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Plano de Aula
Plano de aula: Ginástica geral: reconhecendo características e combinando elementos
Descrição
A proposta deste plano é a de levar os estudantes a conhecer, vivenciar e construir atividades, a partir dos elementos básicos da ginástica geral, além de experimentar elementos combinados e coreografias básicas em atividades coletivas com e sem música, tanto na sua esfera prática, quanto também na reflexão sobre as estruturas corporais e as capacidades físicas envolvidas.
Habilidades BNCC:
Objeto de conhecimento
Ginástica geral
Objetivos de aprendizagem
- Conhecer os elementos básicos da ginástica geral.
- Experimentar elementos combinados e coreografias básicas da ginástica com e sem música.
- Experimentar movimentos básicos da ginástica geral, com e sem utilização de materiais específicos.
- Identificar as estruturas corporais envolvidas nos movimentos realizados na ginástica.
- Identificar as principais capacidades físicas envolvidas na ginástica geral.
- Construir coreografias de ginástica coletivamente.
- Construir uma apresentação de ginástica geral em pequenos grupos, a partir de suas experiências prévias.
- Reconhecer as potencialidades e os limites do corpo.
Competências gerais
2. Pensamento científico, crítico e criativo
3. Repertório cultural
8. Autoconhecimento e autocuidado
9. Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
A ginástica geral (GG), desde 2007 chamada de ginástica para todos (GPT) (MEC, 2012), é uma prática abrangente que reúne elementos básicos do ato de movimentar-se, utilizando diferentes capacidades físicas, que dão subsídios para a realização de atividades corporais acrobáticas e expressivas, favorecendo a interação social e o compartilhamento da aprendizagem sem fins competitivos (BNCC, 2018). Segundo a Base Nacional Comum Curricular, fazem parte dessa prática elementos como “exercícios no solo, no ar (saltos), em aparelhos (trapézio, corda, fita elástica), de maneira individual ou coletiva, e combinam um conjunto bem variado de piruetas, rolamentos, paradas de mão, pontes, pirâmides humanas etc.” (BNCC, 2018, p. 2017). Além disso, na ginástica geral é possível trabalhar com diferentes habilidades, na confecção de materiais alternativos que fazem parte do contexto escolar, como cordas, jornal, elástico, bambu, toalhas, lençol, travesseiros, dentre outros que, além de serem mais acessíveis, poderão estimular a criatividade dos estudantes (MARCASSA, 2004).
Dentre as capacidades físicas que mais se destacam na execução dos elementos da ginástica, pode-se apontar a força, a flexibilidade, a resistência, o equilíbrio, a agilidade, a coordenação e a velocidade. Outro elemento importante que pode ser explorado e tematizado junto aos estudantes é que eles reconheçam as suas estruturas corporais, bem como suas funções para a realização dos movimentos na ginástica. Para isso, apresente a divisão entre cabeça, tronco e membros, diferenciado as funções de cada parte. Após essa definição, apresente o conceito de sistema locomotor formado por músculos, que, quando contraídos, geram o movimento e, consequentemente, a locomoção; ossos, que têm as funções de dar forma e sustentação ao corpo, proteção aos órgãos internos, e reserva de energia e produção de sangue; e as articulações, que são as conexões entre os ossos, por meio das quais o sistema locomotor se movimenta.
O trabalho coletivo é outro ponto primordial para ser explorado junto aos estudantes, pois é por meio de situações desafiadoras propostas na aula que é possível promover a resolução de problemas e a cooperação entre os elementos do grupo. No entanto, é importante reconhecer que os momentos de experimentação individual são fundamentais para um melhor aproveitamento dos estudantes. Lembre-se de que o processo de criação é indispensável. Esse processo é chamado de revelação e reconstrução das narrativas corporais, e, segundo Marcassa (2004), marca o momento de identificar, refletir e superar os padrões das práticas corporais, pois o desenvolvimento da autonomia permite transcender a esfera corporal, podendo ser usada em diferentes contextos e situações da vida.
Bibliografia
MARCASSA, L. Metodologia do ensino de ginástica: novos olhares, novas perspectivas. Pensar a Prática, v. 7, n. 2, p. 171-186, 2004.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base>. Acesso em: 6 out. 2021.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Explorando a Ginástica para Todos. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40878>. Acesso em: 24 out. 2021.
Materiais sugeridos
- Equipamento audiovisual (projetor, TV, imagens).
- Impressão das atividades 1 e 2.
