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Plano de Aula
Este plano se propõe a proporcionar aos estudantes a oportunidade de conhecer e experimentar algumas brincadeiras de matriz africana, identificar as habilidades motoras e capacidades físicas presentes nessas práticas corporais, os materiais, as regras e os espaços nos quais são praticados. Serão também conduzidas discussões sobre a importância de se valorizar a diversidade cultural brasileira e reconhecer a influência da cultura nas brincadeiras e jogos.
1. Conhecimento
2. Pensamento científico, crítico e criativo
3. Repertório cultural
5. Cultura digital
8. Autoconhecimento e autocuidado
9. Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos. (MUNANGA, 2013, p. 37)
Neste tópico, apresentamos um texto com a transcrição do vídeo 2, cuja finalidade é apoiá-lo para o caso de impossibilidade de sua escola exibir esse material.
Título: “Os africanos - Raízes do Brasil”
Contextualização: O vídeo faz um recorte histórico sobre nossas raízes africanas e seu papel na formação da identidade brasileira.
Até recentemente, muito pouco era estudado sobre a história da África, normalmente reduzida à Antiguidade e aos egípcios. Porém, o crescimento do interesse e a importância desse continente jogaram luzes sobre a esquecida África Subsaariana. Cercados por florestas, savanas, montanhas, mar e deserto, e convivendo com uma rica fauna, esses africanos viviam em pequenos reinos, muito parecidos com as cidades-estado da Antiguidade. Dominavam técnicas de agricultura, metalurgia e mineração. Cultuavam diversos deuses e a natureza, acreditando num deus maior e criador, que variava de nome entre as tribos. Evitavam guerras, estreitando laços através do casamento. Porém, quando o conflito era inevitável, não visava expansão territorial. Com a exploração europeia da costa da África, os nativos começaram a ser capturados e enviados como escravos para a Europa. A rota do tráfico negreiro mudou a partir da colonização do Novo Mundo e o comércio de seres humanos atingiu grandes proporções pela necessidade de mão de obra nas novas terras. Os portugueses dividiram os africanos em três grandes grupos: os sudaneses, os guineanos-sudaneses muçulmanos e os bantus, todos representando uma determinada região do continente e tendo destinos diferentes. O Brasil recebeu cerca de 40% de todos os escravos africanos trazidos para a América, já que demandava mão de obra para trabalhar em suas culturas de cana-de-açúcar no Nordeste, no ciclo de ouro em Minas Gerais, e nas lavouras de café do Rio de Janeiro no século XIX. O transporte desses povos, amontoados nos porões dos navios negreiros, era feito em condições desumanas, e muitos acabavam morrendo na travessia marítima, tendo seus corpos jogados ao mar. Já desembarcados, os escravos eram vendidos e conduzidos aos seus destinos nas fazendas, onde eram obrigados a trabalhar de sol a sol, com roupas e alimentação de péssima qualidade. Dormiam em habitações escuras e úmidas, as senzalas, e muitas vezes eram acorrentados para evitar fugas. Os castigos físicos eram comuns, e o mais usado era o açoite. Com o comércio constante de escravos, não havia preocupação em manter seu bem-estar, já que podiam ser facilmente substituídos por novos africanos, fazendo sua expectativa de vida no Brasil ser muito baixa. Eram proibidos de praticar sua religião e obrigados a adotar o catolicismo e a língua portuguesa. Mantiveram sua cultura viva realizando seus rituais africanos escondidos, criando até um tipo de luta: a capoeira. A maior parte dos africanos traficados para o Brasil eram homens, por serem mais valorizados nos trabalhos forçados. As mulheres que não eram aproveitadas nas lavouras viravam escravas domésticas, as chamadas mucamas.
História egípcia e a articulação com a história africana
Considerando que uma das atividades propostas tem sua origem no Egito, sugerimos o vídeo a seguir para aprofundar conhecimentos quanto à articulação deste país com a história africana, uma vez que costumeiramente observa-se confusão e desconhecimento dos estudantes.
