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Jornalismo

Baú de histórias: memórias de imigrantes e escravos

Conheça os registros do projeto realizado pelo professor Juliano Custódio Sobrinho, de Petrópolis, RJ, vencedor do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. Ele ensinou aos alunos do 9º ano um novo modo de pesquisar para trabalhar a transição do trabalho escravo para o assalariado no Brasil do século 19.

PorNOVA ESCOLA

28/10/2010

Baú de Histórias Baú de Histórias Para trabalhar a transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado no Brasil do século 19, o professor Juliano Custódio Sobrinho sugeriu que os alunos do 9º ano da EM Monsenhor João de Deus Rodrigues, em Petrópolis, a 72 quilômetros do Rio de Janeiro, fizessem uma pesquisa com pais, avós e antigos moradores da cidade. Como se faz uma pesquisa Como se faz uma pesquisa Antes da realização do projeto propriamente dito, o professor Juliano preparou a turma em sala e ensinou como fazer uma pesquisa em História Oral - como se monta uma pauta, como se faz uma entrevista e como se analisam os relatos coletados. Usar a internet para buscar dados Usar a internet para buscar dados Em grupos e sob a orientação de Juliano, os alunos utilizaram a internet para pesquisar assuntos relacionados à crise do império no Brasil e informações sobre as famílias de descendentes de escravos e imigrantes que vivem em Petrópolis. Entrevistas com descendentes de imigrantes e de escravos Entrevistas com descendentes de imigrantes e de escravos A turma do 9º ano dividiu-se em grupos para fazer entrevistas com pais, avós e moradores antigos da cidade. Os alunos aprenderam como fazer o registro dos depoimentos e elaboraram pautas. Todas as famílias foram visitadas mais de uma vez e, a cada visita, mais perguntas eram feitas - de acordo com a metodologia de trabalho estabelecida em conjunto com o professor Juliano. Retrato de família Retrato de família Ao longo da pesquisa com as famílias os alunos reuniram fotografias e documentos antigos. Esses materiais ajudaram a reconstruir a história da imigração na cidade de Petrópolis. Memórias de escravos Memórias de escravos No início do projeto, o professor Juliano pensava em trabalhar apenas a memória dos imigrantes com a turma do 9º ano. Mas os próprios alunos, no decorrer da pesquisa, sugeriram incluir também os relatos de pessoas que traziam descendência escrava, como na foto acima - já que alguns estudantes eram herdeiros dessas famílias. Discussão em grupo Discussão em grupo Ao longo da pesquisa, as informações coletadas pelos alunos eram levadas para a sala de aula. Sob orientação de Juliano, a turma fazia discussões sobre os pontos da investigação que deveriam ser aprofundados. Perguntas bem estudadas Perguntas bem estudadas No decorrer do projeto, os alunos apresentavam a Juliano sugestões de perguntas que eram feitas às famílias nas entrevistas. Todas as questões eram analisadas em grupo e aprofundadas com a ajuda do professor. Cartazes sobre a colonização Cartazes sobre a colonização Com base nas entrevistas e na pesquisa em livros, jornais e na internet, a turma reuniu fotografias, documentos e outras informações importantes sobre a origem das famílias de descendentes. Com esses dados em mãos, todos elaboraram cartazes que ajudaram a reconstruir a história local. Produção de textos Produção de textos A turma do 9º ano criou formulários para registrar as entrevistas feitas com os descendentes de imigrantes e de escravos. Acima, a primeira e a segunda versão dos textos elaborados por um dos grupos. Ambas foram avaliadas pelo professor, mas a segunda versão é mais completa e rica de informações - os alunos apresentaram um bom desenvolvimento com o aprofundamento da pesquisa. Relatos dos estudantes Relatos dos estudantes Junto do professor Juliano, a turma do 9º ano criou uma metodologia de pesquisa de e registro das memórias das famílias de imigrantes e de escravos. Acima, uma entrevista feita por um dos alunos com um descendente de uma família de imigrantes alemães. Registro das entrevistas Registro das entrevistas Acima, um dos alunos faz a transcrição de uma entrevista com a senhora Benedita dos Passos, neta de um escravo. Seminário sobre a imigração em Petrópolis Seminário sobre a imigração em Petrópolis Os materiais elaborados pelos alunos foram apresentados aos colegas em forma de seminário. Juntos, os trabalhos da turma tornaram-se uma espécie de 'mosaico' sobre a história da cidade. Todo o conteúdo foi entregue a um centro cultural e virou material de pesquisa para os moradores de Petrópolis.

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