Tabela de avaliação formativa.pdf
Plano de Aula
Plano de aula: Movimento, ritmo e expressividade
Descrição
Nesta sequência de aulas iremos aprofundar com os estudantes aprendizagens sobre os esportes técnico-combinatórios, utilizando uma modalidade com implementos, a ginástica rítmica. Os estudantes irão experimentar práticas, analisar a lógica interna e as habilidades técnico-táticas das modalidades, propondo práticas que incluam todos.
Habilidades BNCC:
Objeto de conhecimento
Esportes técnico-combinatórios
Objetivos de aprendizagem
- Compreender a lógica interna dos esportes técnico-combinatórios.
- Propor apresentações de esportes técnico-combinatórios, criando propostas de avaliação adaptadas às características da turma.
- Construir vivências que abordem a lógica interna, exercendo funções diferentes (atleta, técnico e juiz) nos esportes técnico-combinatórios.
- Elaborar adaptações para a prática de esportes técnico-combinatórios, garantindo o princípio de equidade e segurança.
Competências gerais
1. Conhecimento
9. Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
Esportes técnico-combinatórios
Os esportes técnico-combinatórios aliam a beleza e a precisão nos movimentos e são considerados esportes que têm apresentações individuais e coletivas e são avaliados pela plasticidade (dimensão estética/artística) e pelo grau de dificuldade (dimensão acrobática) de seus movimentos.
Nos esportes técnico-combinatórios são trabalhadas algumas das capacidades físicas, como força, agilidade, velocidade, flexibilidade, equilíbrio, que se fazem presentes nos movimentos de saltos, giros, corrida, empunhaduras, solturas, entre outros movimentos básicos que compõem essas modalidades.
Durante a execução de uma apresentação, o atleta alia movimentos de diferentes graus de complexidade com leveza, elegância e fluidez, ou seja, os movimentos dos atletas necessitam ter plasticidade.
Nessas modalidades, o atleta deverá construir sua apresentação, elencando movimentos que são obrigatórios com movimentos de escolha técnica dele e de seu técnico, aliando organização técnica e estratégia, lembrando que esses movimentos devem conter um grau de dificuldade na sua realização.
Após a escolha dos movimentos e de muito treinamento, o atleta tem definida a sua apresentação.
Essas modalidades são avaliadas pela sequência de movimentos produzidos durante a realização de sua coreografia ou do programa de execução de movimentos escolhidos para apresentação. Essa avaliação é feita com base em critérios técnicos previamente elencados pelo código de pontuação de cada modalidade.
Assim, possuem em sua lógica interna a execução de movimentos para serem avaliados por uma mesa (juízes da modalidade), portanto não há confronto direto com o adversário, o vencedor é eleito por sua apresentação, pelo grau de dificuldade e pela plasticidade de seus movimentos, obtendo após a apresentação uma nota final.
Essa nota é obtida inicialmente na composição da apresentação do atleta, sendo sempre considerada uma nota de partida, em que cada movimento escolhido para a apresentação tem seu valor inicial, sendo retirados pontos a cada erro ou movimento fora dos padrões estabelecidos nas regras e códigos de pontuação.
Compreendem esse grupo as modalidades esportivas de ginástica artística, ginástica rítmica, patinação artística, nado sincronizado e saltos ornamentais.
Para entender um pouco sobre os papéis dentro dos esportes técnicos- combinatórios, elencamos a seguir três figuras importantes para essa vivência:
Técnico ou treinador: é quem comanda e está ao lado do atleta incentivando, ajustando os movimentos. Ele conhece os elementos técnicos, táticos, as regras da modalidade e, junto com o atleta, decide quais movimentos, músicas e implementos irão fazer parte da apresentação. O técnico também orienta os movimentos, incentiva o atleta a treinar cada vez mais, a procurar a técnica do movimento e decidir a tática sempre tentando alinhar a leveza e a elegância aos movimentos. É ele quem vai propor soluções ao atleta para conseguir executar um movimento que ainda não consegue realizar. O treinador é responsável por incentivar, corrigir e mostrar formas para o atleta se desenvolver, estando junto com ele nas competições e treinos, definindo juntos a parte tática e estratégica da modalidade.
