GEO8_10UND03 - Ação Propositiva
Plano de Aula
Plano de aula: Movimentos Sociais de Moradia no urbano
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Desigualdade socioespacial e ordenamento territorial.
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre este plano: Ele está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF08GE10 de Geografia, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Nas etapas deste plano será permitido desenvolver tal habilidade relacionando o papel dos movimentos de moradias urbanos ligados a SELVIHP (Secretaria Latino Americana da Vivenda e Habitat Popular) e ao UMM (União dos Movimentos de Moradia) da cidade de São Paulo, sua organização e objetivos principais nas articulações para a conquista de moradias populares e, consequentemente, a diminuição do déficit habitacional na América Latina e no Brasil.
Em todas as etapas de aula, caso não seja possível projetar os slides, imprima-os e/ou tendo possibilidade, escreva-os na lousa.
Materiais necessários: Projetor de slides e/ou cópia da imagem e das manchetes dos slides.
Material complementar:
Imagem da Contextualização:
Manchetes da Ação Propositiva:
Para você saber mais:
GRAVAS, Douglas. Déficit habitacional é recorde no país. O Estado de S. Paulo, 06/01/2019. Disponível em: <https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,deficit-habitacional-e-recorde-no-pais,70002669433>. Acesso em: 25 mar 2019.
OLIVEIRA, Alexandre. O que é déficit habitacional e como ele é calculado. Urbe.me. Disponível em: <https://urbe.me/lab/o-que-e-deficit-habitacional-e-como-e-ele-e-calculado/>. Acesso em: 25 mar 2019.
Site do SELVIHP: Movimiento de ocupantes e inquilinos (SELVIHP). Disponível em:<http://moi.org.ar/tag/selvihp/>. Acesso em 25 mar. 2019.
Site do UMM: União dos Movimentos de Moradia (UMM). Disponível em: <https://sp.unmp.org.br/>. Acesso em 25 mar. 2019.
Movimentos de moradia são grupos organizados na sociedade civil, com parceria ou não com o Estado, que visam, através de uma organização social e política, a obtenção de moradias populares para a população, visto o enorme déficit de habitações em muitos países da América Latina e do mundo, incluídos aqui o Brasil.
Tema da aula
Tempo sugerido: 3 minutos
Orientações: Projete o tema de aula para os alunos ou, caso não seja possível, escreva no quadro ou fale para a turma. Comente que nesta aula vocês vão discutir como se dá a atuação de alguns movimentos de moradia na América Latina e Brasil, focando principalmente na UMM (União dos Movimentos de Moradia) da cidade de São Paulo. Os movimentos de moradia aparecem, assim como muitos movimentos sociais, a partir de uma causa específica, ou seja, a falta de moradia para a população mais vulnerável socialmente. Sabendo que a América Latina e o Brasil apresentam índices de pobreza elevados, nada mais natural que movimentos civis se organizem em torno de uma causa tão importante para a sociedade, a casa própria. Deixe claro que nessa aula será analisado as organizações fundamentais desses movimentos, tanto em seu lado mais polêmico como em seu lado de relevância social, através de uma análise de manchetes que abordam a temática.
Como adequar à sua realidade: Caso tenha em sua cidade/região movimentos que lutam pela causa da moradia, se informe sobre eles, sobre as notícias da imprensa local e das polêmicas e benefícios de tais organizações para sua realidade.
Para você saber mais:
GRAVAS, Douglas. Déficit habitacional é recorde no país. O Estado de S. Paulo, 06/01/2019. Disponível em: <https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,deficit-habitacional-e-recorde-no-pais,70002669433>. Acesso em: 25 mar 2019.
OLIVEIRA, Alexandre. O que é déficit habitacional e como ele é calculado. Urbe.me. Disponível em: <https://urbe.me/lab/o-que-e-deficit-habitacional-e-como-e-ele-e-calculado/>. Acesso em: 25 mar 2019.
Site do SELVIHP: Movimiento de ocupantes e inquilinos (SELVIHP). Disponível em:<http://moi.org.ar/tag/selvihp/>. Acesso em 25 mar. 2019.
Site do UMM: União dos Movimentos de Moradia (UMM). Disponível em: <https://sp.unmp.org.br/>. Acesso em 25 mar. 2019.
Movimentos de moradia são grupos organizados na sociedade civil, com parceria ou não com o Estado, que visam, através de uma organização social e política, a obtenção de moradias populares para a população, visto o enorme déficit de habitações em muitos países da América Latina e do mundo, incluídos aqui o Brasil.
Movimentos de moradia são grupos organizados na sociedade civil, com parceria ou não com o Estado, que visam, através de uma organização social e política, a obtenção de moradias populares para a população, visto o enorme déficit de habitações em muitos países da América Latina e do mundo, incluídos aqui o Brasil.
Contextualização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: Levantar a opinião sobre a precariedade das moradias nas grandes cidades é importante para entender os conhecimentos prévios da turma sobre a temática, introduzindo a complexidade da questão do déficit habitacional em nosso país e na América Latina como um todo. Visto isso, peça que observem a imagem atentamente e pergunte:
- O córrego ou rio mostrado na imagem é utilizado com que finalidade pela população?
- As condições mostradas na imagem (provavelmente um rio poluído, cheiro forte, ausência do Estado, etc) são favoráveis para se morar?
- Quais consequências na vida das pessoas em se morar em tal local?
Na imagem é representada uma favela na cidade de São Paulo, num local inapropriado por suas condições de higiene, riscos para a segurança das pessoas (violência urbana, exclusão social, enchentes, etc) e a falta de perspectiva para o futuro. É esperado que ao aluno se reconheça ou mesmo identifique na imagem uma cena bastante comum em nosso país e na América Latina.
Estimule a turma a se colocar numa situação dessa, destacando as dificuldades de se morar num ambiente inapropriado para o ser humano. Levante a importância para qualquer pessoa de se morar num lugar com uma infraestrutura aceitável para se levar uma vida com reais condições de (sobre)vivência, sem pagar aluguel, com perspectivas de uma vida realmente saudável para si e para sua família.
Imagem da Contextualização:
Como adequar à sua realidade: Se sua cidade/região apresenta favelas/comunidades, utilize imagens delas nessa etapa. Se sua escola é dentro de uma favela/comunidade, aborde tais assuntos de acordo com as suas perspectivas locais. É importante ter um trato especial com tal assunto, pois muitas pessoas são discriminadas socialmente por pertencer e viver em favelas/comunidades, tomando os devidos cuidados com a abordagem do tema, pois muitos alunos podem ser oriundos desses locais.
Para você saber mais:
Déficit habitacional provoca invasão de áreas e Capital já tem mais de 10 favelas. Midiamax. 10/01/2017. Disponível em: <https://www.midiamax.com.br/cotidiano/2017/deficit-habitacional-provoca-invasao-de-areas-e-capital-ja-tem-mais-de-10-favelas-2/>. Acesso em 26 mar. 2019.
PRETTO, Sloane A. O conceito de favela/slum segundo o IBGE e a ONU. In: XXV Salão de Iniciação Científica UFRGS, Porto Alegre – RS. 2013. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/92016/Poster_30704.pdf?sequence=2>. Acesso em 26 mar. 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 7 minutos
Orientações: Considerando a etapa de contextualização como introdução da temática habitacional, principalmente nos grandes centros urbanos, amplie o conhecimento dos alunos incitando uma reflexão pertinente à diminuição do déficit habitacional a fim de evitar a proliferação e ampliação de favelas e comunidades.
Diante disso, apresente aos alunos a SELVIHP e a UMM como entidades representativas de muitos movimentos sociais de moradia distribuídos pela América Latina e Brasil. Atente-os que elas foram criadas com o intuito de organizar os movimentos, de iniciativa civil, para diminuir o déficit populacional e desprecarizar as condições de moradia (favelas/comunidades principalmente), principalmente de uma população menos favorecida num universo de extrema desigualdade.
Na sequência, apresente o questionamento exposto no slide.
É esperado que os alunos se posicionem a favor e contra esse método de ocupação dos movimentos. Por um lado, alguns alunos podem defender o posicionamento das organizações no sentido do desespero de pessoas que se encontram ou sem moradia ou mesmo em condições de extrema precariedade. Por outro lado, alguns alunos podem se posicionar pelo lado legalista jurídico de direito, colocando ocupação como um posicionamento errado e contra o sistema. É importante aqui não se posicionar a favor ou contra, mas mostrar as diferentes facetas dos métodos de ocupação utilizado pelos movimentos, trazendo uma autonomia de reflexão do aluno. Não deixe também de colocar os prós e contras das duas situações.
