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Plano de Aula
Nesta sequência de aulas, os estudantes devem identificar os esportes técnico-combinatórios, reconhecendo seus movimentos básicos, propondo maneiras de vivenciar esses movimentos com segurança, respeito pelos colegas e pelas regras, e compreendendo as questões técnico-táticas que regem as modalidades e sua a vivência no ambiente comunitário e escolar.
Esportes técnico-combinatórios.
1. Conhecimento
9. Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
Esportes técnico-combinatórios
Os esportes técnico-combinatórios aliam a beleza e a precisão nos movimentos, são considerados esportes individuais e coletivos, e avaliados pela plasticidade (dimensão estética) de seus movimentos e pelo seu grau de dificuldade (dimensão acrobática).
Nos esportes técnico-combinatórios, são trabalhadas algumas das capacidades físicas, como força, agilidade, velocidade, flexibilidade, equilíbrio, que estão presentes nos movimentos de saltos, giros, corrida, empunhaduras, solturas, entre outros movimentos básicos, que compõem essas modalidades.
Durante a execução de uma apresentação, o atleta alia movimentos de diferentes graus de complexidade com leveza e fluidez, ou seja, os movimentos dos atletas necessitam ter plasticidade.
Nessas modalidades o atleta deverá construir sua apresentação, elencando movimentos que são obrigatórios, com movimentos de escolha técnica dele e de seu técnico, junto de organização técnica e estratégia, lembrando que esses movimentos devem conter um grau de dificuldade na sua realização. Após a escolha dos movimentos e de muito treinamento, o atleta tem definida a sua apresentação.
Essas modalidades são avaliadas pela sequência de movimentos produzidos durante a realização de sua coreografia ou do programa de execução de movimentos escolhidos para apresentação. Essa avaliação é feita com base em critérios técnicos previamente elencados pelo código de pontuação de cada modalidade.
Assim, esses esportes possuem em sua lógica interna a execução de movimentos para serem avaliados por uma mesa (juízes da modalidade), portanto, não há confronto direto com o adversário, o vencedor é eleito por sua apresentação, pelo grau de dificuldade e pela plasticidade de seus movimentos, obtendo, após a apresentação, uma nota final.
Essa nota é obtida, inicialmente, pela composição da apresentação do atleta, sendo sempre considerada uma nota de partida, em que cada movimento escolhido para a apresentação tem seu valor inicial, sendo retirados pontos a cada erro ou movimento fora dos padrões estabelecidos nas regras e nos códigos de pontuação.
Compreendem esse grupo as modalidades esportivas de ginástica artística, ginástica rítmica, patinação artística, nado sincronizado e saltos ornamentais.
Neste plano abordaremos a ginástica artística.
Ginástica artística é uma modalidade feminina e masculina que possui em sua organização interna apresentações focadas no grau de complexidade dos movimentos e na plasticidade deles com provas em equipe, individual geral e por aparelhos.
Segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (BRASIL, 2021), a ginástica artística é dividida em feminina e masculina.
Nas provas femininas há a utilização de quatro aparelhos: salto, trave de equilíbrio, solo e paralelas assimétricas. Nas masculinas, os atletas são desafiados em seis aparelhos: solo, cavalo com alças, argolas, salto, paralelas e barra fixa.
As origens da ginástica artística nos fazem retornar à Grécia Antiga, onde, acredita-se, os gregos praticavam movimentos e acrobacias em busca da perfeição. A ginástica artística esteve presente nos Jogos Olímpicos, desde a sua primeira edição da Era Moderna, em Atenas (1896).
Nas apresentações, os atletas são avaliados pela sequência de movimentos apresentados, pela precisão desses movimentos e pelo grau de complexidade deles. Esses movimentos são avaliados por uma mesa composta por nove juízes, que, durante a apresentação, vão descontando pontos do atleta pela execução e precisão de seus movimentos e pelo grau de dificuldade. Ao final, gera-se a pontuação do atleta na apresentação.
