Plano de aula: Esportes de combate

Esportes de combate

Entre as categorias de esportes apresentados na BNCC (BRASIL, 2017), estão os esportes de combate. González e Bracht (2012) indicam que essas modalidades são caracterizadas como disputas nas quais uns tentam vencer os outros por meio de toques, desequilíbrios, imobilizac?a?o, exclusa?o de um determinado espac?o, combinando ac?o?es de ataque e defesa (por exemplo: boxe, esgrima, jiu-ji?tsu, judo?, karate?, luta, sumo?, taekwondo etc.). De acordo com Correia e Franchini (2010, p. 2), o termo “modalidades esportivas de combate” ou “esportes de combate” é definido “como uma configuração das práticas de lutas, das artes marciais e dos sistemas de combate transformados em manifestações culturais modernas, orientadas a partir das decodificações propostas pelas instituições desportivas”.

A esgrima como um dos esportes de combate

Neste plano de aula, sugerimos a tematização da esgrima como modalidade representativa dos esportes de combate, pois, mesmo sendo uma modalidade que faz parte do programa olímpico, ainda é um esporte pouco conhecido e difundido no Brasil e, por consequência, pouco praticado nas aulas de Educação Física. Comente com os estudantes que a ideia é a de conduzi-los na exploração de modalidades menos familiares a eles sobre os esportes de combate.

Segundo a Confederação Brasileira de Esgrima (CBE), essa é a única modalidade de combate olímpica em que não é permitido contato corporal entre os adversários, diferentemente do boxe, judô e karatê, por exemplo.

Características da esgrima

Na esgrima, dois oponentes duelam, lutam entre si, com armas brancas, e utilizam vários elementos constitutivos próprios dos esportes de combate, como estratégias, técnicas e táticas em combinações de ataque e defesa, sempre com regras bem definidas.

Armas ou modalidades da esgrima

A esgrima se divide em florete, espada e sabre. Na esgrima de florete o objetivo é o de fazer pontos exclusivamente por meio de golpes de ponta sobre a superfície válida do adversário que é apenas o tronco. Por ser uma arma leve, apresenta uma técnica elegante e complexa e é considerada a mais difícil das armas. Na esgrima de espada, o objetivo é de tocar ou golpear exclusivamente com a porta da arma, porém, diferentemente do florete, os espadistas podem tocar qualquer área do corpo do adversário e os oponentes podem marcar toques simultâneos. O sabre é uma arma muito mais leve e rápida, sendo possível o sabrista tocar seu adversário com a ponta ou com a lateral da lâmina. A superfície válida para o toque compreende cabeça, tronco e membros superiores, com exceção das mãos.

Regras da esgrima

O jogo é eliminatório e tem duração de três tempos de três minutos, vencendo a disputa quem marcar 15 pontos primeiro, ou mais pontos ao término do tempo. Em caso de empate, há prorrogação de um minuto, sendo que o primeiro esgrimista que pontuar é considerado vencedor.

Habilidades motoras utilizadas na esgrima

Na globalidade da prática do jogo, o esgrimista necessita utilizar diferentes habilidades motoras combinadas, como as habilidades locomotoras nos movimentos de ataque (marchar para frente) e defesa (romper ou deslocar-se para trás), habilidades manipulativas (empunhadura, pegada e manuseio das armas) e habilidades estabilizadoras (equilíbrio dinâmico).

Capacidades físicas exigidas na esgrima

Na prática das diferentes modalidades da esgrima, as capacidades físicas de velocidade, agilidade, flexibilidade, força e resistência são consideradas imprescindíveis para a dinâmica do jogo.

* Caso julgue necessário acrescentar outras informações sobre a esgrima neste plano de aula ou indicar fontes de pesquisa para os estudantes, você pode acessar o site da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE): https://cbesgrima.org.br/

Bibliografia

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ Acesso em: 4 out. 2021.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ESGRIMA(CBE). Disponível em: https://cbesgrima.org.br/. Acesso em: 6 dez. 2021.

CORREIA, W. R.; FRANCHINI, E. Produção acadêmica em lutas, artes marciais e esportes de combate. Motriz. Rio Claro, v. 16, n. 1, p. 1–09, 2010.

GONZÁLEZ, F. J.; BRACHT, V. Metodologia do ensino dos esportes coletivos. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2012.