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Plano de aula: As modalidades de ginástica de conscientização corporal

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Descrição

No desenvolvimento deste plano, os estudantes serão mobilizados a conhecer novas modalidades de ginástica de conscientização corporal, aprofundar e ampliar os conhecimentos sobre essa modalidade de ginástica.  

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

  • Ginásticas de conscientização corporal.

Objetivos de aprendizagem

  • Reconhecer o conceito de ginástica de conscientização corporal.
  • Identificar as exigências corporais da ginástica de conscientização corporal.
  • Conhecer os conceitos e princípios de uma ginástica de conscientização corporal com foco na eutonia.
  • Experimentar movimentos básicos de uma ginástica de conscientização corporal com foco na eutonia.
  • Reconhecer a importância da ginástica de conscientização corporal para contribuir com a melhoria do bem-estar e o cuidado consigo mesmo.

Competências gerais

1. Conhecimento

2. Pensamento científico, crítico e criativo

8. Autoconhecimento e autocuidado

9. Empatia e cooperação

Com o intuito de obter benefícios para uma melhor qualidade de vida e bem-estar, a ginástica de conscientização corporal ganhou espaço em nossa sociedade e se mostrou uma ótima oportunidade para se conhecer melhor. As modalidades de ginástica de conscientização corporal visam o desenvolvimento integral relacionado a aspectos biopsicossociais e, às vezes, até espirituais, com práticas que envolvem combinações de diferentes gestos, movimentos associados a exercícios de respiração, massagens, entre outras técnicas. De acordo com a BNCC:

As ginásticas de conscientização corporal reúnem práticas que empregam movimentos suaves e lentos, tal como a recorrência a posturas ou à conscientização de exercícios respiratórios, voltados para a obtenção de uma melhor percepção sobre o próprio corpo. Algumas dessas práticas que constituem esse grupo têm origem em práticas corporais milenares da cultura oriental. (BRASIL, 2017, p.218)

Com movimentos suaves associados às técnicas de respiração, concentração e meditação, as pessoas não almejam o rendimento ou desempenho, mas sim buscam maior equilíbrio físico e mental. Ainda para a BNCC (2017, p. 218):

Essas práticas podem ser denominadas de diferentes formas, como: alternativas, introjetivas, introspectivas, suaves. Alguns exemplos são a biodança, a bioenergética, a eutonia, a antiginástica, o método Feldenkrais, a ioga, o tai chi chuan, a ginástica chinesa, entre outros.

Veremos, a seguir, duas práticas que têm técnicas, fundamentos e procedimentos voltados para uma maior conscientização corporal.

O relaxamento

O relaxamento é uma técnica milenar muito praticada por povos orientais com benefícios para o corpo como um todo e tem sido usado para aliviar ansiedade, frustrações e pressões da vida moderna. Para Tulku (1977, p. 51):

Podemos começar a relaxar apenas tomando consciência de qualquer sentimento que estejamos vivenciando, o retesamento dos nossos músculos e as dificuldades para respirar a pressão em nossas cabeças. Precisamos estar cônscios que precisamos tocar e comunicar com todos os sentimentos que vivenciamos em nossa vida diária. Em seguida, através do uso de massagem e de certos exercícios podemos aprender a afrouxar essas constrições físicas e mentais. Quando aprendemos a relaxar o corpo, a respiração e a mente, o corpo torna-se saudável, a mente torna-se clara e a nossa percepção torna-se equilibrada.

A eutonia

A eutonia é uma prática que procura possibilitar ao ser humano o melhor domínio do seu corpo por meio do equilíbrio do tônus muscular, isto é, da leve tensão presente em nosso corpo em vida. De acordo com Brieghel-Muller (1987 , p. vii), o termo foi cunhado por

Gerda Alexander para enfatizar que apenas a relaxação não é o suficiente para dar ao ser humano um domínio satisfatório do seu corpo, mas que é igualmente necessário adquirir um equilíbrio tônico, ou seja, a capacidade de influenciar o tônus para se adaptar harmoniosamente às circunstâncias variadas da vida. É o que chamamos eutonia (lit. o bom tônus), o estado no qual qualquer movimento é efetuado com mínimo de energia e o máximo de eficácia, deixando as funções vitais prosseguirem normalmente. Os movimentos não devem obstruir nem a circulação do sangue, nem a respiração, minhas outras funções dependentes do sistema nervoso vegetativo. Os movimentos executados na autonomia são chamados, às vezes, de movimentos orgânicos. Nessa terminologia, a palavra orgânico indica precisamente que todos os órgãos trabalham em harmonia e que todo organismo funciona como uma unidade.

Ainda para a autora, para executar os movimentos na eutonia, a pessoa precisa de um bom controle da sua posição, assim haverá uma extensão suficiente e normal dos músculos.

O controle se faz da seguinte maneira: colocamo-nos na posição escolhida ou procuramos nos colocar, mas lentamente e sem forçar. Se as articulações estão livres, sentimo-nos confortáveis e agradavelmente instalados, sem dores, sem tensões, sem o mínimo desconforto. Se há qualquer dor, tensão ou incômodo, indica a presença de uma tensão ou de uma contratura exatamente no local da sensação, nesse caso não insistimos para realizar a posição, mas voltamos lenta e prudentemente ao ponto de partida. (BRIEGHEL-MULLER, 1987, p. 29)

A eutonia e o relaxamento, entre outras práticas, são, portanto, importantes técnicas que as pessoas lançam mão para buscar benefícios para o bem-estar e a qualidade de vida.  

Bibliografia

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília. 2017.

BRIEGHEL-MULLER. G. Eutonia e relaxamento. São Paulo: Manole, 1987.

TULKU, T. Gestos do equilíbrio. São Paulo: Pensamento, 1977.

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