4 movimentos de extrema direita
Muitos grupos e partidos com bandeiras conservadoras e, às vezes, xenófobas e racistas, existem no mundo. Veja quais são os mais conhecidos
02/11/2016
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Jornalismo
02/11/2016
No mapa político global, chama a atenção o crescimento de movimentos de extrema-direita ou direita ultraconservadora - a francesa Marine Le Pen, líder do partido Front National (FN), entrevistada por VEJA (VEJA 2414, 25 de fevereiro de 2015), é uma das expoentes dessa corrente ideológica. Uma série de fatores explica a ascensão desses movimentos. Historiadores, como o francês Gérard Noiriel, mostram como as crises econômicas e seus efeitos devastadores tendem a favorecer os discursos que fazem dos imigrantes os bodes expiatórios. Esse fenômeno é ainda mais forte nos contextos onde o Estado-providência (também conhecido como Estado de bem-estar social) é tradicionalmente forte (como é o caso da Europa), mas se encontra ameaçado por cortes orçamentários. Gera-se nesses casos uma luta política pelos recursos onde os mais fracos - os estrangeiros - terminam sendo acusados de abusar dos benefícios estatais.
Porém, o incremento da extrema-direita não pode ser explicado apenas por problemas socioeconômicos. Há também uma crise profunda da democracia representativa, com uma perda de confiança generalizada nos partidos de governo tradicionais. A corrupção e a aparente incapacidade dessas organizações em lidar com o sistema financeiro global contribuíram para sua perda de legitimidade. Além disso, o aumento dos fluxos globais de população tem desestabilizado certos setores da opinião pública, que ficaram sem saber como adaptar-se a essa nova realidade multicultural e hoje conhecem uma forte crise de identidade. Os lideres políticos dos partidos tradicionais têm uma grande responsabilidade nisso porque não prepararam as sociedades para essas mudanças a partir de uma perspectiva integradora.
Nesse contexto, os movimentos de direita ganharam força.
É importante entender que há enormes diferenças entre eles, segundo os contextos nacionais e regionais, pois as fontes intelectuais e as trajetórias de cada uma delas são extremadamente diversas. Na Europa, por exemplo, eles são nacionalistas e defendem a soberania nos planos políticos e econômicos, rejeitando a União Europeia e suas instituições tecnocráticas. Porém, em cada região, têm características próprias, que se vinculam com uma longa história de ultranacionalismo. Veja a seguir:
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