Plano de Aula

Plano de aula: Práticas corporais de aventura urbana: relações com o ambiente físico

mais ações

Tem interesse no tema "Neurociência, adolescências e engajamento nos Anos Finais"?

Inscreva-se neste tema para receber novidades pelo site e por email.

Descrição

Este plano contempla atividades que permitirão aos estudantes identificar as práticas corporais de aventura urbana e os espaços onde acontecem, investigando as opções para realizá-las na própria escola e nos arredores, além de discutir novas formas de utilização de espaços públicos com diálogo, responsabilidade e segurança de todos durante as práticas.

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

Práticas corporais de aventura urbana

Objetivos de aprendizagem

  • Reconhecer as práticas corporais de aventura urbanas.
  • Identificar os espaços onde seja possível realizar práticas corporais de aventura urbanas na escola e arredores.
  • Propor a realização das práticas corporais de aventura urbanas priorizando a segurança e preservando o patrimônio público.

Competências gerais

1. Conhecimento

8. Autoconhecimento e autocuidado

9. Empatia e cooperação

10. Responsabilidade e cidadania

Existem muitas referências quanto à definição de práticas corporais de aventura (PCA), porém, em geral, elas podem ser classificadas como um conjunto de atividades caracterizadas geralmente por desafiar e aproveitar os ambientes físicos, lidar com riscos e perigos advindos da imprevisibilidade, oferecer emoções diversificadas e subverter modelos padronizados para estar e se movimentar nas cidades e na natureza.

Inicialmente realizadas em ambientes naturais, essas práticas surgiram em parte pelo desejo de conhecer outros lugares, ter novas experiências, viver diferentes percepções em meio à natureza, romper com a rotina, aproveitar momentos de lazer e obter prazer pela sensação de instabilidade e risco que envolve essas práticas.

 

São exemplos de PCA: alpinismo, arvorismo, asa delta, balonismo, banana boat, base jump, BMX, bodyboard, bodysurf, boia cross, bungee jump, caiaque, caminhada ecológica, canionismo, cascading, cicloturismo, corrida de aventura, corrida de montanha, corrida de orientação, escalada, espeleoturismo, esqui aquático, estilingue humano, flyboard, jet ski, jet surf, kitesurf, mergulho, montanhismo, moto cross, mountain bike, paramotor, parapente, paraquedismo, parkour, patins, rafting, rali, rapel, rolimã, sandboard, skate, esqui na neve, skimboard, sky surf, slackline, snowboard, stand up paddle, stand up surf, street luge, surfe, tirolesa, trekking, wakeboard, windsurf e wingsuit.

Práticas corporais de aventura urbanas

EDF7_012PCA01-IMAGEM1

As práticas corporais de aventura urbana surgiram como adaptação das atividades realizadas na natureza para o espaço das cidades, reelaborando o uso e deslocamento nestes espaços para extrair deles as experiências de quebra da rotina, do desprendimento de códigos e padrões, além de experimentar novas sensações por meio do movimento corporal. Um exemplo de prática corporal de aventura adaptada ao meio urbano é o skate, originado do surfe. Há também aquelas que são praticadas exatamente como na natureza, como o slackline, e outras específicas dos ambientes urbanos, como o parkour e o patins.

O espaço público e as práticas corporais de aventura urbanas

EDF7_012PCA01-IMAGEM2

Em sua maioria, as práticas corporais de aventura urbana reúnem grupos de jovens que se apropriam do espaço público para realizar sua atividade e também expressar sua própria ideia de cidadania: os valores e limites necessários à convivência humana se traduzem nestes grupos sociais, transformando o lazer, o “não fazer nada”, em um ritual de afirmação coletiva.

São corpos saltando, escalando, deslocando-se com agilidade, realizando difíceis acrobacias e aterrissando com precisão milimétrica. Uma forma despreocupada, diferente, alegre e transgressora de usar os espaços públicos, mas comprometida em, acima de tudo, divertir-se e transgredir o habitual em busca de novas sensações.

Segundo Costa (2007), é comum o debate a respeito do uso do espaço público por estas práticas e sua associação a vandalismo, depredação e perturbação da ordem coletiva. Vale lembrar que este estranhamento entre o cotidiano e o excepcional vai além da questão territorial, o espaço da vizinhança nas cidades tornou-se um local de conhecimento e reconhecimento dos praticantes entre si e com outras pessoas.

Diariamente, milhares de crianças, jovens e adultos transgridem as leis vigentes para o uso do espaço comum. Costa (2007) define que a nova forma de interagir com o meio urbano dos praticantes de parkour, skate e bike não busca apenas superar os obstáculos da paisagem urbanizada. Eles desafiam seus próprios limites em paredes, escadas, corrimãos e calçadas, que ganham novos usos e fazem com que o normal seja visto de maneira diferente.

Bibliografia

COSTA, M. R. M. The redefinition of public space by young sportspersons - the social nature of the imaginary world of street skateboarding and le parkour. FIEP Bulletin On-line, v. 77, 2007. Disponível em: <http://www.fiepbulletin.net/index.php/fiepbulletin/article/view/4194/9672>. Acesso em: 30 out.  2021.

FRANÇA, D. L. Práticas corporais de aventura nas aulas de educação física: as possibilidades pedagógicas no 5º ano do ensino fundamental. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação: Teoria e Prática de Ensino, Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, 2016. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/45271/R%20-%20D%20-%20DILVANO%20LEDER%2 0DE%20FRANCA.pdf?sequence=1>. Acesso em: 03 out.  2021.

PEREIRA, D. W. et al. Novas experiências na aventura. São Paulo: Lexia, 2015.

INÁCIO, H. L. D. Proposta de classificação das práticas corporais de aventura para o ensino na educação física escolar. Rev. Bras. Ciências do Esporte, v. 43, 2021. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbce/a/JBt8mVCrp38pdD6KxPWjPZM/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em 22 out. 2021.

Chatbot

Precisa de ajuda para criar uma aula personalizada?

Crie seu plano de aula em menos de um minuto no WhatsApp.

Novo curso gratuito

Conheça nosso mais novo curso sobre adolescências, neurociência e engajamento nos anos finais

VER CURSO