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Plano de Aula
Por: Anansa Campos
No desenvolvimento deste plano, propõe-se que os estudantes identifiquem que num mesmo território urbano há diferentes manifestações culturais de danças relacionadas a grupos sociais resultadas da diversidade étnica e social, e apreciem essas manifestações em sua própria experiência.
Danças urbanas.
1. Conhecimento
2. Pensamento crítico, criativo e científico
3. Repertório cultural
7. Argumentação
9. Empatia e cooperação
O multiculturalismo é um dos principais desafios no mundo globalizado em que vivemos. A grande mobilidade humana e social dada pelas migrações e imigrações levou à coexistência de diferentes grupos étnicos e sociais num mesmo território ou região. A diversidade cultural torna-se a tônica para uma sociedade plural e democrática. Por esse motivo, o multiculturalismo é um tema transversal que deve ser abordado na escola. Segundo Sartori e Ciliato (2015, p. 66),
[...] ao olhar com atenção, percebemos que a multiculturalidade está, efetivamente, presente em nosso cotidiano, ou seja, ela existe muito mais do que imaginamos. As crianças são oriundas de municípios diferentes; mesmo tendo nascido no mesmo estado, apresentam traços culturais distintos, os quais são herdados da cultura indígena, africana, bem como de sujeitos vinculados às imigrações alemãs, italianas, polonesas, árabes, asiáticas, orientais e judias. Recentemente, o Brasil tem recebido uma grande quantidade de imigrantes de países da América Latina, do Leste da Ásia e da África, os quais já se encontram presentes nas salas de aula das escolas brasileiras. Com base nessa ideia, é fundamental que os estudantes estejam inseridos em um universo escolar livre de ações discriminatórias que favoreça a interação entre todos os seres humanos.
Ainda segundo os mesmos autores, trabalhar com os temas contemporâneos transversais é relevante pelo fato de potencializar a reflexão e a crítica sobre os problemas que emergem das contradições derivadas das múltiplas matrizes culturais.
O documento de contextualização dos temas contemporâneos transversais (2019, p. 6) do Ministério da Educação afirma que eles
[...] têm a condição de explicitar a ligação entre os diferentes componentes curriculares de forma integrada, bem como de fazer sua conexão com situações vivenciadas pelos estudantes em suas realidades, contribuindo para trazer contexto e contemporaneidade aos objetos do conhecimento descritos na BNCC.
Assim, trabalhar com as danças urbanas possibilita abordar o multiculturalismo enquanto tema transversal e nos possibilita compreender um espaço de diversidade cultural e étnica que se manifesta em diversos locais do mundo, estabelecendo uma conexão entre a dança e as realidades vividas por vários estudantes. A prática dessas danças possibilita que as manifestações artísticas e culturais possam ganhar formas de expressão por meio da música, dos ritmos, dos espaços e dos gestos enquanto sua prática está em movimento.
Este plano compreende o final de uma sequência que abordou as danças urbanas, seus elementos constitutivos, sua origem e história e as suas manifestações culturais.
Neste plano, os estudantes irão analisar como as danças e principalmente as danças urbanas se situam na multiculturalidade representada pela sociedade brasileira. Irão identificar as diversidades culturais e étnicas que existem na própria turma e irão valorizar as diferentes manifestações culturais e sociais da dança.
Como dança urbana brasileira, os estudantes experimentarão a prática do passinho. Segundo Pimentel (2020), o passinho originalmente é dançado ao som do funk carioca e se caracteriza por um movimento coordenado e – principalmente – rápido dos pés e das pernas.
Sugerimos a leitura da reportagem disponível em: https://www.redbull.com/br-pt/danca-dancas-de-rua-passinho para um aprofundamento da origem, história e características dessa dança urbana brasileira.
O funk
O funk é uma manifestação cultural surgida nos Estados Unidos a partir da derivação de outras modalidades de música.
O nome funk descende dos lamentos negros e rurais do blues, do posterior rhithm´n´blues (quando o blues chega aos grandes centros e ganha marcação rítmica mais vagarosa) e da evolução do rhithm´n´blues que é soul (quando o estilo ganha apuro melódico, emprestado da música das igrejas batistas e esmero instrumental). Do soul surgiu o que a partir de meados da década de 60, passou a ser conhecido como funk – nome que, até então, era gíria dos negros para o mau cheiro. Daí em diante, essas quatro letras nada mais representaram que a senha para a dança frenética, suada, sem compromisso. (ESSINGER, 2005, adaptado).
