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Plano de aula: Vulnerabilidade e risco de extinção das espécies: do dado à decisão

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Descrição

Neste plano, a ser realizado em três encontros, os alunos são levados a descobrir, na prática, o que faz uma espécie se tornar mais vulnerável à extinção e como estimar o risco de extinção usando dados simples. Primeiro, eles exploram fichas técnicas de diferentes espécies e montam um mural de ideias; depois, organizam tudo em um quadro lógico “SE → ENTÃO” para separar o que é da espécie (risco interno) do que é do ambiente (risco externo), o que ocasiona um estudo mais grave ou menos grave de risco, simulando como a Inteligência Artificial (IA) toma decisões. Por fim, fazem uma revisão entre pares, comparam pareceres, chegam a um consenso e entendem onde a IA ajuda (ganho de velocidade/escala) e onde a decisão continua humana (validação e contexto).

Contexto e progressão das habilidades

Este plano de aula integra um conjunto de 52 planos estruturados com base na decomposição de aprendizagens, que divide habilidades complexas em etapas progressivas, respeitando o princípio da progressão de habilidades — em que cada novo conhecimento se apoia em bases já consolidadas. A sequência aborda, inicialmente, o pensamento computacional (decomposição, padrões, abstração e algoritmos) nos Anos Iniciais, avança para o letramento digital (uso crítico e criativo das tecnologias) nas séries seguintes e culmina, nos Anos Finais e no Ensino Médio, na análise crítica da Inteligência Artificial (IA), considerando o funcionamento e os impactos sociais e éticos. Essa progressão está alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Computação, assegurando uma construção sólida e contextualizada do conhecimento, além de preparar os estudantes para interagir de forma autônoma e consciente no mundo digital.

Materiais sugeridos


Equipamentos e dispositivos:

computador.

Recursos educacionais digitais:
https://salve.icmbio.gov.br/

• Anexo I: Anexo 1

• O artigo da National Geographic, "Como a IA (inteligência artificial) está ajudando os cientistas a proteger as aves"

• O artigo da ONG Akatu: Como a inteligência artificial ajuda a rastrear espécies ameaçadas - Instituto Akatu

• O artigo da Revista Fapesp: Sistemas baseados em IA podem monitorar travessia de animais em rodovias : Revista Pesquisa Fapesp

Materiais diversos:
canetinhas, post-its, papel sulfite e papel kraft ou cartolina.

Para o professor:
www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/biodiversidade/fauna-brasileira/publicacoes/sumarioexecutivo_port_web_final2.pdf#page=10.13

Artificial Intelligence and Conservation | Pages | WWF

PZ's Thinking Routines Toolbox | Project Zero

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

  • Vida e evolução: preservação da biodiversidade.

  • Pensamento computacional e letramento de dados/IA: entradas e saídas, lógica condicional (se… então…), dados, generalização e validação humana.

Enfoque UNESCO

  • Autonomia humana e tomada de decisão.

Eixo

  • Vida e evolução.

  • Pensamento computacional.

Objetivos de aprendizagem

  • Analisar como as variáveis associadas às ações antrópicas afetam a extinção de espécies.

  • Interpretar dados sobre a perda de biodiversidade, aplicando noções de tipos de dados e coleções.

  • Reconhecer entradas e saídas em sistemas de aprendizagem de máquina de forma aplicada.

  • Identificar papel humano na tomada de decisão em sistemas de Inteligência Artificial (IA).

Competências gerais

1. Conhecimento

2. Pensamento científico, crítico e criativo

5. Cultura digital

9. Empatia e cooperação

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O Nível de Competência Digital proposto para a aplicação deste plano é Intermediário
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Links úteis

Bibliografia

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Aula

Sobre esta sequência de aulas

Tempo previsto: 200 minutos

Percurso de aprendizagem:

Encontro 1: exploração de fichas técnicas de diversas espécies e criação de um mural de hipóteses, com uma ideia por post-it.

Encontro 2: organização do mural em um quadro lógico "SE → ENTÃO" (três colunas: Internas (SE), Externas (SE) e Resultados (ENTÃO)). Criação e teste de regras para simular a tomada de decisão de uma IA na avaliação de risco.

Encontro 3: revisão por pares, comparação de pareceres e busca de consenso. Discussão sobre o papel da IA (velocidade/escala) e a importância da decisão humana (validação e contexto), abordando qualidade/quantidade dos dados e viés.

Desafios pedagógicos comuns e estratégias para superá-los:

É comum que os alunos confundam características da espécie (internas) com pressões do ambiente (externas), tomem decisões baseadas em um único dado (ex.: tamanho populacional) ou vejam as categorias de risco (VU/EN/CR) como rótulos imutáveis.

A leitura das fichas pode ser densa, devido ao vocabulário técnico. Além disso, em discussões em grupo, alguns alunos podem dominar a conversa enquanto outros participam menos. Há também a tendência de superestimar a capacidade da IA, ao desconsiderar a qualidade e a variedade dos dados, bem como possíveis vieses.

Para mitigar essas dificuldades, sugere-se:

• Manter o quadro de três colunas sempre visível.

• Utilizar um glossário curto e fichas pré-selecionadas com dois ou três dados destacados.

• Exigir sempre um mínimo de duas entradas, sempre acompanhadas de justificativa.

• Permitir o registro do termo "dado faltante" quando aplicável.

• Distribuir papéis específicos nos grupos (leitor/analista/relator) e usar cronômetro para respeitar os tempos propostos.

• No fechamento, reforçar que a IA apoia, mas a decisão final é humana.

Aula 1 - Conversa inicial/Introdução

Tempo previsto: 20 minutos

Para iniciar a discussão, questione os estudantes:

- Como podemos determinar se uma espécie corre risco de extinção?

O objetivo é estimular o pensamento crítico e a formulação de hipóteses, explorando as ideias dos alunos sobre fatores que aumentam ou diminuem esse risco.

Explorando casos de espécies que superaram o risco

Em seguida, apresente casos de espécies que foram retiradas da lista de risco de extinção. Exemplos notáveis incluem a baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), a tartaruga-verde e a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus). A classificação brasileira de risco baseia-se nos indicadores e categorias da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Assim, as espécies listadas no Brasil são aquelas nas categorias “Criticamente em Perigo”, “Em Perigo” e “Vulnerável” da UICN.

Arara azul

Crédito: ITALO CARVALHO/GettyImages

Baleia jubarte

Crédito: ANDREYGUDKOV/GettyImages

Tartaruga verde

Crédito: Alexandre Michaud/GettyImages

Discussão e análise:

Exiba imagens desses animais e promova um debate com as seguintes perguntas:

- Como foi possível que essas espécies tivessem seu risco de extinção reduzido?

- Essa classificação é estática ou pode ser alterada?

- Quais dados são necessários para avaliar se uma espécie está ou não em risco?

Espera-se que os alunos reflitam inicialmente sobre o número de indivíduos em uma população. Eles podem abordar temas como a intervenção humana na conservação e as situações em que contribuímos negativamente para agravar as condições de risco das espécies.

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