Atleta: é a estrela principal, deve ter motivação, perceber seu corpo, conhecer as capacidades físicas que mais domina, saber o limite do seu corpo, o que vai treinar, e repetir o movimento até chegar à precisão. É ele que necessita pensar durante a apresentação na leveza e elegância dos movimentos e na execução. Esse papel muitas vezes é cansativo, pois exige muitas horas de dedicação ao esporte que escolheu. O atleta necessita conhecer a lógica interna do esporte, saber o que é tática e técnica, conhecer as regras e como é o sistema de pontuação, ter concentração, ser humilde para reconhecer o erro procurando melhorar. Ele necessita rever junto com o técnico sua apresentação, saber do limite de seu corpo ao propor movimentos, superar desafios, e respeitar atletas adversários, juiz e o seu treinador.
Juiz ou árbitro: é responsável por avaliar os movimentos, respeitar as regras da modalidade de modo imparcial, fazendo valer as regras para todos e agindo com equidade, por isso ele necessita conhecê-las e interpretá-las muito bem, é ele quem dá a nota e avalia o movimento. É dele a responsabilidade de fazer cumprir o que a regra exige e ao final comunicar o vencedor.
Nos esportes técnico-combinatórios, há juízes que avaliam a parte técnica do movimento e outros a parte artística do movimento.
Para a vivência é importante o estudante entrar em contato com essas figuras que compõem o esporte técnico-combinatório, pois assim ele irá compreender melhor a lógica interna e também exercer seu protagonismo. É desafiado a propor soluções, aprende a escutar e também a dar sua opinião, respeitar a de seus colegas e trabalhar colaborativamente.
Para este plano abordaremos a ginástica rítmica
A ginástica rítmica é uma ramificação da ginástica, que possui em seu contexto a execução artística, em que o gesto técnico, além de ser preciso, deve ser belo, plástico, elegante e sincronizado ao ritmo e à música. A ginástica rítmica requer expressividade em seus movimentos.
Nessa modalidade não há confronto direto, as provas são individuais e por equipes.
Existem dois tipos de ginástica rítmica: a feminina e a masculina:
A feminina é reconhecida pela FIG (Federação Internacional de Ginástica) e seus implementos são: bola, maças, arco, fita e corda. As apresentações são em equipes compostas por cinco ginastas que se apresentam em conjunto utilizando um implemento na proposição de 2x3, ou seja, dois aparelhos diferentes, sendo duas bolas e três arcos. O tempo de apresentação varia de acordo com o estilo, em conjunto a apresentação possui de 2’,15’’ a 2’,30’’, já as individuais entre 1’ e 1’,15’.
A masculina não é reconhecida pela FIG (Federação Internacional de Ginástica), mas já existem vários países que realizam competições nesta modalidade. Há competições em equipes compostas por seis ginastas, mas nesse tipo de apresentação não se usa implementos. Nas apresentações individuais o ginasta já se apresenta em 4 aparelhos em algumas competições não reconhecidas, os implementos geralmente são: bola, corda, dois arcos pequenos e bastões.
Tanto nas apresentações femininas e masculinas as apresentações das séries são realizadas em um tablado de 13x13 metros e os ginastas necessitam, durante a apresentação, ocupar todos os espaços do tablado.
As duas práticas da ginástica rítmica são importantes para o desenvolvimento das capacidades físicas e das habilidades motoras, ajudando na promoção da saúde física e mental de seus participantes, podendo ser realizadas tanto no âmbito profissional ou de lazer.
Os movimentos da ginástica rítmica consistem em:
- saltos;
- giros;
- equilíbrios;
- ondas;
- rotações;
- passos de dança.
Também há movimentos com os implementos, como:
- quicar;
- rolar;
- lançar e receber;
- passar sobre;
- equilibrar;
- movimentar em oito;
- passar por dentro;
- rodar;
- balancear;
- circunduzir.
Cada implemento possui seus movimentos específicos, que compõem as apresentações e seus movimentos obrigatórios.
As pontuações na ginástica se dão pela junção de dois elementos:
- valor técnico;
- valor artístico.
No valor técnico se avalia a execução e o grau de dificuldade do movimento, já no artístico, se avalia a execução, levando em consideração a criatividade, a beleza do movimento, o ritmo e o manejo dos implementos.
