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Jornalismo

Leitura em vários gêneros

As questões exigem familiaridade com fábulas, notícias, contos etc. Nesse sentido, Beatriz Gouveia, coordenadora do programa Além das Letras, do Instituto Avisa Lá, e Kátia Brakling, professora do Instituto Superior de Educação Vera Cruz, ambos em São Paulo, que analisaram a prova, indicam como organizar atividades em sala de aula com textos diversos

PorNOVA ESCOLA

03/10/2016

CÓCCO, Maria Fernandes; HAILER, Marco Antônio. Alp Alfabetização: Análise, Linguagem e Pensamento. São Paulo: FTD, 1995, p. 149.

D1
1
A bicicleta pode ser paga em
(A) três vezes.
(B) seis vezes.
(C) dezoito vezes.
(D) vinte e seis vezes.

Análise A resposta exige articular informações apresentadas no anúncio. Para saber que a bicicleta pode ser paga em três vezes - implícito na expressão "3X R$ 62,90 sem juros" -, é preciso conhecer a finalidade dos textos do gênero. O aluno tem de identificar o "X" como correspondente ao item lexical "vezes", apresentado na pergunta.
Orientações Realize em sala leituras regulares de textos organizados nesse gênero, trabalhando a capacidade de articular as informações apresentadas. Prossiga o trabalho com outros gêneros e diversos graus de complexidade. Exercite a capacidade de identificar as finalidades do texto e as consequências disso em sua organização, as informações necessárias para que ele cumpra sua função, os blocos de informações apresentadas, como se relacionam à finalidade etc.


A boneca Guilhermina

MUILAERT, A. A Boneca Guilhermina. In: As Reportagens de Penélope. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997, p. 17. Coleção Castelo Rá-Tim-Bum - Vol. 8.

D3
2
No trecho "Mas quando ela chora, eu não aguento" (l. 7), a expressão sublinhada significa, em relação à dona da boneca, sentimento de
(A) paciência.
(B) pena.
(C) raiva.
(D) solidão.

Análise Reler o texto avaliando o contexto e as pistas linguísticas e articulando as informações de diferentes trechos é o meio de cumprir a tarefa. Em seguida, a criança deve relacionar as possibilidades que levantou com as alternativas apresentadas na questão e selecionar a que considerar mais adequada.
Orientações Para desenvolver essa habilidade com seus alunos, é importante ler e discutir com eles os diferentes sentidos que as palavras ou expressões podem adquirir em contextos diferentes. Em um momento posterior, sugira a leitura compartilhada, realizada de maneira coletiva ou em duplas. Ela é um ótimo recurso para exercitar a interpretação de um texto e a habilidade de inferir os significados que as palavras e expressões assumem.


D11
3
O trecho "A Guilhermina é a boneca mais bonita da rua" (l. 8) expressa
(A) uma opinião da dona sobre a sua boneca.
(B) um comentário das amigas da dona da boneca.
(C) um desejo da dona de Guilhermina.
(D) um fato acontecido com a boneca e a sua dona.

Análise Como a questão está baseada em um texto narrativo com linguagem fácil e com um tema muito próximo à realidade dos alunos, eles não têm dificuldade para encontrar a resposta correta.
Orientações Leve a garotada a distinguir um fato da opinião sobre ele por meio do trabalho com gêneros variados em um mesmo ano de escolaridade. Em situações de leitura e escrita, aborde trechos em que apareçam opiniões sobre um aspecto, pontuando escolhas lexicais (adjetivação do fato ou das atitudes, uso de advérbios etc.), dos articuladores usados para introduzir opiniões e contraopiniões (no entanto, apesar disso etc.) e recursos de modalização (advérbios, verbo auxiliar modal etc.). Faça a turma relacionar as marcas linguísticas e a possibilidade de manifestar opinião.


D4
4
A terceira moça foi a escolhida pelo rapaz porque ela
(A) demonstrou que era cuidadosa e paciente.
(B) era mais rápida que as outras.
(C) provou que os últimos serão os primeiros.
(D) agradou a senhora da história.

Análise O caminho aqui é compreender o texto como um todo e buscar o sentido que motivou a proposta da velha senhora. Apesar de as ações estarem descritas em uma linguagem simples, os valores que levaram a mulher a propor a prova (economia, não desperdiçar, ser paciente) podem não ser entendidos.
Orientações Sugira a leitura coletiva de um texto semelhante e peça que os alunos levantem diferentes sentidos para as expressões destacadas e depois confronte-as com as pistas do texto. Analise com eles os caminhos feitos pelos colegas para encontrar a resposta. A seguir, apresente outro texto e proponha a mesma tarefa em dupla. Organize a socialização das conclusões enfatizando a necessidade de recuperar as pistas do texto que permitem sustentar as respostas e comente as posições diferentes que circulam na sala.


