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Recentemente, recebemos o e-mail da leitora Elaine Cristina da Silva, do município de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, que relatava a dificuldade de trabalhar com o Ubuntu em sua escola, embora fosse um recurso oferecido pela rede há algum tempo.
Por isso, convidamos o professor Charles Niza, mestre em engenharia da computação e consultor em tecnologias educacionais, para falar sobre esse sistema que pode substituir o Windows ou o Mac OS. Ele começou sua explicação com ânimo: “O Ubuntu não é um bicho de sete cabeças: é uma das distribuições Linux mais utilizadas no mundo, e uma das mais intuitivas e fáceis. Além de ser gratuito, é um sistema operacional altamente customizável e personalizável”, diz. Veja quais outras dicas o professor Charles preparou para você:
“O Ubuntu é compatível em termos de recursos e funcionalidades com os principais sistemas operacionaisproprietários. Isso significa que ele dispõe de ferramentas similares às encontradas nos sistemas operacionais comerciais, como é o caso do Windows, o que permite que você consiga abrir e trabalhar em um arquivo criado no Word (do Microsoft Office), por exemplo. Ele conta com uma poderosa suite (como é chamado o pacote de aplicativos): LibreOffice, que inclui processador de texto (Writer), planilha (Calc), editor de apresentações (Impress), editor de equações (Math), diagramação e desenho (Draw) e gerenciador de banco de dados (Base). O Ubuntu também conta com um excelente editor de imagens (GIMP) e um ótimo editor de vídeos (Ligthworks). Serviços como Skype, Dropbox e Spotify também estão disponíveis, assim como integração com as principais redes sociais (Facebook, Twitter e YouTube) e ótimos recursos para compartilhar documentos, músicas, fotos e vídeos. O navegador padrão do Ubuntu é o Mozilla Firefox, mas se você preferir pode utilizar os navegadores Google Chrome ou Opera.
Há também recursos adicionais, aplicativos e jogos que podem ser instalados e atualizados por meio de uma Central de Programas (Ubuntu Software), uma espécie de loja de aplicativos. Um desses recursos adicionais é o GCompris, uma suite de aplicativos educacionais com atividades para desenvolver o raciocínio lógico e habilidades cognitivas de crianças entre 4 e 10 anos.
Um recurso muito interessante para professores que utilizam o sistema operacional Ubuntu é a possibilidade de baixar e instalar o Edubuntu, concebido para ser utilizado por crianças e adolescentes que procuram softwares educativos e ferramentas que ensinam programação.
A Canonical, empresa que desenvolve o Ubuntu, mantém em seu site oficial um fórum onde usuários podem tirar dúvidas sobre o sistema, o Ask Ubuntu.
Mesmo sendo um bom recurso, o importante é que a utilização do Ubuntu nas escolas não seja visto como um fim em si mesmo, mas como uma nova forma de expressão e principalmente, como uma maneira de se explorar novas possibilidades e ampliar horizontes.”
Esperamos que vocês tenham gostado e que possam compartilhar conosco suas experiências ou curiosidades relacionadas ao Ubuntu.
Até a próxima!