951), Mulher sentada (1952) , Figura com chapéu (1955). Acesse aqui as obras Milton da Costa.

Providencie também barbante ou corda para criar um varal de exposição e pregadores para fixar as imagens.

Preveja organizar em caixas ou bandejas suportes de papelão em formatos diferentes, recortes de figuras geométricas em diversos tamanhos, barbantes, fitas de diferentes espessuras, botões coloridos, materiais como argolas plásticas, retalhos de tecidos, entre outros. Organize ainda tesouras, colas, lápis de cor, canetinhas e palitos de sorvetes.Caso você disponha de uma mesa grande, o material poderá ser disposto, seguindo suas caraterísticas e especificidades sobre ela, não sendo necessárias bandejas ou caixas. Observe que apresentar o material, tendo em vista a dimensão estética, convida as crianças, para que de forma autônoma, se relacionem com eles, buscando neles belezas, funções e expressões para criações. Considere separar também papel, caneta e máquina fotográfica para fazer registros da atividade. É fundamental ainda preparar o som e músicas para um baile que acontecerá ao final da proposta.

Espaços:

Considere um espaço amplo e que acolha as imagens que você imprimiu em um varal com pregadores, em um espaço no qual as crianças possam circular e apreciar as obras. O local deve permitir ainda que elas se organizem em roda para partilhar as impressões acerca do apreciado. Esse espaço pode ser uma sala ampla ou uma área externa. Considere fazer dele um ateliê de criação, em que as crianças possam visualizar as imagens, se relacionar de forma autônoma com o material e ainda se engajar na criação individual das máscaras. Ao final da proposta todos serão convidados para um baile de máscaras, que pode acontecer no mesmo espaço ou em outro que você julgar interessante.

Tempo sugerido:

Aproximadamente um hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças se relacionaram com a exposição das obras do artista? Que expressões revelaram? O que consideraram? Relacionaram os traços dos artistas com as figuras geométricas que conhecem?

2. Como as crianças se relacionaram com material disposto para as criações? Buscaram detalhes, a fim de expressar especificidades? Apoiaram-se umas nas outras para as escolhas feitas?

3. Como coordenaram as habilidades manuais durante a ideia de criação? Enfrentaram desafios? Buscaram apoios? Reorganizaram as ideias?


Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Encoraje todos para que expressem suas impressões, estimule os pequenos a conversar entre si, contando um para o outro o que estão vendo, sentindo e pensando a respeito da exposição. Se alguma criança não se sentir à vontade para expor sua opinião ao grupo, respeite essa opção e observe a interação dela com as outras crianças, suas expressões faciais e gestos enquanto aprecia o material. Na hora da confecção das máscaras apoie o processo criativo de cada uma e incentive a ajuda mútua.

O que fazer durante?
O que fazer durante?

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Reúna as crianças e conte que hoje você preparou uma exposição com algumas obras do artista brasileiro Milton da Costa. Diga que o propósito da atividade é que apreciem as imagens, conversem com os pares, a fim de trocar ideias e impressões.

Peça que observem minuciosamente os detalhes, as representações, o movimento, as formas, as linhas, o fundo e outros detalhes que encontrarem nas obras. Conte que após a apreciação vocês conversarão em roda para partilhar as impressões acerca do que viram. Comente que depois você as convidará para vivenciarem um momento em que farão criações artísticas. Em seguida, convide as crianças para apreciar as imagens que separou.


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Enquanto as crianças apreciam as imagens, circule pelo grupo, a fim de escutar as expressões que revelam ao contemplarem as obras. Faça registros escritos e fotográficos das relações estabelecidas pelo grupo e dos comentários que fazem. Atente-se às diversas expressões que as crianças podem trazer, seus olhares, sorrisos, surpresas. Observe o que as imagens lhes despertam. Se necessário, instigue-as a observar os traços, a identificar as formas que compõem as imagens e a refletir sobre as intenções do artista. Repare na interação das crianças com a exposição, e ao perceber que todos já apreciaram as imagens, fizeram trocas entre si e que o envolvimento começou a se enfraquecer, sinalize que em dois minutos vocês se reunirão em roda para partilhar as observações. Passado esse tempo, convide as crianças para se reunir e compartilhar as impressões da vivência.