D7
5
No texto, a primeira moça era
(A) bondosa.
(B) esperta.
(C) gulosa.
(D) inteligente.

Análise O enunciado pede uma informação pontual, correspondente à característica da primeira moça. É preciso voltar ao trecho do texto que se refere ao comportamento da personagem, identificar suas características e relacioná-las a uma das alternativas.
Orientações Comece a trabalhar essa habilidade com base em textos mais simples e, gradativamente, selecione outros mais complexos para discutir os elementos que constituem uma narrativa ficcional como a apresentada na questão e que podem ajudar no processo de compreensão do texto. É possível trabalhar com os mesmos gêneros do 1º ao 5º ano, mas é preciso ter o cuidado de ampliar a complexidade dos textos à medida que se avança na escolaridade.


O Menino Que Mentia

BENNETT, William J. O Livro das Virtudes para Crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

D4
6
No final da história, pode-se entender que
(A) as ovelhas fugiram do pastor.
(B) os vizinhos assustaram o rebanho.
(C) o lobo comeu todo o rebanho.
(D) o jovem pastor pediu socorro.

Análise A questão busca apenas a compreensão do sentido da expressão "perdeu todo o rebanho". Para acertá-la, é necessário saber que o lobo é predador de ovelhas e relacionar as expressões "atacar as ovelhas" e "perdeu todo o rebanho" com a possibilidade de o lobo ferir os animais.
Orientações É importante que as crianças leiam fábulas para conhecer o gênero e as pistas que ajudam na atribuição de sentido. Desenvolva uma atividade de leitura de fábulas, focando as diferentes formas de apresentação das características recorrentes desse gênero (conteúdo temático, organização do texto e recursos de estilo) e os diferentes sentidos que são construídos em cada uma das versões estudadas.


D9
7
O texto tem a finalidade de
(A) dar uma informação.
(B) fazer uma propaganda.
(C) registrar um acontecimento.
(D) transmitir um ensinamento.

D9
8
O objetivo do texto é
(A) alertar.
(B) anunciar.
(C) criticar.
(D) divertir.

Análise Nas questões referentes a este descritor, exige-se familiaridade com o gênero do texto e suas características: esfera em que circula, conteúdo temático e, em especial, sua finalidade. A questão 7, referente ao texto O Menino Que Mentia, se refere a uma fábula, um gênero narrativo cujo objetivo é transmitir valores morais por meio do exemplo dos personagens, que funcionam como protótipos de virtudes e defeitos humanos. Também no que se refere ao item 8, baseado na tirinha da Mônica, a criança pode acertar a pergunta se tiver o domínio das características delas (relacionar imagem e texto verbal, os efeitos provocados por recursos gráficos etc.), se encontrar pistas, como a expressão dos personagens no último quadrinho e a frase "devolvida" pelo eco, e se souber que o gênero tem a finalidade de divertir. Issonão significa, porém, que ela tenha compreendido seu sentido de humor.
Orientações É essencial promover atividades com textos de gêneros diversos, explicitando as diferentes finalidades: entreter, transmitir valores, discutir questões polêmicas de relevância social, apresentar instruções de montagem, orientar o preparo de um prato, apresentar informações sobre um fato histórico e anunciar um produto a ser vendido, entre outras. É essencial que os alunos compreendam que a leitura de uma tirinha é diferente daquela feita para buscar uma informação. Do mesmo modo, a que tem a finalidade de estudar mais sobre um assunto difere da feita para fazer uma receita. Em cada uma, o leitor assume comportamentos diversos porque têm propósitos diferentes em relação aos textos.


Sobrenome

PAES, José Paulo. Lé com Cré. São Paulo: Ática, 1996.

D6
9
O assunto do texto é como
(A) as pessoas resolvem seus problemas.
(B) as pessoas tiram carteira de identidade.
(C) o condomínio de um prédio é formado.
(D) o Frankenstein ganhou um sobrenome.

Qualquer Vida é Muita Dentro da Floresta

ÍNDIOS TICUNA. Qualquer Vida É Muita Dentro da Floresta. In: O Livro das Árvores. 2. ed. Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngues, 1998, p. 48

D6
10
A ideia central do texto é
(A) a chuva na floresta.
(B) a importância do Sol.
(C) a vida na floresta.
(D) o movimento das águas.

Análise A construção de um entendimento global requer relacionar todas as informações oferecidas no texto. O poema Sobrenome tem uma leitura fácil porque recuperar fatos narrados temporalmente é uma habilidade já construída nessa faixa etária. Além disso, ele apresenta um conjunto de palavras simples, com alguma rima, uma temática lúdica e uma linguagem muito próxima do universo infantil. Embora Qualquer Vida É Muita Dentro da Floresta também tenha uma linguagem de fácil compreensão para as crianças e metáforas simples, como "ilumina as folhas" ou "as luzes dos vaga-lumes são estrelas na terra", o texto apresenta recursos figurativos e poéticos, o que pode trazer maior dificuldade na reconstrução dos sentidos globais.
Orientações Uma boa atividade é pedir que todos leiam um texto individualmente antes da discussão coletiva. Oriente-os a, durante a leitura, ir agrupando blocos de informações e apontando as relações estabelecidas entre eles. Com o estudo do texto, é possível chegar ao conteúdo global e principal dele. Ofereça também aos estudantes oportunidades em que possam relacionar informações implícitas e explícitas e realizar inferências para construir o sentido global do texto. Para ajudá-los nessa tarefa, oriente-os a anotar ao lado de cada parágrafo do texto que estão lendo o que acham ser a ideia mais relevante abordada ali.


D8
11
O que diz o trecho
"Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento."
acontece porque
(A) aparecem estrelas.
(B) brotam flores.
(C) chega o sol.
(D) vem o vento.

Análise Neste item, o estudante tem de descobrir o motivo pelo qual a situação descrita nos três últimos versos ocorre. Para descobrir relações de causalidade como essas, é preciso vincular as partes do texto. Nesse caso, ele necessita fazer a ligação desses três versos ao anterior: "E com o sol vem o dia".
Orientações Em sala, mostre que as relações de causalidade têm a ver com a finalidade do texto e com a natureza do seu conteúdo temático. Ao propor o estudo de exemplos variados, é recomendável analisar as diferentes explicações e posições que os alunos assumem no que se refere ao que é causa e ao que é efeito de determinado fato, fenômeno ou ação. Foque, inclusive, os articuladores utilizados para estabelecer essas relações.


D2
12
No trecho "Há uma vida dentro dela que setransforma sem parar" (v. 4-5), a palavra sublinhada refere-se à
(A) floresta.
(B) chuva.
(C) terra.
(D) cor.

Análise O foco, aqui, é a identificação do referente que foi substituído por uma contração (dela). É necessário ler o texto inteiro para identificar que "dela" se refere à floresta, pois o referente e a palavra que o substitui não estão no mesmo período.
Orientações Para garantir os sentidos de um texto, as diferentes informações que vão sendo apresentadas são ligadas por meio de expressões que retomam aspectos citados anteriormente ou que anunciam outros que serão tratados a seguir. Para aprofundar esse conhecimento, peça que a meninada analise textos com recursos coesivos variados, como pronomes (pessoais, demonstrativos, possessivos, relativos), numerais, sinônimos, hiperônimos e elipses, entre outros recursos. É importante a identificação de referente e coesivo no mesmo período e em períodos diferentes.


Eva Furnari

http:llcaracal.imaginaria.cam/autografas/evafurnari/index.html

D2
13
No trecho "Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu prêmios, entre eles contam o Jabuti" (l. 19-20), a palavra destacada refere-se a
(A) lápis.
(B) livros.
(C) pincéis.
(D) prêmios.

Análise Neste caso, a informação solicitada está na frase que serve de enunciado para a questão: relendo-a, a criança terá de identificar que o referente "prêmios" foi substituído pelo pronome "eles".
Orientações A habilidade requerida por este descritor deve ser exercitada com base na leitura de textos de vários gêneros e de diferentes graus de complexidade. Durante a atividade, proponha a identificação dos referentes e das palavras que os substituem (os coesivos). É necessário lembrar ainda que, assim como a leitura, a escrita também traz avanços nessa habilidade. Estar no lugar de produtor de texto, em que frequentemente se defronta com problemas semelhantes, é outro meio de obter avanços como leitores.


D12
14
O trecho que contém uma ideia de tempo é
(A) "Eva Furnari nasceu em Roma" (l. 2).
(B) "radicando-se em São Paulo" (l. 3).
(C) "formando-se no ano de 1976" (l. 11).
(D) "seu primeiro livro foi lançado pela Ática" (l. 15-16).

Análise O que se pretende, neste item, é que o estudante identifique entre os complementos grifados qual apresenta uma ideia de tempo entre quatro alternativas que mostram complementos de natureza diferentes (além da resposta correta, há dois exemplos de lugar e um agente da passiva).
Orientações Para aprimorar o saber da turma referente a essa habilidade, proponha atividades nas quais seja necessário ler um texto identificando problemas de compreensão provocados pela utilização de articuladores equivocados. Outra sugestão é retomar um trecho de determinado texto e retirar dele os articuladores que se pretende focalizar. Depois peça à classe que complete as lacunas de modo que relações específicas sejam estabelecidas, indicando quais são elas.


BIRD, M. Manual Prático de Bruxaria. 2. ed. São Paulo: Editora Ática, 1997, p. 25.

D2
15
No trecho "Caso a vassoura não preste, ela poderá ter outras utilidades", a palavra sublinhada refere-se à
(A) altura do voo.
(B) bengala da bruxa.
(C) bruxa machucada.
(D) vassoura mágica.

Análise Para responder à pergunta, o aluno precisa relacionar o pronome "ela" (coesivo) à vassoura (referente). A resposta está no último quadrinho do texto, trecho de um suposto manual de instruções sobre como construir e utilizar uma vassoura de bruxa.
Orientações Uma boa atividade para aprimorar essa habilidade é distribuir às crianças um texto em que o coesivo não recupera corretamente o referente. Exemplo: em vez de se relacionar a ele no singular, faz isso no plural. O objetivo é que elas percebam, durante a leitura, que essa troca gera um problema de compreensão. Quando identificarem isso, peça que substituam o coesivo errado pelo correto.


D13
16
No texto, uma PASSAGEM ENGRAÇADA é
(A) "Amarre um feixe de ramos secos".
(B) "A versão moderna da vassoura tem suas limitações".
(C) "Bata numa superfície dura".
(D) "Enfie o cabo da vassoura no feixe".

Análise Trata-se de um texto ficcional apoiado em imagens ilustrativas que dialogam com o texto verbal, apresentando novos sentidos e complementando os já apresentados. Para compreendê-lo, o aluno precisa ter repertório, além de saber como são constituídos os efeitos de humor. Para vencer o desafio, é preciso articular as quatro alternativas com as imagens correspondentes a cada uma delas e identificar qual revela um maior efeito de humor.
Orientações Abuse das situações de interação dos alunos com textos que utilizam recursos expressivos para criar o efeito de humor, como tirinhas, histórias em quadrinhos, piadas e crônicas. Procure verificar com eles o que provoca esse efeito e o que é preciso saber para compreendê-lo.


D5
17
O texto é divertido, PRINCIPALMENTE, porque
(A) apresenta uma bruxa trapalhona e medrosa.
(B) dá instruções sobre como fabricar uma vassoura.
(C) ensina como a bruxa deve limpar a sua casa.
(D) trata de como fazer uma vassoura e usá-la no fogão.

Análise Para decidir se A Vassoura apresenta uma bruxa trapalhona e medrosa, o aluno deve saber que em charges e quadrinhos as linguagens verbal e não verbal se complementam. Assim, ele percebe a interação entre o desenho carregado de ironia e o texto escrito.
Orientações Se o descritor requer a habilidade de reconhecer relações entre recursos verbais e não verbais, é fundamental oferecer às crianças a oportunidade de ler obras que integrem textos verbais com material gráfico: as tradicionais histórias em quadrinhos, charges em jornais e textos publicitários e tirinhas, entre outros. Além disso, também é possível ampliar esse contato com os textos de outras disciplinas que incluam mapas, gráficos e tabelas.


Toda Mafalda. Joaquim Salvador Lavado, (Quino), São Paulo: Martins Fontes. 1993, p.111

D5
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A menina do texto
(A) chora de tristeza ao verificar que está trocando dentes.
(B) está trocando seus dentes de leite e não gosta disso.
(C) reclama da dor que sente ao trocar os dentes.
(D) usa o espelho para observar a beleza dos seus dentes.