As apresentações são avaliadas com base nas notas de partida, que se referem ao nível de execução técnica das dificuldades. Essa nota tem seu valor inicial em 10,00 pontos e a cada erro o ginasta é descontado na nota. Já nas notas de dificuldade artística não existe um valor inicial, cada movimento é avaliado e recebe uma nota das árbitras. A pontuação final é a somatória dessas duas avaliações.
Na ginástica artística não existe o confronto direto, e os vencedores são conhecidos a partir de sua apresentação e consequentemente sua nota final.
Para isso, necessitamos entender quais são os papéis da técnica e da tática nessa modalidade esportiva.
Sabemos que a técnica é a execução perfeita do movimento, que necessita ser treinado, para que se alcance a perfeição. Já a tática requer o planejamento e a tomada de decisão, o como vou realizar.
Então, na ginástica rítmica, a técnica são os movimentos a serem realizados na apresentação, já a tática está na escolha da música, dos implementos e dos movimentos a serem apresentados, na criatividade. Essa escolha, quando bem-feita, leva o ginasta a conseguir uma maior pontuação, pois, usando a tática, o treinador pode sugerir colocar movimentos com graus de dificuldades maiores caso o ginasta consiga realizá-los perfeitamente.
Nas atividades sugerimos o mapa mental, um recurso que ajuda na sistematização das informações ou das aprendizagens, e, a partir de uma palavra central, saem ramificações com informações que se ligam ao mesmo tema. O mapa ajuda na retenção da informação por ser uma recurso visual, assim o estudante pode organizar o que aprendeu de forma dinâmica e divertida. Para a sua realização, podem ser usados papel A4, cartolina, canetas coloridas, quadro, flip-chart, ou aplicativos, como mentimeter.com; wordclap.com, entre outros.
Bibliografia
SILVIA, S. A. P. dos Santos (Coord.) Guia didático: atividades rítmicas expressivas. Curso de Atualização em Pedagogia do Esporte. São Paulo: Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (Seme): Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), 2014.
Materiais sugeridos
- Bolas.
- Bambolês.
- Cordas.
- Papel A4.
- Canetas.
- Caderno do estudante.
- Quadro.
- Flip-chart.
- Lápis coloridos.
- Cartolina.
- Celulares.
- Caixa de som.
- Papelão.
- Pedaços de fita ou tecidos.
- Cabo de vassoura.
- Garrafa pet.
- Fitas adesivas.
- Sacolinhas de plástico.
- Palitos de churrasco.
- Cabides.
- Folhas de jornal.
- Fita adesiva.
- Tesoura.
Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.
Conversa inicial
Inicie a aula retomando com os estudantes alguns conceitos dos esportes técnico-combinatórios trabalhados no 6° ano.
Para isso, comece a aula com duas perguntas:
O que são esportes técnico-combinatórios?
Quais são as características desses esportes?
Observe a necessidade de se utilizar vídeos, imagens ou textos para que os estudantes relembrem.
Após esse primeiro debate, comente com os estudantes que irão entrar em contato nessa aula com a ginástica Rítmica.
Para ajudar nesse momento, sugerimos a utilização de vídeos que abordem a ginástica rítmica.
Antes da exibição dos vídeos, seria interessante direcionar o olhar do estudante para alguns pontos:
- Quais são os principais aparelhos da ginástica rítmica?
- Quais os tipos de provas existentes?
- Quais as principais habilidades motoras envolvidas?
- Qual é o papel da música na apresentação?
- Como é a forma de pontuação?
- Quais são as características dos movimentos?
- Como são avaliados os movimentos?
- Como funciona a ginástica rítmica para homens?
Esses vídeos abordam os movimentos, a pontuação, os aparelhos, os tipos de provas e apresentações, sendo de fácil assimilação para o estudante.
Sugestões:
Vídeo 01 (dos 22 segundos até 6’07 minutos):
Vídeo 02 (12 segundos até 2’33 minutos):
No caso da impossibilidade de exibição dos vídeos, apresente imagens dessas modalidades, por meio de impressão ou mesmo mostrando em um telefone celular.
Após os dois vídeos peça aos estudantes para falarem sobre os pontos de atenção listados antes dos vídeos.
