Plano de Aula

Plano de aula: Brincadeiras e jogos do Brasil: região Sul

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Descrição

Este plano propõe que os estudantes percebam a influência da cultura nas brincadeiras e dos jogos da região Sul, por meio da experimentação, da fruição e da discussão.  

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

  • Brincadeiras e jogos do Brasil e do mundo.
  • Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana.

Objetivos de aprendizagem

  • Experimentar brincadeiras e jogos populares da região Sul.
  • Conhecer brincadeiras e jogos populares da região Sul.
  • Identificar as capacidades físicas e habilidades motoras nas brincadeiras e jogos populares da região Sul.
  • Construir registro de linguagens (fotos, desenhos, pesquisas, áudios, filmagens etc.) das brincadeiras e jogos populares da região Sul.
  • Pesquisar sobre as origens dos jogos populares da região Sul, que remetem à colonização da região, e a influência da localidade no seu modo de prática.
  • Comparar jogos populares da região Sul com outras modalidades que conhecem e com aquelas sobre as quais estudaram anteriormente, buscando semelhanças e diferenças entre elas.
  • Observar as características dos espaços que frequentam no seu dia a dia em que jogos e brincadeiras aprendidos na escola podem ser vivenciados e compartilhar essas experiências com os colegas.
  • Pesquisar na comunidade e no entorno da escola locais para experimentação segura das brincadeiras e jogos populares da região Sul.
  • Observar a presença da influência das matrizes africana e índigena nas brincadeiras e jogos vivenciadas e discutir sobre a importância do respeito às diversidades étnicas.

Competências gerais

1. Conhecimento

2. Pensamento científico, crítico e criativo

3. Repertório cultural.

8. Autoconhecimento e autocuidado

9. Empatia e cooperação

10. Responsabilidade e cidadania

Brincadeiras e jogos na BNCC

O texto da BNCC traz o seguinte conteúdo referente à unidade temática de brincadeiras e jogos:

[...] atividades voluntárias exercidas dentro de determinados limites de tempo e espaço, caracterizadas pela criação e alteração de regras, pela obediência de cada participante ao que foi combinado coletivamente, bem como pela apreciação do ato de brincar em si. Essas práticas não possuem um conjunto estável de regras e são recriados, constantemente, pelos diversos grupos culturais. Mesmo assim, é possível reconhecer que um conjunto grande dessas brincadeiras e jogos é difundido por meio de redes de sociabilidade informais, o que permite denomina-los populares. São igualmente relevantes os jogos e as brincadeiras presentes na memória dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, que trazem consigo formas de conviver, oportunizando o reconhecimento de seus valores e formas de viver em diferentes contextos ambientais e socioculturais brasileiros.

Brincadeiras e manifestações culturais e a relação com a colonização da região Sul

Temos uma imensidão de jogos e brincadeiras típicas de cada região do Brasil que indicam costumes, características, histórias e colonização predominante do local. Muitas dessas manifestações culturais se reinventaram, outras se espalharam pelas regiões modificando apenas o nome e ganhando novos contornos.

Na região Sul, é possível perceber a influência europeia em todas as formas de manifestações culturais, devido à colonização desses imigrantes no início do século XIX. O fato se explica pela política econômica da época, dominada pelo modelo capitalista industrial, que resultou em excedentes populacionais, forçando milhões de europeus a deixarem seu país de origem em busca de melhores condições de vida. Nesse período, a colonização na região Sul do Brasil foi introduzida pelo governo imperial com objetivos econômicos, entre os quais se destacam: ocupar grandes extensões de terras “vazias” desprezadas para pecuária; introduzir a pequena propriedade voltada ao mercado interno; e, o mais importante, substituir a mão de obra escrava pelo trabalho livre, já que tomava forças o movimento abolicionista (MARIN et al., 2012).

Cada colonização que se estabeleceu no Brasil construiu seu modo próprio de viver e pensar o mundo, baseados nos aprendizados presentes na memória de seu povo. As brincadeiras e as manifestações lúdicas são elementos fundamentais nesse processo de identidade cultural, afinal são práticas que produzem e transmitem as tradições. Portanto, relacionar-se com essas brincadeiras é importante para conhecer de onde viemos e a cultura de cada região.

Bibliografia

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 8 out. 2021.

DA SILVA, E. C. H.; BRITO, E. D. S; DE AGUIAR, C. R. L. História das infâncias em São Leopoldo/RS. Os brinquedos e a cultura lúdica do brincar em uma cidade de colonização alemã no sul do Brasil (Início do século XX). Escritas: Revista do Curso de História de Araguaína, v. 12, n. 2, p. 165-186, 2020. Disponível em: https://www.academia.edu/49131036/HIST%C3%93RIA_DAS_INF%C3%82NCIAS_EM_S%C3%83O_LEOPOLDO_RS_Os_brinquedos_e_a_cultura_l%C3%BAdica_do_brincar_em_uma_cidade_de_coloniza%C3%A7%C3%A3o_alem%C3%A3_no_sul_do_Brasil_In%C3%ADcio_Do_S%C3%A9culo_XX_ Acesso em: 17 out. 2021

GONZALEZ, F. J.; SCHWENGBER, M. S. V. Práticas pedagógicas em Educação Física: espaço, tempo e corporeidade. Erechim: Edelbra, 2012.

GRANDO, B. S. (Org.). Jogos e brincadeiras e culturas indígenas: possibilidade para educação intercultural na escola. Cuiabá: EdUFMT, 2010.

KISHIMOTO, T. M. (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

MAPA DO BRINCAR. Folha de S. Paulo. Disponível em: https://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/regioes.shtml. Acesso em: 9 out. 2021.

MARÍN, E. C. et al. Jogos tradicionais no estado do Rio Grande do Sul: manifestação pulsante e silenciada. Movimento, v. 18, n. 3, p. 73-94, 2012. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/26564/21140. Acesso em: 17 out. 2021

VASQUINHO, L. H. M. et al. Encontros Educação Física 3º, 4º e 5º ano: Manual do professor de Educação Física: Ensino Fundamental, Anos Iniciais. Editora: Luciana do Nascimento Leopoldino. São Paulo: FTD, 2018.

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