Os principais movimentos da ginástica artística são: rolamentos, saltos, equilíbrios, giros, carpados, grupados, estendida, aberturas, empunhaduras, avião, parada de mãos, mortal.
As provas podem ser disputadas da seguinte forma: individual geral, individual por equipe, individual por aparelho, sendo:
* Individual geral: o atleta se apresenta em todos os aparelhos.
Na composição das apresentações são incluídos movimentos obrigatórios e movimentos livres, os quais os atletas podem escolher para enriquecer sua apresentação.
Bibliografia
ARTIGO que faz um estudo sobre a ginástica desde o resgate histórico até os dias de hoje, sua evolução e sua prática dentro das instituições de ensino. Disponível em: https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conaef/2012/Comunicacao_55.pdf. Acesso em: 18 nov. 2021.
BRASIL. Cob. Comitê Olímpico Brasileiro. Ginástica artística. 2021. Disponível em: https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/esportes/Ginastica-artistica/. Acesso em: 12 out. 2021.
TRABALHO desenvolvido por estudantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência apresentando uma intervenção de ginástica na escola. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/conpef/portal/pages/arquivos/ANAIS%20CONPEF%202017/ginastica%20na%20escola%20128390-19379.pdf. Acesso em: 18 nov. 2021.
Espaços e materiais disponíveis na escola:
Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.
Inicie a aula comentando com os estudantes que irão desenvolver aprendizagens sobre um grupo de modalidades esportivas que são classificadas como esportes técnico-combinatórios.
Antes do início das aulas é importante considerar que essa pode ser a primeira vez que os estudantes são apresentados ao termo esportes técnico-combinatórios. Ao questioná-los sobre o que sabem a respeito, provavelmente irão elencar vários esportes de diferentes classificações.
Sugerimos que deixe os estudantes à vontade para falarem e proponha a construção colaborativa de uma nuvem de palavras com as respostas deles. (essa nuvem pode ser construída no flip chart, virtualmente por programas e aplicativos, ou no quadro).
Seria interessante reservar essa nuvem para futura comparação e análise das aprendizagens dos estudantes no prosseguimento da aula, assim eles, ao final das sequências de aulas poderão, retomar as suas aprendizagens, bem como servir como instrumento de avaliação.
Se preferir utilizar aplicativos, a seguir veja a sugestão de alguns para produzir a nuvem de palavras:
Após o questionamento inicial, peça aos estudantes que se dividam em duplas ou trios, na quadra ou na sala, e apresente-lhes imagens das principais modalidades técnico-combinatórias (essas imagens podem ser apresentadas a partir de cards, PPT ou mural para apreciação de todos), como: ginástica rítmica, ginástica artística, patinação artística, nado sincronizado. A seguir, alguns exemplos:
Ginástica artística
Ginástica rítmica
Patinação artística
Nado sincronizado
Após essa apresentação, peça aos estudantes para analisar as imagens. Questione-os:
A ideia central é levar os estudantes a trocar informações sobre o que sabem e, juntos, pesquisarem o que não sabem sobre os esportes técnico-combinatórios, refletindo sobre seus conhecimentos e ajudando uns aos outros na construção e no compartilhamento do saber.
Para essa pesquisa pode se utilizar o celular do estudante, a sala de informática da escola ou livros, caso não seja possível essa pesquisa no momento da aula, peça aos estudantes que a realizem em casa e, depois, preencham o quadro.
Proponha que preencham uma tabela com as reflexões feitas a partir dos questionamentos sobre as modalidades apresentadas. Essa tabela pode ser feita no caderno do estudante, em aplicativos e, após a conceituação dos esportes técnico-combinatórios, no quadro, em um flip chart ou em aplicativos para a visualização de todos.
Sugestão de tabela e possíveis respostas dos estudantes.
Esportes técnico-combinatórios | |
Esporte técnico-combinatório | Respostas dos estudantes |
Como se determina o vencedor | |
Principais movimentos corporais | Saltos |
Principais aparelhos | Trave |
Individuais ou coletivas | Individual |
Vestimentas | Collant |
Características em comum | |
* Conforme novas dúvidas forem surgindo durante o desenvolvimento desta sequência, os estudantes podem acrescentar novas linhas na tabela e procurar encontrar as respostas. |
A coluna pontos em comum se refere ao que os estudantes acham semelhantes nas modalidades esportivas apreciadas nos cards ou nas imagens, como exemplo: sistema de pontuação, movimentos sequenciados, vestimenta, juízes, notas decrescentes ou outra semelhança descoberta pelos estudantes durante a observação das imagens, pesquisas e reflexões em grupo.
Caso tenha acesso a celulares, computadores ou internet, podem ser usados aplicativos simples como Word ou Excel para produzir a tabela.
Após o início do preenchimento da tabela, sugerimos conceituar o esporte técnico-combinatório, utilizando as informações do Para saber mais e também informações da tabela e da nuvem de palavras feitas no início da aula, como, por exemplo:
Questão da tabela: principais movimentos corporais.
Resposta do estudante: saltos, giros, rodopios, mortais, equilíbrios.
Partindo dessa resposta, pode-se comentar que esses movimentos fazem parte da apresentação do atleta e compõem movimentos obrigatórios e livres nos aparelhos, e, juntos, fazem parte da apresentação final do atleta. Quanto maior for o grau de dificuldade desses movimentos e maior for a perfeição na realização dele, menor será o desconto na nota final do atleta.
Após essa primeira etapa de apresentação dos esportes técnico-combinatórios, sugerimos aprofundar conhecimentos por meio de uma modalidade específica. Neste plano abordaremos a ginástica artística. Pode-se fazer uso de qualquer outra modalidade, de acordo com a sua realidade.
Iniciaremos com uma introdução à ginástica artística, passando por história, movimentos, regras, pontuação e aparelhos.
Primeiramente, sugerimos apresentar alguns vídeos da ginástica artística.
Antes da exibição dos vídeos seria interessante direcionar o olhar do estudante para alguns pontos:
Sugerimos que essas perguntas possam ser inseridas na tabela de perguntas e respostas após os estudantes assistirem aos vídeos, para que respondam de acordo com o que assistiram.
Para essa atividade, sugerimos dois vídeos para sua escolha, que se encontram listados a seguir.
Esses vídeos abordam movimentos, pontuação, aparelhos, provas e processo histórico, sendo de fácil assimilação para o estudante.
Sugestões:
Vídeo 01 (dos 27 segundos até 5,37 minutos):
Vídeo 02 (do início até 8,12 minutos):
Para organizar os conhecimentos adquiridos ao assistir ao vídeo, sugerimos que conversem sobre as questões propostas, debatendo sobre processo histórico, movimentos, sistema de pontuação, regras, aparelhos, organização técnico-tática.
Deixe-os à vontade para exporem seu entendimento sobre os pontos elencados. Estimule-os a falar e também mostrar a importância de escutar opiniões diferentes para identificar diferentes pontos de vista que podem contribuir com suas aprendizagens.
Conforme ocorrem as reflexões, peça aos estudantes para incluírem linhas na tabela acima, com novos questionamentos e respostas, evidenciando as suas aprendizagens.
Durante todo o processo, observe se todos os estudantes participaram das discussões. Se for possível, além das estratégias aqui sugeridas, peça aos estudantes que, divididos em dupla, auxiliem uns aos outros no preenchimento dos quadros, no caso de dificuldade de registro por baixa visão.
Após essa atividade, siga para uma vivência e experimentação dos movimentos por meio das atividades propostas a seguir.
Atividade: Estações técnico-combinatórias com foco na ginástica artística
Nesta etapa, a atividade irá focar nos movimentos básicos da ginástica artística, vivenciados por estações.
Organize o local de prática para garantir a segurança dos estudantes. Sugerimos que inicie com os movimentos mais fáceis e aos poucos estimule os estudantes a executarem movimentos com maior grau de dificuldade, sempre prezando pela segurança. Importante observar as características da turma e propor adaptações e sugestões de realização dos movimentos com base nas capacidades dos estudantes.
Proponha atividades com movimentos de salto, equilíbrio, rolamentos e giros, que se fazem presentes na ginástica artística.
Para isso, peça aos estudantes para que se dividam em grupo e proponha-lhes as vivências nas estações.
Outra opção é deixar os desafios no final e criar uma estação mista, ou, ao final, pedir para os estudantes criarem sequências de movimentos para serem executados pelo grupo.
Seguem alguns exemplos de movimentos a serem realizados:
1- Saltar em um banco, equilibrar-se e terminar com um salto de costas.
2- Utilizando a corrida, pensar em uma forma de transpor o banco com o apoio das duas mãos e, depois, repetir o movimento usando apenas uma mão.
3- Saltar de um banco com a realização de um giro e finalizar em uma posição de equilíbrio.
Dica: Deixe objetos à disposição nas estações, como bancos, latas e tábuas, colchonetes, bambolês, bolas, cones, elásticos, caixas de papelão de diversos tamanhos, cordas. Caso a escola tenha barras fixas onde os estudantes possam se pendurar com segurança, será um diferencial na experimentação.
Determine um tempo para que eles possam vivenciar os movimentos de cada estação e depois faça o rodízio dos grupos.
Lembre-se de estimular o estudante a criar formas de se movimentar atendendo o comando de saltar, rolar, equilibrar-se, e girar com ou sem materiais.
Estação de saltos
Proponha exemplos: saltos com os pés juntos, saltos com as pernas abertas, saltos com os braços esticados à frente/ao longo do corpo/esticados acima da cabeça, saltos com flexão de joelhos, saltos de cima de bancos, saltos por cima de cones ou caixas de papelão, saltos dentro de um espaço determinado, saltos de transposição.
Desafio: Como você faria?
1- Para saltar com os pés juntos e cair sobre um só pé em um espaço predeterminado?
2- Para saltar e abrir as pernas, aterrissando com um rolamento?
3- Para saltar e abrir os braços transpondo um objeto (caixa, cone)?
4- Para realizar uma corrida prévia com salto sobre um objeto e cair em equilíbrio?
Estação de rolamentos
Exemplos: para frente, para trás, lateral, estrela.
Desafio: Como você faria?
1- Para realizar um rolamento para frente terminando com salto e movimentação de braços?
2- Para realizar um salto de um banco e terminar com um rolamento para frente?
3- Para realizar um rolamento para trás terminando com uma posição de equilíbrio usando o joelho como apoio e inserir um movimento de braço?
4- Para realizar uma corrida prévia seguida de uma estrela e um salto, finalizando em equilíbrio com um só apoio?
Estação de equilíbrio
Exemplos: equilibrar-se em uma perna só, em um banco, em parada de mãos, em tábuas com latas, sentados em uma bola, na ponta dos pés, equilibrar-se após saltar de uma altura determinada.
Desafio: Como você faria?
1- Para saltar de um banco e equilibrar-se em um pé só com movimentos de braço?
2- Para sair de um rolamento e se equilibrar em pé?
3- Para realizar uma estrela, com um salto com aberturas de pernas, terminando em equilíbrio com os dois pés juntos?
4- Para sair de uma parada de equilíbrio (aviãozinho) e fazer um rolamento para frente terminando em outra parada de equilíbrio com um só pé?
5- Para fazer uma corrida prévia, um salto sobre as caixas de papelão com giro e terminar em posição de equilíbrio?
Estação de giros
Exemplos: girar lateralmente o corpo, girar o corpo saltando, girar o corpo com um pé de apoio, girar em cima de um banco, girar em cima de uma lata com tábua, girar o corpo com um apoio de mão.
Desafio: Como você faria?
1- Para realizar um salto com giro finalizando ele em cima de um banco ou muro (arquibancada)?
2- Para realizar um salto com giro e movimentação de pernas?
3- Para realizar um salto com giro e movimentação de braços?
4- Para realizar uma corrida com salto e giro sobre os cones terminando em um rolamento?
5- Para realizar um giro sobre o banco utilizando movimentos de braços e pernas?
Esses movimentos devem ser realizados colaborativamente, incentivando a ajuda mútua e priorizando o respeito ao colega, as trocas de experiência e a prática segura.
Nesse momento converse com os estudantes e ressalte que, na ginástica artística, os atletas necessitam repetir os movimentos várias vezes para que alcancem a precisão e executem a sequência sem erros. Esse aprendizado, muitas vezes, é doloroso, pois há tombos, cansaço, mas há também a superação de ir além de conseguir realizar e superar os desafios impostos pelas regras da modalidade esportiva.
Após essa primeira rodada nas estações, onde eles experimentaram os movimentos livremente, e essa conversa sobre a realidade da ginástica artística, sugerimos propor uma nova passagem nas estações, agora focando em executar o movimento com mais precisão e com mais cuidado, observando os movimentos de braços, pernas, tentando se equilibrar melhor, mas sempre pensando na prática segura e na ajuda e respeito mútuo.
Após essas vivências, sugerimos o registro e a sistematização. Peça aos estudantes para preencherem a “Tabela das vivências dos movimentos”, elencando aqueles que eles mais gostaram , os que acharam mais fácil e os que consideraram mais difíceis. Como no exemplo a seguir:
Tabela das vivências dos movimentos | |||
Nome do estudante | O que mais gostaram | O mais fácil | O mais difícil |
Pedro | Salto do Banco com giro. | Transpor o banco com as duas mãos. | Rolamento com finalização com salto e giro. |
Ana | Estrela com finalização e equilíbrio em um pé. | Saltar com giro no chão. | Rolamento para trás e posição de equilíbrio. |
Nesse momento sugerimos a retomada dos objetivos de aprendizagem da aula.
Após essa retomada, organize uma roda de conversa que pode acontecer na quadra, na sala, ou no local da atividade anterior.
Reflita com os estudantes as aprendizagens ocorridas, e peça para cada grupo relatar as sensações vivenciadas durante as atividades. Para nortear esse momento propomos alguns questionamentos:
E, para finalizar, retome a tabela feita na Conversa inicial (tabela esportes técnico-combinatórios) e peça para que eles insiram os novos aprendizados.
Observe a necessidade de utilizar recursos adicionais para a participação de todos, como textos escritos, imagens ou retomada dos vídeos da Conversa inicial. Deixe os estudantes à vontade para exporem suas vivências, seus acertos e suas dificuldades, mediando essa conversa, mostrando a importância desses aprendizados e a percepção de si mesmo e dos colegas nesse processo.
Nesse momento sugerimos evidenciar elementos importantes que fizeram parte da aula, como: a superação das dificuldades e dos desafios propostos, o trabalho em equipe, a empatia, o reconhecimento do limite de si mesmo e do colega, a percepção de segurança, e as possibilidades de vivência na comunidade e na escola.
Comente que, nos esportes técnico-combinatórios, o próprio movimento é avaliado e não algum resultado decorrente dele. Por exemplo, um atleta chuta para fazer um gol no futebol. Se fosse um esporte técnico-combinatório, a avaliação seria o modo como chuta e não o gol. Se julgar importante, explique aos estudantes o conceito de esportes técnico-combinatórios. Para isso, pode-se utilizar o texto da seção Para saber mais. Explique que a prática desses esportes de maneira competitiva exige grande concentração e repetição constante de movimentos, o que, muitas vezes, leva os praticantes a terem lesões. Por outro lado, quando praticados de modo não competitivo, possibilitam o aprendizado de uma grande variedade de movimentos.