Outro ponto importante é citar as diferenças e semelhanças entre a Ginástica Rítmica Feminina e Masculina e mostrar aos estudantes a importância das duas práticas, para isso pode-se usar o ‘Para saber mais’.
Nesse momento, evidencie a questão do preconceito que se faz presente na modalidade.
Para isso sugerimos fazer o seguinte questionamento aos estudantes.
- Porque há diferentes provas para as apresentações femininas e masculinas?
Deixe os estudantes falarem e escreva no Flip-chart as suas respostas. Convide-os a expressarem suas opiniões, mostre que as apresentações evidenciam a força , a resistência, a flexibilidade, a beleza e elegância dos movimentos realizados por mulheres e homens. Assim a Ginástica Rítmica é um esporte que trabalha os movimentos e expressividades na sua dimensão artística , e essa dimensão não deve ter gênero, mas sim ela deve mostrar as diferentes formas de se expressar, levando em conta as capacidades físicas e habilidades motoras de cada um.
Atividade
Para iniciar, sugerimos uma atividade que irá trabalhar a expressão dos movimentos. Um dos pontos avaliados nas apresentações da ginástica rítmica passa também pela dimensão artística, por isso é interessante trabalhar a expressividade por meio do movimento, do ritmo e da música. Para isso, sugerimos a seguinte atividade.
Atividade 1 : Se movimentando ao ritmo da ginástica rítmica
Para realizar essa atividade, converse com os estudantes e explique-lhes que irão vivenciar movimentos por meio da música e baseados no cotidiano deles. No início, eles devem seguir os seus movimentos e depois ficam livres para pensar em movimentos do dia a dia e realizá-los ao som da música. Diga-lhes que não há certo ou errado ao se movimentar, e que eles procurem sentir o ritmo e o corpo na execução dos movimentos durante a vivência.
Para isso, os estudantes devem ocupar um espaço delimitado e grande o suficiente para que eles possam se movimentar ao som de uma música. Inicialmente, faça os movimentos com os estudantes, observe se todos compreenderam o que foi solicitado. Veja se alguém tem dificuldades em se movimentar ou para ouvir a música. A sua observação é fundamental para que todos sejam incluídos na atividade. Lembre-os de que irão realizar os movimentos a partir das suas possibilidades.
Sugerimos para essa atividade movimentos diários, como:
- Tomar banho: movimente-se ao som da música, como se estivesse tomando banho, tirando a roupa, entrando no box, abrindo o chuveiro, ensaboando, usando o shampoo etc.
Proceda da mesma maneira estimulando os estudantes a fazer os movimentos a partir de situações propostas:
- Acordar e escovar os dentes.
- Andar na chuva: proteger a cabeça, brincar na chuva, saltar uma poça d’água.
- Trocar de roupa.
- Fazer compras no supermercado.
Durante a vivência, proponha situações para que os estudantes realizem esses movimentos ao ritmo da música, rápido, lento e se expressando através do movimento.
Após essa atividade, converse com os estudantes que o ritmo e a música ajudam na expressão do movimento, uma característica da ginástica rítmica.
Cabe ressaltar que se deve trabalhar nesse momento a questão da expressão por meio da música e do movimento e não a técnica do movimento. Também deve conscientizar sobre o respeito a todos, a empatia, a oportunidade de vivenciar sem que se sintam constrangidos, com vergonha ou com medo de se expor.
Atividade 2- Construindo meus implementos
Como é uma atividade que demanda um tempo, é possível realizá-la em outro momento. Sugira aos estudantes para elencarem um implemento que eles gostariam de manusear nas atividades. Apresente os implementos da ginástica rítmica a eles: bolas, arcos, fitas, maças e cordas. Caso não se lembrem, peça-lhes para consultar a tabela na conversa inicial.
Proponha um trabalho de construção colaborativo entre os estudantes, em que um possa ajudar o outro nesse processo.
Peça-lhes para construir esses implementos se não tiverem disponíveis para a prática na escola. Eles podem fazer a bola, a corda, os arcos, as fitas, a maça, a partir de materiais reciclados.
Para um maior entendimento, pode-se propor aos estudantes um vídeo para mostrar essas construções:
Vídeo 03:
Vídeo 04:
A seguir, seguem mais algumas sugestões para a produção dos implementos.