Ação Propositiva
Tempo sugerido: 23 minutos
Orientações: Provavelmente a problematização gerou um debate polêmico em torno da temática. Aproveite disso e proponha uma pesquisa sobre posicionamentos da imprensa que contemplem os dois lados.
Imprima ou levante as principais informações das matérias expostas no slide (acesse os links e analise-os previamente), dividindo a sala em pequenos grupos (de 3 a 4 pessoas) e propondo que leiam os dois textos correspondentes às manchetes. Caso seja possível desenvolva a atividade numa sala que contenha computadores e internet, na qual os alunos podem ler as matérias diretamente no computador. Caso ainda não seja possível nem imprimir ou ter acesso direto ao computador on line, retire os principais posicionamentos tanto de um lado como do outro e trabalhe com os alunos. Atente-os que a UMM e a SELVIHP não utlizam somente as ocupações como organização e estratégia em suas premissas, mas também outros fatores como propor projetos de moradia aos governos instituídos, organização e construção de dados inerentes a causa, entre outras coisas.
Antes da leitura, peça que escrevam no caderno os principais motivos argumentativos que sustentam as diferentes posições, como por exemplo:
- Segundo a matéria, por que ocupar prédios é legítimo?
- Segundo a matéria, por que a Câmara quer criar leis mais duras para quem ocupa prédios públicos?
Garanta que a conversa nos grupos seja saudável e com muita tolerância. Explique que ideias que envolvem coletivo de pessoas são bastante polêmicas dentro de uma sociedade brasileira dividida como nos dias de hoje. Deixe claro que tais movimentos sociais, que utilizam de ocupações para a garantia e conquista de seus direitos fundamentais de moradia são admirados por uns e contestados por outros.
Não se esqueça de circular entre os grupos, deixando-os à vontade para conversar e interferindo somente se assim for solicitado. Se perceber dificuldade de algum grupo, intervenha prontamente. Por fim, mostre também o quanto é importante tomar posicionamento de fatos, principalmente os de teor político, tais como acontece nos movimentos sociais, fugindo das já famosas fake news. Peça que cada grupo se posicione através de uma apresentação oral, anotando as principais ideias no quadro ou num papel kraft fixado na parede.
Manchetes da Ação Propositiva:
Como adequar à sua realidade: Caso tenha movimentos sociais de moradia em sua cidade/região, com ocupações vigentes, trabalhe com eles manchetes de jornais locais sobre tais fatos.
Sistematização
Tempo sugerido: 7 minutos
Orientações: Retome os conteúdos trabalhados durante a aula, focando principalmente na questão da precariedade de moradias em grandes centros, o déficit habitacional e o papel dos movimentos sociais de moradia em tudo isso. Feito o debate sobre os prós e contras em relação às estratégias dos movimentos em questão (SELVIHP e UMM), principalmente a temática ocupações, chega o momento de consolidar os conhecimentos lançando premissas para outras aulas, ou seja, na ampliação do conhecimento num ambiente escolar.
Pergunte aos grupos já formados o seguinte:
- Enfim, ao final de nossa aula, vocês acham válido ocupar para garantir direitos de moradia?
É esperado que a turma reflita mais sobre tal polêmica, se sensibilizando junto as aflições das famílias que, de uma forma ou de outra, são vulneráveis no tecido social atual do Brasil e da América Latina. Deixe claro que a desigualdade social é um tema bastante delicado, principalmente num país tão desigual como o nosso. E que a moradia é o desejo e sonho da maioria dos brasileiros devido as dificuldades socioeconômicas que a maioria de nossa população vive. E que tudo isso justifica o aparecimento de movimentos sociais que lutam pela causa habitação, trazendo consigo algumas revoltas que os tornam um tanto radicais em suas ações. Entretanto, tal radicalismo é visto por parte da população, principalmente aquela que não vive tanto a vulnerabilidade social, como por exemplo, de pessoas que vivem em favelas/comunidades, como apresentado na imagem e nas orientações da contextualização da temática de aula.
Materiais Complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramenta sugerida
WhatsApp
Valor trabalhado
Desigualdade social
Apresentação do tema da aula
Compreender a SELVIHP (Secretaria Latino-Americana da Vivenda e Habitat Popular), organização dos movimentos de moradia urbanos na América Latina, e a UMM (União dos Movimentos de Moradia) da cidade de São Paulo, que atuam com o objetivo de diminuição do déficit habitacional. A aula será organizada para o uso do WhatsApp, mas você pode adaptá-la para o e-mail. Nesta aula a questão da desigualdade social estará presente. Tempo estimado de 5 minutos.
