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Plano de Aula
Neste plano procuramos desenvolver aprendizagens sobre as ginásticas e as diferentes possibilidades da prática individual e coletiva desta modalidade. O tema foi abordado de forma teórica e prática, através de brincadeiras, encenação, replicação e criação de novas possibilidades de movimentos, resolução de problemas, trabalho em equipe e discussão sobre o tema.
Ginástica geral
2. Pensamento científico, crítico e criativo
3. Repertório cultural
8. Autoconhecimento e autocuidado
9. Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
A ginástica é uma prática corporal que fundamentou a Educação Física nas escolas, mas sua origem é ainda mais antiga. O termo “ginástica” teve origem na Grécia antiga e significa o ato de “treinar”, ou seja, realizar o treinamento com exercícios metódicos para preparar para as atividades de preparação militar, por exemplo (CBG, 2021; RIBAS, 2011).
Atualmente, existem diferentes tipos de ginástica, que vão das práticas mais simples e inclusivas, como a ginástica para todos, até as mais complexas, como as ginásticas esportivizadas.
Conhecer e dominar seu corpo, bem como saber sobre os objetivos de cada uma das práticas da ginástica é fundamental para condicionar aos estudantes novas possibilidades de desenvolver o controle do corpo, considerando a sua cultura corporal de movimento. No entanto, esta sequência didática irá focar na ginástica de solo, que pretende envolver os estudantes em experimentações individuais e coletivas de rolamentos, velas, espacates, paradas de mão, equilíbrios, pontes, entre outras.
Para que tais elementos sejam realizados, alguns cuidados e observações devem ser tomados. Nos rolamentos, é importante haver material e espaço físico adequado para a prática, como colchonetes e colchões, além dos materiais, a execução deve considerar algumas ações fundamentais, como apoiar as mãos no chão na largura do ombro, encostar o queixo no peito, impulsionar o corpo com os membros inferiores unidos em um movimento explosivo e formar um arco com a coluna.
Na vela, os estudantes devem ficar em decúbito dorsal com as mãos elevando o quadril, mantendo equilíbrio invertido em que a nuca fica apoiada no solo e o corpo elevado.
No espacate não se espera que a maioria dos estudantes sejam capazes de fazer uma abertura total das pernas, a flexibilidade deve ser treinada regularmente para que consiga resultados mais efetivos, no entanto, os exercícios podem ser do mais simples aos mais complexos. Antes de iniciar as atividades desse tipo garanta um bom aquecimento para o corpo, incluindo atividades de mobilidade articular. Após o aquecimento, realize alongamentos como borboleta, alongamento frontal com pernas afastadas, extensão total de uma das pernas com a outra flexionada apoiada à frente do corpo, aumente a amplitude dos movimentos, utilize apoios como bancos para que os estudantes possam controlar a extensão dos membros inferiores. Quando houver maior domínio corporal, é possível retirar os materiais auxiliares.
Para realizar a parada de mãos, alguns educativos podem ser utilizados, uma das atividades é o “cavalinho” onde o estudante deve apoiar as mãos no chão e dar “coices” no ar, elevando cada vez mais as pernas em sentido vertical. Para a parada de mão completa, o estudante deve estar em pé, com uma das pernas à frente do corpo e os braços elevados na largura do ombro. Para que o movimento seja completado, deve projetar o tronco e braços para frente e para baixo, apoiando as palmas da mão no chão, após realizar o apoio deve elevar a perna de trás seguido do quadril e tronco, ficando de cabeça para baixo em posição ereta. Inicialmente, o desmonte pode ser feito voltando à posição de início, já no movimento completo, no desmonte deve rolar para frente, encostando o queixo no peito, flexionando os braços e apoiando as costas ao solo seguido do resto do corpo com as pernas flexionadas.
Nos movimentos de equilíbrio, as atividades podem envolver diferentes tipos de equilíbrio como o dinâmico e o estático. Ficar em um pé só, andar na ponta dos pés, saltar em pontos específicos, manter o equilíbrio após a realização de saltos, andar sobre superfícies com área de contato reduzida são atividades que poderão desenvolver essa capacidade física.