Bola: papel com fita adesiva, bola de meia, bexiga, bolas de plástico.
Corda: feitas de folha de jornal torcidas com fita crepe, pedaços de tiras de pano.
Bastão: cabo de vassoura, folhas de jornal torcidas com fita crepe, canos de pvc.
Fitas: pode ser construído com uma parte do cabide, palitinhos de churrasco ou um pequeno pedaço de bambu; na ponta pode se colocado um girador, em casa de pesca se chama snap, e o tecido de cetim pode ser substituído por TNT ou por pedaços de tecidos velhos e sacolinhas de mercado.
Nesta atividade observe os estudantes, como trabalham em equipe, como lidam com os desafios que aparecem durante essa construção, se propõem soluções, seja mediador nesse momento e se envolva com eles, dando-lhes dicas e ajudando-os nessa construção.
Atividade 3- Vivenciando os movimentos
Após a confecção dos implementos, proponha uma rotação por estações em que os estudantes irão vivenciar os movimentos.
Estações:
1- BOLA
2- ARCO
3- CORDA
4- MAÇAS
5- FITAS
Peça aos estudantes para realizarem os movimentos assistidos nos vídeos da conversa inicial.
Para isso, separe os estudantes em grupos pequenos por estações e proponha movimentos de quicar, lançar e recuperar, passar por cima e por dentro, rolar, pular e outros movimentos listados na tabela construída na conversa inicial.
Proponha um tempo para cada estação e, ao final, peça aos estudantes para trocarem de estação.
Atue como um mediador, passando pelas estações e verificando os potenciais de movimentação deles. veja se é necessário fazer demonstrações ou sugerir adaptações das atividades, mostrando aos estudantes alguns movimentos, dando dicas, e assim incluindo todos. Proponha que se desafiem e ampliem o seu repertório motor durante os movimentos com os implementos.
Deixe a música tocando e sugira que os movimentos sejam realizados no ritmo da música.
Após todos passarem pelas estações, pergunte aos estudantes qual implemento e qual movimento eles mais gostaram e o porquê.
Momento da reflexao
Retome os objetivos de aprendizagem e converse com os estudantes sobre o que fizeram, por meio de alguns questionamentos:
- O que acharam da atividade? Gostaram ou não? Por quê?
- Como foi construir seus próprios implementos? Houve alguma dificuldade? O que fizeram para solucionar?
- Como foi experimentar os movimentos a partir de suas potencialidades?
- Qual é o papel da música na ginástica rítmica?
Deixe os estudantes à vontade para exporem suas vivências, seus acertos e suas dificuldades, mediando essa conversa, mostrando a importância desses aprendizados e a percepção de si mesmo e do que mais gostaram, das estratégias que utilizaram para superar os desafios encontrados, e a percepção da participação dos colegas nesse processo.
Observe a necessidade de utilizar outros recursos para a discussão a partir das características dos estudantes. Por exemplo, pode ser que seja necessário apresentar um implemento e demonstrar por meio de imagens e textos escritos ou retomar os vídeos.
Sistematizacao do conhecimento
Nesse momento, sugerimos evidenciar elementos importantes que fizeram parte da aula:
- a superação das dificuldades e desafios propostos;
- a empatia e o respeito;
- o reconhecimento do limite de si mesmo e do colega;
Converse com os estudantes os pontos elencados acima, deixe eles à vontade para darem a sua opinião. É importante mediar esse momento, mostrando as aprendizagens e refletindo sobre as atividades.
Registro e avaliacao
Para o momento de avaliação, sugerimos que proponha a construção de um mapa mental sobre a ginástica rítmica. Esse mapa pode ser realizado em duplas ou individualmente e servirá como avaliação e registro das aprendizagens dos estudantes.
Para isso, mostre aos estudantes como se produz um mapa mental, utilizando vídeos ou criando um de exemplo para eles.
Pode-se usar o Para saber mais e os vídeos explicativos.
Como sugestão, indicamos o vídeo abaixo:
Vídeo 05 (dos 40 segundos até 3:40 minutos):
Sugerimos fazer esse primeiro mapa mental em uma folha de papel A4 ou de cartolina e, assim, os estudantes irão colocar no papel as suas aprendizagens.