Sobre a chegada do funk no Brasil, Arnoldt (2019, p. 16) descreve:
a história do funk no Brasil confunde-se com a história do hip hop no país. De certo modo, podemos afirmar que os dois gêneros musicais possuem origens muito semelhantes e o desenvolvimento de ambos foi propiciado pela chegada da música black dos Estados Unidos no Brasil, por volta dos anos 1960, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.
Assim como o funk e o hip hop, o rap também tem origem nas comunidades negras norte-americanas e está muito presente no Brasil. Apesar do início dessas manifestações ter sido semelhante, o rap,
de forma paulatina, abandonou a perspectiva da festa que compreendia o universo do hip hop e passou a enveredar pelo caminho da crítica social que o distanciava completamente dessa origem festiva. Entretanto, se o rap, com o passar dos anos viria a distanciar-se cada vez mais da ideia de festa, o funk, sobretudo o carioca, associar-se-ia ainda mais a ela. (ARNOLDT, 2019, p. 17)
A partir da década de 1990, gradativamente iniciou-se um processo de estigmatização do funk, associando-se a modalidade musical a uma ideia de contraversão, de criminalidade, especialmente no Rio de Janeiro.
Apesar do funk atualmente não estar apenas circunscrito à esfera da favela, sua imagem esteve por muito tempo associada ao crime, ao perigo, ao tráfico e à pobreza. [...] foram promovidas classificações entre funk “do bem” e funk “do mal” (ARNOLDT, 2019, p. 19)
A dicotomia entre funk do bem e funk do mal passou a ficar evidente com a chegada do funk na televisão brasileira em 1994, marcado pela contratação do DJ Marlboro para um programa de televisão. O gênero passou a ser consumido pelas pessoas de classe média e alta da sociedade carioca e começou o processo de atribuir a ele determinadas classificações, ou seja, funk “do bem” e “do mal”, em que o segundo será associado à favela é o primeiro à diversão das “pessoas de bem” na zona sul carioca (ARNOLDT, 2019). Artistas nascidos na zona sul carioca, como a cantora Fernanda Abreu, aderiram ao funk.
As controvérsias continuaram, enquanto o funk cada vez era ouvido por pessoas de diferentes classes sociais, a Assembleia Legislativa carioca aprovou um projeto de lei que delimitava regras sobre a realização de bailes funk no Rio de Janeiro.
Com o passar dos anos o funk se dividiu em subgêneros, como o funk ostentação, o brega funk, o funk consciente, o funk melody, o funk carioca, entre outros. Alguns desses subgêneros causam polêmicas no que se refere às suas características, como o funk proibido de facção ou funk proibidão
Nos funks proibidos de facção ou “proibidões” de facção (termo mais comum entre os apreciadores e consumidores desse estilo musical), os territórios dominados pelo tráfico de drogas são evocados frequentemente, e essa enunciação está sempre relacionada à facção criminosa. Territórios aliados são homenageados, territórios de origem são exaltados, e os cobiçados são listados como os próximos alvos de invasão. (RODRIGUES, 2022, p. 416)
Outra questão refere-se ao modo como as feminilidades são apresentadas em algumas letras. Silva (2017) realizou uma análise do discurso de três músicas e procurou demonstrar que “as letras de funk fragmentam a figura da mulher e naturalizam os estereótipos negativos criados acerca das identidades femininas”.
Conclusão semelhante foi proposta por Santos (2020):
As letras das músicas aqui analisadas reforçam o machismo, a imagem da mulher como objeto sexual, a desigualdade de gênero; trazem conceitos e ideologias
que, de alguma forma, influenciam comportamentos de uma faixa etária que está em processo de formação de caráter e formações de identidades.
Consideramos importante conduzir os estudantes no percurso histórico do funk e o modo como ele tem se manifestado em nossa sociedade, pois é uma modalidade muito presente no seu cotidiano. Discursos prós e contras determinadas práticas corporais sempre estiveram presentes em nossa sociedade. A compreensão das origens e o percurso histórico das práticas corporais possibilitam reflexões sobre como sofreram transformações e como elas se apresentam nos dias de hoje.
Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.
Neste momento inicial sugerimos uma atividade a fim de observar as diversidades culturais e étnicas que existem na turma.
Divida a turma em duplas para fazer uma entrevista entre eles. As perguntas da entrevista devem trazer informações que permitam conhecer mais sobre o colega (onde nasceu, ascendência, valores pessoais, como honestidade, simpatia, respeito, senso de justiça, religião, músicas que gosta de ouvir, se gosta de dançar, se toca algum instrumento musical, se conhece alguma dança urbana).
Os estudantes podem ser orientados a anotar e registrar suas percepções gerais utilizando materiais e/ou recursos diversificados e fazer outras perguntas de acordo com as características da turma.
Após a entrevista em duplas, faça os seguintes questionamentos para os estudantes:
Procure extrair dos estudantes os elementos culturais que eles observaram, mas caso não expressem nenhum, identifique junto a eles as vestimentas, os acessórios, os gestos corporais, o ritmo da música, os espaços onde as danças são praticadas, dentre outros elementos.
Possibilite aos estudantes responder espontaneamente as perguntas, conversem entre si comparando com as respostas estabelecidas e com o que identificam a partir de suas vivências e experiências.
Ao final desse momento, os estudantes devem perceber que mesmo vivendo próximos é possível observarmos uma diversidade cultural e étnica, e que, assim como nesse grupo representativo da sala de aula que é plural, também é diversa a pluralidade representada pela sociedade brasileira. Dialogue com os estudantes sobre as diversidades étnicas, de orientação sexual, de mobilidade e possibilidades de interação social, e como, sendo todos tão diferentes, é imperativo respeito, cuidado, empatia e bom convívio de maneira harmoniosa e respeitosa entre todos, permitindo acessibilidade, permanência e convivência, e assegurando os direitos de todos estarem onde desejarem.
Comente com os estudantes que irão analisar elementos da multiculturalidade, a partir da observação das danças urbanas de alguns países a fim de estabelecerem esse comparativo sobre essas culturas, e depois irão experimentar uma dança urbana brasileira. Para essa atividade, as observações podem ser feitas em duplas, a fim de conversarem sobre as identificações e estabelecerem as relações para o preenchimento do quadro.
A atividade que segue está dividida em dois momentos. No Momento 1 os estudantes irão observar as danças urbanas de quatro países a fim de estabelecer um quadro comparativo entre elementos dessas danças contextualizadas, analisando aspectos relacionados à cultura e aos seus elementos constitutivos. No Momento 2, os estudantes irão experimentar os elementos constitutivos de uma prática de uma dança urbana brasileira.
Momento 1
Para essa atividade é necessário o uso de um aparelho para reproduzir vídeo e som. Lembre-se de escolher um vídeo com recursos de acessibilidade.
A fim de estabelecer o quadro comparativo dessas danças urbanas de culturas diferentes, oriente os estudantes a escreverem no caderno o seguinte roteiro para essa análise (as partes preenchidas são um exemplo):
QUADRO COMPARATIVO DAS DANÇAS URBANAS | ||||
Paquistão | África | Índia | Brasil | |
Gênero de quem dança | Feminino | |||
Características étnico/raciais | Negros | |||
Vestimentas | Roupas comuns da contemporaneidade - bermudas, blusas, sapatos comuns. | |||
Manifestações da dança: profissão, lazer, exercício ou religião. | Lazer | |||
Ritmo | Marcado por batidas fortes seguidas da música. | |||
Espaço | Dança realizada na rua, aparenta ser na periferia. Espaços abertos. | |||
Gestos | Marcados pela mistura de movimentos rápidos de pés e mãos. |
Proponha estratégias para que todos estejam incluídos nessa observação e no preenchimento do quadro. Caso haja a necessidade, forme duplas para que um explique ao outro o que estão identificando no vídeo e possam preencher juntos um quadro, que será utilizado como análise das observações e aprendizagens no Momento de reflexão e Sistematização.
Dança paquistanesa:
Dança urbana africana:
Dança urbana indiana:
Dança urbana passinho:
[Título do vídeo: Dance como: Celly e o passinho.
Descrição: Apresentação da dança urbana passinho.
URL: https://www.redbull.com/br-pt/danca-dancas-de-rua-passinho
Citação: REDBULL. Dance como: Celly e o passinho.
Disponível em: https://www.redbull.com/br-pt/danca-dancas-de-rua-passinho]
Após assistirem aos vídeos, possibilite um tempo para que os estudantes preencham o quadro que será retomado para responder o Momento de reflexão. Caso não haja aparelho para reproduzir vídeo na escola, envie esse link do vídeo antecipadamente para os estudantes assistirem em casa e preencherem o quadro comparativo a fim de realizarem as reflexões neste momento.
Momento 2
Após o diálogo com os estudantes a partir da multiculturalidade apresentada nos vídeos, desafie-os a dançarem o passinho.
Sugerimos uma versão do passinho, conhecida como “passinho do romano”, mas pode-se também solicitar aos estudantes que conheçam outras músicas ou passos para que compartilhem com os colegas.
No link a seguir, encontra-se uma sugestão da dança do “passinho do romano”:
Explique que, inicialmente, não se preocupem com um jeito certo ou errado de dançar, mas que deixem o corpo sentir o ritmo da música envolvendo os elementos constitutivos da dança – o ritmo, os gestos e o espaço – com movimentos dos pés e pernas, do tronco, dos braços, da cabeça, do pescoço e das mãos. Se julgar necessário, inicie marcando alguns passos para incentivar os estudantes e para compreender o ritmo e a dinâmica.
Durante a atividade, observe a atitude dos estudantes: se participam, se respeitam os colegas, se sentem vergonha, se soltam, se exploram os espaços, se dançam sozinhos, interagem e se permitem vivenciar essa experiência. Faça registros sobre as atitudes descritas para compor a sua avaliação final. Fique atento se algum estudante precisa de apoio ou recursos para realizar os movimentos ou participar da atividade com os demais.
Possibilite que todos se envolvam nas atividades a partir das suas capacidades.
Neste momento retome os Objetivos de aprendizagem do plano e faça uma reflexão com os estudantes sobre o que assistiram, registraram e praticaram. Organize uma roda de conversa com os estudantes retomando a tabela comparativa das danças urbanas e estabeleça alguns questionamentos:
Possibilite que todos participem dessa discussão por meio das respostas às perguntas. Se necessário, forme duplas para responderem juntas as perguntas, ou utilize outras linguagens que traduzam as respostas, como a gravação de um áudio ou a construção de um texto ou desenho que represente as respostas.
Caso deseje mais informações sobre a origem e história das danças urbanas para contextualizar no Momento de reflexão com os estudantes, sugerimos que retorne aos planos anteriores Danças urbanas e Danças urbanas e outras danças, pois eles trazem informações sobre as formas de manifestação das danças urbanas.
Retome o conceito de danças urbanas. São danças que nasceram em ambientes não formais, principalmente nas ruas e nos guetos norte-americanos.
Sistematize as aprendizagens dialogando com os estudantes sobre o que conheceram e praticaram acerca das danças urbanas, valorizando a multiculturalidade.
Contextualize que as origens das danças urbanas tematizam manifestações culturais das ruas e traduzem por meio de elementos comuns de ritmos, gestos e espaços a diversidade cultural e étnica das diferentes sociedades.
Assim como a diversidade cultural que é manifestada nas danças urbanas, essa multiculturalidade está ao nosso redor, até mesmo na própria turma. Estudantes de origens, cidades, religiões, culturas ou etnias diferentes convivem nos mesmos espaços, e essa forma de se relacionar é um dos principais desafios no mundo globalizado em que vivemos, de modo que seja possível a integração de todos em um ambiente livre de discriminações.
Comente com os estudantes que as danças de rua hoje têm diversas manifestações: diversão, expressividade do corpo, sentido religioso, forma de comunicar ao público alguma informação, profissão, ou até podem ser usadas como uma forma de fazer exercícios físicos.
Ressalte que existem danças urbanas que carregam na sua origem a característica de serem praticadas por homens, mas assim como a diversidade proposta pelo respeito à convivência entre homens e mulheres, muitas danças urbanas também são praticadas por mulheres, assim como nos vídeos que foram assistidos na aula e podem manifestar uma forma de resistência e luta por igualdade em direitos.