- Colchonetes, colchões, tatames, tapetes de EVA ou material adaptado.
- Bolas.
- Arcos.
- Bancos.
- Plinto (ou similares).
- Mini jump.
- Caixa de som.
Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.
Conversa inicial
Retome com os estudantes o que já conhecem sobre as ginásticas. Incentive-os a comentar sobre as características da modalidade, sobre o que já experimentaram em aulas e anos anteriores. Peça-lhes para conversarem uns com os outros, auxiliando em sua comunicação. Faça perguntas como: Quais as partes do corpo são mais utilizadas? O que acontece com os músculos na realização dessas atividades? Qual a função dos ossos na prática da ginástica? Como conseguimos dobrar o nosso corpo, já que os ossos são rígidos? Quais as estruturas que permitem que isso ocorra? Observe se é necessária alguma estratégia para facilitar a compreensão de todos os estudantes como, por exemplo, solicitar que eles movimentem alguma estrutura corporal, sentindo a sua movimentação. Como é um tema que já aprenderam, permita-lhes auxiliarem uns aos outros na retomada.
Após realizarem seus apontamentos, apresente o vídeo da atividade 1, organizando a sala de uma forma que todos possam ter acesso ao material apresentado, estimulando que eles criem noções de igualdade. Ao assistir ao vídeo devem perceber os movimentos, estruturas e funções de cada uma das partes no funcionamento do corpo humano. Caso não possua equipamento audiovisual, pode-se apresentar um mapa do corpo humano como recurso alternativo.
Explique brevemente sobre o que é a ginástica para todos, busque discutir sobre as estruturas corporais envolvidas, as capacidades físicas mais exigidas e o comportamento das estruturas corporais nesses tipos de prática. De acordo com as características da sua turma, amplie a possibilidade de recursos para que todos compreendam sobre o tema.
Atividade
Atividade 1 (Contextualização)
Convide os estudantes a conhecerem mais sobre seu corpo e funções. Inicie perguntando se eles conhecem o Khan Academy. Explique-lhes que é uma plataforma interativa em que eles podem aprender brincando e que irão praticar um pouco no início da aula. Em seguida, utilizando o projetor, apresente o vídeo e a atividade a seguir:
[Título do vídeo: O corpo humano e suas representações
Descrição: Vídeo que ensina as partes do corpo e suas funções.
Minutagem: 0 a 5’49.
Citação: Khan Academy. O corpo humano. Khan Academy, 24 de outubro de 2021. Disponível em: https://pt.khanacademy.org/science/1-ano/vida-e-evolucao-1-ano/estruturas-do-corpo-humano/v/o-corpo-humano-e-suas-representaes]
Ao término do vídeo, continue na mesma plataforma para a atividade “Praticar: estruturas do corpo humano”. Projete as perguntas para os estudantes e permita-lhes resolver coletivamente. As perguntas podem ser escritas, caso não tenha acesso à internet em sala de aula. Observe a necessidade de uma audiodescrição.
Após a atividade sobre o corpo humano, deve-se levantar uma conversa sobre nossas capacidades físicas (CF). Estimule os estudantes a falarem sobre as capacidades físicas que eles conhecem e anote no quadro, complementando se for necessário. Após listar quais são nossas capacidades físicas, é a hora dos estudantes identificarem e apontarem cada uma delas. Para isso, imprima e entregue para cada um a folha de atividade como a disponível na imagem abaixo, na qual eles deverão escrever a capacidade física que está em maior evidência em cada situação. Essa folha de atividade também deverá ser usada ao final da aula como atividade para registro, podendo também ser um material de consulta em atividades posteriores. Pode-se formar duplas com estudantes que tenham alguma dificuldade de compreensão ou baixa visão e estudantes que leiam ou expliquem as imagens para o outro. Avalie se uma vivência é necessária. Após a abordagem inicial, leve os estudantes a inferir qual será a pauta da aula e apresente quais serão as atividades realizadas.
Atividade 2 (Aquecimento e divisão de equipes)
Agora em espaço amplo ou quadra esportiva, previamente organizados com os materiais que serão usados, convide os estudantes a praticar movimentos que envolvam as capacidades físicas. Nessa atividade explique-lhes que devem ficar espalhados de frente para você, que dará comandos para as direções em que eles deverão correr. Combine previamente a forma de deslocamento (lateral direita e esquerda, frente e trás), podendo também variar, colocando referências diferentes, como coordenadas geográficas, cores (cada cor uma direção), operações básicas da matemática, frutas, animais, dentre outras.
Durante os deslocamentos, diga alguns números. Quando eles ouvirem o número, deverão formar um grupo de pessoas correspondente ao que foi dito. É importante que os comandos sejam falados em poucos intervalos, para que a atividade seja dinâmica. Quando quiser finalizar a atividade, diga um número correspondente ao número de estudantes necessário para formar algumas equipes que serão usadas no decorrer da aula. É interessante que não ultrapasse oito estudantes por equipe, para que todos possam vivenciar da melhor forma as atividades propostas.
Uma variação que pode ser incluída valorizando o protagonismo estudantil é, após as equipes estarem formadas, fazer com que os estudantes sejam os comandantes da equipe, permitindo-lhes escolher a forma de dar o comando.
Quando as equipes estiverem formadas, busque discutir quais foram as capacidades físicas que mais estiveram envolvidas nesta atividade.
Ajuste a atividade de acordo com as características dos estudantes, pois aqueles com baixa visão ou com alguma deficiência podem não compreender a voz de comando. Nesse caso, utilize outros recursos, como apresentar imagens, fazer movimentos, formar duplas para um auxiliar o outro etc.
Atividade 3
Rabo do dragão: Seguindo a divisão das equipes formadas na atividade anterior, forme uma coluna com cada uma delas, em que um estudante ficará cerca de 1 metro de distância virado de frente para os colegas que formam a coluna. Já os estudantes que estão compondo o corpo do dragão deverão segurar na cintura do colega à sua frente. O objetivo do estudante que está à frente do dragão é encostar na ponta do rabo, que é o último estudante da coluna. O objetivo dos demais é evitar que isso ocorra. Para isso deverão se deslocar nas diferentes direções necessárias para evitar o toque no colega que está por último. Quando isso acontecer, ou se demorar demais para cumprir o objetivo, os estudantes devem trocar as funções para que todos vivenciem as diferentes etapas da atividade.
É importante lembrar-se de que os estudantes não podem empurrar os colegas para que o objetivo seja cumprido. Observe a necessidade de flexibilização das regras ou de estabelecer tarefas de acordo com o potencial de cada aluno.
Teleférico humano: Nessa atividade o objetivo é usar a força e a resistência para transportar os estudantes usando o corpo. Inicialmente, tenha em mãos algumas imagens de possibilidades que o transporte pode ser feito, como as a seguir. Permita aos estudantes que se organizem para experimentar diferentes formas, sejam as apresentadas por você ou as criadas por eles mesmos.
É importante usar a criatividade e o imaginário para construir um percurso a ser atravessado, que contenha obstáculos (desafios), uma história com personagens, funções ou até mesmo poderes (de acordo com suas competências e habilidades de cada personagem). Aproveite a criatividade dos estudantes para que, além das aprendizagens práticas, sejam estimulados pela ludicidade.
Atividade 4 (Estações ginásticas)
A realização desta atividade baseia-se na metodologia de “Rotação por estações de aprendizagens”. Para saber mais sobre esse tema, acesse https://novaescola.org.br/conteudo/3352/blog-aula-diferente-rotacao-estacoes-de-aprendizagem. Divida o espaço em diferentes estações, fazendo o mesmo com os estudantes. Cada estação deverá propor um dos elementos básicos da ginástica geral, mas que possa ser realizado de diferentes formas, com a possibilidade dos estudantes apropriarem-se dos materiais e do espaço e criarem seus movimentos.
Inicie a atividade explicando quais serão as atividades realizadas em cada estação. São elas:
- Rolamentos: discutam sobre o que é o rolamento e construam coletivamente os protocolos de segurança. Permita aos estudantes experimentarem e criarem novas formas de rolamento.
- Paradas e equilíbrio: comece do simples para o mais complexo, com o posicionamento estendido em pé, deitado, posição de elefantinho, parada com apoio na parede, parada com ajuda dos colegas, estrelinhas e rodantes, saltos de superfícies elevadas, em colchões realizando apoios, exercício de ponte (reversão), por fim a parada de mãos individual.
- Saltos: sobre superfícies elevadas, no colchão, com o uso do mini jump. Construam coletivamente novas possibilidades de saltar, como o salto estendido, grupado, carpado e afastado.
- Manipulação de materiais:use bolas, arcos, fitas. Nessa estação o importante é que os estudantes desenvolvam alternativas de manipulação dos objetos, coordenação, noção de tempo e espaço, controle corporal.
Separe para esta atividade os seguintes materiais:
- Colchonetes, colchões, tatames, tapetes de EVA ou similares.
- Bancos, pliton ou similares.
- Bolas, arcos, fitas.
- Cones para dividir as estações.
Sugere-se que os estudantes tenham tempo hábil para experimentar cada uma das estações, devendo ser estimulados durante a realização das atividades, auxiliando na execução e fornecendo ideias de como aproveitar da melhor forma cada estação. É importante oferecer-lhes atividades que sejam seguras e possíveis de serem realizadas. Aquelas que necessitam de mais cuidados com a segurança, devem ser discutidas e refletidas com os estudantes sobre a importância de realizar os movimentos de forma correta, prezando pelo cuidado individual e coletivo. Em conjunto com a turma, construa um protocolo de segurança, respeito e cuidado. Reflita com eles sobre o que devem ou não fazer durante sua experimentação e a dos colegas. Cobre o cumprimento do protocolo estabelecido durante as atividades.
Atividade 5 (Compor um circuito de ginástica):
Aproveitando a divisão dos grupos anteriores, nesta atividade busca-se proporcionar um tempo para que os estudantes sejam capazes de elaborar um circuito utilizando as atividades realizadas durante a aula.
Nessa etapa, cada equipe irá compor uma série de exercícios com base no que mais gostou da aula. Lembrando-se de que não precisa ser igual ao que já foi feito, eles podem criar a partir do que vivenciaram, mas sempre prezando pela segurança de cada um nas atividades (isso deve ser cobrado, tanto pelos estudantes quanto pelo professor).
Após a criação das estações do circuito, cada equipe irá apresentá-la aos colegas, que deverão experimentar as diferentes atividades planejadas pelas equipes.
Para essa atividade separe igualmente os colchonetes (ou similares) e demais materiais entre as equipes. O tempo de planejamento deve ser em torno de 5 minutos e o de realização de cada equipe de cerca de 2 a 3 minutos. Após a confecção da atividade, a equipe deverá ter tempo para apresentar suas estações e fruir a dos colegas.
Durante a elaboração e apresentação pode haver acompanhamento musical, para que haja uma aproximação com as diferentes modalidades da ginástica.
O objetivo não é focar na técnica, mas sim na capacidade de organização e criatividade dos estudantes. Antes das apresentações é importante estimular para que as equipes façam análises e comentem quais movimentos elas perceberam que foram realizados. Após cada apresentação é importante expressar admiração e aplaudir os participantes, buscando a fruição por parte dos estudantes.
Esse é um momento importante para exercitar elementos das competências gerais, como empatia, cooperação, trabalho coletivo, valorização da diversidade, inclusão de todos.
Momento da reflexao
Durante a realização das atividades propostas e de seus respectivos intervalos, é importante a discussão e a reflexão sobre o que foi realizado, buscando estabelecer relações com o conhecimento prévio dos estudantes. No entanto, ao final da aula, é fundamental o momento para uma conversa final de reflexão.
Discuta sobre o que eles perceberam de cada uma das atividades. Faça perguntas, como: Quais foram as sensações que sentiram na realização das atividades? Em alguns momentos sentiram o corpo duro, esticado, cansado? Por quê? Quais as principais capacidades físicas que causam essas sensações? Cada capacidade física é usada isoladamente? Por que algumas pessoas têm mais facilidade em determinadas atividades que dependem de capacidades físicas específicas? Qual é a capacidade física que você tem mais facilidade e dificuldade? Por quê? Como melhorar as capacidades físicas? Qual a importância de trabalhar as capacidades físicas?
Perceba os principais comentários, dúvidas e interesses dos estudantes para sistematização do conhecimento construído na aula e possibilidades de elaborar estratégias para planejamentos futuros. Observe a necessidade de utilizar recursos adicionais que possam facilitar a participação de todos neste momento. Faça perguntas mais diretivas aos estudantes com dificuldade de falar na frente dos colegas, incentivando a sua participação. Estimule-os a criar meios para incluir todos nesse momento de conversa. Podem utilizar para isso um texto, mímica, uma gravação de vídeo, Libras etc.
Sistematizacao do conhecimento
Partindo dos diferentes momentos, das dificuldades apresentadas pelos estudantes e dos apontamentos feitos no Momento da reflexão, agora é a hora de intervir e recuperar as etapas da aula.
Relacione o vídeo inicial com as demais atividades, discuta e esclareça sobre as funções das estruturas corporais relacionadas às capacidades físicas e aos exercícios realizados na aula. Crie conexões com as demais atividades realizadas no dia a dia, bem como a importância do tema para a saúde dos estudantes. Permita-lhes que contribuam com comentários sobre a família e seus estilos de vida e, a partir de tudo que foi falado, permita aos estudantes que sejam capazes de inferir sobre as próprias ações, as dos colegas e do seu círculo familiar.
Aponte sobre os comentários dos estudantes em relação aos elementos da ginástica que experimentaram em aula, assim como também os movimentos que foram adaptados de acordo com as necessidades de cada um.
A partir das atividades realizadas, buscou-se contemplar diferentes competências e habilidades estabelecidas na BNCC, que não são apenas específicas da ginástica. Por meio delas, o estudante é capaz de analisar criticamente o funcionamento das estruturas corporais e as capacidades físicas em outras práticas do seu cotidiano, como contemplam as competências gerais 2 e 10. Além disso, a partir da construção do protocolo de segurança das atividades 3 e 4, espera-se que eles sejam capazes de reproduzir protocolos de saúde em outros momentos, como estabelecido na competência geral 8. Já as atividades que envolvem a criatividade, a apropriação e o imaginário, como as atividades 3, 4 e a reflexão, contemplam as competências gerais 3, 8, 9 e 10 da BNCC, as quais não se espera que sejam trabalhadas apenas na Educação Física, mas também nos diversos momentos da vida dos estudantes.
A partir da apresentação das imagens, dos vídeos, das perguntas e das atividades propostas, confirme os apontamentos e inferências realizados pelos estudantes sobre os elementos da ginástica. Complemente com novos pontos de vista e reflexão, corrobore e discuta criticamente sobre os elementos vivenciados na ginástica, suas dificuldades, possibilidades de evolução e integração. Ressalte e comente sobre as potencialidades dos estudantes, explique sobre o que foi feito, aprendido e ensinado no decorrer da aula, para que haja uma melhor assimilação do conteúdo abordado.
Reconheça, analise e avalie as dificuldades apresentadas pelos estudantes nos diferentes momentos da aula. Converse e oriente-os sobre a importância de criar estratégias para superar as dificuldades. Faça com que tracem metas claras, individuais e grupais, que devem ser atingidas, desde a execução correta e segura dos movimentos, até a questão atitudinal, de respeito, inclusão, segurança individual e coletiva, permitindo que todos sejam responsáveis pelo processo de desenvolvimento individual e coletivo.
Registro e avaliacao
Recupere a folha de atividade entregue no início da aula, lá consta a próxima atividade, denominada “Tarefa de casa”, que contém o seguinte texto: “escreva sobre as atividades que você realizou na aula; quais foram as capacidades físicas que você utilizou principalmente em cada uma delas”. As respostas podem ser registradas na própria folha e apresentadas na aula seguinte.
Além das perguntas da atividade 2, podem ser incluídas outras, como: Quais elementos da ginástica você aprendeu? Quais você combinou para montar o circuito da ginástica? Os movimentos realizados de maneira adaptada atenderam às necessidades dos demais colegas?
De acordo com as características da sua turma, amplie as possibilidades de registro, como, por exemplo, a apresentação de uma gravação em áudio por parte dos estudantes.
A tarefa de casa pode servir como um importante instrumento de avaliação da aprendizagem. Analise os registros realizados pelos estudantes e discuta sobre as principais respostas. Além da análise da avaliação do registro feito pelos estudantes, no decorrer da aula, atenha-se aos objetivos estabelecidos no plano de aula e compare-os aos resultados apresentados pelos estudantes nas demais atividades realizadas. Para isso, sugerimos os seguintes critérios:
Com base nas respostas e na participação, verifique se os estudantes foram capazes de:
- Apropriar-se do espaço e do material disponível.
- Criar novos movimentos a partir dos comandos iniciais.
- Adaptar-se às atividades com e sem materiais específicos.
- Identificar as estruturas corporais e as capacidades físicas usadas na ginástica.
- Construir apresentações e circuitos de ginástica coletivamente.
- Prezar pela segurança individual e de seus colegas.
- Refletir e relacionar sobre as atividades realizadas na aula com outros momentos do seu cotidiano.
Após as percepções, discussões e apontamentos feitos pelos estudantes, é importante que realize uma devolutiva, comentando aspectos positivos do trabalho deles, bem como aqueles que podem ser melhorados, auxiliando numa melhor compreensão das aprendizagens propostas.
Barreiras
Barreiras
- Utilizar comandos não adequados às necessidades do estudante.
- Exigir a execução de movimentos elaborados das ginásticas.
- Focar somente nos resultados das coreografias.
Sugestões para eliminar ou reduzir as barreiras
- Utilizar comandos variados para orientar as atividades.
- Estimular a realização dos movimentos, de acordo com os limites e as potencialidades de cada estudante.
- Focar nos processos dos estudantes, como diálogo, vivências, compartilhamento de ideias, adaptações.
Desdobramentos
Nas próximas aulas realize a abordagem inicial recuperando o que foi visto anteriormente e criando links entre aquilo que já foi construído e novos conhecimentos.
Na próxima aula incentive os estudantes a apresentarem o registro feito da aula anterior, no qual falam sobre as atividades e as capacidades físicas envolvidas. Posteriormente, leve um jogo de perguntas e respostas como atividade de fixação.
Uma das formas de fazer essa abordagem é a gamificação. Para conhecer mais sobre essa metodologia de ensino, acesse https://novaescola.org.br/conteudo/15426/dicas-e-exemplos-para-levar-a-gamificacao-para-a-sala-de-aula. Existem algumas plataformas que são fáceis de utilizar e não demandam tantos recursos tecnológicos, um exemplo disso é a plataforma Plickers, basta imprimir os cards. Nela, você cria gratuitamente as questões e os estudantes respondem através de um código QR (os estudantes não precisam ter celular ou internet, é necessário somente o seu). Caso você não tenha acesso à internet ou recursos multimídia, a atividade pode ser feita por meio de perguntas orais, em equipe.
Nas próximas aulas, apresente novos vídeos e imagens que demonstram diferentes movimentos de ginástica. Peça aos estudantes para reconstruírem esses movimentos de forma individual e coletiva. Organize novas apresentações com níveis de dificuldade diferentes e que utilizem algumas capacidades físicas específicas. Forneça atividades de construção de materiais adaptados e utilize-os em atividades diversas, bem como novas apresentações em grupos.
Como novas formas de avaliação e registro, uma possibilidade é o uso de desenhos que representem os diferentes momentos da aula, as capacidades físicas isoladas e os movimentos básicos da ginástica. Além disso, o desenho pode ser uma dificuldade dos estudantes e, a partir do que for representado, é possível criar estratégias para integrar seus estudantes e solucionar os problemas, atitude que também pode ser construída com eles.
Ao final da sequência didática, crie um início de uma história com algum personagem famoso do cotidiano infantil. Se tiver dificuldade em escolher, faça um levantamento partindo dos estudantes. Crie o início do texto e permita aos estudantes que continuem escrevendo a história. A narrativa deve conter momentos em que o uso das capacidades físicas é relacionado aos movimentos da ginástica para solucionar desafios enfrentados pelo personagem. No momento de apresentação do texto, a turma pode criar uma história geral a partir dos trabalhos construídos, finalizando com uma encenação (pequeno teatro) que envolva os conhecimentos desenvolvidos na aula.
Para o professor
O vídeo e a plataforma (Khan Academy) da atividade 1 podem ser os mesmos. Caso os estudantes não tenham acesso on-line, poderão ver o conteúdo por meio de imagens e pequenos textos. Na atividade 4, pode-se trabalhar com os movimentos básicos da ginástica todos ao mesmo tempo, se a aula for síncrona. No entanto, se for assíncrona, forneça imagens para que os estudantes tentem criar e praticar no momento adequado, dando sugestões de materiais adaptáveis e com exercícios que sejam seguros para a realização em casa (imagens e gifs são legais para auxiliar nesta atividade). Na elaboração da atividade 5, faça junto com os estudantes um brainstorming de possibilidades de práticas da ginástica em casa. Após construir coletivamente as possibilidades, cada estudante deve montar o seu circuito, realizá-lo em um momento apropriado. Posteriormente, eles devem apresentar através de fotos e vídeos ou apenas relatando como ocorreu. Após a realização das atividades é importante que os estudantes reflitam e expliquem as sensações vivenciadas. Faça uma discussão para que percebam as diferenças do que cada um sentiu ao realizar movimentos, bem como reflitam a capacidade que temos de nos adaptar às situações adversas, encontrando resoluções para as tarefas propostas.
Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.
Autor: Alexsandro Junior Machado
Coautor: Laércio de Moura Jorge
Mentor: Ricardo Yoshio
Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho