Meme para o contexto
Plano de Aula
Plano de aula: As ideias de liberdade presentes na Revolta de Beckman
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Revoltas na América portuguesa
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF08HI05, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Impressões ou folhas de papel A4, lápis e canetas.
Modelo de Guia Turístico para atividade de sistematização:
Material complementar:
Texto “Historiador descobre que Pirâmide de Beckman é mais antiga do que se sabia”:
Imagem Pirâmide de Beckman e Pelourinho de São Luís:
Trecho do artigo sobre Revolta de Beckman:
CHAMBOULEYRON, Rafael.Duplicados Clamores: queixas e rebeliões na Amazônia Colonial (Século XVII). Projeto História, São Paulo, n.33, p. 159-178, dez. 2006. Disponível em:<https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/viewFile/2289/1383 >. Acesso em: 21 out. 2018.>
Para você saber mais:
Entrevista com historiador Euges Lima. IHGM. Disponível em: http://ihgm1.blogspot.com/2017/04/entrevista-inedita-sobre-revelacao-da.html Acesso em: 18 de novembro de 2018.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Com a turma organizada em grupos de até quatro alunos, projete ou escreva no quadro o objetivo da aula. Peça aos alunos que leiam em voz alta coletivamente ou leia para eles.
Contexto
Tempo sugerido: 13 minutos
Orientações: Questione aos alunos sobre o que entendem como revolta. Espera-se que suas respostas contemplem a ideia de que revolta é uma manifestação de indignação, insatisfação de pessoas que questionam alguma coisa, que apontam algo está errado. Caso necessário, proponha algumas questões para orientar o debate, por exemplo:
- Como nos sentimos quando estamos diante de uma situação que consideramos injusta?
Conhecendo o que é uma revolta, os alunos saberão então que o tema da aula trata de um movimento de pessoas que estavam insatisfeitas com algo.
Meme para impressão, caso queira disponibilizar para os alunos: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/mzjTCbMRbwJPqqQyWtdfXdZyMjw5aBdrfjMMZ8bkcq8TztpcZfKx3zTeNGK6/his8-05und01-meme-para-o-contexto.pdf
Contexto
Orientações: Peça aos alunos que façam a leitura do trecho do artigo de Rafael Chambouleyron: “Duplicados Clamores: queixas e rebeliões na Amazônia Colonial (Século XVII)”. Projete, imprima ou entregue o trecho para os alunos.
Após a leitura, solicite que os alunos identifiquem:
- A qual grupo social Manuel Beckman pertencia?
- Quais eram seus possíveis interesses ao se envolver nessa revolta?
- Qual a posição de Beckman sobre a escravidão de indígenas e africanos?
Os alunos devem identificar que Beckman era um dono de engenho e que possuía portanto interesses particulares a esse grupo social do qual fazia parte, ou seja, a elite colonial brasileira. Devem analisar que Beckman possuía interesses como conseguir mão de obra escravizada e aumentar seus lucro no engenho.
Quanto à terceira pergunta, devem perceber que Beckman apoiava a escravização dos indígenas e dos africanos. A Revolta de Beckman teve como uma das suas motivações o fato de que os donos de engenho queriam escravizar os indígenas “protegidos” pelos jesuítas, dada a escassez de escravizados africanos na região e os altos custos destes. Beckman era um dos donos de engenho, logo, tal como os demais donos de engenho não desejavam a liberdade desses povos.
Para você saber mais: Faça a leitura completa do artigo antes de ministrar a aula sobre a Revolta de Beckman com objetivo de entender o ambiente político, econômico e social em que ocorreu essa e outras revoltas no atual estado do Maranhão e a relação entre os proprietários de engenho da Companhia de Jesus e a coroa portuguesa nesses movimentos.
CHAMBOULEYRON, Rafael. Duplicados Clamores: queixas e rebeliões na Amazônia Colonial (Século XVII). Projeto História, São Paulo, n.33, p. 159-178, dez. 2006. Disponível em:<https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/viewFile/2289/1383>. Acesso em: 21 out. 2018
Problematização
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: Nessa parte da aula os alunos devem analisar o trecho que conta sobre a descoberta de um historiador no ano de 2014 (slide 5). De acordo com a pesquisa de Euges Lima, a Pirâmide de Beckman construída em homenagem ao líder da revolta estudada foi construída sobre a mesma base do antigo pelourinho de São Luís (destruída por populares e ex-escravizados após a abolição). A seguir, peça que observem a imagem e notem as semelhanças e diferenças entre o pelourinho e a Pirâmide de Beckman (slide 6).
Links para impressão do texto e da imagem:
Após a leitura do texto e análise da imagem, questione os alunos quanto aos simbolismos presentes ao se construir a pirâmide de Beckman sobre a base do antigo pelourinho da cidade. Algumas questões norteadoras podem ser:
- Qual motivo teria levado a construção de um monumento em homenagem a Beckman?
- Por que essa construção não foi feita em outro local?
- Qual referência do passado se apaga com esta reconstrução?
- Qual referência do passado é valorizada com esta reconstrução?
- Por que o antigo pelourinho foi destruído e por quem?
- Podemos estabelecer uma relação entre o monumento desconstruído e aquele que foi construído sobre a sua antiga base?
Com estas perguntas, pretende-se que os alunos percebam sobre o apagamento da memória referente aos escravizados (em suas expressões de resistência à escravidão), para valorizar uma narrativa heróica do líder da Revolta.
Com estas reflexões, a turma deve perceber acerca do amplo significado histórico em torno deste monumento, que inclui uma ação do Estado no sentido de desconstruir ou apagar uma parte da História do Brasil, marcada pela violência contra os escravizados, construindo no lugar disso uma narrativa heróica, em torno de um dono de Engenho que teria se revoltado contra as imposições da coroa portuguesa.
Como adequar à sua realidade: Nessa etapa, imprima os dois textos e a imagem para entregar aos alunos. Caso tenha disponibilidade, utilize mapas do território do Brasil para ajudar os alunos a localizar o estado do Maranhão. Para isso há a ferramenta do Google Maps: https://www.google.com/maps/place/Maranh%C3%A3o/@-5.6369376,-49.7681653,6z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x7edd77a9bcc1ce5:0x6276aba3d96c2934!8m2!3d-4.9609498!4d-45.2744159?hl=pt-BR
Para você saber mais:
Entrevista completa com historiador Euges Lima. IHGM. Disponível em: http://ihgm1.blogspot.com/2017/04/entrevista-inedita-sobre-revelacao-da.html Acesso em: 18 de novembro de 2018.
LIMA, Euges. “A Pirâmide do Campo de Ourique”. Blog do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Disponível em:
http://ihgm1.blogspot.com/2018/02/a-piramide-do-campo-de-ourique1.html Acesso em: 15/11/2018.
Problematização
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: Nessa parte da aula os alunos devem analisar o trecho que conta sobre a descoberta de um historiador no ano de 2014 (slide 5). De acordo com a pesquisa de Euges Lima, a Pirâmide de Beckman construída em homenagem ao líder da revolta estudada foi construída sobre a mesma base do antigo pelourinho de São Luís (destruída por populares e ex-escravizados após a abolição). A seguir, peça que observem a imagem e notem as semelhanças e diferenças entre o pelourinho e a Pirâmide de Beckman (slide 6).
Links para impressão do texto e da imagem:
Após a leitura do texto e análise da imagem, questione os alunos quanto aos simbolismos presentes ao se construir a pirâmide de Beckman sobre a base do antigo pelourinho da cidade. Algumas questões norteadoras podem ser:
- Qual motivo teria levado a construção de um monumento em homenagem a Beckman?
- Por que essa construção não foi feita em outro local?
- Qual referência do passado se apaga com esta reconstrução?
- Qual referência do passado é valorizada com esta reconstrução?
- Por que o antigo pelourinho foi destruído e por quem?
- Podemos estabelecer uma relação entre o monumento desconstruído e aquele que foi construído sobre a sua antiga base?
Com estas perguntas, pretende-se que os alunos percebam sobre o apagamento da memória referente aos escravizados (em suas expressões de resistência à escravidão), para valorizar uma narrativa heróica do líder da Revolta.
Com estas reflexões, a turma deve perceber acerca do amplo significado histórico em torno deste monumento, que inclui uma ação do Estado no sentido de desconstruir ou apagar uma parte da História do Brasil, marcada pela violência contra os escravizados, construindo no lugar disso uma narrativa heróica, em torno de um dono de Engenho que teria se revoltado contra as imposições da coroa portuguesa.
Como adequar à sua realidade: Nessa etapa, imprima os dois textos e a imagem para entregar aos alunos. Caso tenha disponibilidade, utilize mapas do território do Brasil para ajudar os alunos a localizar o estado do Maranhão. Para isso há a ferramenta do Google Maps: https://www.google.com/maps/place/Maranh%C3%A3o/@-5.6369376,-49.7681653,6z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x7edd77a9bcc1ce5:0x6276aba3d96c2934!8m2!3d-4.9609498!4d-45.2744159?hl=pt-BR
Para você saber mais:
Entrevista completa com historiador Euges Lima. IHGM. Disponível em: http://ihgm1.blogspot.com/2017/04/entrevista-inedita-sobre-revelacao-da.html Acesso em: 18 de novembro de 2018.
LIMA, Euges. “A Pirâmide do Campo de Ourique”. Blog do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Disponível em:
http://ihgm1.blogspot.com/2018/02/a-piramide-do-campo-de-ourique1.html Acesso em: 15/11/2018.
Sistematização
Tempo sugerido: 20 minutos
Orientações: Para que os alunos possam expressar o que compreenderam ao longo da aula, propõe-se uma atividade organizada em duas etapas.
- Organizados nos mesmos grupos do princípio da aula, os alunos devem preencher uma tabela comparando as ideias de liberdade pelos diferentes grupos sociais relacionados à Revolta de Beckman e ao monumento, a fim de organizar suas reflexões. Devem compreender e expressar que, para Beckman, a liberdade dos indígenas e africanos não deveria ser proibida, para que esses povos fossem escravizados pelos donos de engenho. Já para os ex-escravizados que destruíram o pelourinho, a liberdade era uma exigência, uma necessidade. A destruição do pelourinho no ano seguinte a abolição demonstra a indignação e a revolta desses povos com os séculos de escravidão e opressão.
- Após o preenchimento da tabela, os alunos devem montar um texto de um guia turístico, informando o local onde fica o monumento e as informações históricas trabalhadas na aula: o que havia no local deste monumento no século XIX, por que a Pirâmide foi construída, quem foi Beckman, os alunos devem finalizar o texto dizendo por que as pessoas deveriam visitar esse local. Espera-se que os alunos digam que o local deve ser visitado devido às contradições de sua construção e desconstrução. Os alunos devem fazer uma análise crítica sobre o fato de um monumento em homenagem a um homem da elite colonial, que desejava a continuidade da escravidão e da opressão de africanos e indígenas, ter sido construído sobre as bases do antigo pelourinho.
Como adequar à sua realidade: Imprima o modelo de tabela e guia e solicite que os alunos o preencham ou peça para que recriem seus modelos a partir dele.
Materiais para atividade
Modelo de tabela comparativa: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/8csApsGFBq6jfNJ9mWvQtKky8ZEKSS2KVxZqckdjTXJqdMmJ8apUH7SwyYa9/his8-05und01-tabela-comparativa.pdf
Modelo de folder para guia turístico: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/WsAAw9NXz7bnNDmWdXxyFQrSpxHW9nGr3VzdrC8Gqnbw42qapnAm6fxn9yGN/his8-05und01-modelo-guia-turistico.pdf
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: PDF com documentos de texto, imagem, áudio ou vídeo com orientações do professor.
- Optativas: Google Sala de Aula, Google Drive, Google Meet, Padlet.
Contexto
Nesta aula, você pode propor que os alunos trabalhem individualmente ou agrupados. Para trabalharem agrupados, os estudantes podem se comunicar através do Whatsapp, e-mail, Facebook, ou qualquer outra ferramenta que já utilizem. O importante é que troquem informações, se auxiliem na análise das fontes e nas discussões propostas. Você pode deixar que se agrupem livremente ou pode separá-los em duplas, trios ou grupos produtivos, de acordo com seu conhecimento sobre a turma.
Encaminhe o objetivo da aula, os dois documentos, o meme e o texto de Chambouleyron e os questionamentos propostos. Utilize a ferramenta que considerar mais acessível: e-mail, WhatsApp, Google Sala de Aula ou outro meio de comunicação.
- O que é revolta?
- Como nos sentimos quando estamos diante de uma situação que consideramos injusta?
- A qual grupo social Manuel Beckman pertencia?
- Quais eram seus possíveis interesses ao se envolver nessa revolta?
- Qual a posição de Beckman sobre a escravidão de indígenas e africanos?
Dê um tempo para que os alunos possam refletir e responder. Eles podem fazer isso no próprio grupo da sala, em forma de texto, áudio ou vídeo. Você pode encaminhar pequenos áudios ou vídeos esclarecendo dúvidas e acrescentando informações que achar necessárias.
Problematização
Nesta etapa, os alunos podem continuar trabalhando agrupados ou separadamente.
Encaminhe os dois documentos com as imagens e o texto sobre a Pirâmide de Beckman e os questionamentos propostos.
- Qual motivo teria levado a construção de um monumento em homenagem a Beckman?
- Por que essa construção não foi feita em outro local?
- Qual referência do passado se apaga com esta reconstrução?
- Qual referência do passado é valorizada com esta reconstrução?
- Por que o antigo pelourinho foi destruído e por quem?
- Podemos estabelecer uma relação entre o monumento desconstruído e aquele que foi construído sobre a sua antiga base?
Estabeleça um prazo para que os alunos possam responder aos questionamentos. Você pode encaminhar pequenos áudios ou vídeos contextualizando as fontes, esclarecendo dúvidas, chamando a atenção para informações presentes nas fontes que os alunos possam não ter percebido e acrescentando informações sobre a revolta ou o período histórico etc.
Outra possibilidade é agendar um momento síncrono para que os alunos possam compartilhar as suas respostas com você e com o restante da turma.
Sistematização
Nesta etapa, os alunos podem continuar trabalhando agrupados ou individualmente. Eles podem produzir os quadros e texto conjuntamente, utilizando um documento do Google Docs compartilhado pelo grupo no Google Drive, ou conversando por Whatsapp, por exemplo. Também podem fazer o quadro e o texto no caderno e enviar fotografias das produções.
Você pode criar um mural no Padlet, para que os alunos postem os quadros comparativos e textos, ou eles podem enviá-las no grupo da sala pelo Whatsapp, Google Sala de Aula, Facebook etc.
Incentive-os a compartilharem os textos com os colegas e comentarem as produções uns dos outros.
Convite às famílias
Incentive os estudantes a compartilharem as criações com familiares e amigos através das redes sociais.
Caso haja interesse, as famílias podem assistir aos episódios do documentário História do Brasil por Bóris Fausto, disponíveis no site da Tv Escola, que apresentam de maneira bastante didática, os principais aspectos de todos os períodos da História do Brasil (disponível aqui).
O site Era Virtual disponibiliza visitas virtuais a vários museus brasileiros, o que pode enriquecer muito o aprendizado da História de nosso país (disponível aqui).
Tutoriais sobre as ferramentas propostas neste plano
Google Sala de Aula (como criar e postar atividades):disponível aqui.
Google Sala de Aula (como criar uma turma): disponível aqui.
Google Drive (como organizar pastas): disponível aqui.
Google Meet (como criar uma reunião online): disponível aqui.
Padlet (como usar): disponível aqui.
Google Apresentações (como usar): disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Thayane da Rocha Cruz Dias Freitas
Mentor: Bianca Silva
Especialista: Sherol dos Santos
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 8º ano do Ensino Fundamental
Unidade temática: O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise
Objeto (s) de conhecimento: Rebeliões na América portuguesa: as conjurações mineira e baiana
Habilidade(s) da BNCC: (EF08HI05) Explicar os movimentos e as rebeliões da América portuguesa, articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa e nas Américas
Palavras Chave: Revolta, Maranhão, Escravidão, Monumento.
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