Por fim, o movimento de ponte é um exercício preparatório para a realização de outros mais complexos, como o salto mortal para trás, portanto, deve ser trabalhado logo na fundamentação da ginástica. Para realizá-la, na fase iniciante, o estudante deve deitar-se em decúbito dorsal (com a barriga para cima), flexionar os joelhos apoiando os pés ao chão, colocar as mãos apoiadas ao solo ao lado das orelhas, levantando o corpo em uma hiperextensão da coluna. Nas fases mais avançadas, os estudantes podem formar a ponte partindo da posição em pé, para realizá-la o professor pode segurar na altura do quadril do estudante ajudando a preparar-se para formar a ponte, até que ele sinta-se seguro para realizar o movimento de forma autônoma. Lembre-se, antes de realizar a ponte é importante que os estudantes estejam preparados com o aquecimento, treino de flexibilidade e mobilidade articular das principais estruturas envolvidas, como as do punho, quadril e coluna.
Para desenvolver uma sequência individual e coletiva de ginástica de solo, alguns passos devem ser considerados, como: (I) as aulas não devem trabalhar no formato da ginástica competitiva, ou seja, a partir dos movimentos realizados os estudantes não devem apenas focar na sua qualidade estética e grau de dificuldade, devem pensar nas diversas possibilidades em diferentes contextos; (II) a progressão pedagógica deve ser considerada na elaboração do plano de aula, indo do mais simples ao mais complexo; (III) o ambiente físico e as atividades propostas devem passar segurança para os estudantes; (IV) o uso de equipamentos pode ser adaptado, utilizando colchões e colchonetes, por exemplo.
Para que os estudantes obtenham sucesso na ginástica, aqui não se fala em rendimento, mas em apropriação segura e consciente da modalidade, é fundamental que haja uma preparação e controle das habilidades locomotoras básicas. As habilidades motoras podem ser divididas em três grupos: manipulativas, locomotoras e de estabilização. As locomotoras são atividades como correr e saltar. As de estabilização são atividades como rolar, equilibrar, flexionar e realizar apoio invertido, por exemplo. E as habilidades de manipulação são movimentos de agarrar, arremessar, rebater e chutar (SÃO PAULO, 2021). Para saber mais sobre cada uma delas sugerimos a leitura do texto “Habilidades Motoras” da Secretaria Municipal de Educação de São Sebastião disponibilizado na bibliografia.
Durante as aulas, é importante que os estudantes reconheçam as habilidades motoras envolvidas em cada atividade, possibilitando a discussão nos momentos de reflexão. Entende-se como habilidade motora “ações complexas e intencionais, envolvendo toda uma cadeia de mecanismos sensório, central e motor que, através do processo de aprendizagem, tornaram-se organizadas e coordenadas de forma a alcançar objetivos predeterminados” (TERTULIANO, 2021, p. 128).
Na ginástica de solo é possível realizar e perceber quase todos os elementos da ginástica artística, por isso, é importante que os estudantes se apropriem dos seus elementos e, após as atividades realizadas, sejam capazes de organizar uma sequência individual e coletiva de ginástica de solo.
Bibliografia
BRASIL. Comitê Brasileiro de Ginástica (CBG), 2021. Disponível em: https://www.cbginastica.com.br/faq. Acesso em: 29 out. 2021.
BRASIL. Ginástica Artística. Comitê Olímpico Brasileiro (COB), 2021. Disponível em: https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/esportes/Ginastica-artistica/.Acesso em: 29 out. 2021.
RIBAS, R. D. Fundamentos da ginástica olímpica escolar. Ponta Grossa – PR: UEPG, 2011.
SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Educação de São Sebastião. Habilidades motoras. Disponível em: http://www.saosebastiao.sp.gov.br/ef/pages/Corpo/Habilidades/index.html#t0. Acesso em: 29 out. 2021.
