Plano de Aula

Plano de aula: Danças brasileiras do Centro-Oeste

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Descrição

Neste plano propomos que os estudantes tenham contato com as principais danças da região Centro-Oeste e identifiquem suas origens e seus elementos constitutivos.  Além disso, sugerimos reflexões acerca de que tanto as danças como outras práticas corporais são praticadas de acordo com a sua origem e o ambiente social em que se manifestam e que o contato com práticas de uma cultura muito diferente pode gerar situações de não aceitação e intolerância, que devem ser discutidas e combatidas.

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

Danças do Brasil Centro-Oeste: Siriri (Nandaia) e Ciranda Pantaneira

Objetivos de aprendizagem

  • Experimentar atividades rítmicas, expressivas e gestuais das danças brasileiras do Centro-Oeste.
  • Valorizar os diferentes sentidos e significados dessas danças em suas culturas de origem.
  • Recriar as danças populares do Brasil por meio de exercícios de improvisação.
  • Fruir o pulso das músicas das danças, individual e coletivamente.
  • Experimentar os movimentos rítmicos, passos e evoluções coreográficas tradicionais das danças estudadas.
  • Criar adaptações e novas contextualizações das evoluções coreográficas tradicionais das danças estudadas.
  • Utilizar movimentos nos planos: alto, médio e baixo.
  • Elaborar sequências coreográficas simples e compartilhá-las com a turma.
  • Conhecer o contexto e as matrizes culturais e historicamente constituídas presentes nas danças brasileiras da região Centro-Oeste (Siriri).
  • Comparar o contexto e as matrizes historicamente constituídas presentes nas danças brasileiras nos locais onde elas se manifestam.
  • Reconhecer as diferenças entre os seus movimentos e os movimentos dos colegas.

Competências gerais

1. Conhecimento

2. Pensamento científico, crítico e criativo

3. Repertório cultural

7. Argumentação

9. Empatia e cooperação

10. Responsabilidade e cidadania

As danças constituem importante unidade temática geradora de práticas e reflexões que impactam em todas as outras aprendizagens escolares, nos campos do ser, do fazer e do  conviver. O desafio de conhecer e praticar as danças brasileiras também é uma oportunidade de formação cultural para todos os envolvidos, professores e estudantes. É sempre bom lembrar-se de que o encantamento é um fator importante na aprendizagem e que deriva da sensibilização para a prática e vice-versa. Siriri (Nandaia) e Ciranda Pantaneira, as duas danças a serem estudadas/praticadas, fazem parte da cultura do Centro-Oeste brasileiro.

O termo “siriri” se refere a um tipo de cupim e dá nome à dança em que se formam pares ou rodas, com movimentos coordenados (Nandaia). Sua origem mescla tanto as rodas indígenas, quanto as “mesuras” presentes nas quadrilhas europeias. Também é notável o ritmo sincopado e a presença de fortes elementos percussivos, de origem africana.

A Ciranda Pantaneira segue pelo mesmo caminho, ao incorporar formações coreográficas europeias (espanholas) e o canto com “chamado e resposta” dos participantes, estrutura que aproxima essa dança da cultura africana. Para se aprofundar neste tema, um importante mapeamento cultural foi realizado pelo antropólogo Darcy Ribeiro no livro O povo brasileiro. Em sua concepção, o Centro-Oeste faz parte do que ele denomina Brasil Caipira, com uma cultura fortemente marcada pela presença tanto dos povos originários, como dos colonizadores brancos e afrodescendentes escravizados, introduzidos na região por meio de ondas migratórias sucessivas, tais como as Entradas e Bandeiras dos séculos XVII e XVIII e as migrações do Sul do Brasil (Brasil Sulino) para a região no final do século XIX e começo do século XX. A leitura das duas publicações acadêmicas sugeridas ampliará o conhecimento específico para se aprofundar neste tema. O saber prévio do(a) professor(a) é importante para que haja uma apropriação e contextualização cultural abrangentes e significativas para todos os envolvidos.  

Bibliografia

DOMINGOS, G. T.; JUNIOR O.T.; MARCELINO L.C.; OTTOBONI D. C.; SILVA A.L.G.; SILVA A. D. N. A ciranda de roda no chão da cultura pantaneira. Projeto: Cultura Pantaneira no Chão da Escola com o apoio da CAPES pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) no Curso de Pedagogia da UFMS/CPAQ. Disponível em: https://pibid.ufms.br/ciranda-de-roda-no-chao-da-cultura-pantaneira/

FERREIRA, M. M. Nandaia, Nandaia - Vamos Todos Nandaiá: um estudo sobre o Cururu e o Siriri de Mato Grosso. Tese de Doutorado em Artes, UERJ, RJ, 2018. Disponível em: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7350

RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Informações básicas sobre o Siriri:

https://www.visitecuiaba.com.br/single-post/2017/05/07/siriri-e-cururu 

Para saber mais sobre o Mapa Cultural dos Cinco Brasis, fica a indicação para uma aula da Nova Escola para o 4º ano do Ensino Fundamental:

https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/4ano/geografia/os-5-brasis/6359 

Vídeo com áudio e letra de Nandaia: https://www.youtube.com/watch?v=lU7NscC-YIM

A letra da música já é, em si mesma, a proposta de movimento das danças. Esse é um grande elemento facilitador do processo.

Vídeo com áudio de Ciranda Pantaneira: https://www.youtube.com/watch?v=pkdQ8HvtQ9g

Você sabe o que é um tuiuiú? Ouça a letra e perceba a riqueza de imagens dos movimentos de animais que podem ser transformadas em movimentos de dança.

Sobre as Danças Siriri (Nandaia):

https://www.youtube.com/watch?v=3mLznlRytik

Neste vídeo há grandes e preciosas informações sobre o Siriri (Nandaia). Além de uma ampla exposição dos instrumentos e passos da dança no seu sentido tradicional.

Aprenda os passos tradicionais da Nandaia: https://www.youtube.com/watch?v=OAR9GTW5stA

Apresentação do grupo Camalote “Ciranda Pantaneira”:

https://www.youtube.com/watch?v=KPvS7-DK1MI 

Observe que há bastante movimento a ser sugerido a partir tanto da letra quanto da dança tradicional. Lembrete importante: o áudio é imprescindível para compor o elemento rítmico necessário ao andamento das aulas. Os vídeos devem servir de apoio ao professor(a), caso não possa exibi-los aos estudantes. Caso possa assisti-los com os estudantes, reserve um tempo para conversar sobre as imagens observadas coletivamente.

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