Plano de Aula
Plano de aula: Exercício físico e atividade física - cada coisa em seu lugar
Por: Daiana Silva
Tem interesse no tema "Neurociência, adolescências e engajamento nos Anos Finais"?
Inscreva-se neste tema para receber novidades pelo site e por email.
Descrição
A partir do objeto de conhecimento proposto pela BNCC, Ginásticas de condicionamento físico, este plano de ensino possui como objetivo a vivência pelos estudantes de exercícios que estimulem as diferentes capacidades físico-motoras para a compreensão dos conceitos de atividade física e exercício físico e suas relações com a saúde, de modo que possam ser incorporados nas atividades da vida diária como manutenção e desenvolvimento do bem-estar físico e mental.
Habilidades BNCC:
Objeto de conhecimento
Ginásticas de condicionamento físico
Objetivos de aprendizagem
- Diferenciar os conceitos de exercício físico e atividade física.
- Experimentar exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas.
- Relacionar exercício físico às capacidades físicas.
- Propor alternativas para a prática de exercícios físicos dentro e fora do ambiente escolar.
- Reconhecer a importância da realização de exercícios físicos para a manutenção e o desenvolvimento da saúde física e mental.
Competências gerais
1. Conhecimento
6. Trabalho e projeto de vida
8. Autoconhecimento e autocuidado
9. Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, definiu o conceito de saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade.
O termo saúde coincide com a percepção que uma pessoa tem de seu próprio ser e de suas possibilidades de vir a ser, tornar-se e se desenvolver. A autopercepção de bem-estar é um componente importante para o que se define como qualidade de vida. A qualidade de vida é multidimensional e envolve uma harmonia entre metas pessoais e desejos, entre experiências e percepções, combinando com percepções de si em relação ao mundo pessoal e social. Neste plano, iremos propor aprendizagens sobre como a atividade física em suas várias formas contribui para a saúde e, consequentemente, para a qualidade de vida dos indivíduos.
Segundo o Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano do Brasil, de 2017, os termos “atividade física” e “exercício físico” são usados como sinônimos tanto no senso comum quanto no campo científico, mas possuem diferenças. Segundo o texto (2017, p. 70):
“Atividade física” é definida como “qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético”, e, assim sendo, está presente em quase todos os momentos da nossa vida cotidiana, no trabalho, no lazer, nos afazeres domésticos, nos deslocamentos a pé etc., com diferentes níveis de gasto energético. Já “exercício físico”, embora tenha elementos em comum com a atividade física, caracteriza-se como uma subcategoria desta: é “a atividade física que é planejada, estruturada, repetitiva e intencional, no sentido de que tem por objetivo a melhoria ou manutenção de um ou mais componentes da aptidão física”. Com base nessas semelhanças e diferenças entre atividade física e exercício físico, os especialistas no campo da saúde têm recomendado níveis mínimos ou adequados de movimentação corporal, com suficiente intensidade, duração e frequência para promover impactos positivos na saúde das pessoas.
A atividade física compõe o cotidiano de todos nós, pois ao se levantar da cama e se vestir, ao comer, ao falar, ou até mesmo ir e vir são atividades que acontecem na medida em que nos movimentamos. A atividade física compõe muitas de nossas atividades no trabalho, como digitar em um computador ou dirigir um automóvel. Os exercícios físicos como prática sistemática de atividades físicas com fins de aptidão física podem contribuir para se atingir objetivos de saúde (bem-estar pessoal) e também constituir-se como uma prática de tempo livre.
Dessa forma, é de suma importância que entendamos o movimentar-se humano como um fenômeno plural e de infinitas possibilidades, que atrela diferentes dimensões – biológica, antropológica e afetiva – e que possibilita a interação consigo mesmo, com o outros e com o mundo, através da própria corporalidade.
Retomamos também que as capacidades físicas são elementos fundamentais para a realização de tarefas motoras, que podem ser influenciadas por características genéticas, mas que são determinadas pelas experiências de aprendizagem, e, portanto, treináveis.
Salientamos, por fim, que a saúde física é norteada também por outros fatores, como o acesso a uma alimentação de qualidade, que prioriza alimentos naturais e não ultraprocessados, hidratação constante, sono adequado e higiene pessoal.
Bibliografia
BARBANTI, V. J. Dicionário de Educação Física e Esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003.
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 3ª versão. Brasília, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/> Acesso em: 08/10/2021.
MATSUDO, S. M.; MATSUDO, V. K. R.; BARROS NETO, T. L. Atividade física e envelhecimento: aspectos epidemiológicos. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, v. 7, n. 1, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922001000100002&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em: 10/10/2021.
NEIRA, M. G.? Práticas corporais: brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2014.
Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional - Movimento é Vida: Atividades Físicas e Esportivas para Todas as Pessoas Brasília: PNUD, 2017.
Precisa de ajuda para criar uma aula personalizada?
Crie seu plano de aula em menos de um minuto no WhatsApp.
Novo curso gratuito
Conheça nosso mais novo curso sobre adolescências, neurociência e engajamento nos anos finais
VER CURSO