Contextualização
Envie aos alunos a imagem de contextualização, disponível aqui. Levantar a opinião deles sobre a precariedade das moradias nas grandes cidades é importante para entender os conhecimentos prévios da turma sobre a temática, introduzindo a complexidade da questão do déficit habitacional em nosso país e na América Latina como um todo. Visto isso, peça que observem a imagem atentamente e pergunte:
- O córrego ou rio mostrado na imagem é utilizado com que finalidade pela população?
- As condições mostradas na imagem (provavelmente um rio poluído, cheiro forte, ausência do Estado etc.) são favoráveis para se morar?
- Quais consequências na vida das pessoas existem em se morar em tal local?
Estimule a turma a se colocar numa situação dessas, destacando as dificuldades de se morar num ambiente inapropriado para o ser humano. Incentive-os a participar via WhatsApp. Tempo estimado de 10 minutos.
Problematização
Considerando a etapa de contextualização como introdução da temática habitacional, principalmente nos grandes centros urbanos, amplie o conhecimento dos alunos incitando uma reflexão pertinente à diminuição do déficit habitacional, a fim de evitar a proliferação e a ampliação de favelas e comunidades. Diante disso, apresente aos alunos a SELVIHP e a UMM como entidades representativas de muitos movimentos sociais de moradia distribuídos pela América Latina e pelo Brasil. Atente-os para o fato de que elas foram criadas com o intuito de organizar os movimentos, de iniciativa civil, para diminuir o déficit populacional e desprecarizar as condições de moradia (favelas/comunidades principalmente), sobretudo de uma população menos favorecida num universo de extrema desigualdade. Na sequência, pergunte: “Por que os movimentos sociais ocupam para ter direito a moradias dignas?”. Peça que enviem áudios manifestando suas opiniões. Tempo estimado de 15 minutos.
Ação propositiva
Professor, envie o arquivo de ação propositiva, disponível aqui. Provavelmente, a problematização gerou um debate polêmico em torno da temática. Aproveite e proponha uma pesquisa sobre posicionamentos da imprensa que contemplem os dois lados. Divida a sala em pequenos grupos (de 3 ou 4 pessoas) e proponha que leiam os dois textos correspondentes às manchetes. Antes da leitura, peça que escrevam no caderno os principais motivos argumentativos que sustentam as diferentes posições, como, por exemplo: “Segundo a matéria, por que ocupar prédios é legítimo? Segundo a matéria, por que a Câmara quer criar leis mais duras para quem ocupa prédios públicos?”. Garanta que a conversa nos grupos seja saudável e com muita tolerância. Explique que ideias que envolvem coletivos de pessoas são bastante polêmicas dentro de uma sociedade brasileira dividida como nos dias de hoje. Incentive-os a criar grupos no WhatsApp, para conversarem separadamente. Peça que cada grupo se posicione através de uma apresentação oral. Tempo estimado de 50 minutos.
Sistematização
Retome os conteúdos trabalhados durante a aula, focando principalmente na questão da precariedade de moradias em grandes centros, o déficit habitacional e o papel dos movimentos sociais de moradia em tudo isso. Feito o debate sobre os prós e contras em relação às estratégias dos movimentos em questão (SELVIHP e UMM), principalmente quanto à temática das ocupações, chega o momento de consolidar os conhecimentos lançando premissas para outras aulas, ou seja, para a ampliação do conhecimento no ambiente escolar. Pergunte aos grupos já formados: “Enfim, ao final de nossa aula, vocês acham válido ocupar para garantir direitos de moradia?”. Tempo estimado de 20 minutos.
Convite às famílias
Convide os pais para assistirem ao vídeo sobre os movimentos sociais disponível aqui. A seguir, podem enriquecer o conteúdo da aula numa discussão com seus filhos.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Murilo Rossi
Mentor: Leandro Campelo
Especialista: Leandro Campelo
Assessor pedagógico: Laercio Furquim
Ano: 8°ano
Unidade temática: Conexões e escalas
Objetivo(s) de aprendizagem: Compreender, na perspectiva da SELVIHP (Secretaria Latino Americana da Vivenda e Habitat Popular) a organização dos movimentos de moradia urbanos na América Latina e da UMM (União dos Movimentos de Moradia) da cidade de São Paulo com o objetivo de diminuição do déficit habitacional
Habilidade (s) da Base: (EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade, comparando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos.