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Plano de Aula
Por: Daiana Silva
A proposta desse plano é que os estudantes conheçam e compreendam as atividades circenses, identificando e experimentando suas modalidades por meio da exploração do equilíbrio, da manipulação de objetos e das acrobacias.
Ginástica geral.
1. Conhecimento
3. Repertório cultural
4. Comunicação
5. Cultura digital
O universo circense é mágico! Seja na ação do trapezista, do palhaço ou da bailarina, o que parece impossível ganha corpo e forma. O circo é entendido como uma manifestação popular e artística, muitas vezes de caráter itinerante, que, debaixo de sua lona, nos apresenta diferentes manifestações da cultura corporal. Entre os séculos XVIII e XIX, o circo tem sua expressão mais comum a partir de dinâmicas equestres, que foram se remodelando para a formação que vemos hoje em dia. Nessa formação, não há mais espaço para números com animais.
O circo deixa de ser uma manifestação da cultura transmitida apenas entre famílias e passa a compor outros espaços que não só aqueles destinados ao trabalho, mas também ao lazer, à educação e ao entretenimento. Todo esse universo é permeado por surpresa, encantamento e graça, fazendo do circo um ambiente plural e dinâmico.
Assim, o circo incorporou diferentes linguagens e pode ser um tema explorado por diferentes disciplinas e finalidades educacionais. Segundo Duprat e Bortoleto (2007, p. 176), “o circo é uma atividade expressiva, que reúne toda uma série de conhecimentos de alto valor educativo, que lhe dão coerência e justificam sua presença no currículo educativo”.
No circo há a presença do palhaço, da equilibrista, do malabarista, do mágico, da trapezista, entre outros artistas. São diversas modalidades que compõem essa prática corporal e podem ser vivenciadas na escola.
Nos desdobramentos, sugerimos o estudo e a investigação corporal de uma figura fundamental para o circo: o palhaço! A história do palhaço e a história do circo estão fortemente atreladas. Portanto, além das manifestações fundamentais trabalhadas em aula - como o malabarismo, os equilíbrios e as acrobacias -, é importante que os estudantes entrem em contato com a arte do clown.
Para tal, propomos que, a partir de uma proposta interdisciplinar com o componente curricular Arte, os jogos teatrais sejam conteúdos tematizados em aula. A BNCC (2018, p. 196) diz:
O teatro instaura a experiência artística multissensorial de encontro com o outro em performance. Nessa experiência, o corpo é lócus de criação ficcional de tempos, espaços e sujeitos distintos de si próprios, por meio do verbal, não verbal e da ação física. Os processos de criação teatral passam por situações de criação coletiva e colaborativa, por intermédio de jogos, improvisações, atuações e encenações, caracterizados pela interação entre atuantes e espectadores.
Assim, os dois componentes curriculares podem propor um trabalho estruturado sobre essa prática corporal, vivenciando novos elementos das manifestações circenses.
As modalidades circenses
Para Duprat e Bortoleto (2007, p.177), o requisito primordial que o professor de Educação Física pode privilegiar nas suas aulas de atividades circenses é a vivência motora. Ainda para os autores, a possibilidade do desenvolvimento de um “Projeto de pedagogia das atividades circenses” pode ampliar as possibilidades de movimentação, levando em conta a diversidade e “grande variedade de movimentos e ações corporais”. Tomamos como base a tabela de “Classificação das modalidades circenses de acordo com as ações motoras gerais” sugerida por Duprat e Bortoleto (2007, p. 178). Nela, são utilizadas as categorias dos elementos da ginástica e da arte nas linguagens corporais e artísticas
Acrobacias
Aéreas: como as diferentes modalidades de trapézio, tecido, lira, quadrante, corda.
Corpóreas: como as de chão (solo), duplas, trios e grupos, banquinas, mastro chinês, contorcionismo, jogos icários.
Trampolim: trampolim acrobático; mini-tramp; báscula russa; maca russa.
Manipulações
De objetos: Malabares (bolas, claves, devil stick, diabolo, caixas, com fogo), swing (claves e bastões), tranca, contato, ilusionismo, prestidigitação, mágica, faquirismo, fantoches e ventriloquia.
Equilíbrio
De objetos: claves, bastões, antipodismo.
Sobre objetos: perna de pau, monociclo, arame, corda bamba, bicicleta, rolo americano (rola-rola).
Portanto, por ser um conhecimento diverso, sedutor e cativante, o estudo das artes circenses possibilita aos estudantes a aquisição de conhecimentos riquíssimos relacionados ao movimento humano nas quatro categorias acima: acrobacias, manipulação, equilíbrio e encenação.
Tematizar os elementos do circo por meio de diversas atividades circenses convida os estudantes à construção de saberes potentes, ricos em sentido e significado. Dessa forma, a partir de seus conhecimentos prévios e de outros referenciais apresentados pelo professor, os estudantes poderão mergulhar na cultura circense, com seus encantamentos e magia.
Bibliografia
DUPRAT, R. M.; BORTOLETO, M. A. C. Educação Física Escolar: pedagogia e didática das atividades circenses. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 28, n. 2, p. 171-189, jan. 2007. Disponível em: http://www.rbce.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/63. Acesso em: 30 jan. 2022.
Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.
Pergunte aos estudantes quem deles já viu ou foi a um circo (ao vivo/pela TV/no YouTube/já ouviu falar). Dessa experiência, quais são as características mais marcantes, aquelas de que os estudantes mais gostaram e se lembram. Pode ser que um estudante comente sobre o mágico, outro sobre a tenda e o picadeiro. Faça uma lista no quadro com os elementos listados pelos estudantes, identificando aqueles que poderão ser trabalhados na aula.
Em seguida, propomos que assistam, em conjunto, a trechos de alguns vídeos que demonstram modalidades circenses. Sugerimos algumas possibilidades, mas elas não precisam ser apresentadas uma em seguida da outra. Caso considere pertinente, escolha um desses vídeos como disparador de uma aula e discuta com os estudantes suas impressões e entendimentos sobre o número assistido.
Sugerimos que o vídeo seja compartilhado na seguinte minutagem: de 1m10s a 1m30s.
Sugerimos que o vídeo seja compartilhado na seguinte minutagem: de 10 segundos a 50 segundos.
Sugerimos que o vídeo seja compartilhado na seguinte minutagem: de 1m40s a 2m01s.
Sugerimos que o vídeo seja compartilhado na seguinte minutagem: de 53 segundos a 1m13s.
Sugerimos que o vídeo seja compartilhado na seguinte minutagem: de 1m50s a 2m10s.
Ao assistir a essas proposições, pergunte aos estudantes quais foram os procedimentos de segurança adotados pelos artistas na execução de seus números; ou dialoguem sobre o que é preciso para que esses artistas se sintam seguros na realização de movimentos tão elaborados. Pergunte também quais foram os movimentos que os artistas realizaram e os estudantes já fizeram também, nas aulas de ginástica, por exemplo.
Uma barreira possível para alguns estudantes pode ser a projeção dos vídeos. Para isso, observe a distribuição dos estudantes na sala, assim como também peça para um estudante que seja o narrador para aqueles com algum tipo de deficiência visual.
Compartilhe com os estudantes e suas famílias os links por meio de uma lição de casa, para que cada estudante possa assistir à dinâmica pelo aparelho celular de alguém da família e a posteriori possam retomar o que viram com os demais colegas.
Pergunte aos estudantes sobre os cuidados que devem tomar para não se acidentar durante a experimentação das atividades práticas. Questione-os sobre as possíveis estratégias que podem criar para evitar acidentes, como, por exemplo, a conduta de cada um deles durante a participação nas atividades, ou ainda criar um cartaz com regras e combinados. Utilize a folha de papel A4 para escrever e construir coletivamente com os estudantes o cartaz. Leia para todos e certifique-se de que todos estão de acordo. Fixe-o no local onde a atividade prática irá acontecer.
Para a experimentação do equilíbrio sobre objetos, um elemento das atividades circenses, sugerimos que construam pés de latas, material alternativo que possibilita a exploração dessa capacidade física. A construção dos pés de lata demanda a presença de um adulto, uma vez que a produção exige o uso de pregos e martelo (veja vídeo a seguir). Além disso, talvez seja necessário ajudar os estudantes a passarem o barbante e dar os nós nas latas. Veja se é uma atividade viável na sua realidade. Se possível, por exemplo, solicite aos pais que construam os pés de lata com os estudantes, ou então em uma proposta de trabalho interdisciplinar com outros componentes.
No site da Nova Escola também há um passo a passo sobre como construir os pés de lata:
https://novaescola.org.br/conteudo/4074/materiais-para-as-aulas-de-circo-pe-de-lata
Uma vez em posse dos pés de latas, proponha que os estudantes façam um percurso motor no espaço da aula, que pode ser caminhar sobre as linhas da quadra ou desviar de objetos dispostos pelo pátio, a depender do espaço específico do seu contexto.
Aqui, é importante que os estudantes se sintam desafiados e experimentem a sensação motora que é equilibrar-se sobre um objeto. Peça que eles caminhem para frente, para trás, apenas de lado, muito rápido, bem devagarinho, dentre outras formas que eles mesmos podem criar. Se não houver latas para todos os estudantes, proponha revezamentos com outras estações de equilíbrios sobre materiais.
Observe a capacidade dos estudantes para que todos sejam incluídos nas práticas. Para alguns, equilibrar-se andando pela linha da quadra já pode ser um desafio. Os desafios devem ser adequados às características dos estudantes. Outra questão importante é a segurança, visto que, à medida que evoluem, os estudantes tentam realizar tarefas mais complexas e os excessos podem causar acidentes.
Para o desenvolvimento dessa aula, sugerimos o uso de retalhos de tule, de 15x15 cm. Caso não haja a disponibilidade desse material, propomos o uso de sacolinhas plásticas, recortadas na mesma medida. É importante o uso desse material, pois ele paira no ar, possibilitando ao estudante maior tempo de recuperação do objeto, e, portanto, maior chance de sucesso na tarefa.
Nessa atividade, distribua um véu a cada estudante e peça para que ele coloque o dedo indicador no centro do recorte, apontando-o para cima, de modo que o véu, ao se moldar no dedo, conotará o lençol de um pequeno fantasma. Peça para o estudante explorar formas de lançar o véu para cima e recuperá-lo em seguida:
É importante que o estudante possa explorar diversas maneiras de recuperar o fantasma, desenvolvendo, assim, um repertório motor fundamental para a aprendizagem do malabarismo.
Caso determinado estudante tenha dificuldade de manipular o objeto com as mãos, solicite que ele explore com outras partes do corpo, como cabeça ou pés. E lembre-se sempre: a exploração pode ser diferente, a depender do estudante que a execute. Não há movimento certo ou errado.
Divida os estudantes em grupos de quatro pessoas, e cada grupo terá seu espaço preestabelecido para a construção de figuras acrobáticas. Aqui é essencial retomar conceitos das aulas anteriores, como a responsabilidade pela própria segurança e a do outro. Para tal, prepare o espaço com tatames/colchonetes, para que os estudantes se sintam seguros para executar os movimentos.
Nessa etapa, proponha alguns problemas/desafios, para que os estudantes, em conjunto, encontrem uma resposta/solução corporal:
Depois disso, disponibilize as figuras a seguir para toda a turma (projetada ou impressa) e peça para que os estudantes escolham três delas para reproduzir. Lembre-se da importância de todos os estudantes vivenciarem as posições acrobáticas e também experimentarem ser suporte em determinada acrobacia, ajudando na segurança de todos (verificando se ninguém está por perto e pode esbarrar, por exemplo). A atenção pelo cuidado e segurança de todos é fundamental.
Ao final, peça para que cada grupo elabore uma figura acrobática que envolva todos do grupo. Caso haja disponibilidade, fotografe as figuras acrobáticas executadas pelos estudantes, para que posteriormente eles possam se ver.
4. Apresentação à comunidade escolar
Elaborar um produto frente às aprendizagens construídas neste plano de aula pode ser um registro de todo o processo, desafiador aos estudantes sem abrir mão do respeito aos próprios limites. Portanto, dialogue com eles e pensem em uma forma de produzir o próprio espetáculo de circo, de modo que todos se sintam respeitados e valorizados pelos seus processos. Essas apresentações podem acontecer tanto no momento da aula e serem registradas por vídeos, que depois poderão ser disponibilizados para a comunidade escolar, quanto em um dia específico de evento, se assim for alinhado com o Projeto Político Pedagógico da sua escola. Escolha a forma que melhor condiz com seu contexto e possibilidades e formalizem, em conjunto, uma apresentação, para que os estudantes se desenvolvam também na elaboração dos seus processos de aprendizagem e possam se ver nesse processo como atores e autores de seus próprios saberes.
Para tal, observe com eles quais movimentos sabem ou gostariam de realizar dentro do que experimentaram: o equilibrismo, o malabarismo e as acrobacias. Auxilie os estudantes a compor a apresentação. Mais uma vez é importante que se sintam confortáveis com a tarefa. Por exemplo, alguns estudantes conseguem passar tranquilamente sobre um banco sueco invertido, outros não. Neste caso, crie adaptações para essa atividade ou faça a segurança para aqueles que necessitam.
Alguns detalhes para a construção da apresentação são importantes:
É importante que todos os outros estudantes estejam engajados no desenvolvimento das práticas, auxiliando aqueles com mais dificuldade e procurando zelar pela segurança pessoal e de todos.
Numa roda de conversa, dialogue com os estudantes sobre as impressões, sensações, observações nas atividades que se deram até o momento. Utilize como sugestão as seguintes questões:
Em cada uma das questões, acolha as respostas dos estudantes, estimulando-os a compartilhar suas percepções e entendimentos.
Fale sobre o universo circense e enalteça a magia do movimento em conjunto com a cultura, a arte e o encantamento. Retome com os estudantes quais são as modalidades circenses que eles já viram e quais vivenciaram em aula, percebendo as facilidades e dificuldades na execução de cada um destes elementos. Os estudantes puderam vivenciar atividades de equilíbrio com os pés de lata, atividades de manipulação com o fantasminha e atividades acrobáticas em seus pequenos grupos. Alguns estudantes gostaram mais dos malabares, enquanto outros das acrobacias. Conversem sobre cada uma dessas modalidades.
Os estudantes também planejaram e executaram diferentes movimentos, ao andar sobre os pés de latas, ao manipular objetos e ao experimentar acrobacias. Parabenize-os por suas criações, mostrando que existem diferentes maneiras de movimentar-se e que todas são igualmente válidas no contexto escolar.
Retome também a importância da concentração e do treino para a execução dos equilibrismos e malabarismos, e que um possível fracasso na primeira tentativa não deve ser motivo de desistência, mas de engajamento para o sucesso. Converse também sobre a responsabilidade pela segurança individual e coletiva na execução das acrobacias. A adoção dos procedimentos de segurança é fundamental e inegociável na experimentação dos movimentos da aula. Nesse sentido, observem o quanto é necessário trabalhar em equipe para conseguir fazer diferentes acrobacias.
Por falar em trabalho em equipe, graças a ele, os estudantes puderam elaborar uma apresentação para a comunidade escolar, selecionando aquelas práticas que vivenciaram nas aulas. Apresentar-se muitas vezes revela um frio na barriga, medo e vontade misturados. Lidar com os próprios sentimentos é uma dimensão socioemocional muito presente nas aulas de Educação Física e também foram aqui vivenciadas.
Compare os movimentos vivenciados no circo com aqueles realizados nas ginásticas, como exercícios de equilíbrio, acrobacias e manipulação (Na ginástica rítmica, por exemplo, os atletas manipulam bolas, maças, fitas e arcos).
Por último, relembrem os materiais construídos conjuntamente e permita que os estudantes levem-os para casa, podendo dar assim novos sentidos e significados para esses objetos.
Como produto deste processo, peça para que os estudantes façam um registro gráfico de sua própria apresentação e construam um mural na escola com esses registros. Esses registros podem ser feitos por meio de desenhos, colagens, grafites, quadrinhos, esculturas, frases, textos ou outra manifestação que o estudante escolher. Componha um portfólio sobre o tema proposto nesta aula: valorizando a pluralidade, valorizamos diferentes potencialidades. Se possível, faça também um mural virtual, para que a comunidade tenha acesso aos registros elaborados pelos próprios estudantes.
Como avaliação, prepare previamente a tabela a seguir e distribua individualmente aos estudantes. Leia e peça aos estudantes que preencham a tabela a seguir com um X na coluna que corresponde à sua participação e engajamento na aula:
MUITO
| MAIS OU MENOS | SÓ UM POUQUINHO | NÃO FIZ | |
Experimentou novos movimentos? | ||||
Realizou as atividades de equilíbrio? | ||||
Realizou as atividades de manipulação? | ||||
Realizou as acrobacias? | ||||
Envolveu-se na criação da apresentação circense? | ||||
Adotou procedimentos de segurança? | ||||
Comparou semelhanças e diferenças entre os movimentos da ginástica e do circo? | ||||
Planejou a criação de novos movimentos? |
Aos estudantes que ainda não foram alfabetizados, leia cada uma das questões e combine uma cor referente à escala sugerida, por exemplo: azul se “muito”; amarelo se “mais ou menos”; laranja se “só um pouquinho”; e vermelho se “não fiz”.
Ao final, converse individualmente com cada estudante, compare as respostas deles com as suas observações sobre a participação em todos os momentos da aula. Lembre-se, portanto, de observar a participação, as respostas deles às perguntas e a conduta dos durante a aula.
Outra proposta de registro pode ser desenvolvida de modo interdisciplinar. Por exemplo: os estudantes podem fazer o registro por meio de desenhos, pintura em tela em conjunto com a professora de Artes. Outras produções incluem esculturas de papel jornal coladas em uma folha de sulfite ou papelão ou esculturas de massinha representando o circo.
Barreiras
Sugestões para eliminar ou reduzir as barreiras
Sugerimos o aprofundamento em cada uma das modalidades do circo. Por exemplo:
Compartilhe com os estudantes o link do vídeo 3 e apresente uma atividade como tarefa de casa: peça que identifiquem o nome do palhaço, qual a situação o palhaço quer solucionar, se achou engraçado, triste, quais movimentos, inclusive aqueles presentes na ginástica e também materiais, que ele utiliza para resolver a situação-problema. Peça que observem as características que compõem as máscaras de palhaço, as suas vestimentas, os seus modos de expressar-se corporalmente, os seus movimentos. Essa atividade possibilita o ingresso na investigação da figura do palhaço, um dos elementos centrais no circo. As tarefas deverão ser registradas no caderno do próprio estudante. Para isso, é necessário o auxílio dos familiares, portanto, crie um roteiro de pesquisa com as tarefas acima.
Em sala de aula, peça para que cada estudante escolha o nome artístico em referência a sua comida preferida, a uma fruta de que gosta/não gosta, para nomear o seu próprio palhaço (exemplo: Palhaço Paçoca/ Palhaça Picolé/ Palhaço Milkshake/ Palhaça Moranguete).
Em seguida, coloque uma música instrumental (se assim for possível no seu contexto) e peça que cada estudante execute os exercícios solicitados expressando-se como um palhaço (exemplo: você agora não é mais o João, você agora é o Palhaço Milkshake!).. Sugira aos estudantes que explorem, pelo espaço da aula, diferentes formas de andar:
Assim, estimule-os a realizar esses mesmos movimentos de uma maneira engraçada. Em seguida, de um jeito triste. Depois, de um jeito extremamente feliz. Estimule os estudantes a investigarem as semelhanças e diferenças entre as intenções colocadas em cada movimento. Assim, a depender do que se deseja, conseguimos nos comunicar com o corpo sem necessariamente usar a linguagem oral.
Sugira também que os estudantes explorem formas de girar, equilibrar, rotacionar e saltar sendo os próprios palhaços, escolhendo uma emoção/sentimento pra isso. Alguns estudantes podem escolher realizar esses movimentos simulando o medo, outros o nojo, outros a alegria. Para tal, toda vez que a música parar, o estudante deve girar e congelar. Depois, saltar e congelar (se não houver música, pode-se combinar outro sinal: quando o professor bater uma palma, o estudante deve saltar, quando bater duas palmas, deve girar, quando bater os pés, deve congelar). Essa atividade relaciona os movimentos gímnicos vivenciados com a figura do palhaço. Estimule-os a identificarem diferentes movimentos e associá-los aos elementos da ginástica vivenciados em aulas anteriores.
Sobre a vestimenta, disponibilize retalhos ou pedaços de TNT, se possível, para que os estudantes possam se fantasiar. Caso não tenha esse material, use folhas de papel com os desenhos feitos pelos próprios estudantes para que eles possam representar suas fantasias.
Sobre a maquiagem, caso tenha tintas antialérgicas disponíveis, proponha que os estudantes desenhem em uma folha de papel A4 como gostariam de se maquiar, trazendo o nariz vermelho como característica fundamental e principal na caracterização do palhaço. Os estudantes podem explorar outras cores e formas no restante do rosto. Uma vez desenhado e colorido no papel, façam a experiência no próprio corpo/rosto. Se não houver esse material, construam máscaras descartáveis (nas próprias folhas de papel A4, por exemplo).
Frente a esse repertório, cada estudante pôde escolher também as suas características de palhaço: o seu “nome artístico”, a sua forma de se movimentar, a sua vestimenta e a sua máscara/maquiagem. Esses elementos são fundamentais para o entendimento da identidade de um palhaço.
Caso tenham também como recurso o uso de celular ou máquinas fotográficas, registre por meio de fotografias e vídeos todo o processo e o produto final de cada um dos estudantes, para que eles possam enxergar suas produções e se percebam como verdadeiros palhaços nesta construção da aula.
Essa atividade poderá ser uma importante experiência para que possam expressar-se enquanto linguagem corporal, cinestésica e artística, e se transforma numa interessante proposta interdisciplinar, explorando a unidade temática de Arte, o teatro. Caso considere pertinente, converse com o professor de Arte sobre seus objetos de conhecimento (contextos e práticas, elementos da linguagem e processos de criação), ampliando assim a possibilidade de exploração dos estudantes com as linguagens e seus elementos.
Inicie a aula remota de modo semelhante à aula presencial.
Pergunte aos estudantes quem deles já viu ou foi a um circo (ao vivo/pela TV/no YouTube/já ouviu falar). Dessa experiência, quais são as características mais marcantes, aquelas que os estudantes mais gostaram e se lembram. Pode ser que um estudante comente sobre o mágico, outro sobre a tenda e o picadeiro. Faça uma lista com os elementos listados por eles.
Em seguida, assista em conjunto aos vídeos indicados que mostram modalidades circenses e proceda com os questionamentos da Conversa inicial. Pergunte aos estudantes quais foram os procedimentos de segurança adotados pelos artistas na execução de seus números; ou dialoguem sobre o que é preciso para que esses artistas se sintam seguros na realização de movimentos tão elaborados. Pergunte também quais foram os movimentos que os artistas realizaram e os estudantes já fizeram também nas aulas de ginástica, por exemplo.
Uma barreira possível para alguns estudantes pode ser a projeção dos vídeos, para isso, a necessidade de adotar vídeos com audiodescrição ou fazer a narração para aqueles com algum tipo de deficiência visual.
Pergunte aos estudantes sobre os cuidados que devem tomar para não se acidentar durante a experimentação das atividades práticas. Questione-os sobre as possíveis estratégias que podem criar para praticar alguns movimentos do circo em casa. Comente que devem solicitar auxílio aos pais ou familiares para maior segurança. Podem depois compartilhar as suas experiências com os colegas, incentivando-os à prática.
A atividade de pés de lata necessita do acompanhamento de um adulto na sua produção. Se for factível a sua realidade, proceda com a construção e a experimentação dos estudantes, incluindo outros membros de sua família na apresentação.
A atividade do fantasminha é mais fácil de realizar e demanda apenas sacolinhas plásticas, recortadas no tamanho 15X15 cm.
Assim como na aula presencial, conduza os estudantes na prática. Cada estudante deve colocar o dedo indicador no centro do quadrado, apontando-o para cima, de modo que o véu, ao se moldar no dedo, conotará o lençol de um pequeno fantasma. Peça para que explorem formas de lançar o véu para cima e recuperá-lo em seguida:
Peça que os estudantes compartilhem a experiência com os familiares e, depois, comentem com os colegas como foi. Se possível, devem gravar um vídeo com a experiência.
Comente que as práticas coletivas serão realizadas no retorno à aula presencial. Proponha a seguir um desafio: conseguiriam realizar as atividades de malabarismo utilizando outros objetos, como uma bola leve, uma almofada, uma meia enrolada, ou outro que podem descobrir em casa?
Peça que apresentem aos colegas ou gravem um vídeo com as experiências. Questione sobre quantos movimentos puderam realizar com a atividade, como lançar, aparar, bater, rebater, segurar, girar, entre outros.
Para finalizar, os estudantes podem apresentar os vídeos aos seus familiares e juntos tentarem adaptar e reproduzir outros elementos do circo, contando como foi o processo e apresentando aos colegas.
Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.
Autor: Daiana Silva
Coautor: Laércio de Moura Jorge
Mentor: Ricardo Yoshio Silveira Ribeiro
Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho
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