Retome a tabela dos esportes técnico-combinatórios da Conversa inicial e verifique com os estudantes se existem questões que foram inseridas e ainda faltam ser preenchidas. Eles podem completar a tabela a partir do compartilhamento com os colegas. Se alguma questão ficou sem resposta, peça que pesquisem em casa e tragam para a próxima aula. Observe o envolvimento dos estudantes em procurar responder às questões da tabela, oriente-os sobre eventuais equívocos e valorize o processo de tentar responder as perguntas, bem como, se for o caso, auxiliar os colegas no preenchimento.
Para a avaliação da atividade prática, retome a tabela das vivências dos movimentos proposta no momento da Atividade, em que os estudantes registraram sobre os movimentos que vivenciaram nas estações. A partir dela, sugira uma autoavaliação, na qual devem analisar e refletir sobre o seu “fazer” nas aulas, evidenciando o seu aprendizado.
Como sugestão, elaboramos uma tabela para avaliação do saber ser e conviver, ou seja, a dimensão atitudinal dos estudantes. Nela, eles devem marcar uma nota de 1 a 5, sendo 1 a nota de menor envolvimento e 5 a de maior envolvimento. Observe a necessidade de fazer a leitura para algum estudante com dificuldade de compreensão ou baixa visão.
Autoavaliação das estações de movimentos | ||||||
Nome do estudante. | Participei de todas as estações. | Criei maneiras de me movimentar nas estações de acordo com a comanda. | Respeitei o meu limite próprio e o do meu colega. | Procurei realizar os movimentos em conjunto com meus colegas, ajudando a superar minhas dificuldades e a deles. | Compreendi e reconheci os movimentos básicos da ginástica artística. | Tentei realizar o movimento da melhor forma, dentro das minhas limitações. |
Pedro | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 |
Ana | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 | 1 2 3 4 5 |
Após a autoavaliação, é importante dar um feedback construtivo ao estudante, analisando junto dele os pontos de dificuldade e de superação. Esse procedimento trabalha a criticidade do estudante e ajuda a aperfeiçoar o olhar dele para si mesmo. Procure neste momento não evidenciar tanto as dificuldades, mas tentar mostrar aos estudantes formas de superá-las.
Lembre-se de que as discussões em grupo e os registros evidenciam características importantes para o desenvolvimento das competências dos estudantes, como a comunicação, a argumentação, a escrita, a criatividade, a empatia, o respeito e o protagonismo.
Barreiras
Sugestões para eliminar ou reduzir a barreira
Sugerimos um aprofundamento a partir dos movimentos da ginástica artística, os estudantes na parte inicial deste plano experimentaram e vivenciaram alguns movimentos básicos da modalidade, como saltar, girar, equilibrar, rolar. Agora, podemos aprofundar esses movimentos por meio de pesquisas, visitando lugares de prática, ou convidando um especialista ou praticante para uma atividade na escola, se houver disponível na sua localidade.
Os estudantes podem dividir-se em pequenos grupos e pesquisar um determinado aparelho e seus principais movimentos. Assim, poderão compreender melhor cada aparelho da ginástica artística, reconhecer as nomenclaturas utilizadas nas apresentações e exercitar a sua capacidade de buscar e compartilhar o conhecimento.
Os estudantes podem compartilhar as suas pesquisas procurando organizar experimentações de acordo com a disponibilidade de espaço ou equipamentos. Se na localidade houver um local de prática da modalidade, organize previamente uma pesquisa com os estudantes elencando perguntas que conduzam ao aprofundamento e à melhor compreensão dos esportes técnico-combinatórios.
Sugerimos que amplie aprendizagens sobre as capacidades físicas e as habilidades motoras presentes nessas modalidades, identificando com os estudantes as suas implicações nas realizações dos movimentos, listando e analisando as estruturas corporais utilizadas e a forma de respeitar o limite corporal e de segurança de si mesmo e dos demais, respeitando as habilidades de cada um e suas limitações físicas, levando os estudantes a refletir sobre as possibilidades de superação, transformando as dificuldades em desafios a serem superados.