Possíveis ações do professor neste momento: Ao perceber que uma criança está parada frente à uma imagem por um tempo considerável, você pode se aproximar e perguntar: Vi que você está observando essa imagem! O que você percebe nela? Já viu alguma parecida? Reconhece alguma forma? Achou-a engraçada? Por que?


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Com as crianças reunidas, investigue junto ao grupo quais impressões elas tiveram a partir da vivência. Considere trazer para a conversa as observações que você registrou ao longo do percurso de apreciação dos pequenos. Paute-se em questionamentos que convidem-nos a dizer o que acharam das obras, se elas tinham algo em comum e como o artista representou os rostos.

Para contextualizar ainda mais a partilha, apoie-se emtrês imagens da Mulher sentada. Instigue as crianças a pensar como ele representou o rosto da mulher, como ele é visto de frente e de perfil. Questiona: por que será que ele colocou as linhas? Que formas aparecem? Utilize também a obra Figura com chapéu para fazer a análise do rosto. Encoraje o diálogo colaborativo, acolha a imaginação e as interpretações das crianças,por mais inusitadas que pareçam.

Após esse momento, conte ao grupo um pequeno trecho da história de vida do artista Milton Costa, elencando os principais fatos da biografia dele.

C*


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Ainda na roda, diga que chegou o momento de elas criarem uma obra de arte também e que a proposta é um desafio: criar rostos com as formas geométricasque se transformarão em máscaras para um baile de máscaras. Aproveite para estimular a conversa sobre máscaras, questione como elas são, se as crianças já fizeram alguma e se já participaram de um baile de máscaras. Encoraje-as a contar suas vivências e a compartilhar ideias.

Apresente então os materiais que elas poderão utilizar e deixe tudo exposto em uma mesa, de uma forma organizada e convidativa, para que as crianças se relacionem com autonomia. Acorde com elas a duração da atividade e como se dará a organização do espaço ao final da confecção.


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Convide as crianças para escolher os materiais e iniciar a criação das máscaras.

Diga que elas poderão voltar à mesa dos materiais quantas vezes precisarem. Observe a dinâmica e a movimentação delas. Esteja atento às necessidades de apoio que, porventura, algumas precisarão. Encoraje a troca de ideias entre elas.

Possíveis falas do professor e ações das crianças neste momento: Ao observar uma criança parada um tempo frente à mesa, aparentando dúvidas sobre a escolha do material, se aproxime e diga:Você veio buscar um material para criar algo específico da máscara? O que? Vamos olhar todos os materiais dispostos? Quem sabe a gente encontra ou você pede a um colega para te ajudar com a ideia?


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Enquanto as crianças estão criando as máscaras, circule pela sala e observe como está sendo o processo, qual significado estão dando para os materiais, para as formas geométricas e como estão compondo as máscaras. Faça anotações, fotografias e esteja atento para fazer mediações e apoiar as crianças quando necessário.

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Conforme as crianças forem terminando, solicite que apreciem livros no espaço de leitura enquanto aguardam a finalização de todo o grupo. Quando todas as crianças finalizarem, engaje-as na organização dos materiais utilizados e convide-as para que, acomodadas em uma roda, partilhem suas criações e contem as figuras geométricas que utilizaram. Considere encorajá-las a dar nomes para as criações.


Para finalizar:

Após a partilha, convide as crianças para um baile de máscaras. Nesse momento, você pode propor um desfile ou escolher uma música que as crianças gostam para dançarem e cantarem no baile. Se você considerar que o tempo de criação individual foi grande e que as crianças estão cansadas, ou ainda que as produções precisam de um tempo maior para secar (caso as crianças tenham utilizado muita cola, por exemplo), combine que o baile acontecerá no dia seguinte ou até mais tarde nesse mesmo dia, antes da saída, por exemplo.

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