O mapa mental funciona como um elemento de reforço e sistematização das aprendizagens e também como uma forma de avaliar as aprendizagens dos estudantes.
Após a confecção dos mapas, é importante dar o feedback ao estudante dessa produção, levando-o a refletir sobre suas aprendizagens.
Além do mapa mental, pode-se utilizar as anotações que fez durante as atividades. Para isso seria interessante propor uma “Tabela de avaliação dos estudantes”, na qual anote a participação dele , seu envolvimento, o trabalho em equipe, como reage às dificuldades, como soluciona os desafios, se propõe atividades que incluam a todos etc. Assim, é possível ir avaliando o percurso do estudante durante a aula.
Como sugestão, elaboramos uma tabela para avaliação do estudante, abordando a dimensão atitudinal deles. Nessa tabela destacamos uma nota de 1 a 5, sendo 1 a nota de menor envolvimento e 5 a de maior envolvimento:
Tabela de avaliação do estudante | |||||
Nome | Participou das atividades propostas? | Procurou trabalhar em equipe, respeitando a si mesmo e aos colegas? | Procurou pensar na segurança de si mesmo e dos colegas? | Como reagiu às dificuldades apresentadas? | Como usou a criatividade para superar as dificuldades? |
Marcos | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 |
Daniel | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 |
Após o processo de avaliação, é importante um feedback construtivo ao estudante, analisando junto com ele os pontos de dificuldade e de superação.
Lembre-se de que as discussões em grupo e os registros evidenciam características importantes para o desenvolvimento das competências dos estudantes, como a comunicação, a argumentação, a escrita, a criatividade, a empatia, o respeito e o protagonismo.
Barreiras
Barreiras
- Exigir movimentos com precisão igual para todos os estudantes.
- Utilizar somente a conversa para as situações de diálogos e aprendizagem.
- Solicitar registro dos estudantes somente no formato de texto escrito.
Sugestões para eliminar ou reduzir as barreiras
- Flexibilizar a realização de movimentos adequando-os às capacidades dos estudantes.
- Utilizar textos, vídeos, imagens e outros recursos para ampliar a compreensão dos estudantes.
- Possibilitar registros utilizando diferentes formas de linguagem.
Desdobramentos
Sugerimos que os estudantes façam uma apresentação a partir dos implementos que mais gostaram. Por exemplo:
Atividade 4- Construindo minha apresentação
Separados em grupos de implementos, peça aos estudantes para criarem uma sequência de movimentos com os implementos que mais gostaram e escolherem uma música e alguns movimentos que irão executar nessa apresentação.
O grupo deve discutir e montar a sua apresentação. Peça-lhes para criar um roteiro de apresentação com os movimentos e a música utilizados.
Como o exemplo a seguir.
Roteiro de apresentação
Grupo 1- | |
Implemento | Bola |
Música | xxxx |
Movimentos |
|
Durante a construção do roteiro, passe pelos grupos e converse com os estudantes sobre a técnica e a tática, relembrando que a parte técnica se refere à execução do movimento escolhido e ele deve ser treinado e executado com ritmo, beleza e graciosidade por todos, e a parte tática é a escolha desses movimentos pelo grupo, a música, e para isso eles têm de refletir se conseguem realizar os movimentos propostos para a apresentação, sempre pensando em incluir todos e criar sugestões para superar os desafios encontrados.
Depois da construção, chegou o momento dos estudantes praticarem os movimentos, constituindo a parte técnica da apresentação. Para isso, deixe-os livres nos espaços da escola. Nesse momento eles podem necessitar de música, então, proponha a utilização de celulares ou mesmo de palmas para imprimir um ritmo.
Após as práticas, proponha a atividade final:
Atividade 5- Apresentação e avaliação
Comente com os estudantes que os movimentos na ginástica rítmica são avaliados por uma mesa de oito juízes que pontuam a parte técnica (execução do movimento, do aparelho e do tablado) e a parte artística (beleza, força, elegância, expressividade, ritmo).
