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Plano de Aula
Plano de aula: O território de hoje nem sempre foi o de ontem!
Tem interesse no tema "Neurociência, adolescências e engajamento nos Anos Finais"?
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Descrição
Este plano destaca a importância de compreender conceitos fundamentais na organização do espaço geográfico, como território, governo, Estado e nação, bem como suas consequências para alguns grupos, que contribuem para a constante reconfiguração de países ao longo do tempo. O plano também evidencia como regimes totalitários perseguiram determinadas nações, provocando deslocamentos que moldaram novos territórios globalmente.
Materiais sugeridos
Equipamentos e dispositivos:
Computador, tablet ou celular com acesso à Internet.
Materiais diversos:
Cartões-conceitos, mapa-mundi.
Unidade temática (História, Geografia, Arte)/Prática de Linguagem (Língua Portuguesa)
- Conexões e escalas
Habilidades BNCC:
Objeto de conhecimento
- Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania
Objetivos de aprendizagem
- Reconhecer os impactos de governos totalitários na formação de novos territórios ao longo da história.
Competências gerais
1. Conhecimento.
3. Repertório cultural.
7. Argumentação.
9. Empatia e cooperação.
Acesse
- Enciclopédia do Holocausto: https://encyclopedia.ushmm.org/pt-br
- Direito internacional (site da ONU): https://www.un.org/
- Análise do tamanho de diferentes territórios em relação a outros: https://thetruesize.com/
- Cultura judaica: https://jewishlearningcollab.org/
- Analisar diferentes obras sobre a ideia de nação: https://artsandculture.google.com/
- A diáspora judaica em Roma das origens até Nero: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/128814
Bibliografia
- ARENDT, Hannah. As origens do totalitarismo. Lisboa: Dom Quixote.
- FRANK, Anne. Diário de Anne Frank. Lisboa: Livros do Brasil.
- RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática.
- RATZEL, Friedrich. Geografia do Estado. Vitória da Conquista: Edições UESB.
- SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
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Aula
Sobre esta aula
Tempo previsto: 50 minutos.
Este plano de aula tem como objetivo compreender a formação de novos Estados e territórios no período pós-Segunda Guerra Mundial, de modo que os estudantes sejam capazes de compreender que a formação de um Estado é resultado de um território administrado por um governo e que, ao longo da história, diferentes interesses espaciais criaram, remodelaram e até mesmo suplantaram alguns Estados na formação de outros.
Dificuldades antecipadas:
É muito importante considerar que a formação de um Estado não é resultado de um processo harmônico, nem tampouco algo que atenda aos interesses de toda a população. Muitos Estados surgem após rompimentos com modelos democráticos ou até mesmo monárquicos de governo, como ocorreu em algumas estruturas totalitárias de países do continente europeu (Alemanha, Itália, URSS), que formaram Estados marcados por forte centralização na figura do governo, em detrimento da população.
Durante a aula, é essencial destacar que o totalitarismo busca, em sua essência, conduzir a população a acreditar que o modelo implementado é o melhor para todos que compõem o Estado, com base em uma ideologia. Esse regime, no entanto, não reconhece as diferenças existentes dentro da sociedade, sobretudo as minorias e, quando um determinado grupo não se adequa ao modelo imposto, acaba sendo perseguido de todas as formas possíveis.
Também pode ser levantada nesta aula a questão da ditadura militar no Brasil, comparando-a a um processo totalitário. É importante explicar aos estudantes que, apesar de os conceitos muitas vezes serem usados no mesmo contexto de discussão, eles não são iguais. Na ditadura militar, o controle do Estado se dá por uma lógica de centralização política, enquanto o totalitarismo busca a transformação completa de um Estado, principalmente pela implementação de uma ideologia com o objetivo de promover mudanças sociais profundas.
Embora muitas ditaduras militares adotem alguns elementos totalitários, como censura e perseguição, por exemplo, elas não carregam, necessariamente, uma ideologia de mudança “de cima para baixo”. Por isso, uma ditadura difere de um regime totalitário, caracterizando-se pelo autoritarismo e mantendo-se no poder pela força de seus agentes estatais.
Por isso, é de fundamental importância apresentar, durante as conversas e reflexões que vierem a surgir na aula, conceitos como autoritarismo, totalitarismo, ditadura militar, Estado e território, para assim estruturar um conhecimento crítico e fundamental na construção do saber.
Conversa inicial/Introdução
Tempo previsto: 20 minutos.
Observação muito importante: caso a escola tenha projetor, aconselha-se a utilização de slides para melhor ilustrar a aula, seguindo as orientações para professores, que podem ser acessadas ao clicar no arquivo com o botão direito e habilitar o "modo de exibição do apresentador". No entanto, caso a escola não possua o projetor, utilize apenas materiais básicos, tais como os cards dos conceitos que devem ser impressos e o mapa-múndi apenas com o contorno dos continentes (materiais disponíveis neste plano).
Assim que chegar na sala e, após a organização inicial dos estudantes (que costuma levar de 2 a 3 minutos), comente com eles uma situação hipotética:
– Imaginem que moram em uma casa e, em determinado dia, passam a não poder escolher nada dentro dela. Com o passar do tempo, acabam sendo obrigados, por questão de sobrevivência, a sair daquilo que um dia tinha sido sua própria casa.
Após relatar essa situação hipotética aos estudantes, fale para eles que foi exatamente isso que aconteceu com milhões de pessoas após a Segunda Guerra Mundial, e que a aula vai buscar entender quais foram as motivações que levaram vários grupos a procurar outros Estados e territórios depois da Segunda Guerra Mundial.
Forme quatro grupos e distribua cartões que tragam, de maneira bastante objetiva, conceitos para fundamentar as discussões, como território, governo, nação e totalitarismo. Peça para os estudantes, em um primeiro momento, lerem e explicarem o que entenderam dos cartões, de modo a conduzir o desenvolvimento conceitual da aula. Permita que eles falem sobre suas percepções ao analisar as imagens e os conceitos presentes nos cards.
Comente brevemente com a turma que alguns Estados, ao longo da história, foram organizados e planejados por poucas pessoas e que, por causa da ideologia desse grupo, a grande maioria da população acabou sendo influenciada. Aqueles que não aceitavam os modelos do Estado acabaram sendo perseguidos, tornando-se então um Estado totalitário, que separa culturas e origens, a fim de valorizar apenas uma nação, sendo esse processo chamado de totalitarismo.
Após as discussões iniciais, pergunte aos estudantes se a formação de um Estado costuma ocorrer de maneira pacífica. Espera-se que eles reconheçam que a construção de um Estado acontece a partir de um território delimitado e que este Estado é administrado por um governo, que pode ser ou não eleito pelo povo. Aqui, é importante também mostrar que muitos Estados, ao longo da história, foram formados após a união ou o desmembramento de diferentes povos.
Sugestão de perguntas que podem ser realizadas para os estudantes para guiar as discussões:
– O que leva uma parte da população a acreditar que um grupo pode ter total controle de um Estado?
Espera-se que os estudantes compreendam que, em momentos de medo e insegurança, parte da população pode acreditar em discursos que prometem ordem e soluções rápidas para os problemas do país. A propaganda política, a manipulação da informação e a criação de inimigos comuns também contribuem para que as pessoas aceitem a ideia de que um único grupo ou líder deve ter controle total, acreditando que isso trará estabilidade e segurança.
– Será que, quando um determinado Estado está passando por crises econômicas, isso pode ser uma chance para a ascensão de um sistema totalitário?
Espera-se que os estudantes reconheçam que crises econômicas, sociais ou políticas tornam a população mais vulnerável a propostas radicais e autoritárias. Nessas situações, líderes totalitários podem se aproveitar do desemprego, da pobreza e do desespero social para convencer as pessoas de que apenas medidas extremas podem resolver os problemas. O nazismo na Alemanha, por exemplo, ganhou apoio popular após a crise de 1929, quando a população buscava alternativas rápidas para superar a fome e o desemprego.
– Vocês conhecem alguns governos no mundo que tomaram posturas totalitárias ao longo da história?
Espera-se que os estudantes citem exemplos históricos de regimes totalitários, como a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini, a União Soviética de Stálin ou a China de Mao Tsé-Tung. Esses governos tinham características em comum, como o uso da censura, a perseguição a opositores, a exaltação da figura do líder, o controle rígido da sociedade e a propaganda massiva para manipular a população. A reflexão deve levar à compreensão da importância da democracia e da defesa dos direitos humanos para evitar a repetição de regimes autoritários.
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