Relacione essas aprendizagens com situações do dia a dia deles, como a importância de se aprimorar as capacidades físicas ou de superar desafios.
Outra sugestão seria, de acordo com o avanço dos estudantes nas aprendizagens dos movimentos, criarem uma pequena apresentação de alguma modalidade, como o solo, focando nos movimentos vivenciados nas aulas.
Essa apresentação deve incluir todos os estudantes, levando em conta a habilidade de cada um e suas limitações. Lembre-se de conversar previamente com os estudantes, mostrando que o objetivo aqui não é a competição, mas a apresentação dos movimentos aprendidos durante as aulas, e também a segurança, o trabalho em equipe e o respeito a si e aos demais, evidenciando que os desafios podem ser superados com as habilidades, o trabalho e o envolvimento de todos.
Para o ensino remoto é importante levar em conta que o desenvolvimento das habilidades deverá considerar o ambiente e a realidade do estudante, pensando sempre em suas limitações de espaço, material e troca com o outro.
A sua experimentação deve ser adaptada à possibilidade que o estudante tenha de realizar o movimento onde ele se encontra. Nesse momento deixe claro que a experimentação poderá ser retomada e vivenciada quando estiverem em modo presencial.
Assim, a atividade da Conversa inicial pode seguir a mesma sugestão dada no plano, com a nuvem de palavras, a apresentação dos vídeos, as imagens sugeridas, e a conversa para conceituação dos esportes técnico-combinatórios.
A partir desse momento, sugerimos conceituar a ginástica artística ou outra modalidade que faça parte da classificação dos esportes técnico-combinatórios e procurar construir com os estudantes pontos sobre principais movimentos, aparelhos utilizados, processo histórico, sistema de pontuação, regras.
Esse momento pode ser realizado por meio de pesquisa ou em forma de conversa, trazendo questionamentos como:
1- Quais são os principais movimentos da ginástica artística?
2- Quais são os principais aparelhos da ginástica artística?
3- Como é o sistema de pontuação?
4- Como são avaliados os movimentos?
5-Como é construída a apresentação?
A seguir, proponha a experimentação de alguns movimentos e lembre-se de que deve se levar em conta o ambiente do estudante e sua possibilidade de vivência.
Foque nos movimentos estáticos da ginástica artística, e peça para que eles criem movimentos com base em equilíbrios e posturas básicas, como paradas com movimentações de braços e pernas, que servem de ligamento entre um movimento e outro.
Após a realização, peça para os estudantes relatarem suas experiências, percepções, sensações e dificuldades apresentadas pelo ambiente que os cerca. Nesse momento, atue como mediador ajudando os estudantes a refletirem sobre os pontos elencados.
Ao final dessa atividade, questione os estudantes, levando-os a refletir e listar as habilidades motoras e as capacidades físicas utilizadas na ginástica artística.
Aqui, sugerimos algumas perguntas norteadoras:
Peça para os estudantes responderem no caderno para futura apreciação ou em aplicativos como Padlet.
Aplicativo: pladet.com
Para a Sistematização, retorne com os estudantes a nuvem de palavras feita no início da aula e conversem sobre o que aprenderam a partir daí, proponha uma nova nuvem de palavras para uma nova conceituação do que é esporte técnico-combinatório. Compare com os estudantes o antes e o depois, sistematizando o aprendizado da aula.
Para uma avaliação final, utilize o kahoot.com, um aplicativo de gamificação. Elabore um quiz de perguntas sobre os esportes técnico-combinatórios e a ginástica artística, caso os estudantes não tenham acesso ao kahoot, peça para que montem uma apresentação no Word ou programa que eles conheçam ou desenhem como forma de conceituar as aprendizagens adquiridas durante aula.
Aplicativos
Materiais
Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.
Autor: Ana Laura Bereta de Godoi
Mentor: Edison de Jesus Manuel
Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho
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