TERTULIANO, I. W.; OLIVEIRA, V. de; CASTRO, H. de O. Vivência de atividades físicas e aquisição de habilidades motoras. Biomotriz, [S.L.], v. 15, n. 1, p. 123-139, 1 jul. 2021.
Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.
Inicie a aula questionando os estudantes sobre quais modalidades de ginástica conhecem e quais movimentos já praticaram. Utilize, de acordo com as características dos estudantes e da disponibilidade de equipamentos de sua escola, diferentes formas de introduzir o assunto, observando se atende as necessidades de todos. Apresente aos estudantes imagens, áudios ou vídeos sobre a prova de solo na ginástica artística, procure superar possíveis barreiras para que todos possam participar deste momento. Peça que analisem os movimentos e suas características e identifiquem partes e estruturas do corpo que permitam realizá-los.
Em seguida, peça que comentem sobre cada uma das imagens. Confirme o que sabem sobre cada um dos movimentos (rolamentos, velas, espacates, paradas de mão, equilíbrios e pontes). Anote os comentários dos estudantes para que possa retomá-los posteriormente.
Convide os estudantes a assistir a um vídeo que apresenta a prova de solo da ginástica artística, peça para que eles percebam os movimentos realizados e questione-os sobre a importância do corpo para a prática desta modalidade e das atividades do cotidiano. Observe a necessidade de inserir legendas no vídeo ou fazer uma audiodescrição.
Conhecendo os movimentos básicos da ginástica
Apresente o vídeo “solo: elementos básicos”, peça aos estudantes para se organizar na sala, por exemplo, em semicírculo ou ainda para formar pequenos grupos para que todos possam assistir.
Peça que analisem os movimentos e suas características e identifiquem partes e estruturas do corpo que permitem realizá-los. Faça-os inferir sobre como realizá-los com segurança de modo a respeitar os limites pessoais e dos colegas.
Após a apresentação do vídeo, elabore questionamentos sobre as observações e análises, como, por exemplo: Já realizaram alguns dos movimentos que aparecem no vídeo? Quais os movimentos que as pessoas utilizaram para os rolamentos ou paradas de mão, por exemplo? Quais partes do corpo foram importantes para a realização desses movimentos? Quais os cuidados devemos ter para realizar os movimentos da ginástica de solo? Se fizermos grupos, como podemos ajudar nosso colega a realizar alguns desses movimentos sem machucar?
Anote os comentários dos estudantes para que possa retomá-los posteriormente.
Avalie a disponibilidade de utilização deste recurso junto aos estudantes ou considere outra estratégia para que possa realizá-lo na aula.
Em seguida, convide-os a conhecer e experimentar alguns movimentos da ginástica de solo, leve-os para um espaço amplo e adequado à prática. Peça que observem e avaliem os espaços e materiais disponíveis na escola. Comente que os movimentos devem ser realizados a partir de suas potencialidades, para que todos possam realizar as atividades práticas com segurança.
Atividade: aquecimento vivo ou morto ginástico
Diferente do jogo tradicional do vivo ou morto, nessa atividade, ao invés de abaixar e levantar normalmente, os movimentos básicos da ginástica de solo são incrementados. Para a realização desta atividade, os estudantes devem posicionar-se de frente para o professor ou comandante (estudante que falará os sinais de vivo ou morto), se necessário, utilize colchonetes ou similares. Utilize diferentes linguagens para que os estudantes realizem os movimentos. Lembre-os de que, após a comunicação, deverão realizar o movimento combinado.
Recupere os movimentos básicos e mais simples vistos na abordagem inicial, a partir dos comentários dos estudantes, peça-lhes para escolher qual será o movimento que representa o “vivo” e o “morto”, por exemplo: vela (vivo) e deitado (morto), espacate (vivo) e pernas unidas (morto), ficar em um pé só (vivo) e dois pés no chão (morto). Se os estudantes escolherem movimentos mais aprimorados como rolamentos e pontes, devem estabelecer estratégias possíveis de serem realizadas. A atividade deve trocar os movimentos para possibilitar a variedade. Para superar possíveis barreiras, os movimentos e as formas de comandos (verbal, visual e tátil) podem ser adaptados, para que todos possam realizar a atividade.