Vídeo 1:
A importância do multiculturalismo
O texto introdutório da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) salienta a relevância da discussão acerca da formação multicultural brasileira e da valorização da diversidade de saberes e vivências dos diferentes povos. Portanto, é imprescindível utilizar esse tema para incentivar o conhecimento, a compreensão e o respeito às diferenças humanas por meio de hábitos, costumes, tradições, crenças, saberes e sentidos. Ao ter acesso ao processo de construção da sua diversidade cultural em seu local de vivência, o estudante melhor compreenderá a heterogeneidade humana, contribuindo para a adoção de uma postura não preconceituosa e não discriminatória diante das manifestações e expressões culturais.
Bibliografia
CUNHA, D. A. Brincadeiras africanas para a educação cultural. Castanhal/PA: Débora Alfaia da Cunha. 2016. Disponível em: https://nedi.ufes.br/sites/nedi.ufes.br/files/field/anexo/ebook-brincadeiras-africanas-para-a-educacao-cultural%20%281%29.pdf. Acesso em: 12 dez. 2021.
MUNANGA, K. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: RAMOS, M. N. Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2003.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regularização das aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1998.
RIBEIRO, D. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SOUZA, F. da S.; PEREIRA, L. M. da S. Implementação da Lei 10.639/2003: mapeando embates e percalços. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 47, p. 51-65, jan./mar. 2013.
Sugestão de leitura de aprofundamento
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
VERGER, P. Influência África-Brasil e Brasil–África. In: ______. África Brasil. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1992.
ZATZ, L. Jogo duro: uma istória de negros que passou em branco. Belo Horizonte: Dimensão, 1988.
Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.
Apresente o objetivo da aula e o tema central de estudo: brincadeiras e jogos de matriz africana. Utilize algumas perguntas disparadoras para fomentar o interesse e realizar uma sondagem diagnóstica:
Solicite que cada estudante responda oralmente e utilize uma tabela para organizar as respostas no quadro, usando-as como ponto de partida para o conhecimento do assunto a ser estudado. Essa estratégia proposta é inspirada na técnica de brainstorm ou “tempestade de ideias” e tem o objetivo de estimular o levantamento de saberes, além de favorecer a participação ativa nas aulas, contribuindo para uma aprendizagem significativa. Continue com a estratégia, indagando:
Peça para falarem rapidamente o que vem à mente. Considere a possibilidade de ouvir respostas apresentando uma visão reducionista e preconceituosa sobre os povos africanos. Neste momento, não faça juízo de valor, uma vez que depois as palavras e frases citadas serão melhores analisadas e discutidas. Possivelmente, aparecerão respostas evidenciando pobreza, lugares desérticos, animais ferozes, capoeira e negros. Diga aos estudantes que as ideias apresentadas revelam a concepção (noção, ideia, compreensão) histórica e social, construída ao longo dos tempos sobre os povos africanos. Quanto aos aspectos culturais, é comum a referência à capoeira (manifestação da cultura brasileira com influências africanas).
Prossiga com o questionamento:
Considere todas as respostas, mesmo que inicialmente elas não apresentem tanta ligação com o solicitado. Após o registro, retome as ideias e explore o sentido de cada uma delas. Aproveite para abordar o assunto da aula, comente que os estudantes vão vivenciar e conhecer um pouco da cultura africana, por meio de algumas brincadeiras e jogos, e entender a influência desses povos na formação cultural brasileira.
Reforce o conhecimento de que os africanos chegaram ao Brasil escravizados pelos europeus.
Se julgar necessário ampliar o repertório de conhecimentos dos estudantes, exiba o vídeo a seguir:
Vídeo 2:
Caso tenha dificuldade ou impossibilidade de acesso aos recursos multimídia para exibição do vídeo, utilize o texto de apoio na seção Para saber mais, que apresenta a transcrição da narração do vídeo. Proponha uma leitura colaborativa entre os estudantes.
Após a apresentação do vídeo ou a leitura do texto, realize perguntas problematizadoras para internalizar os conhecimentos:
Valorize as respostas apresentadas, especialmente as condutas positivas e posturas não preconceituosas. Se julgar necessário, discuta com a turma outras questões presentes no vídeo/texto, mas considere o nível de reflexão dos estudantes.
Sugerimos duas brincadeiras baseadas na obra de autoria de Débora Alfaia da Cunha, cujo tema é “Brincadeiras Africanas para a Educação Cultural”.
Pegue o bastão
Essa é uma atividade com origem no Egito. Retome a localização deste país dentro do continente africano, pois isso costuma ser muito confundido entre os estudantes. Se julgar necessário aprofundar o conhecimento, utilize as informações de suporte na seção Para saber mais para articular a história egípcia com a história da África e dos africanos.
Para desenvolvimento da atividade, converse com os estudantes para delimitar o espaço da atividade considerando as possibilidades estruturais da sua escola. Inicialmente, informe que a atividade requer a formação de um grande círculo e que cada estudante tenha um bastão, que pode ser adaptado, por exemplo, utilizando-se um cabo de vassoura.
Disponha a turma neste círculo, com uma distância aproximada de um metro. Peça para os estudantes manterem seus bastões na posição vertical, segurando-os à sua frente, de modo que uma das pontas toquem o chão. Oriente-os que, ao sinal, o objetivo é deixar seus bastões equilibrados e correr para pegar o próximo bastão à sua direita, antes que ele caia no chão. Caso um estudante não consiga pegar o bastão antes que caia, ele estará fora da prática e deverá levar consigo o referido objeto. O jogo finaliza quando restar apenas um estudante.
Converse com a turma sobre qual a distância em que se sentem seguros e mais aptos para correr e pegar o bastão. No decorrer da atividade, quando perceber que se sentem mais confiantes e preparados, proponha o desafio de aumentar a distância entre eles. Coloque-os como protagonistas na organização da atividade em outros momentos também, por exemplo, favorecer e definir situações, como: direção que preferem iniciar, esquerda ou direita, quando essa direção pode ser alterada, ou se devem segurar o bastão com a mão direita ou esquerda.
Para ninguém ficar de fora, diversifique o sinal dado aos estudantes para iniciar a troca de bastões durante a brincadeira, utilize sinais sonoros, visuais, entre outros. Estimule, ainda, os estudantes a incrementar a atividade, adicionando adaptações, objetos, materiais ou outras regras.
Observe atentamente se algum estudante possui algum comprometimento que possa limitar sua participação. Nesse caso, converse com a turma para que proponham, juntos, alternativas para realizar a atividade.
Estrelas e coletores
Essa é uma brincadeira com origem no Zaire. Explique aos estudantes que o universo costuma ser algo que fascina a todos nós, principalmente os povos africanos no passado. Dessa forma, no intuito de desvendar os mistérios do universo, como o surgimento das estrelas, dos astros e dos elementos presentes na natureza, os africanos criaram muitas histórias e mitos que foram expressos também por meio de brincadeiras e jogos.
Para desenvolvimento da atividade, converse com os estudantes para delimitar o espaço da atividade, considerando as possibilidades estruturais da sua escola. Inicialmente, informe que a atividade requer um espaço para que seja traçada uma linha de saída e chegada, separadas por cinco metros, aproximadamente. Com auxílio de um giz ou fita adesiva, peça apoio aos estudantes para traçarem essas marcações. Em seguida, solicite que a turma se divida em duas equipes, sendo que o nome de um grupo será ESTRELAS e o do outro COLETORES. As “estrelas” se posicionam na linha de saída e os “coletores” no meio do espaço definido para a atividade. O objetivo do grupo ESTRELA é alcançar a linha de chegada. O objetivo do grupo COLETOR é impedir as estrelas, interceptando seus jogadores. Toda vez que um coletor tocar em um estudante do grupo “estrela”, este jogador estará fora da atividade. Defina com os estudantes uns três ou mais “coletores” que devem ficar no meio do caminho. Para início da atividade, o grupo dos coletores deve recitar juntos: “As estrelas começam a brilhar, quantas irão à noite se aventurar?” A equipe ESTRELA deverá responder: “Mais do que você pode pegar!” Nesse momento, começa a correria animada, em que os estudantes da equipe ESTRELA saem correndo da linha de saída, tentando chegar à linha de chegada sem serem apanhados por um “coletor”. Os estudantes que forem pegos pelos “coletores” saem do jogo e realiza-se uma troca, com novos coletores assumindo a posição. Os jogadores da equipe ESTRELA que não foram pegos devem agora tentar sair da linha onde se encontram em direção a outra linha. O jogo continua, dessa forma, até que o último jogador do grupo ESTRELA – que não foi pego - seja o vencedor.
Converse com os estudantes acerca da possibilidade de incluir variações e adaptar as regras. Por exemplo, indague-os sobre outras formas de movimentação ou estimule-os a apresentar sugestões ao estudante da equipe ESTRELA (que foi pego) para não ser excluído da atividade e participar desempenhando outro papel.
Atente-se às respostas dos estudantes frente aos diversos desafios vivenciados nas duas atividades. Observe se eles compreenderam seus papéis e as regras do jogo, levando em consideração que jogos de regras envolvem aspectos físicos, emocionais, cognitivos e sociais. Se julgar necessário, realize orientação individual.
Disponha os estudantes em uma roda de conversa, no intuito de promover uma reflexão sobre as aprendizagens. Peça para verbalizarem sobre o que foi aprendido, utilizando as seguintes questões:
Conduza a discussão evidenciando os objetivos de aprendizagem. Valorize as respostas dos estudantes, possibilitando que todos se manifestem e participem dessas reflexões. Faça inferências apontando a importância de conhecer, experimentar, apreciar e discutir acerca das brincadeiras de matrizes africanas, afinal, essas manifestações lúdicas oportunizam o reconhecimento da identidade cultural. Se necessário, realize perguntas direcionadas e intervenções para explorar os conceitos, ampliando a construção de mundo dos estudantes.
Utilize uma roda de conversa para sistematização das aprendizagens. Retome os objetivos da aula, de modo que os estudantes relembrem o que fizeram, discutiram e, assim, percebam o que aprenderam.
Destaque as principais características presentes nas brincadeiras africanas experimentadas. Aponte o predomínio da cooperação e integração, mesmo quando a atividade envolve competição, observamos a participação de muitas crianças brincando simultaneamente. Além disso, é possível identificar a presença de atividades motoras desafiadoras que associam o aspecto cognitivo, como, por exemplo, a concentração e a atenção tão necessárias na atividade Pegue o bastão. Outra característica marcante da ludicidade africana é a criatividade, afinal, há sempre um reaproveitamento de recursos simples do meio ambiente para a confecção de seus brinquedos e instrumentos de jogo, como foi o caso do bastão na brincadeira vivenciada. Essa capacidade de se reinventar e resistir diante de um contexto perverso, em que todos os direitos humanos foram violados com a escravidão.
Contudo, é importante chamar a atenção para a necessidade de estarmos vigilantes a toda postura preconceituosa, seja ela velada ou não. Ainda é comum encontrarmos elementos racistas em versos e nomes de brincadeiras que estão ligadas ao contexto da escravidão e que se popularizaram como herança lúdica afro-brasileira, por exemplo, as brincadeiras de “Chicotinho queimado” e “Barra manteiga na fuça da nega”. Mais do que não ser racista, precisamos adotar uma postura antirracista e coibir toda e qualquer manifestação preconceituosa, além de utilizar o objeto de conhecimento - jogos e brincadeiras para promover reflexão e maior conscientização quanto à urgência do respeito às diversidades étnicas. Com essa postura antirracista, estaremos contribuindo para a construção de identidade positiva dos estudantes negros, de modo que se sintam inseridos e valorizados, e percebam a marca cultural que deixaram em nosso país.
Fale sobre a relevância de discutir, brincar e aprender sobre os jogos e as brincadeiras africanas como uma experiência intercultural e intracultural, pois ao jogar os estudantes não estão apenas se conectando com uma simples brincadeira, mas sim com características, símbolos, modos de ser e viver da cultura que os criou e, ao mesmo tempo, mergulhando nas próprias raízes culturais. Esse, certamente, é um dos caminhos para fortalecer a identidade étnica.
As brincadeiras, para além de conhecimentos culturais que são passados por meio delas, também são reconhecidas como fundamentais para aprimorar as capacidades físicas. Evidencie o desenvolvimento das habilidades motoras e das capacidades físicas predominantes nos jogos e brincadeiras, como a agilidade e a resistência na atividade “estrelas e coletores”. Retome sobre o uso dos materiais, espaços e as regras construídas, de modo que os estudantes pudessem participar da organização do jogo, adaptando-o à realidade da escola.
Ressalte a importância da ação de mapeamento das comunidades quilombolas da região, pois isso favorece o reconhecimento do lugar onde moram, desenvolvendo o senso de pertencimento e a valorização da cultura local.
Solicite que os estudantes compartilhem suas percepções e conhecimentos, por meio de um questionário de perguntas diretas. O questionário deve se conectar aos objetivos de aprendizagem do plano.
Procure conectar as questões às dimensões de conhecimento propostas pela BNCC, assim é possível avaliar em qual(is) os estudantes apresentam maior necessidade de intervenção:
Dimensões do conhecimento da BNCC | Objetivos de aprendizagem desta aula | Perguntas |
Experimentação | Experimentar brincadeiras e jogos de matriz africana. | O que você aprendeu ao vivenciar brincadeiras e jogos de matriz africana? |
Fruição | Fruir brincadeiras e jogos populares de matriz africana. | Quais foram as sensações ao participar das atividades? |
Reflexão sobre a ação | Conhecer as características das brincadeiras e jogos de matriz africana. | Em quais momentos você teve de analisar as atividades para resolver desafios de modo que tanto você como os colegas pudessem participar? |
Compreensão | Reconhecer a influência da cultura por meio de jogos e brincadeiras; | Como o local onde vivemos influencia o nosso jeito de jogar e brincar? |
Compreensão | Compreender o significado das brincadeiras de matriz africana para sua cultura de origem. | Qual o significado de brincadeiras e jogos de matriz africana para os seus praticantes? Elas contam uma história? São atividades que usam elementos da cultura, como animais ou profissões? |
Construção de valores | Discutir a importância do respeito à diversidade cultural brasileira. | O Brasil é um país muito grande e tem uma grande diversidade de pessoas e locais com costumes muito diferentes entre si. O que devemos fazer quando vemos uma pessoa falando mal de um jeito de vestir, de um modo de brincar ou de falar de outra pessoa? |
Análise | Identificar as capacidades físicas e as ações motoras nas práticas vivenciadas. | Quais os principais movimentos presentes nos jogos e brincadeiras? Quais as principais capacidades físicas presentes nas atividades? |
Protagonismo comunitário | Localizar na comunidade e no entorno da escola, espaços para experimentação segura das brincadeiras tematizadas. | Em quais locais que frequenta poderiam ser praticados os jogos e as brincadeiras aprendidos na escola? |
Recolha as respostas dos estudantes e observe se os objetivos previstos para esta aula foram alcançados e o quanto eles se apropriaram das aprendizagens, mas lembre-se de respeitar o tempo de cada estudante. Caso haja necessidade de rever conceitos, procedimentos, atitudes e valores, ambos incorporados aos objetivos, organize um momento para retomar essas aprendizagens.
Ao final, realize uma devolutiva acerca dos aspectos positivos da aula, bem como de todo processo de mobilização da construção do conhecimento, apresentando elementos que podem ser melhorados e, assim, corroborar com a compreensão dos estudantes.
Barreiras
Sugestões para eliminar ou reduzir as barreiras
Sugerimos que nos desdobramentos apoie-se nas respostas dos estudantes ao questionário e conduza vivências e discussões no sentido de aprofundar as aprendizagens ou ampliar estratégias visando apoiar os estudantes que não atingiram os objetivos propostos. Esse é o momento de contribuir socialmente com os conhecimentos de todos eles. Como estratégia, pode-se utilizar uma pesquisa.
Divida a turma em grupos e proponha o aprofundamento de saberes sobre as brincadeiras e jogos de matriz africana e indígena, por meio de uma pesquisa em grupo que poderá ser realizada em casa, utilizando os seguintes documentos como fonte básica de consulta:
Se julgar necessário, utilize recursos adicionais, como textos, imagens ou áudios para inclusão de todos.
Etapa 1
Oriente os grupos a escolherem duas brincadeiras como sugestão para vivência. Os estudantes devem observar a possibilidade de adaptação ao ambiente escolar, primando pela garantia da segurança de todos.