Contextualize que a pluralidade dessas manifestações é o que torna essas danças tão significativas, a multiculturalidade que nos cerca nos ajuda a exercitar a empatia, o diálogo, a resolver conflitos, a respeitar o outro que é diferente de nós, a valorizar a diversidade, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas potencialidades e limites, sem preconceitos de qualquer natureza contra pessoas com ou sem deficiência, de etnias, gêneros ou origens diferentes.
A partir das experiências sobre danças urbanas de culturas diferentes, sugerimos que no registro os estudantes construam um texto sobre: as danças urbanas e a multiculturalidade. Para aprofundamento sobre a multiculturalidade na educação, sugerimos a leitura dos links disponíveis na bibliografia.
Compreendendo a diversidade da turma, faz-se relevante possibilitar que os estudantes formem os grupos com base na escolha das linguagens com que mais se identificam para construir esse texto, podendo ser:
Ao final da produção, possibilite que os estudantes apresentem para a turma, por meio da linguagem que escolheram, como eles compreendem a relação entre a dança e essa mistura e vivência de culturas diferentes em um mesmo ambiente.
Sugerimos como avaliação que o professor também escolha uma das linguagens acima para produzir um breve feedback para os estudantes sobre as aprendizagens que foram observadas ao longo da aula. Organizem as competências estabelecidas para este plano e valorize os conhecimentos historicamente construídos sobre a cultura, destacando as experiências de diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Barreiras
Sugestões para eliminar ou reduzir as barreiras
Sugerimos, a partir das vivências práticas, que os estudantes construam um festival de danças urbanas de diversas culturas. Esse festival pode seguir a orientação da estrutura da atividade e ser apresentado para toda a comunidade educativa, a fim de possibilitar que novas modalidades de danças urbanas sejam apresentadas e compartilhadas com o fim de proporcionar um contato de toda a escola com as diversidades culturais e étnicas. Os professores de Língua Portuguesa, Artes e História podem participar dessa atividade e correlacionar com seus conteúdos, caso haja viabilidade.
Os estudantes podem também aprofundar a construção do perfil da turma com o que descobriram, podendo ser orientados a fotografar, anotar e registrar suas percepções gerais e construir, como resultados dessa pesquisa, um portfólio multicultural da turma, com suas características e manifestações culturais e étnicas. Depois, disponibilizarem esse material em um espaço como uma biblioteca ou algum acervo da escola.
De acordo com a característica dos estudantes, pode-se propor que desenvolvam uma coreografia a partir do que pesquisaram. Sabemos que nem todos se sentem confortáveis em apresentar-se dançando, mas a participação de alguns pode servir de incentivo aos demais. A observação das apresentações dos colegas também proporciona a oportunidade de se aprofundar nas aprendizagens.
Na aula remota, pode-se utilizar os procedimentos e a atividade proposta na Conversa inicial com as devidas adaptações: ao invés de um estudante entrevistar outro, solicite que cada um fale sobre si - onde nasceu, ascendência, valores pessoais, como honestidade, simpatia, respeito, senso de justiça, religião, músicas que gosta de ouvir, se gosta de dançar, se toca algum instrumento musical, se conhece alguma dança urbana – e se apresente para os demais colegas da sala.
Após todos se apresentarem, faça todos os questionamentos que estão na Conversa inicial, incentive que todos se expressem e leve-os a refletirem sobre a diversidade cultural e étnica, a pluralidade do grupo da sala e da sociedade brasileira.
Aplique o Momento 1 da atividade, não será possível realizar o Momento 2 agora, mas quando as aulas presenciais retornarem ele pode ser realizado. Os estudantes irão observar as danças urbanas de quatro países (que serão apresentadas nos vídeos selecionados) a fim de estabelecer um quadro comparativo entre elementos dessas danças contextualizadas, analisando aspectos relacionados à cultura e aos seus elementos constitutivos.
Após o preenchimento da tabela comparativa, organize uma roda de conversa com os estudantes retomando os questionamentos do momento de reflexão.
Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.
Autor: Anansa Campos
Coautor: Laércio de Moura Jorge
Mentor: Edison de Jesus Manoel
Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho
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