Participe junto com os estudantes nas primeiras experimentações, em seguida peça para que um estudante ocupe seu lugar de comunicação e passe a observá-los e incentivá-los.
Atividade: praticando os movimentos básicos da ginástica de solo
Verifique a quantidade de colchonetes disponíveis na sua escola, peça aos estudantes que se organizem em pequenos grupos (trios ou quartetos) e cada grupo tenha o seu material.
Recupere e (re)apresente os nomes de alguns componentes básicos da ginástica de solo, como rolamentos, velas, espacates, paradas de mão, equilíbrios e pontes, assim como as ideias e sugestões para que auxiliem os colegas do grupo na realização desses movimentos de forma segura, respeitando os limites de cada um deles.
Peça aos estudantes para que comentem rapidamente como realizar, o que é preciso fazer, o que não fazer, quais cuidados tomar na hora de realizar. Peça para que os estudantes demonstrem usando seu colchonete ou espaço escolhido. Estipule um tempo razoável para que possam, individualmente, experimentar os movimentos de:
Observe os movimentos realizados e elogie, auxilie e reforce a ajuda aos colegas e o respeito aos limites corporais. Apresente um elemento de cada vez e, após cada experimentação, todos os estudantes deverão ter experimentado algumas vezes o movimento apresentado. Troque o desafio antes que perceba cansaço ou perda do interesse por parte dos estudantes.
Atividade: jogo da velha com habilidades motoras da ginástica
Utilizando alguns colchonetes da atividade anterior ou até mesmo arcos, forme um quadro no chão que represente o jogo da velha. Com a turma dividida em duas equipes, explique para os estudantes que a finalidade do jogo é utilizar algumas das habilidades motoras da ginástica para cumprir a sequência.
Antes de iniciar a atividade, relembre os tipos de habilidades motoras (locomoção, estabilização e manipulação) e quais tipos de movimentos da ginástica se encaixam em cada uma delas. Como na ginástica de solo há a predominância de habilidades motoras de locomoção e estabilização, escolha um tipo de habilidade, por exemplo, se for de locomoção, podem realizar movimentos de correr e saltar, se for de estabilização, podem realizar movimentos como equilíbrio, flexibilidade, apoio invertido.
As equipes devem escolher qual tipo de movimento devem realizar de acordo com a habilidade motora escolhida. Após a divisão e definição do movimento das equipes (A e B), organize-as em duas colunas. Execute o sinal inicial, em que o primeiro estudante da coluna A deve deslocar-se para o centro do quadro e formar um movimento que representa sua equipe; posteriormente, a equipe B deve fazer a mesma coisa, até que uma equipe tenha completado o objetivo do jogo da velha.
Após algumas rodadas de experimentação, a equipe que venceu a rodada anterior deve escolher o tipo de movimento que a equipe adversária realizará na próxima vez. Pode haver uma variação passando a função para a equipe perdedora escolher o movimento dos adversários.
Para aproveitar a realização de mais movimentos durante a atividade, os estudantes devem construir um caminho a percorrer antes de chegar ao quadro do jogo, podendo colocar elementos como rolamentos e paradas de mão, por exemplo. Permita que as equipes alterem seus movimentos para que vivenciem uma quantidade maior dentro desta atividade.
Atividade: Mood ginástico
Nesta atividade construa um cenário imaginário composto por estações que serão chamadas de “mood”. Cada mood representará um elemento básico na composição de uma apresentação coreográfica da ginástica de solo. A organização do material pode ser em formato de quadrado, lembrando um tablado, que pode ser composto pelos colchonetes usados nas atividades anteriores, mas também pode conter colchões ou similares. Coloque os estudantes a sua frente para que possa explicar-lhes a atividade, permita que alguns tentem adivinhar o que irão fazer e, a partir das respostas dadas, explique a atividade. Cada estudante terá um tempo de alguns segundos para tentar alguns movimentos que representam aquele mood, após isso devem seguir para o próximo.
Estimule os estudantes para que explorem os elementos básicos de diferentes formas em cada passagem que realizarem na atividade, criando possibilidades de movimentar-se na ginástica com os materiais disponíveis na escola ou de acordo com as suas habilidades. Observe e analise o tempo disponível da aula para fazer com que os estudantes tenham igualdade de tempo e repetição na execução das atividades.
É importante oferecer atividades que sejam seguras e possíveis de serem realizadas, nas que necessitam de maiores cuidados com a segurança, deve ser discutida e refletida com os estudantes a importância de realizar os movimentos corretamente. Em conjunto com os estudantes, construa um protocolo de segurança, respeito e cuidado. Reflita com os estudantes sobre o que devem ou não fazer durante sua experimentação e dos colegas, cobre o protocolo estabelecido durante as atividades. Alguns estudantes podem auxiliar os colegas na realização da atividade, determine as funções previamente e faça rotações nessas funções. Após a organização, inicie a atividade descrita a seguir:
No primeiro mood deverão ser realizados movimentos de flexibilidade, como afastamento de pernas, espacate, pontes, erguer uma das pernas, dentre outros.
No segundo mood devem realizar diferentes tipos de rolamentos, como rolamento simples para frente, para trás, de lado, dentre outros.
No terceiro mood devem explorar movimento de equilíbrio dinâmico e estático, como o de avião, ficar em um pé só, erguer um dos pés em diferentes níveis de altitude e angulação, andar na ponta dos pés, saltar em um ponto fixo sem desequilibrar-se.
No último mood devem realizar apoios e paradas de mão, como vela, elefantinho, estrelas, rodantes, dentre outros.
Os movimentos podem ser com e sem a ajuda do professor ou dos colegas. A criatividade nesta estação deve ser o ponto chave, bem como os protocolos de segurança devem ser cobrados. Estudantes com deficiência podem construir um circuito alternativo, ajudar os colegas na criação de movimentos diferentes com novas ideias, ser jurados dos estudantes que estão realizando os exercícios.
Atividade: compondo uma apresentação de ginástica de solo
Nesta atividade busca-se proporcionar um tempo disponível em aula para que os estudantes sejam capazes de elaborar uma breve apresentação individual de ginástica, utilizando os diferentes movimentos realizados durante a aula, com foco na ginástica de solo.
Para esta atividade, separe a turma em alguns grupos, com materiais como colchões e colchonetes distribuídos igualmente entre eles. Combine o tempo de planejamento e ensaio com os estudantes, considerando o tempo ainda disponível em aula. Explique e incentive-os a participar de uma apresentação demonstrando os movimentos que planejaram individualmente. No período de ensaio, os estudantes devem organizar-se para que todos possam usar o material e tempo disponíveis de forma igualitária. Os colegas podem ajudar no planejamento e na preparação para a apresentação.
Para desafiá-los, construa um roteiro que deve ser considerado na elaboração da apresentação (não precisa seguir a ordem estabelecida), mas servirá de norte para que os estudantes definam os elementos a serem abordados. Sugerimos os seguintes elementos: (1) equilíbrio, (2) rolamentos (para frente e para trás), (3) paradas de mão e/ou apoios, (4) flexibilidade. Comente sobre o sistema de notas na ginástica artística que considera o grau de dificuldade e a qualidade estética da execução, bem como alguns elementos básicos exigidos, para que os estudantes compreendam que esses elementos fazem parte de uma apresentação de ginástica.
Após os ensaios, os estudantes devem apresentar-se para os colegas. Durante as apresentações eles podem escolher se querem com ou sem acompanhamento musical. Antes de iniciar as apresentações o professor pode definir com os estudantes os responsáveis pela cobertura midiática do “evento”. Para isso, poderá selecionar alguns estudantes para filmar as apresentações utilizando celulares, alguns podem ser repórteres ou comentaristas (estes devem estar cientes do roteiro sugerido pelo professor nas apresentações). É importante estimular o imaginário nesta atividade.
Lembre-se de que o objetivo não é focar na técnica, mas sim na capacidade de organização, no uso e na fixação das atividades propostas, e na criatividade dos estudantes. Caso não haja tempo suficiente para as apresentações, organize a atividade para a próxima aula, portanto, os estudantes devem ensaiar como tarefa de casa. Quando acontecerem as apresentações, é importante expressar admiração e aplausos aos participantes, buscando a fruição por parte dos protagonistas e espectadores.
Durante a realização das atividades propostas e seus intervalos, é importante a discussão e a reflexão sobre o que foi realizado. Quando as discussões ocorrem logo após as práticas, é mais fácil que estudantes com dificuldade de compreensão consigam participar deste momento. A partir das perguntas levantadas no início da aula, faça com que os estudantes construam assimilações com o conteúdo trabalhado.
Discuta sobre quais as características corporais necessárias para a realização dos movimentos da ginástica. Após a discussão, levante as dificuldades enfrentadas pelos estudantes e também pergunte como eles buscaram resolver os desafios e dificuldades enfrentados.
No momento de criação da coreografia de ginástica de solo, comente como eles buscaram compor as coreografias, quais os principais movimentos escolhidos na composição das apresentações, quais não estiveram presentes e por quê? Se a resposta for pela dificuldade de realizar o movimento, pergunte-lhes como poderiam desenvolver a capacidade de realizá-lo, orientando novos exemplos de atividades que podem ser realizadas para que consigam cumprir os desafios.
Por fim, perceba os principais comentários, dúvidas e interesses dos estudantes para a sistematização do conhecimento construído na aula e possibilidades de elaborar estratégias para planejamentos futuros.
Ao final da aula, organize os estudantes sentados em um círculo. Recupere as atividades realizadas, faça com que eles reflitam se todos os movimentos básicos da ginástica, comentados no início da aula, foram experimentados, relembre as principais habilidades motoras que foram apresentadas para os estudantes e sobre a relação entre as estruturas corporais e as capacidades de realizar os movimentos com maior facilidade ou não.
Explique que nos movimentos que exigem força é preciso que nossos músculos estejam preparados para sustentar o corpo em diferentes situações, e quanto mais os utilizamos em nossas atividades diárias melhor será seu desempenho. Já nas atividades de flexibilidade, como nos espacates e apoio invertido, é importante ter uma boa amplitude articular, portanto, apresente a importância de alongar-se diariamente, tanto para que melhorem seu desempenho na ginástica, mas também para a saúde.
Relembre os nomes dos movimentos básicos da ginástica de solo. Indique quais as principais habilidades motoras da ginástica de solo e como as atividades que realizamos no dia a dia influenciam para desenvolvermos nossas habilidades e consequentemente ter um melhor desempenho nos movimentos da ginástica.
Comente sobre as apresentações construídas pelos estudantes, se elas abordaram os elementos básicos da ginástica que foram apresentados. Valorize as situações de criatividade em que os estudantes criaram novas estratégias para a realização de movimentos e formas de expressão corporal, e as características individuais para compor as coreografias.
Parabenize os momentos em que houve organização democrática, superação, cumprimento dos protocolos de segurança, evolução nos níveis de dificuldade, demonstração de valores como o respeito e a inclusão dos colegas.
Valorize o empenho e a dedicação na superação de desafios, demonstre atenção àqueles estudantes que apresentaram maior dificuldade, mas que buscaram superar-se para cumprir as atividades, mesmo que com adaptações. Elabore um discurso motivacional criando relações com a vida e explique-lhes que conhecer a si mesmos e suas dificuldades, juntamente com a determinação, é essencial para vencer os desafios.
Estabeleça relações entre os objetivos e as competências estabelecidas no planejamento, com a execução da aula. Explique que nos momentos em que tiveram de criar, superar desafios, pensar nas suas potencialidades, cuidar de si e dos colegas, havia objetivos que buscavam trabalhar essas ações.
Para registrar as atividades realizadas no decorrer da aula, os estudantes podem gravar a execução de algumas atividades realizadas para posteriormente poderem comentar e analisar nas próximas aulas. O registro feito em vídeo poderá servir de método de análise do movimento para que os estudantes possam se autoavaliar, também pensando no cuidado individual e coletivo na prática da ginástica. Verifique a necessidade de se fazer uma audiodescrição para estudantes com baixa visão.
Além disso, ao final da aula devem fazer um desenho que represente um ou mais elementos específicos da aula. Pode ser o movimento que mais gostou, sentiu-se desafiado, tem mais facilidade ou dificuldade. Além de desenhá-lo, deve descrever o passo a passo como realizá-lo, quais as principais habilidades motoras envolvidas, bem como citar os cuidados com a segurança que deve ter para sua realização. A atividade deve ser apresentada para o professor na aula seguinte, permitindo comparar com o desenho feito na abordagem inicial, para ver se houveram modificações nas percepções dos estudantes, após a aula. Para essa atividade, observe a necessidade de se possibilitar a utilização de outras formas de linguagem para que possam fazer o registro, como um áudio, por exemplo.
No início da próxima aula, peça aos estudantes para comentar sobre suas respostas e percepções. Essa atividade pode ser analisada pelo professor para traçar novas estratégias para as próximas aulas.
Para nortear o nível de evolução dos estudantes, sugerimos alguns critérios a serem percebidos durante a execução da aula, eles poderão compor o diário de classe do professor e ajudar a estabelecer estratégias e encaminhamentos nas próximas aulas. São eles:
Rolamento: pés unidos, direção única e flexão de coluna.
Avião: pernas estendidas, tronco paralelo ao solo, com manutenção do equilíbrio.
Ponte: com apoio sustentado e com boa amplitude.
Estrelas e rodantes: extensão do corpo todo, com manutenção do equilíbrio.
Velas: estende o tronco e os membros inferiores sem desequilíbrio.
Para compor a avaliação da aprendizagem, prepare antecipadamente uma tarefa de casa para ser feita numa folha avulsa ou no caderno de registro. Peça aos estudantes que:
Faça a correção da atividade, discuta sobre o que foi produzido e dê um feedback. Reflita, se necessário, se os movimentos desenhados representam a capacidade física abordada. Já na descrição dos movimentos, verifique se a sequência e os protocolos de segurança foram considerados, se não, construa uma nova discussão que aborde o tema.
Na forma de avaliação procedimental, o professor pode fazer avaliações práticas de construção de coreografias individuais, em duplas e grupos. Nesse tipo de avaliação não se deve focar apenas na parte técnica, portanto, também sugerimos a atenção atitudinal.
Na construção da coreografia, deve considerar os seguintes elementos:
Durante a sequência didática é importante estabelecer com os estudantes critérios para a avaliação atitudinal. Esses critérios devem ser considerados nas diversas atividades, e podem seguir a seguinte sugestão, em que o estudante é capaz de:
Perceba as atitudes de respeito, cuidado e segurança com colegas, organização democrática, liderança, dedicação e criatividade na resolução de desafios, essa é uma forma de avaliar que permeia toda a sequência didática e pode auxiliar nas outras avaliações.
Barreiras
Sugestões para eliminar ou reduzir as barreiras
Nas próximas aulas utilize os conhecimentos construídos anteriormente. Recupere os diferentes tipos de habilidades motoras combinadas com as capacidades físicas nos exercícios de solo. Faça com que os estudantes reflitam sobre os movimentos que realizam para, posteriormente, preparar sequências coletivas nas quais cada um possa participar de acordo com as suas características. Para que isso seja possível, é preciso que os estudantes criem e experimentem sequências de ginástica individualmente. Dialogue com eles sobre a sua evolução, as suas dificuldades e os movimentos que conseguem realizar com mais facilidade.
Sugerimos que faça registros em vídeos das práticas antes e depois, para que os estudantes percebam a sua evolução. Os próprios estudantes podem fazer o registro utilizando os celulares. A visualização dos próprios movimentos proporciona momentos de discussão nos quais são valorizados a comunicação, a argumentação, o autocuidado e a empatia.
Forneça materiais ou pesquisas de aprofundamento para as próximas atividades de registro, partindo do princípio da metodologia ativa de aprendizagem “sala de aula invertida”.
O texto a seguir pode ser um recurso de leitura e aprofundamento para que os estudantes conheçam mais elementos sobre a ginástica de solo, portanto, forneça o material impresso ou o link para acesso, disponível a seguir:
https://www.culturamix.com/saude/esporte/quais-sao-os-movimentos-basicos-da-ginastica-do-solo/
Após a leitura, discuta sobre os diferentes movimentos acrobáticos, se conseguiram perceber alguns movimentos básicos já vistos em aula e quais as estruturas do corpo são usadas para a realização delas.
Trabalhar com o imaginário durante as aulas é fundamental, para isso, crie situações-problema que os estudantes tenham de resolver a partir dos movimentos da ginástica de solo. Todos estes elementos servem como abordagem inicial e mobilização para novas aprendizagens.
Crie novos circuitos com desafios a serem superados pelos estudantes de maneira individual e coletiva. Faça equipes que ficarão responsáveis por trabalhar formas de aprimorar os movimentos básicos da ginástica. Por exemplo, uma equipe fica responsável por criar e explicar exercícios para desenvolver a flexibilidade, outra equipe responsável por aplicar exercícios de equilíbrio, assim como as demais habilidades.
Proponha o protagonismo por meio de novos circuitos construídos pelos estudantes, nos quais foquem em desenvolver sequências de ginástica que podem envolver apenas uma habilidade motora, mas com diferentes movimentos, ou uma sequência com diversos movimentos de habilidades motoras diferentes. Na construção dessas atividades, possibilite aos estudantes utilizar alguns movimentos vistos na leitura de aprofundamento sobre a ginástica de solo.
Estabeleça, em conjunto com os estudantes, objetivos maiores e que devem ser alcançados no final da sequência, como, por exemplo, uma competição de ginástica de solo. Registre vídeos durante as aulas e apresente um compilado ao final, para que possam discutir sobre as dificuldades enfrentadas e possíveis evoluções.
O início da aula pode ser realizado da mesma forma do presencial, apresentando o vídeo sobre a ginástica artística da atividade 1. Caso não tenha o vídeo pode ser um pequeno texto ou ilustração. Após o vídeo, apresente as imagens dos tipos de ginásticas existentes, juntamente com a divisão entre as que são competitivas e não competitivas. Para deixar esta atividade mais dinâmica, um recurso que pode ser utilizado é o Kahoot, plataforma educacional que permite o professor criar questões sobre o conteúdo e fazer uma competição com os estudantes como forma de gamificação.
A atividade 2 pode ser realizada de forma síncrona, com o professor participando da reunião, mas também pode ser feita através de um áudio ou vídeo produzido pelo professor.
Na atividade 3, o professor poderá trabalhar com os movimentos básicos da ginástica, todos ao mesmo tempo, se for de forma síncrona. No entanto, se for assíncrona, o professor deverá fornecer imagens para que os estudantes tentem criar e praticar no momento adequado, dando sugestões de materiais adaptáveis e com exercícios que sejam seguros para a realização em casa (imagens e gifs são legais para auxiliar nesta atividade).
Na elaboração da atividade 4, os estudantes podem fazer, juntamente com o professor, um brainstorming de possibilidades de práticas da ginástica em casa. Após construir coletivamente as possibilidades, cada estudante deve montar o seu circuito, com a ajuda dos responsáveis, e realizá-lo em um momento apropriado, posteriormente apresentando-o através de fotos, vídeos enviados ao professor ou somente a fala de como ocorreu.
Após a realização das atividades, é importante que os estudantes reflitam e expliquem as sensações causadas, neste momento o professor é responsável por interpretá-las e discuti-las com os demais, buscando estabelecer relações com os conhecimentos dos estudantes.
Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.
Autor: Alexsandro Junior Machado
Coautor: Laércio de Moura Jorge
Mentor: Ricardo Yoshio
Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho
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