Plano de Aula
Plano de aula: Introdução às capacidades físicas
Por: Daiana Silva
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Descrição
Neste plano, esperamos que os estudantes vivenciem a unidade temática Ginásticas a partir do reconhecimento das capacidades físicas e da percepção das sensações corporais relacionadas ao exercício físico. Dessa forma, os estudantes são convidados tanto à reflexão sobre a ação motora executada quanto à coleta e investigação de dados a respeito das sensações corporais, sempre em consonância com valores morais como cooperação e autonomia.
Habilidades BNCC:
Objeto de conhecimento
Ginástica de condicionamento físico
Objetivos de aprendizagem
- Identificar as capacidades físicas: força, velocidade, resistência e flexibilidade.
- Identificar as capacidades físicas: força, velocidade, resistência e flexibilidade nas atividades da vida cotidiana.
- Reconhecer cada um dos conceitos referentes às capacidades físicas vivenciadas.
- Experimentar exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas.
- Perceber as sensações corporais provocadas pela prática de exercícios físicos.
Competências gerais
1. Conhecimento
6. Trabalho e projeto de vida
8. Autoconhecimento e autocuidado
9. Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
A infância e a adolescência são períodos do ciclo de vida em que há grande capacidade de adaptação dos corpos, além de ser uma época fundamental para a aprendizagem das mais diversas ordens. Possibilitar o acesso a diferentes experiências corporais é um dos objetivos da Educação Física escolar. Em correlação com os objetivos de aprendizagem propostos neste plano, pontuamos alguns conceitos.
As capacidades físicas são elementos fundamentais para a realização de tarefas motoras, que podem ser influenciadas por características genéticas, mas que são determinadas pelas experiências de aprendizagem, e, portanto, treináveis. Elas são entendidas também como todo atributo físico treinável num organismo humano (BARBANTI, 2003). De acordo com o autor, usamos as seguintes definições para cada uma das capacidades físicas escolhidas para o trabalho em aula:
Força: capacidade de exercer tensão contra uma resistência, que ocorre por meio de ações musculares (p. 273-274). Por exemplo, quando você arremessa uma bola para o gol.
Flexibilidade: capacidade de realizar movimentos em certas articulações com amplitude de movimento apropriada (p. 270). Por exemplo, na execução de um movimento ginástico.
Resistência: capacidade de sustentar uma dada carga de atividade o mais longo tempo possível sem fadiga (p. 215). Por exemplo, quando você faz uma corrida de longa distância.
Velocidade: capacidade de executar movimentos cíclicos na mais alta velocidade individual possível (p. 15). Por exemplo, nas provas de 100 metros rasos do atletismo.
Além do entendimento de capacidades físicas, consideramos pertinente que os estudantes ampliem seu repertório sobre as sensações corporais durante a prática de exercícios físicos. Essas sensações corporais são de ordem biológica (aumento da sudorese, hiperventilação, elevação da frequência cardíaca, fadiga, tensão e elasticidade muscular) e estão associadas a diferentes estruturas corporais. A hiperventilação ajuda os estudantes a perceberem que numa corrida o sistema cardiorrespiratório é ativado; a tensão e elasticidade muscular estão associadas aos exercícios físicos que demandam as capacidades de força e flexibilidade. A fadiga muscular pode ser aguda e rápida em um exercício que exige velocidade, ou crônica e lenta em outra atividade que envolve a capacidade física resistência; e, além disso, a fadiga tem uma dimensão socioemocional importante de ser discutida.
Mesmo que, ao realizar exercícios físicos, tenhamos uma liberação hormonal de serotonina, que auxilia na sensação de bem-estar, determinados indivíduos podem se sentir frustrados ou eufóricos a depender das experiências vividas. Ao executar um salto, por exemplo, enquanto alguns estudantes demonstram surpresa e alegria, outros podem sentir medo e tristeza. Na experimentação de determinadas práticas, essa exposição fica ainda mais evidente: em uma corrida de velocidade, o último a chegar pode se sentir extremamente envergonhado por isso.
Observar a si mesmo e reconhecer as emoções e sentimentos que vêm à tona durante a vivência de práticas corporais é uma tarefa importante.
Salientamos também a importância de, ao final do processo, os estudantes perceberem a dimensão socioemocional que permeia toda a discussão: diferentes corpos produzem diferentes sensações corporais e diferentes performances, que devem ser igualmente respeitadas e validadas por todos e todas.
Bibliografia
BARBANTI, V. J. Dicionário de Educação Física e Esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003.
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 3ª versão. Brasília, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/> Acesso em: 08/10/2021.
GUEDES, D. P. Atividade física, aptidão física e saúde. In: Carvalho, T.; Guedes, D. P.; Silva, J. G. (Orgs.). Orientações Básicas sobre Atividade Física e Saúde para Profissionais das Áreas de Educação e Saúde. Brasília: Ministério da Saúde e Ministério da Educação e do Desporto, 1996. PEREIRA, C. N. Emocionário - Diga o que você sente. São Paulo: Sextante, 2018.
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