Etapa 2
Solicite que os grupos realizem um mapeamento para investigar quais as comunidades quilombolas próximas a escola, bairro, município, estado ou região. Direcione as equipes para pesquisarem a história desses povos, os saberes, as curiosidades e os aspectos culturais, como as principais manifestações artísticas, brincadeiras, crenças, comidas típicas etc. Considere a possibilidade de compartilhar esse tema de aula com os colegas das áreas de Língua Portuguesa, Artes e Geografia para a ampliação de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita, audiovisual), reconhecimento da história afro-brasileira e preservação da cultura da região.
Etapa 3
Proponha uma discussão com os grupos com a seguinte pergunta norteadora: Quais estratégias podemos adotar para que haja maior valorização da cultura afro-brasileira e reconhecimento da história das comunidades quilombolas da nossa região? Peça à turma sugestões de como gostariam de compartilhar esses resultados e organize a socialização das descobertas realizadas.
Etapa 4
Mediante as reflexões, mobilize-os na elaboração de uma proposta de intervenção social na comunidade. Como ponto de partida e, se julgar pertinente, sugerimos que os estudantes elaborem uma cartilha com as informações coletadas para postagem e divulgação nas redes sociais, cujo público-alvo será a própria comunidade e os outros estudantes da escola.
Siga utilizando as estratégias da Conversa inicial: comunique aos estudantes o tema da aula (brincadeiras e jogos de matriz africana), seus objetivos de aprendizagem; faça as perguntas disparadoras para saber o que a turma sabe a respeito do tema. Com intuito de ampliar o repertório de conhecimentos dos estudantes, exiba o vídeo 2 – “Os africanos - Raízes do Brasil #3”, e realize as perguntas problematizadoras a respeito.
Atividade 1 – Jogo Yoté
Esse é um jogo de tabuleiro que tem sua origem na África Ocidental, sendo popular em Senegal, Mali, Guiné e Gâmbia. Yoté (pronunciado iô-tái) é um jogo de estratégia jogado em um tabuleiro com 30 casas, na disposição 5x6. Cada jogador deve ter 12 peças de cores ou formatos diferentes, de modo a serem facilmente diferenciadas. Exponha aos estudantes o vídeo 3 – “Como jogar Youté” –, que mostra o tabuleiro e suas regras. Solicite aos estudantes que confeccionem o tabuleiro e as peças, e ensine o jogo para uma pessoa que tenha mais afinidade, joguem o Yoté
Vídeo 3
[Título do vídeo: Como jogar Youté
Descrição: O vídeo ensina com detalhes as regras do jogo Youté
URL: https://www.youtube.com/watch?v=8Brj3to1mH0
Citação: anacluccas. Como jogar Yoté. Youtube, 2021.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8Brj3to1mH0
Atividade 2 – Pesquisando uma brincadeira ou jogo de matriz africana
Nessa atividade, solicite que os estudantes pesquisem sobre um jogo de matriz africana e tragam para a classe o nome da brincadeira ou jogo, qual a sua origem, e, se possível, contem um pouco da sua história. Se possível também, que eles possam vivenciar o jogo ou a brincadeira num local que achar adequado. Comunique a eles que este jogo tem de exigir movimentação dos seus jogadores.
Para a segunda parte da tarefa, solicite que os estudantes adaptem o jogo para que ele seja realizado na escola quando eles tiverem aula presencial. Para isso, eles devem fazer as intervenções e mudanças necessárias para se adequar ao espaço disponível da escola, como: mudar as regras, adaptar o espaço, aumentar ou reduzir o tempo de duração do jogo. Essas flexibilizações são também características do jogo, inclusive adaptar e criar materiais alternativos para a realização do jogo caso não tenha os materiais necessários.
Explore os conhecimentos das brincadeiras e dos jogos de matriz africana junto aos estudantes, com os seguintes questionamentos:
Quais os movimentos (habilidades motoras) mais presentes no jogo que você escolheu?
Quais as capacidades físicas mais presentes nesse jogo?
Vocês já conheciam a brincadeira ou o jogo que pesquisaram?
Aproveite os questionamentos e as reflexões do Momento de reflexão, com o objetivo de que todos conhecimentos solicitados no Objetivo de aprendizagem e toda a Sistematização do conhecimento sejam contemplados.
Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.
Autor: Thaísa Rocha Reis
Coautor: Laércio de Moura Jorge
Mentor: Ricardo Yoshio Silveira Ribeiro
Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho
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