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Plano de aula: Danças de salão: origem e história

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Descrição

No desenvolvimento deste plano, os estudantes irão conhecer a origem das danças de salão em relação à época e sociedade que as gerou, e ainda os estereótipos e preconceitos reproduzidos por elas. Os estudantes também irão experimentar a prática de passos básicos de uma dança de salão vivenciando seus elementos constitutivos.

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

  • Dança de salão.

Objetivos de aprendizagem

  • Identificar a origem das danças de salão.
  • Compreender as transformações sociais das danças de salão.  
  • Refletir sobre os estereótipos e preconceitos originários das transformações sociais das danças de salão.
  • Vivenciar os elementos constitutivos das danças de salão (ritmo, espaço e gestos).
  • Planejar danças de salão típicas de seu contexto explorando os seus elementos constitutivos.

Competências gerais

1.  Conhecimento

3.  Repertório cultural

4.  Comunicação

5.   Cultura digital

7.    Argumentação

10.   Responsabilidade e cidadania

As danças de salão são objeto de conhecimento proposto para o 8° e 9° anos.

Explorar o universo das danças de salão nos remete a compreender o que elas são, sua origem, a época e a sociedade que as geraram, o que levaram as suas criações, como as pessoas as praticavam e qual o significado dessas danças para elas.

As danças de salão são modalidades de danças realizadas em pares (Kroll, 2002). Cada uma dessas danças possui características dos seus locais de origem e sofreram transformações e adequações conforme espalharam-se por outros contextos sociais. As danças de salão também são chamadas de danças sociais, devido ao seu caráter de lazer e socialização entre casais.

As danças de salão tiveram sua origem nas chamadas “danças de corte” praticadas nos salões aristocráticos europeus dos séculos XVII e XVIII. Assim, se tornaram “uma forma de lazer muito apreciada, pela nobreza, nos salões frequentados por esta classe social, com danças da corte, e pelo povo em geral, com as danças folclóricas” (De Paula, 2008, p. 12). É interessante notar que as danças de corte se desenvolveram a partir de danças camponesas, mas ao serem levadas para os salões da corte assumiram outras funções sociais relativas ao arranjo de casais, de acordo com interesses políticos como formação de alianças entre reinados ou para fortalecer vínculos dentro da própria corte.  A partir do final do século XIX, elas passaram por grandes transformações até serem realizadas em salões cada vez mais populares, principalmente nos Estados Unidos. Já no início do século XX, as danças de salão continuaram a atender funções sociais agora na vida de pessoas de todas as classes, mas também adquiriram uma conotação de performance, no sentido de explorar com alto grau de desempenho seus elementos constitutivos marcando o que se pode chamar de esportivização da dança, sobretudo na América do Norte e na Europa. Nesse desenvolvimento, a preocupação passa a ser com a estética do movimento e o grau de coordenação entre os parceiros de dança.

Se fizermos uma breve pesquisa, descobriremos que muitas são as danças de salão em prática por todo o mundo hoje. Das mais tradicionais às mais contemporâneas, elas se espalham por culturas diversas e carregam características e elementos culturais dos dançarinos que as praticam. Como exemplos das danças de salão que são tematizadas desde a sua origem, temos: minueto, valsa, tango, havanera, polca, samba, rumba, fox trot, mambo, salsa, lambada, zouk, bolero, forró, soltinho, samba de gafieira, maxixe, lambada, entre outras.

Para construção deste plano, sugerimos uma dança que surgiu como uma das primeiras danças de salão, o minueto. Segundo Bastos, o minueto teve sua origem numa dança realizada por camponeses na região de Poitu e seu nome vem de pas menu, que significa “passo miúdo”. Do campo e do homem simples, a dança foi modificada e levada para a aristocracia francesa. Sob o reinado de Luís XIV invadiu os salões da corte e se espalhou pela Europa, a ponto de se tornar a principal dança da aristocracia, atingindo o mais alto grau de luxo e magnificência.

Para aprofundar as informações sobre o minueto e ampliar a compreensão dos fatores sociais geradores das danças de salão, sugerimos a leitura dos artigos que seguem nos links abaixo:

Bibliografia

BASTOS, R.. Minueto. Secretária da Educação do Paraná, 2011. Disponível em: http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=107 

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

CORDEIRO, J.; ARAÚJO, I. Dança de salão e suas origens. Da colônia à República. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, año 17, nº 176, jan. 2013. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd176/danca-de-salao-e-suas-origens.htm

DE PAULA, D. A. M. Dança de salão: história e evolução. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/120432/paula_dam_tcc_rcla.pdf?sequence=1. Acesso em: 24 nov. 2021.

KROLL, L. Danças de salão: cumplicidade e expressividade. Acervo Digital da Universidade Federal do Paraná. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/59737/LUCIANA%20KROLL.pdf?sequence=1&isAllowed=y 

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