Análise A compreensão da tirinha de Mafalda oferece um grau de dificuldade maior do que o apresentado na questão anterior. A criança tem de ter familiaridade com o gênero, ler todos os quadrinhos, compreender a sequência de falas e identificar a expressão de irritação e braveza da personagem no fim, assim como a relação que estabelece com a situação contemporânea de crise econômica.
Orientações Um exercício interessante para ampliar a familiaridade e os conhecimentos da classe sobre textos desse tipo é selecionar tirinhas de vários autores e comparar a maneira de cada um deles usar os recursos típicos desse gênero. Por exemplo: os diferentes tipos de balão, as onomatopeias, o recurso de articuladores de tempo no topo do quadrinho etc.


Texto I

AZEVEDO, Ricardo. Nossa Rua Tem um Problema. São Paulo: Paulinas, 1986.

Texto II

Francesco Tonucci. Com Olhos de Criança. Lisboa, Instituto Piaget - Revista Aprendizagem/Desenvolvimento, 1988, p. 89 (Adaptado ao português do Brasil)

D15
19
Os dois textos falam sobre pais, mas apenas o segundo texto
(A) trata dos horários impostos pelos pais.
(B) comenta sobre as broncas dos pais.
(C) fala sobre as brincadeiras dos pais.
(D) discute sobre o que os pais fazem.

Análise O aluno deve ler os dois textos, indicando o conteúdo global. Depois, comparar as sínteses e identificar semelhanças e diferenças. Por fim, avaliar a alternativa correspondente ao tema do segundo texto.
Orientações Exponha diferentes textos (de um mesmo gênero ou não) relacionados a um único tema e com diferentes ideias.Discuta que, embora tratem do mesmo assunto, eles podem expressar sentidos diferentes em função da intenção do autor.


D10
20
No texto "Meu Diário", frases como
"Pai é um negócio fogo..."
"...o Beto é o maior folgado..."
e "...mixou a brincadeira"
indicam um tipo de linguagem utilizada mais por
(A) idosos.
(B) professores.
(C) crianças.
(D) cientistas

Feias, Sujas e Imbátiveis (fragmento)

Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, nº 151, fevereiro de 2004, p. 26.

D10
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A expressão "Vai encarar?" (l. 3) é marca de linguagem
(A) científica.
(B) formal.
(C) informal.
(D) regional.

Análise É essencial para dar conta da tarefa identificar quem fala no texto e para quem ele se destina. No caso de Meu Diário, o leitor precisa perceber que se trata de literatura infanto-juvenil. Assim, compreenderá as escolhas feitas pelo autor ao utilizar as expressões citadas. No item referente ao texto Feias, Sujas e Imbatíveis, o estudante precisa notar que ele circula na esfera jornalística e tem a finalidade de divulgar conhecimentos científicos para um público mais jovem - crianças e adolescentes. Assim, pode compreender que a utilização da expressão "vai encarar" provavelmente se deve à intenção de se aproximar mais do leitor.
Orientações Para desenvolver a habilidade relacionada a esse descritor, as crianças precisam ter contato com textos nos quais as diferentes variedades linguísticas sejam apresentadas. Indique atividades sobre o tema e deixe claro para elas a relação entre a utilização de determinado recurso linguístico e os efeitos de sentido decorrentes de seu emprego. Uma forma de fazer isso é trabalhar com as características do contexto de produção de texto, já que a escrita também leva à formação de um leitor mais qualificado. Outra opção é propor que os alunos procurem em diferentes leituras as marcas que mostrem a intenção do autor de conversar com o interlocutor (leitor). Muitos textos narrativos ficcionais usam esse recurso. A pista, nesse caso, é procurar momentos em que se rompe esse fluxo narrativo.


D14
22
No trecho "Vai encarar?", o ponto de interrogação tem o efeito de
(A) apresentar.
(B) avisar.
(C) desafiar.
(D) questionar.

Análise Para identificar que sentido a interrogação dá à expressão, deve-se conhecer o uso regular dessa pontuação e comparar com o contexto em que foi empregada aqui. Será que o autor está fazendo uma pergunta de verdade? Ele espera uma resposta? Ou está apenas querendo provocar o leitor?
Orientações Uma das estratégias para exercitar essa habilidade com as crianças é orientá-las a analisar a função dos sinais de pontuação num texto. Estude o uso deles em variados contextos, mostrando as nuances de significação que pode apresentar um mesmo sinal (um ponto de exclamação cria diferentes efeitos de sentido, em especial se combinado com a interrogação e as reticências). Fundamental é que elas percebam como a pontuação pode ser significativa para o sentido do texto. Tanto que pode ser um recurso estilístico do autor.

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