Sugerimos que antes de iniciar as apresentações proponha uma “Tabela de avaliação formativa”, como o exemplo a seguir. Essa tabela pode ser construída junto com os estudantes e eles podem dar sugestões do que deve ser avaliado:
Cada grupo vai fazer a sua tabela de avaliação formativa e anotar o que julga necessário em cada item que foi decidido anteriormente, para cada grupo que se apresentar.
Após as apresentações e com as anotações em mãos vamos para a “Roda das avaliações formativas”.
Assim, para a realização da “Roda de avaliação formativa”, explique que não haverá punição com desconto de nota, mas sim sugestões de como superar a dificuldade observada na realização dos movimentos.
Nessa “Roda de avaliação formativa”, sugerimos que indique um grupo que apresentará a dificuldade observada ao grupo a ser avaliado. Após o relato, peça ao grupo avaliado para falar qual foi a dificuldade apresentada na execução. O passo seguinte é perguntar aos estudantes:
Como fazer para superar essa dificuldade?
Deixe os estudantes opinarem e darem sugestões aos colegas, esse é um momento formativo.
Nesse momento da “Roda de avaliação formativa” o estudante vivenciará o papel do juiz, elencando a dificuldade observada, e, ao final, pode vivenciar o papel do técnico propondo soluções para superar os desafios.
Ao final desse processo, pergunte aos estudantes se eles conseguiram distinguir as funções na ginástica rítmica e nas atividades que realizaram.
Peça-lhes para eleger o papel que mais gostaram de exercer e qual foi a etapa que mais gostaram explicando o porquê de sua escolha.
Essa resposta pode ser colocada no caderno para registro e avaliação.
Para a conversa inicial, podem ser utilizadas as mesmas estratégias. Como os estudantes já aprenderam sobre esportes técnico-combinatórios nos anos anteriores, retome os seus conceitos e pergunte se eles lembram quais são os esportes que possuem essas características. Junto com eles reforce quais são essas modalidades (nado sincronizado, saltos ornamentais, ginástica artística, ginástica rítmica, patinação artística, patinação no gelo) e informe-lhes que nesta aula eles vão conhecer mais sobre a modalidade ginástica rítmica. Como na conversa inicial, levante as questões pertinentes e solicite-lhes que assistam aos vídeos sugeridos. Muito importante ressaltar a questão se algum estudante já teve contato com a ginástica rítmica, pode-se aproveitar o relato de sua experiência para os demais. Enfatize que a ginástica rítmica é praticada por ambos os sexos.
Proponha aos estudantes que vivenciem movimentos por meio da música. Movimentos do seu cotidiano que podem ser realizados na sua própria residência, como, por exemplo: movimento de tomar banho, acordar e escovar os dentes, limpar seu quarto, trocar a roupa etc. Diga-lhes que não há certo ou errado ao se movimentar, que eles procurem sentir o ritmo e o corpo na execução dos movimentos durante a vivência. Solicite-lhes que tentem realizar os movimentos no ritmo da música e os façam livremente, sem se preocupar com sua execução.
Explique que a intenção da atividade é trabalhar a expressão por meio do movimento, que é uma característica importante da ginástica rítmica. A técnica trabalharemos em outro momento, por isso eles não devem se ater com o certo ou errado. Se alguns se sentirem inibidos, incentive-os a quebrar esta barreira.
A próxima atividade consiste em retomar a tabela de implementos da ginástica rítmica que foi realizada na conversa inicial. Solicite aos estudantes que construam um implemento a partir de material reciclado (bola, corda, arcos, bastões, fitas, maça). Divida a classe em grupos e cada grupo ficará incumbido de construir um implemento específico da ginástica rítmica, cada elemento do grupo confeccionará o seu. Aproveite as sugestões para construção destes implementos que estão presentes no texto da atividade presencial para auxiliá-los na sua confecção. Além dessas orientações, pode ser solicitado aos estudantes que façam uma pesquisa sobre a construção dos implementos.
Informe aos estudantes que quando retomarmos as aulas presenciais, iremos utilizar todos os implementos em atividades práticas relacionadas à ginástica rítmica, para que eles possam, além de vivenciar, criar sequências de movimento.
Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.
Autor: Ana Laura Bereta de Godoi
Coautor: Laércio de Moura Jorge
Mentor: Edison de Jesus Manoel
Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho