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Jornalismo

61 milhões de crianças fora da escola

PorNOVA ESCOLA

31/07/2012

O acesso ao Ensino Fundamental ainda não é realidade para 61 milhões de crianças no mundo - metade delas nascida na África Subsaariana. Os dados são de um relatório global da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e revelam que 47% nunca entrarão na escola, 26% evadiram e 27% começarão a estudar mais tarde. No Caribe e na América Latina, a tendência é o ingresso tardio. Segundo o relatório, "é preciso garantir que o acesso ao sistema educacional aconteça mais cedo". O documento mostra também que quem não estuda geralmente faz parte de grupos sociais marginalizados, pobres e de áreas rurais ou pertence a minorias étnicas, raciais e linguísticas.

61 milhões de crianças fora da escola. Julia Browne
Fonte Movimento Educação para Todos - Unesco / *dados em milhões


PNE 
Texto aprovado na Câmara pede 10% do PIB para a área

A tramitação do Plano Nacional de Educação (PNE) andou mais um pouco em junho, com a aprovação do texto pela Comissão Especial responsável por analisá-lo na Câmara dos Deputados. Entre as metas mais importantes que passaram a constar no PNE está a ampliação do investimento em Educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB). O texto segue agora para a votação no Senado e a sanção presidencial.

NOVA ESCOLA vai acompanhar o PNE até a sua aprovação


Tecnologia
Docentes ainda estão focados em ensinar a usar a internet

O uso da tecnologia como ferramenta pedagógica não está entre as principais atividades dos professores brasileiros. A informação faz parte da pesquisa TIC Educação 2011, divulgada pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação. Os dados mostram que 64% dos docentes que usam computador em sala aproveitam o tempo para ensinar a turma a utilizar as ferramentas disponíveis. Menos da metade dos entrevistados aproveita as máquinas para ações voltadas ao aprendizado de conteúdos curriculares. Confira no gráfico abaixo as atividades mais frequentes.

Docentes ainda estão focados em ensinar a usar a internet


Calvin

Calvin

Toda semana, uma nova tirinha sobre Educação com Calvin e seus amigos


De olho nas eleições  
Cuidado com as promessas dos candidatos a vereador

Este mês, começa o horário político obrigatório e é importante ficar de olho nas propostas dos candidatos. Vereador, por exemplo, não pode prometer grandes ações, como a construção de creches, escolas e hospitais. Esse tipo de obra precisa estar prevista no orçamento do município, elaborado pelo Poder Executivo e apenas aprovado pelo Legislativo. Medidas mais simples, como tapar um buraco ou substituir lâmpadas queimadas dos postes de rua, podem ser solicitadas pelos vereadores.


Bullying

Adriana, pesquisadora do Grupo de Educação Moral da Universidade Estadual de Campinas. Foto: arquivo pessoal

Adriana Ramos, pesquisadora do Grupo de Educação Moral da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) 

Um dos pontos da reforma do Código Penal, em votação no Congresso, prevê criminalizar o bullying. Essa é a forma mais adequada de combatê-lo?
Não. Ao criminalizar, transferimos o problema para uma instância que não é educacional. Conflitos escolares devem ser resolvidos na escola. Cabe a ela analisar a questão de forma ampla, considerando todos os envolvidos - autor, vítima e espectadores -, e pensar em alternativas para solucioná-la.

Quais os impactos de uma possível criminalização?
Se for punido criminalmente, o aluno paga pelo que fez, sem consciência de que errou. Mudar o foco não diminui o problema. 

Qual seria uma solução viável?
A equipe escolar deve trabalhar em intervenções de longo prazo. Montar grupos de estudos com professores e desenvolver intervenções para que os alunos discutam o tema são boas sugestões. A escola tem de significar algo positivo. Só assim será possível construir um ambiente cooperativo e respeitoso.


Mortalidade infantil 
Queda nas taxas tem ligação com maior escolaridade

A taxa de mortalidade infantil no Brasil caiu 47,6% entre 2000 e 2010, segundo o Censo Demográfico. Um dos fatores que podem ter contribuído para isso é a diminuição do analfabetismo no país. Como explica Maria de Salete Silva, coordenadora de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, "uma família que não tem condição de ler uma instrução, um comunicado, tem mais dificuldade em desenvolver os procedimentos necessários para uma infância saudável". A especialista lembra que outros apectos, como o sistema de saúde, contribuem para as variações.


Elisa Meirelles. Com reportagem de Márcia Scapaticio, Mariana Queen e Wellington Soares

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